23.7.13

Talking In Your Sleep (18/21)


Resumo: Intrépida repórter para o Planeta Diário, Chloe Sullivan, tem seu coração roubado por um herói mascarado, o Arqueiro Verde, mas ela ficará satisfeita em não saber sua verdadeira identidade?
Autorathe_bluesuede
Classificação: NC-17
Linha de tempo: Sexta temporada
Banner552158
Anteriores01 :: 02 :: 03 :: 04 :: 05 :: 06 :: 07 :: 08.1 :: 08.2 :: 09 :: 10 :: 11 :: 12 :: 13 :: 14 :: 15 :: 16 :: 17





As estrelas estão caindo mas eu ainda acredito
Ainda desejando seu beijo
Vou esperar até o amanhecer
Só estou dizendo
Doces sonhos até a luz do sol te encontrar
Doces sonhos que deixarão todas as preocupações pra trás
Mas em seus sonhos quais sejam eles
Sonhe um pouco comigo

Dream A Little Dream of Me
Louis Armstrong




"Chloe Sullivan."

Chloe parou ao som de seu nome e se virou pra trás. Ela viu Hal Jordan correndo levemente para encontrá-la. Ela sorriu feliz. "Hal! Que surpresa." Ela olhou para o relógio. "Você não deveria estar indo para o show?"

Ele deu de ombros. "Não por algumas horas. Agora, essa é a terceira vez que você tromba comigo-"

"Na verdade não chegamos a trombar desta vez."

"-e eu acho que está na hora de você aceitar meu convite para um café."

Chloe deu risada. "Sabe, eu adoraria, mas-"

"Isso soa como se uma desculpa esfarrapada estivesse por vir", ele brincou.

Ela suspirou bem humorada. "Mas eu acho que você deveria saber que eu estou..." Ela parou, quase franzindo um pouco a testa, incerta. "Eu estou meio que saindo com alguém."

"Eu sei", Hal disse, colocando as mãos nos bolsos.

"Você sabe?" Chloe perguntou duvidosa.

"Eu sei", ele confirmou, satisfeito.

"Como você sabe?"

"O cara é um amigo meu."

Ela olhou surpresa. "Você conhece o Oliver?"

Hal lhe deu um olhar dissimulado e um risinho. "Agora, eu disse isso?" ele perguntou. 

Chloe parou estupefata. "Espera. O quê?"

"Oh, olha", Hal se fingiu distraído. "Café." Sem falar mais nada, ele atravessou a rua, desaparecendo para dentro da cafeteria e deixando uma Chloe muito chocada pra trás, sobrancelhas erguidas.

Quando Chloe se recompôs o suficiente pra entrar na cafeteria, ela encontrou Hal sentado num canto esperando por ela, parecendo perfeitamente calmo. Cuidadosamente, ela foi até lá e se sentou na frente dele, notando que estavam longe dos outros clientes, e que o barulho na cafeteria era alto o suficiente pra que não fossem ouvidos.

Pra simplificar, seus sensos de repórter estavam formigando. Ela estava começando a se perguntar se seus encontros com ele tinham sido mesmo coincidências.

"Então", Hal disse, quando ela se sentou na frente dele. "Pode ser um capuccino? Eu não sabia se você era uma dessas garotas que pedem oito tipos diferentes de cobertura e uma dose massiva de creme no café, mas achei que capuccino era uma escolha segura." Ele acenou para a barista que estava procurando por ele, dois copos na mão. Ela sorriu nervosamente e entregou os cafés, colocando um copo na frente de cada um, obviamente corada com o sorriso charmoso de Hal.

"Você... hum... vocês precisam de mais alguma coisa?" ela perguntou timidamente.

Hal balançou a cabeça. "Não, obrigado." Ele sorriu abertamente pra ela, e ela ficou vermelha antes de desaparecer.

Chloe não disse nada. Ela debateu não tocar no capuccino antes de perceber que a ideia de ela esnobar café era de dar risada. Então ela silenciosamente levou o copo aos lábios e tomou um gole.

"Oh, que gracinha... eles formaram figuras com o creme de chocolate. O meu é um coração, o que é o seu?"

Chloe olhou feio pra ele.

Ele deu risada. "Direto ao assunto. Entendi. Então, me diga Chloe, há quanto tempo você está saindo com o Arqueiro Verde?"

"Eu não sei do que você está falando."

Ele deu risada de novo. "Eu te disse, Chloe. Eu conheço o cara. Na verdade, se vamos direto ao assunto, eu também conheço Oliver", ele deu de ombros, uma expressão misteriosa no rosto. "Mas a pergunta aqui é sobre o Arqueiro Verde."

A mente de Chloe estava operando a mil por hora. "Como você conhece um super herói?" ela perguntou.

"Como você conhece?" ele respondeu imediatamente, dando um risinho.

Chloe relembrou sua teoria no jantar na outra noite, que Hal sabia quem era o Lanterna Verde. De repente a suspeita foi registrada em sua mente. "Você é-"

"O Lanterna Verde?" ele disse casualmente, tomando um gole de seu café. "Sim."

Chloe ficou olhando pra ele. Então ela olhou ao redor, incerta se ninguém estava de fato ouvindo ou se isso não era uma pegadinha. Ela então voltou a atenção para Hal, que parecia calmo como nunca. "Deduzindo que seja verdade, por que no mundo você contaria isso?"

"Bem, digamos que não só isso seja verdade, como você confia em mim. Você provavelmente começou a suspeitar de alguma coisa quando eu defendi os heróis na outra noite." Ele deu de ombros timidamente. "Eu exagerei um pouco, eu acho."

"Você acha?" ela perguntou incrédula. "Olha, qual a razão disso tudo? Isso é pra me mandar ficar longe do seu amigo ou algo assim? Porque eu tenho novidades pra você, eu não falo com ele há semanas." A não ser que conte o fato de ser resgatada por ele na outra noite, mas não tivemos um bate-papo.

Hal sorriu suavemente. "Eu sei que você foi sequestrada no outro dia, e eu sei que ele te resgatou, Chloe. Olha, você pode relaxar. Eu não estou tentando te deixar desconfortável nem nada. Eu só quero conversar."

"Conversar?" ela repetiu incrédula. "Não entendo."

"Bem", Hal disse, colocando a caneca na mesa. "Você sabe agora que eu sou o Lanterna Verde. Agora que você tem essa informação, posso garantir que evidência não será difícil de encontrar para provar. Então, o que agora?"

Chloe franziu a testa. "Que diabos?" ela exigiu. "Sério, que diabos? Eu acho que você é a segunda pessoa a sugerir recentemente o quanto eu não sou confiável nos últimos dois dias. Por que você acha que eu vou te entregar?" ela perguntou irritada, tentando manter o temperamento sob controle.

Mas Hal não se deixou levar. Ele apenas deu um risinho e ela bufou, ainda nervosa.

"O quê?"

Ele gesticulou pra ela. "Você é a pessoa nervosa menos intimidadora que eu já conheci."

"Isso porque eu não estou tentando ameaçar você. Só me sinto insultada."

"Bem, você pode relaxar. Se eu honestamente achasse que você fosse me entregar, eu não teria te contado, teria?"

Ela abriu a boca para responder mas então fechou, confusa. Ela franziu a testa por um momento antes de esfregar a têmpora. "Eu estou tentando descobrir porque estamos tendo essa conversa."

Ele assentiu. "Sinto muito. Eu estou sendo misterioso, mas você é muito divertida quando está nervosa."

Ela olhou feio pra ele enquanto ele tomava outro gole de café.

"Eu estou te contando por algumas razões. E não é fácil pra mim fazer isso. Estou confiando aqui, Chloe, e espero não viver pra me arrepender disso." Ele parou um momento, dando a ela uma chance de dizer alguma coisa se quisesse, mas Chloe não falou. "Ele está apaixonado por você."

Chloe franziu a testa, seu estômago reagindo estranhamente a declaração. "Quem?"

"Você sabe quem."

Chloe balançou a cabeça, frustrada. "Ele me deixou terminar tudo. Talvez ele..." ela não conseguia finalizar a frase. "Talvez. Mas ele escolheu me deixar sair com outra pessoa do que me dizer quem ele é. E eu não me importo se é porque ele não confia em mim ou porque ele está tentando me proteger. De qualquer jeito, é o que é. Ele prefere me ver com alguém do que me dizer quem ele é."

Hal deixou-a falar tudo, deduzindo que era melhor ela desabafar. Quando ela terminou, ele disse simplesmente. "Não tenha tanta certeza."

"Como é que é?", Chloe se surpreendeu, nenhum pouco satisfeita com a determinação dele em arrastá-la de volta a todas as inseguranças relacionadas ao Arqueiro Verde.

Hal deu de ombros. "Tudo que estou dizendo é pra não eliminá-lo, ainda."

Chloe bufou, ficando mais frustrada a cada minuto. "Isto é ridículo. E você sabe do que mais? Ele não está exatamente batendo na minha porta para me impedir de sair com outra pessoa. Eu tenho um encontro esta noite", ela disse, como se precisasse provar que estava seguindo em frente. "Com alguém que pode ser muito legal." De onde veio isso? Uma semana atrás eu nem sabia se gostava dele.

"Isso é bom."

"Eu - o quê?"

"Eu disse que é bom. Eu disse que você não deveria eliminá-lo, mas também acho que ele precisa acordar, e acho que a realidade de ver você com outra pessoa pode fazer o truque."

Chloe estreitou os olhos. "Eu não vou usar uma pessoa pra deixá-lo com ciúmes. Eu jamais faria isso com uma pessoa."

Hal ergueu as mãos defensivamente. "Não estou dizendo que você deveria. Tudo que estou fazendo é te encorajar a sair com alguém porque nosso amigo precisa de um choque de realidade. Se ele não se mexer e alguém ganhar a garota", ele ergueu o copo na direção dela para um brinde. "Então, será para o melhor."

Chloe tomou o café pensativamente, incerta se deveria discutir. Finalmente ela suspirou. "Ainda não tenho certeza do que estamos fazendo aqui."

"Eu te disse quem eu sou em parte pra te testar, devo admitir."

Chloe não disse nada, nada surpresa por isso.

"Eu queria ver como você ia lidar. E tenho que dizer", ele deu um risinho. "Você é uma garota estranha."

Chloe também deu um risinho. "Vou tomar como um elogio."

"Mas eu também queria saber se você é confiável. Eu disse que ele é um amigo. Há muito tempo, e, pessoalmente, eu passei por essa coisa de ex-namorada-do-mal e prefiro que ele não passe por isso." Ele lhe deu um olhar sério. "Espero que eu não esteja errado sobre você."

Ela assentiu, compreendendo. "Você pode confiar em mim."

"Espero que sim."

Ela olhou brevemente para o relógio. Tinha planejado pegar algumas guloseimas naquela manhã antes de ir encontrar Lois, e ao invés parou para um bate-papo com o Lanterna Verde. Deus, minha vida é tão estranha. Parecia que estocar o freezer ia para o fim da lista. Eles ficaram em silêncio por um curto espaço de tempo antes de Chloe perceber que precisava perguntar um coisa. "Então vocês são próximos?"

"Pode se dizer que sim."

"O que aconteceu com ele na outra noite?" ela olhou pra cima, querendo ver a reação dele. A expressão de Hal parecia preocupada. Ele obviamente sabia do que ela estava falando, mas não respondeu imediatamente.

"O que você quer dizer?" ele perguntou.

"Nós dois sabemos. Você disse que sabia que eu fui sequestrada e que ele me resgatou. Isso significa que você sabe que... havia algo errado com ele. O que aconteceu?"

Hal respirou fundo, escolhendo as palavras cuidadosamente. "Não é... exatamente o que você pensa."

"Exatamente?" ela questionou.

"Ele errou. E sabe disso. Eu acho que ele ficou tão assustado quanto você", ele disse, estudando-a.

"Mas... ele está bem"? ela perguntou, finalmente.

Hal assentiu. "Ele está melhor. Ele está se culpando bastante." Ele parou. "Como deveria. Mas ele não vai tomar mais nada, eu te garanto."

Chloe assentiu, aliviada. "Ótimo." Mas ela não conseguiu deixar pra lá. "Por que, então? Por que ele tomaria algo que faz aquilo com ele?"

Hal suspirou. "Um cara como ele... ele nunca vai admitir isso é claro, mas eu acho que ele tem questões em lidar com a própria mortalidade. Em sua defesa - o que, eu admito, não há muito o que dizer - ele não acordou uma manhã e disse 'acho que vou me drogar hoje'. Houve... circunstâncias críticas. Ele não sabia direito o que estava tomado, e quando alguém tentou avisar..."

"Ele não deu ouvidos", Chloe finalizou, garganta apertada enquanto lembrava a fúria com o sequestrador. Ela tentou espantar a imagem.

Hal assentiu. "Basicamente. Mas posso te prometer que acabou."

"Ok", foi tudo que ela conseguiu pensar em dizer. Ela estava aliviada em ouvir as palavras, mas mais do que tudo, queria deixar o incidente pra trás, nunca mais reviver aquela noite horrível novamente. Agora que ela sabia que ele estava bem, ela sentia como se finalmente pudesse fazer isso. Ela checou o relógio de novo. Tinha que encontrar Lois em dez minutos. Precisava ir. "Por mais... esclarecedora que essa conversa tenha sido, eu tenho que ir." Ela colocou a bolsa no ombro e começou a se levantar quando Hal fez o mesmo. Então ela parou e olhou pra ele. "Você pode... dizer a ele que ainda pode conversar comigo se quiser? Eu nunca pedi o tratamento de silêncio, e... eu sinto falta dele", ela acrescentou finalmente, sem conseguir encontrar o olhar de Hal quando disse isso. "Só... diga isso a ele, por favor?"

Hal sorriu gentilmente pra ela, e por um momento ela percebeu a sorte do Arqueiro Verde em ter um amigo igual a ele.

__________

Chloe estava sentada no carro ao lado de Oliver, sua mente a milhas de distância enquanto pensava no que Hal tinha lhe dito naquela manhã na cafeteria. Lois tinha distraído Chloe durante o passeio ao shopping e então determinou que o que Chloe precisava era de alguém para ajudá-la a decidir o que vestir naquela noite.

Embora Chloe tenha insistido que Oliver lhe falou em jeans e camiseta, Lois remexeu todo o guarda-roupa de Chloe, finalmente encontrando uma cacharrel, uma calça jeans escura, e os brincos ametistas.

"Confortável mas sensual", Lois declarou quando Chloe se vestiu.

Oliver, no assento do motorista, estava tentando parar de pensar nas coisas que não poderia dizer porque não deveria saber.

Dane-se, ele pensou de repente. Eu deveria contar a ela. Ele assentiu enquanto começava a construir sua coragem. E ela está convenientemente presa a um carro em movimento, o que significa que ela vai ter que me ouvir. Então isso é bom...

Ele olhou pra ela pelo canto do olho e ficou momentaneamente distraído pelo quanto ela era linda, e o quanto ele queria parar o carro e puxá-la para seu colo e-

Foco. Foco. Ok, vamos em frente.

Ele abriu a boca, preparado para o que quer que a sua confissão fosse trazer, mas ela falou primeiro.

"Então, você vai finalmente me dizer o que vamos fazer?" ela perguntou com um sorriso, virando-se para olhar pra ele.

Oliver deu risada, quase aliviado pela mudança de assunto. "Você realmente não consegue aguentar, não é?" ele brincou.

Ela balançou a cabeça, dando um risinho.

Ele suspirou dramaticamente. "Eu estou quase com medo que você vá se desapontar", ele disse.

Ela deu risada. "Oh, Deus, me diz logo!"

"Filmes e comida pronta."

Ela olhou pra ele. "Você está brincando."

Ele balançou a cabeça, segurando uma risada. "Não."

Ela bateu em seu ombro. "Então porque não me contou logo?" ela exigiu. "Esta é a grande surpresa?"

"Bem, em minha defesa, eu nunca disse que era grande. Só disse que era uma surpresa."

Ela leu seu rosto cuidadosamente, como pra ter certeza que ele não estava brincando. Quando ela sentiu satisfeita que ele estivesse, de fato, falando a verdade, ela se recostou no banco e respirou aliviada. "Bem, graças a Deus."

Ele deu risada de novo. "Pelo que?"

Ela balançou a cabeça. "Eu estava tão preocupada que fosse algo que requisesse energia da minha parte."

Ele lhe deu um olhar engraçado e ela ficou vermelha.

"Não foi isso que eu quis dizer!" ela se apressou. "Eu só... ugh." Ela deitou a cabeça novamente, fechando os olhos. "Você não pode imaginar o quanto estou exausta", ela disse finalmente.

Oliver sentiu uma pontada de dor ao olhar pra ela. Ela passara por tantas coisas nos últimos dias. "Como você está, por falar nisso?"

"Cansada?" ela sugeriu levemente.

Ele ergueu uma sobrancelha pra ela. "E a verdade?"

Ela suspirou. "Bem, eu estou cansada", ela admitiu. "Mas estou bem, de verdade. Só estou um pouco..." ela parou de falar, procurando por uma boa palavra.

"Nervosa?" ele perguntou.

Ela pareceu surpresa. "Por que eu estaria nervosa?"

Droga, ele pensou. "Eu acho... eu não sei, você parecia chateada por mais coisas além do sequestro", ele tentou, desejando que não parecesse que ele sabia mais do que deveria enquanto entrava no estacionamento.

Ela olhou pra ele surpreso. Era quase um pouco perspicaz de mais. "Como você sabia?"

Oliver engoliu nervosamente e saiu do carro para abrir a porta pra ela, sua mente correndo pra encontrar uma boa resposta. "Palpite de sorte", ele disse, como se estivesse propositadamente sendo modesto.

Saindo do carro, ela lhe deu um olhar parcialmente suspeito, mas enfim acreditou. "Eu só... acho que posso dizer que tive uma discussão com um amigo. Eu estava preocupada com ele. Mas eu acho que ele está bem agora", ela acrescentou pensativa.

"É?" ele perguntou, coração acelerando desconfortavelmente. "Você falou com ele desde então?"

Ela balançou a cabeça. "Eu venho querendo, mas... eu não sei, as coisas estão um pouco estranhas. Espera, eu sinto muito-" ela parou olhando ao redor, "você tem um estacionamento só pra você?" ela perguntou, percebendo que havia só três carros no espaço inteiro e o que parecia uma motocicleta coberta.

Ele deu um risinho. "Não seja ridícula." Ele pressionou o botão do elevador privado. "Eu tenho minha própria garagem", ele brincou. "Os carros mais legais estão um andar abaixo." Ele deu risada ao vê-la boquiaberta e a puxou para dentro do elevador. "Então este seu amigo", ele perguntou quando as portas se fecharam. "Se você não tem falado com ele, como sabe que ele está bem?"

Ainda um pouco distraída pela ideia de um homem com veículos suficientes para encher uma garagem multi-níveis, Chloe respondeu distraidamente. "Ele... me mandou um e-mail e parecia que ele estava melhor. E um..." ela hesitou. "Amigo mútuo me disse que ele estava bem."

Oliver franziu a testa. Então entendeu. Não... ele não faria isso. "Amigo mútuo?" ele perguntou secamente.

Chloe assentiu. "Aham."

"Interessante", ele disse, antes de decidir mudar de assunto. "Então, o que você quer comer? Eu não pedi ainda porque não sabia o que você queria."

Ela sorriu. "E de quem é a culpa?" ela brincou.

"O que isso quer dizer?"

"Bem", ela disse. "Se você tivesse me dito o que íamos fazer, poderia ter perguntando dias atrás que tipo de comida eu gosto, e haveria uma comida já esperando por mim."

"Esperando por você?" ele perguntou quando as portas reabriram. "E pra mim?"

"Você pode ficar com as sobras", ela deu um risinho.

Ele deu risada. "Oh, eu vejo como é. Tudo bem", ele pegou o telefone, indo até a cozinha. "Então eu vou pedir o que eu quiser e você não vai poder fazer nada", ele provocou, ligando enquanto ela ria de sua infantilidade.

"Certo", ela disse. "Eu escolho o filme", ela desafiou.

"Aham."

__________

Uma hora depois Chloe estava recostada confortavelmente contra Oliver no sofá, a luz da TV iluminando os rostos deles, as caixas de comida tailandesa vazias sobre a mesa.

Meu Deus, ele é confortável. Chloe pensou vagamente. Fazia tanto tempo desde que estivera com o Arqueiro Verde. Era muito bom estar perto de alguém. Ela não sabia como podia se sentir confortável perto dele em tão pouco tempo. Por um momento ela parou para pensar no quanto era estranho, como ela deveria se sentir mais reservada e até mais nervosa perto dele, mas agora que ela tinha - felizmente - superado o nervosismo por tê-lo ofendido outras vezes, se sentia próxima dele. Ele era tão maior que ela, como se ele decidisse abraçá-la (o que pequena parte dela esperava que ele fizesse) o corpo dele a engoliria inteira. E ele era mais quente que uma fornalha.

A parte mais estranha era estar se sentindo tão incrivelmente segura com ele ali. Em todos os lugares em que estivera nos últimos dois dias ela teve que se forçar a relaxar, se relembrar que tudo tinha acabado. Tanto Jackson quanto a Sra. Prinn estavam presos esperando julgamento, e ela foi informada pelo promotor David Otten que ele ia garantir que a justiça fosse feita. Ela sorriu vagamente ao lembrar-se do promotor. Quando ela estava se despedindo deles, Kate apareceu para almoçar com ele. E parecia que Kate tinha encontrado seu próprio herói.

Fora isso, seus sonhos eram repletos do rosto de Jackson, suas ameaças, o olhar no rosto dele... só que em seu sonho, o Arqueiro Verde não chegava a tempo...

Mas aqui, com Oliver, ela se sentia calma e segura, despreocupada com o mundo lá fora, que de algum jeito Jackson fosse aparecer em cada esquina. Era muito estranho.

Não, ela argumentou consigo mesma de repente, há muito tendo deixado de prestar atenção ao filme, a sensação de segurança não era a coisa mais estranha. A coisa mais estranha é o desejo de rasgar a roupa dele e lamber cada centímetro de seu corpo. Deus, estou louca.

Isso não ia ajudar. Ele era... magnético. Ela não conseguia entender o impulso que sentia de se virar e capturar os lábios dele nos dela, esfregar seu corpo no dele. Claro, ela se sentiu atraída por homens que não conhecia no passado, mas não precisou usar toda sua força pra se controlar ao impulso de se jogar contra eles. Ela deduziu que Lois diria que era porque ela não transava há muito tempo, mas ela tinha ficado muito mais tempo sem antes. Ela não tinha explicação para o quão pronta estaria para permiti-lo agarrar suas coxas e passá-las ao redor de sua cintura.

Ela se mexeu levemente, lambendo os lábios e pressionando as coxas juntas sutilmente ao pensamento. Ia ser uma longa noite.

Oliver olhou para o alto da cabeça de Chloe, perguntando-se no que ela estaria pensando. Ele sorriu ao quão obviamente confortável ela descansava contra seu peito, como se tivesse feito isso uma dúzia de vezes antes. Ele se perguntou se ela percebeu que se sentiu confortável muito rápido com ele. Parte dele preocupada que ela pudesse reconhecer o quanto a sensação era familiar. Quanto tempo demoraria pra ela juntar as peças? Era muito cedo pra contar pra ela? No carro ele tinha se convencido de contar, mas então ela o interrompeu antes de ele ter a chance. Isso era um sinal pra esperar? Ele engoliu seco ao pensamento de que talvez nunca houvesse uma hora certa. Tudo que ele queria era se revelar a ela bem ali e fazer amor com ela pelo resto da noite... e possivelmente durante o dia seguinte também. Mais imediatamente, a mão dela estava descansando em seu peito e ele se encontrou resistindo ao desejo quase insuportável de pegá-la e chupar seus dedos, para ver quanto tempo ia demorar para os olhos dela escurecerem e seus batimentos começarem a acelerar.

Ele engoliu com dificuldade, perguntando-se vagamente se ela acharia estranho se ele se sentasse sobre as próprias mãos.

___________

________________________________________________________________________

12 comentários:

  1. Nossa porque será que o Oliver sentaria sobre as próprias mãos? kkkkkk,sei não viu! doidos pra se pegarem e só no pensamento, aguardando próximo, vou me controlar e não ler logo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Haha, pra não se pegarem, só amarrando os dois, lol

      Excluir
  2. Esse capítulo merece uma salva de palmas: primeiro para o Hal, bancando o superamigo-cupido-investigador de potenciais namoradas do Oliver... Depois, pra Chloe, que mesmo meio sem compreender o que o Hal estava fazendo, mandou muitíssimo bem. E finalmente, pra esse encontro fofo demais...

    Agora, 'Meu Deus, ele é confortável' é algo que eu JAMAIS associaria a Oliver Queen... huahuahauahuahauah

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Confortável, pois é... quem diria, todos os elogios imagináveis se aplicam a ele, como pode ser tão gostoso, né?

      Excluir
  3. Acabei de me atualizar. Capítulo maravilhoso!

    É mesmo Ciça, de todos os adjetivos que daria para descrever o Oliver, confortável não me passaria pela cabeça kkkk Quanto ao desejo da Chloe de "rasgar a roupa dele e lamber cada centímetro de seu corpo"... haha

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Desejo da Chloe - anota mais uma! o/

      Excluir
    2. Opa, me coloca na lista, gente... kkk...

      Excluir
    3. Ninguém resiste ao Ollie rs

      Excluir
    4. Desejo da Chloe compartilhado com todas as mulheres do mundo, rs...

      Excluir
  4. Hal, é ótimo!! Louco mais ótimo!! kkkk

    Pois é meninas, quem pode resistir a Oliver Queen? Ou melhor quem é que quer resistir? haha

    Cada capítulo supera o outro... =D

    GIL

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. GIl, acho que ninguém pode resistir a esse homem!!!! :D

      Excluir

Google Analytics Alternative