4.4.15

Never A Bride (16/27)

TítuloNoiva Jamais
Resumo: Quando um jornal publica uma falsa notícia de noivado entre Oliver Queen e Chloe Sullivan, e todos os seus amigos ficam animados, Chloe e Oliver decidem fingir um falso noivado e terminar, para provar a seus amigos o quão errados eles são um para o outro. Porque eles vão terminar, certo?
Autorathe_bluesuede
Classificação: NC-17
Categoria: Romance/Humor.
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Nota: Esta tradução foi sugerida pela Ciça. 


Chloe acordou assustada. Ela olhou para o relógio. Era apenas quatro da manhã. Eles haviam chegado em casa há uma hora e meia. Por que no mundo ela estava acordada?

Houve um barulho no corredor e ela se sentou. Havia alguém no apartamento? Outro barulho.

Puta merda, há alguém no apartamento. Oliver está acordado? Ele sabe? Ela olhou ao redor, entrando em pânico. Todas as suas coisas estavam no quarto de Oliver, exceto duas: seu robe e seu tazer.  E sua bolsa? Silenciosamente ela se xingou. Ela chegou tão cansada que a jogou no balcão da cozinha. Ela teria que pegar a bolsa para poder ligar para a polícia. De repente ela desejou ter passado a noite no quarto de Oliver. Ela não estaria tão apavorada agora se ele estivesse ali.

Silenciosamente ela desceu da cama e vestiu o robe, amarrando-o na cintura, como se a peça de roupa pudesse protegê-la. Abrindo a gaveta da cômoda o mais silenciosamente que conseguiu, ela pegou um tazer que mantinha ali – Para situações como esta, ela se relembrou. O peso dele em sua mão a acalmando levemente.

Ela atravessou o corredor sem fazer barulho, tentando não respirar alto. Olhando ao redor, ela viu a silhueta de um homem, inclinando sobre o que parecia ser uma mala.

Estreitando os olhos, ela viu a bolsa no balcão perto dele. Ele estava de frente para o outro lado. Se ela alcançasse a bolsa, e o segurasse tempo suficiente para discar o número...

Mas quando ela deu outro passo, o homem se endireitou e olhou diretamente para ela. Chloe perdeu a cabeça completamente e gritou, apontando o tazer em sua mão. “Para trás!”

“Chloe!” o ladrão ergueu as mãos em rendição. Só que não era um ladrão. Era—

“OLIVER!”

Ele procurou o interruptor pela parede e acendeu a luz, fazendo os olhos de Chloe doerem. Ela piscou rapidamente.

“Que diabos você está fazendo?” ela exigiu, o coração ainda disparado no peito.

Oliver estava olhando como se ela fosse maluca. “Você pode por favor abaixar o... Deus, o que é isso, um sabre de luz?”

Chloe percebeu que ainda estava apontando a arma e abaixou os braços. “É um tazer. Eu pensei que você fosse um ladrão”, ela disse envergonhada. “O que você está fazendo?” ela perguntou de novo, sentindo-se totalmente estúpida e de repente ficando vermelha quando se lembrou da carona estranha para casa aquela noite. Ela cruzou os braços sobre o peito desconfortavelmente.

“Eu acabei de receber uma ligação para ir para Metrópolis por alguns dias. O avião vai sair assim que eu chegar. Eu não queria te acordar, então eu ia deixar um bilhete.”

Lentamente, Chloe percebeu a bagagem atrás dele. Ele estava de terno, e tinha claramente tomado um banho. Ela tinha lavado o rosto, mas estava ciente de que ainda havia maquiagem dourada em seu rosto. Ela apertou o robe, sentindo-se levemente estúpida. Ela bocejou, exausta agora que o perigo havia passado. “Oh”, disse, ainda sentindo-se um pouco estúpida. “Certo.”

Oliver estava dando um risinho. “Então... você achou que eu era um ladrão. E sua solução era sair da cama e... me atacar com um tazer?”

Ele estava deixando-a cansada. Ela sentou-se em um dos bancos do bar. “Eu estava tentando pegar meu celular.” Ela gesticulou para a bolsa.

Ele balançou a cabeça, rindo para ela. “Chloe, faça-me um favor, se alguém de fato invadir esta casa, especialmente se eu não estiver aqui, prometa-me que vai ficar em seu quarto e trancar a porta?” Ele implorou.

Chloe franziu a testa teimosamente. “Eu não vou ficar sentada em pânico enquanto alguém invade minha casa.”

Oliver suspirou, correndo a mão pelo rosto antes de olhar para o relógio. “Vem cá”, ele disse, fazendo-a segui-lo até seu quarto. Ela caminhou atrás dele, mantendo um braço de distância. No quarto, ele apontou para um pequeno painel de controle na parede. Ela achava que era apenas para controlar a iluminação e a temperatura. “Este”, ele disse, “é um disparador manual de alarme. Na bizarra circunstância de alguém conseguir passar por toda a segurança deste prédio, e de alguma maneira entrar no apartamento...” ele olhou para ela e ela se sentiu envergonhada novamente, “aperte este botão. Você pode dormir aqui enquanto estou fora”, ele deu de ombros. “Todas as suas coisas estão aqui. Vai ser mais fácil pra você.”

Chloe assentiu. “Obrigada. Vou me lembrar disso.”

“Bom.” Oliver balançou a cabeça enquanto saía, murmurando algo sobre tazers.

Chloe o observou se afastar, e então, muito cansada para se arrastar para o quarto de hóspedes, subiu na cama de Oliver e deitou ali. Ela enterrou o rosto no travesseiro dele e suspirou profundamente. Cheirava a loção pós-barba.

Ela adormeceu em segundos.

Um momento depois, Oliver reapareceu no quarto. “E outra coisa, eu—“ ele parou quando a viu e deu risada. Ele apagou a luz e silenciosamente fechou a porta do quarto. Ele estava começando a gostar demais daquela mulher.

__________

Chloe, querida, o que você vai fazer hoje?”

Chloe ergueu as sobrancelhas. “Oi, sra... quer dizer, Laura. Bem, eu estou no escritório agora.”

“Chloe! Hoje é sábado!” Laura falou. “Oliver me disse que você era quase tão workaholic quanto ele.”

“Hmm, é difícil vencê-lo”, Choe pensou no abrupto sumiço para Metrópolis na noite anterior, e novamente sua aparição tardia no casamento de Dinah e AC.

Laura suspirou, com certa tristeza. “Sim, ele puxou ao pai nesse sentido. Enfim, que horas você sai do trabalho hoje?”

“Bem, eu ia parar ao meio-dia e almoçar.”

“Maravilha, eu te pego ao meio-dia.”

“Espere, o quê?”

“A não ser que você tenha planos?”

“Não, eu só--”

“Ótimo, eu tenho uma maravilhosa surpresa pra você. A prima de uma amiga é uma chef que estudou na França, e ela concordou em preparar uma degustação para nós esta tarde.”

“Degustação?”

“Para o casamento, Chloe”, Laura riu.

Chloe quase perguntou ‘Casamento de quem?’ antes de perceber que Laura falava de seu casamento. “Oh!” ela disse então, genuinamente surpresa. “Bem... claro, eu acho.” Não seria muito educado recusar, e ela percebeu que agora que ela e Oliver tinham combinado de manter a farsa por mais tempo, pelo menos algum plano para o casamento teria que ser feito. Acho que vou mandar um e-mail a Vera. E mandar Edward fazer uma lista com alguns contatos. Ela iria, claro, pagar todo mundo por seus serviços assim que cancelassem. Minha própria tentativa de movimentar a economia, ela pensou desanimada.

“Oh, maravilha. Mal posso esperar para vê-la. Vejo você ao meio-dia, então, querida. Não coma nada para não estragar seu apetite!”

“Ok, Laura”, Chloe concordou. “Te vejo mais tarde, então.”

Ela desligou e interfonou para Edward. Ele apareceu quase instantaneamente, um olhar curioso no rosto.

“Eu vou encontrar a Sra. Queen esta tarde”, ela suspirou. “E vou precisar de café para que eu não pareça um gato assustado.”

Edward fez um barulho de deleite e bateu palmas entusiasmadamente. “Maravilha. O que você vai fazer com ela?”

“Degustação de bolo.”

“Ooh, que delícia! Mal posso esperar para escolher uma roupa pra você.”

“Edward, eu não preciso de uma roupa. Já estou vestida.”

Edward olhou por sobre o ombro e olhou pra ela de cima a baixo. “Ah sim, você está.”

Chloe franziu a testa e olhou para baixo. Ela estava bem vestida.

Estar bem vestida não impediu Edward e Mia de levá-la ao andar que continha roupas de estilistas diferentes para ela escolher. Chloe poderia ter protestado mais, cansada como estava, mas continuou tomando café, então por que se importar? Ela tinha a vaga sensação de que havia coisas mais importantes para fazer no escritório, mas ela não se importava. Depois de ir dormir tarde por duas noites seguidas, ela simplesmente não tinha energia para ficar preocupada.

Além do mais, ela pensou, as coisas estão indo surpreendentemente bem. Talvez o universo estivesse tentando provar algo a ela, ou talvez ela tivesse apenas sorte. Mas mesmo com o tempo que tirou de folga no verão, e todas as distrações em lidar com Oliver e sua família ultimamente, a revista estava tão bem como sempre. Ela sempre teve medo de relaxar, mas a evidência era clara de que nada sofrera em sua ausência. Não que ela não sentisse necessidade de estar lá trabalhando. Havia muita coisa pra fazer, e ela andava muito ocupada. Era só que era evidente que a publicação que ela reconstruíra do zero se estabilizara. Todo mundo sabia o que precisava ser feito e fazia. Ela olhou para Edward e Mia, que estavam aprovando seu visual atual – um blazer creme com uma blusa dourada por baixo e um jeans escuro. Ela sabia que Edward, agora ajudado persistentemente por Mia era um dos responsáveis pelo sucesso da Whistle. Ela fez uma nota mental de dar a ele um aumento e um bônus de fim de ano.

E quando Mia saísse da faculdade, ela tinha toda intenção de efetivá-la na revista. Era bom, ela decidiu enquanto tomava um gole de café, saber que podia ter uma vida pessoal, e que sua vida profissional sobreviveria. Era bom ter pessoas com quem pudesse contar.

“Bem, o que você acha?” Mia perguntou ansiosa.

Chloe suspirou e deixou o café sobre a mesa. Ela aproximou-se do espelho, se virou para a esquerda e para a direita. “Sim”, ela sorriu. “Está ótimo.”

“Excelente”, Mia disse com alegria. “Estou ficando boa nisso”, ela se parabenizou antes de ir para o elevador.

Chloe observou-a se afastar e olhou para Edward. Ele deu de ombros. “É verdade. Ela escolheu esta roupa sozinha. Eu só procurei sapatos que combinassem”, ele deu um risinho, mostrando os sapatos creme peeptoes.

Ela os pegou, sorrindo. “Obrigada. Talvez eu não dê a ela seu emprego ainda.”

Edward olhou feio. “Só não esqueça: ela ainda não consegue fazer a máquina de café expresso funcionar.”

Chloe deu risada. “Você está certo. Seu emprego está a salvo.”

“É melhor você ir”, Edward disse, olhando para o relógio. “Está quase na hora.”

“Certo”, Chloe disse. “Você já sabe. Qualquer mensag--”

“—é pra passar direto para o seu celular. Qualquer outra coisa ou resolvemos sozinhos ou deixamos para você resolver pessoalmente na segunda. Eu sei, amor. Eu já pilotei esta nave antes.” Ele piscou pra ela e Chloe sorriu.

“Como está Darren, aliás?”

Edward lhe ofereceu o braço, conduzindo Chloe até o elevador. “Ele está bem. Visitando a mãe em Monterrey.”

“Que animador. Você já a conheceu?”

Edward pareceu envergonhado.

“Você conheceu! Meu Deus, seu casamento será o próximo então.”

Ele se virou vermelho e ela arfou.

“EU ESTAVA BRINCANDO!”

__________

Deus, até meu assistente vai se casar antes de mim, Chloe pensou miseravelmente.

“Está tudo bem, Chloe, querida? Você parece distraída.”

Chloe olhou para Laura do outro lado da mesa. “Desculpe, Laura, estou bem. Só estou com muita coisa em minha mente.”

“Eu também estou exausta”, Laura admitiu. “Ontem foi uma noite longa. Nem posso imaginar como os rapazes estão se sentindo.”

“Rapazes?”

“Robert partiu esta manhã com Oliver. Que tragédia!”

Chloe pareceu confusa.

“Oliver não te contou?”

Chloe balançou a cabeça, sentindo-se estranha. O que ela deveria saber? Ela mentiu rapidamente para acobertar os dois. “Ele não quis me acordar, só deixou um bilhete dizendo que ligaria esta noite.”

Laura assentiu. “Claro. Bem, Chloe, ontem à noite uma de nossas diretoras em Metrópolis acordou e descobriu que o marido morreu por causa de um aneurisma enquanto dormia. Ela acabou de perder um filho no verão, também. Acidente de carro. Coitada.”

“Oh meu Deus, que horrível.”

“Eu sei. Robert e Oliver correram para lá o mais rápido possível, claro. Eles estão cuidando dela agora. Robert sempre se preocupou muito com as pessoas com quem trabalhamos. Seja membro da diretoria ou seja o zelador, ele atravessa o mundo por eles. E ele criou Oliver para ser do mesmo jeito. Eu me lembro do último verão, Marian praticamente mandou Oliver pelo correio, só para ele não perder o casamento dos Curries por causa dela.”

Chloe olhou para ela. “Foi por isso que ele quase perdeu o casamento? Uma diretora perdeu o filho?”

Laura franziu a testa. “Sim, claro. O que ele te contou?”

“Eu...” Chloe gaguejou, balançando a cabeça. “Nada, eu só... não percebi.”

Laura tomou um gole de sua água. “Bem, nós duas sabemos que tinha que ser algo sério para afastá-lo do casamento do melhor amigo daquele jeito.”

Chloe estava ficando vermelha. Por que ele não disse isso no casamento? Porque ele sabia que você estava muito ocupada o julgando, uma pequena voz sussurrou em sua cabeça. E porque ele não queria tocar num assunto tão triste num dia tão especial para Dinah e AC. Não se fala sobre mortes em um casamento.

“Chega desse assunto”, Laura concluiu. “Eu não te convidei para isso. Eu te convidei para degustar doces”, ela disse, provando um. “Não há razão para ficarmos sozinhas quando nossos homens estão longe. O que você acha?”

Chloe olhou para a iguaria no prato em sua frente, pegou com o dedo e experimentou. Era magnífico. Leve, cremoso, suave, e com chocolate amargo ao redor. “Oh meu Deus, que delícia! Esqueça o bolo, vamos servir apenas isto.” Quando o casamento fosse cancelado, ela guardaria os chocolates para superar a solidão. Lois podia se juntar a ela.

Laura deu risada. “Concordo. Este doce definitivamente entra na lista. Você já pensou no tipo de comida que pretende servir? Eu estava pensando em ter uma mesa só para as sobremesas. Poderíamos ter uma fonte de chocolate se você quiser, mas eu prefiro que não. Por mais que eu as ame...”

“Você sempre acaba com chocolate em sua roupa. Eu também”, Chloe riu. “Talvez tenhamos morangos cobertos com chocolate em vez da fonte. Sem bagunça.”

“Perfeito”, Laura disse, fazendo anotações em um bloquinho de papel. “Morangos cobertos com chocolate e definitivamente esses docinhos aqui.”

“Madame?” uma voz perguntou ao entrar no salão de degustação.

“Estamos prontas”, Laura disse, sorrindo. Amelie, a assistente chefe então entrou na sala, carregando uma enorme bandeja.

“Eu trouxe alguns dos bolos. Vocês gostaram dos docinhos?” Amelie perguntou em excelente inglês, considerando que ela era francesa.

“Estavam uma delícia. Por favor passe a Claudette nossos cumprimentos. Estão maravilhosos”, Laura completou.

“E a noiva?” Amelie perguntou, sorrindo para Chloe.

Chloe ficou vermelha em ser chamada daquele jeito, mas ainda assim sorriu. “Absolutamente fenomenal. Esses cobertos com chocolate foram nossos favoritos.”

“Fantástico. Eu vou informar a Chef.” Ela deixou a bandeja de fatias de bolo, e levou a quase vazia bandeja de doces.

“Eu tenho que admitir”, Chloe falou, “não foi assim que imaginei passar o dia.”

A pequena mesa, que estava coberta com uma toalha de linho, porcelana fina e bandejas de prata, agora tinha uma de bolos, cobertos com pasta americana, chantili ou compotas de frutas, uma pequena etiqueta ao lado de cada fatia. Todos pareciam deliciosos.

Laura pareceu bastante satisfeita. “Eu sei! Eu fiquei tão feliz quando Marie mencionou que a prima dela era Chef. Quando eu disse a ela que meu filho ia se casar, ela insistiu em preparar esta degustação. E foi bom agora que os rapazes não estão aqui. É bom ter uma companhia”, ela disse alegre, pegando um prato da bandeja. “Que tal provarmos o mais leve primeiro. Bolo angelical com compota de framboesa”, ela leu no cartãozinho.

Tentando não se sentir culpada, Chloe pegou um prato idêntico e colocou em sua frente.

“O que você acha?” Laura perguntou.

“Acho que está delicioso.”

“Mas é o que você quer para seu casamento?”

Chloe parou. Era uma pergunta direta, mas uma que nunca ouvira antes. O que ela queria para seu casamento? Seu futuro casamento perfeito que tivesse um noivo de verdade?

Ela balançou a cabeça. “Está bom, mas acho que quero algo mais...”

“Achocolatado?” Laura perguntou, erguendo as sobrancelhas conspiratoriamente.

Chloe deu um risinho e assentiu.

“Mas talvez possamos ter pequenas fatias deste bolo angelical na mesa de sobremesas”, ela disse pensativa, dando outra pequena mordida. “Está delicioso. Combina com o verão? Quando vocês estão pensando em marcar a data? Eu nunca consigo uma resposta de Oliver. Ele fica dizendo que você é quem vai decidir."

Chloe não pode deixar de sorrir. Ela pensou numa resposta cuidadosamente. “Eu estava pensando, talvez no final da primavera fosse bom. Antes de ficar muito quente.” E bem depois do casamento de Jimmy e Kara.

Laura assentiu. “Eu sempre achei que longos noivados são bons. Haverá bastante tempo para tudo e para fazer as coisas do jeito que você quer.”

Chloe sorriu. Era uma vergonha que Laura e Oliver fossem um pacote só. Se ao menos ela pudesse escolher um noivo e uma sogra separadamente. Ela sempre imaginou que Lois receberia o prêmio por ter os melhores sogros, mas Laura e Robert eram páreo duro, de verdade.

“Oh, Chloe, experimente este!” Ela pegou o cartão do bolo antes de Chloe ler e deixou-a experimentar.

Chloe pegou uma fatia e arfou. “Oh meu Deus.”

“Eu sei.”

“Isto é... café?”

Laura assentiu. Sob as camadas de bolo havia uma camada de mousse de café, e uma cobertura leve de chocolate.

“Não preciso experimentar mais nada. Este é perfeito.”

Laura deu risada. “Não diga isso a eles, senão levam a bandeja embora! E de qualquer maneira, você pode escolher mais do que um sabor, você sabe.”

Chloe também riu. “Bem pensado. Você está certa. Preciso experimentar todos eles.”

__________

Uma semana depois Chloe estava se sentindo mais culpada do que nunca, mas ela também vinha conversando com Laura Queen toda a semana, o que era muito divertido.

“Certo, Laura”, ela disse em seu celular. “Sim, falamos depois. Não, eu acabei de chegar em casa. Sim, isso parece ótimo.” Ela desligou e deixou o telefone sobre o balcão.

“Falando com minha mãe?”

Chloe gritou e girou. “Oliver! Pelo amor de Deus, NÃO FAÇA ISSO!”

Oliver estava deitado no sofá com as mãos atrás da cabeça, parecendo se divertir.

“Quando você chegou?” ela perguntou. Ele ficou fora a semana toda. Ele telefonou algumas vezes para ver se estava tudo bem, garantir que ela estivesse dormindo em seu quarto etc., mas além disso, ela não sabia quando voltaria para casa.

“Há umas duas horas”, ele disse, desligando. “Meu pai está finalizando as coisas em Metrópolis e pega o jatinho amanhã de manhã.”

“Jatinho?” Chloe perguntou. Ela não tinha dificuldades financeiras, mas continuava esquecendo que Oliver tinha... muito.

“Sim, eu voltei num voo comercial para que ele pudesse usar o jato quando fosse conveniente. Disse a ele que tinha que voltar esta noite.”

“O que tem esta noite?”

Ele riu. “Ei, eu prometi uma noite na cidade, e uma noite na cidade nós teremos.”

Chloe de repente se lembrou da promessa de Oliver de passar uma noite ‘se divertindo’ com ela. “Oh, Oliver, você não precisava voltar por isso. Você deveria ter ficado!”

Oliver lhe deu um olhar. “Relaxa, Sullivan. Meu pai tem tudo sob controle. Eu fiz o que precisava, mas de acordo com ele eu tenho ‘obrigações com minha noiva’ ou algo assim.” Ele piscou pra ela.

Chloe não se deixou enganar. “Ela está bem?”

“O que?”

“A mulher da diretoria. Sua mãe me disse que ela perdeu o marido.”

“Oh.” Oliver parou. Marian Solsvig era uma mulher adorável que era a prova de que coisas ruins aconteciam a pessoas boas. E se não era difícil o bastante perder o filho em um acidente de carro no começo do ano, perder o marido tão de repente não era justo. Mas Oliver e Robert estiveram com ela a semana inteira, e um sobrinho chegara de Nova Zelândia no dia anterior para ficar com ela. Ela era uma mulher de fé e parecia estar levando bem as coisas, embora Oliver pudesse dizer que ela se sentia sozinha. Ela ficou muito feliz quando Robert contou a ela que Oliver estava noivo. Foi o mais feliz que ele a viu a semana toda e ela passou o resto da visita perguntando a Oliver tudo sobre Chloe. E já que isso a deixava feliz, Oliver respondeu todas as suas perguntas. Quando ele partiu naquela manhã, Marian disse a coisa mais estranha possível. “Não deixe essa garota ir embora. Você disfarça, mas sei que você a ama. Posso ver nos seus olhos quando você fala sobre ela.”

Oliver murmurou alguma coisa em resposta, e ela lhe deu um olhar de alerta.

“Estou falando sério, Oliver. Sei que você não espera que dure – seja lá o que você diga na frente de seu pai – mas você precisa segurar esta garota. Pelo que você me contou, ela é especial. E pessoas não deveriam passar pela vida sozinhas.”

Ele olhou para Chloe. “Ela está bem. Um familiar chegou ontem, então ela não ficará sozinha por um tempo. Ela é uma mulher forte, eu acho. Então, o que você andou fazendo com minha mãe?”

Chloe enrubesceu culpadamente. “Planejando nosso casamento. Começou com uma degustação de bolo e eu pensei ‘Qual o problema?’ e então a degustação se tornou esquemas de cores que virou organização das mesas que se tornou  entrevistas a bufês... e meio que ficou fora de controle. Ela está dando tarefas a Edward e me escalou para compromissos com o planejamento pelos próximos meses. Eu já fui ver vestidos. Acho que ela quer contratar um organizador de casamentos... eu me sinto tão mal!” ela gemeu, desabando no banco do bar.

Oliver deu de ombros. “Bem, pelo menos isso vai ajudar a economia.”

Ela riu. “Foi o que eu pensei!”

“Esqueça os planos para o falso casamento. Você possui obrigações com seu falso noivo esta noite”, Oliver disse, puxando-a do banco e arrastando-a pelo corredor. Ele a fechou no quarto e disse através da porta. “Vista algo sensual!”

“Onde vamos?” Chloe perguntou curiosa.

“Não vou dizer.”

Ela o ouviu sumir pelo corredor. “Hmmph”, ela grunhiu. Ela estava cansada. Parte dela realmente não queria sair. Mas a parte estava um pouco animada. Usar algo sensual. Por que não? “POSSO USAR JEANS?” ela perguntou.

“SIM!” ele gritou sem necessidade do outro lado, imitando o volume dela.

Ela mostrou a língua para a porta. “Tudo bem então”, murmurou. “Eu vou.” Ela sorriu, indo até o armário onde todas as suas coisas estavam penduradas. Ela pegou uma calça jeans e uma regata branca com a gola pendurada até o umbigo. Então ela escolheu uma lingerie dourada para vestir por baixo. Ele queria sensualidade, ele teria sensualidade.

“Então, você tem visto os tabloides?” Oliver perguntou da cozinha enquanto ela terminava de se vestir.

Chloe ficou vermelha. Oh, ela vira. “Por quê?” perguntou, fingindo ignorância.

“A cidade está obcecada com a gente. Nos chamam de ‘casal dourado'.”

“Engraçado.” Chloe foi perseguida pelas fotos a semana toda. Para todo lugar que virava, todas as bancas da cidade exibiam uma foto dela e Oliver vestidos para o baile do último fim de semana. ‘Casal Dourado’, ‘Beijo Dourado’, ‘Noivado Dourado’, estavam em todas as revistas. Edward e Mia as deixavam sobre sua mesa e ela finalmente acabou lendo uma delas. Havia uma página inteira com a foto dela e Oliver se beijando de um lado, e um close up no canto com um artigo sobre como ela e Oliver eram o casal perfeito de Star City e a esperança para o futuro etc. O jeito que falavam dela e Oliver... era como se a cidade fosse dona deles. As pessoas queriam saber tudo sobre suas vidas pessoais, mesmo que fosse algo completamente fictício e, de alguma maneira, Chloe descobriu que não se importava. Era lisonjeiro que ela e Oliver fossem retratados como pessoas que representavam a felicidade da cidade. Ela sabia que muito tinha a ver com o fato de Oliver substituir o pai na empresa, mas eles a colocavam junto. Ela era o apoio dele, sua felicidade.

E aquele beijo. Até ela tinha que admitir que a foto fazia parecer sensual. Diabos, quem estou enganando? Foi sensual. Ela ainda podia senti-lo até as pontas dos dedos. Oliver era muitas coisas que ela não imaginava quando o conheceu, e dar um bom beijo era definitivamente uma de suas qualidades. Talvez fosse apenas porque fazia muito tempo desde que foi beijada por um homem. Ela revirou os olhos para si mesma. “Como se eu tivesse esquecido a diferença entre um bom beijo e beijo ruim”, ela murmurou, vestindo a regata. Ela vestiu a calça e a fechou. Ela se olhou no espelho, virando de um lado para o outro. Tinha que admitir, ela gostava de usar dourado. Era uma boa cor para ela. Não tinha percebido isso até o dito fim de semana.

Ela olhou para os sapatos e virou a cabeça para a porta. “Eu vou ficar muito tempo em pé?”

Oliver estava comendo uma fatia gelada de pizza. “Sim”, ele disse com a boca cheia de comida.

Fazendo bico, Chloe virou-se para o armário novamente e ignorou os saltos, preferindo um sapato baixo ao invés. Quando ela saiu do quarto, Oliver estava tomando um copo d’água.  Ele parou quando ela apareceu. “Maldição, Sullivan”, ele balançou a cabeça. “Você está bonita.”

Chloe ficou vermelha. “Obrigada.” Ela olhou pra ele. “Você vai--”

“Trocar de roupa? Sim. Estava esperando você.” Ele deixou o copo sobre a pia e foi para o quarto. Momento depois ele reapareceu, usando uma camisa jeans com um botão aberto e as mangas dobradas. “Pronto”, ele disse. “Combinamos.”

Chloe ergueu uma sobrancelha. A camisa de linho dele tinha detalhes dourados do lado esquerdo. “Você é patético. As pessoas vão dar risada.”

“Sério?”

Chloe assentiu, suprimindo um risinho.

“Você é a especialista em moda”, ele deu de ombros, mas Chloe podia dizer que ele estava tentando lhe fazer rir. Minutos depois ele reapareceu com outra camisa, desta vez num marrom escuro.

“Então, onde vamos?” Chloe perguntou enquanto ele pegava as chaves e a jaqueta.

“Para a garagem.”

Chloe bufou, seguindo-o pela porta. “E depois disso.”

“Eu disse que é uma surpresa.”

“Eu odeio surpresas.”

“Imaginei.”

Chloe revirou os olhos. Oliver a conduziu até a garagem e parou.

“Oh, não.”

“O quê?”

“Eu não vou subir nesta coisa.”

Oliver deu um risinho. “Está com medo, Chloe?”

Ela olhou feio pra ele. “Eu não confio em você.”

“Ah, vamos.” Oliver disse, subindo na moto e ligando o motor. “Viva um pouco.”

Ela se lembrou de uma vez pensar que tudo que Oliver precisava era de um bigode para girar e ele seria a imagem cuspida do demônio. Era verdade. Ele claramente havia sido mandado para este mundo para tentá-la ou matá-la, o que acontecesse primeiro.

Cheia de receios, Chloe montou a moto e vestiu a jaqueta que ele passou a ela. Ela abraçou Oliver com força, tentando não gritar enquanto ele lentamente os tirava da garagem. Ela sabia que ele nunca lhe daria paz se ela gritasse.

Todos os pensamentos de dignidade se perderam quando ele acelerou para a rua. Ela gritou e se agarrou a ele o mais apertado possível, enterrando o rosto no ombro dele e fechando os olhos com força. “AI MEU DEUSSSSS!”

Oliver deu risada. “Relaxa!” ele gritou por sobre o ombro. “Você está em segurança!”

Só depois de uns dez minutos Chloe finalmente conseguiu acreditar nele e abrir os olhos. Eles estavam claramente deixando a cidade. “Para onde estamos indo?!” ela gritou no ouvido dele.

“Para o aeroporto!”

“O QUÊ?”

Oliver apenas riu e Chloe gemeu. Eles iam voar para onde? Sério? Ela não tinha nem feito uma mala. E se ela precisasse de alguma coisa? Ou se eles ficassem presos em algum lugar. Mas para Oliver, aquilo era uma saudável dose de espontaneidade para ela.

Eles entraram em um aeroporto privado e Oliver teve que ajudar Chloe a se soltar dele. Ela murmurou alguma coisa sobre cavalos.

“O quê?” ele perguntou dando risada.

“Eu só estou lembrando minhas patéticas tentativas de cavalgar na fazenda de Clark. Não sou boa naquilo e nem sou nisto aqui.”

“Ei, claramente você sobreviveu aos dois.”

Chloe apenas estreitou os olhos para ele. “Pelo amor de Deus, você pode me dizer para onde estamos indo? Não aguento o suspense.”

Oliver suspirou. “Certo, se você tem que saber, vamos para uma pequena cidade na costa.”

Chloe olhou confusa. “Por quê? E espera, como vamos chegar lá?”

“Avião, duh.”

“Pensei que o jatinho estivesse com seu pai.”

“Está. Vamos pegar outro, um menor.”

Ele disse completamente casual, indo na direção de um pequeno jato com um Q enorme do lado. Chloe olhou para ele incrédula. “Oh”, ela murmurou. “O outro. Naturalmente.”

Assim que estavam no ar, Oliver começou a preparar um coquetel para Chloe no minibar, e Chloe olhou pela janela.

“Oliver?” ela perguntou.

“Hmm?”

“Você sabe que você é um mimadinho, certo?”

Ele deu de ombros. “Eu sei.”

“Só para deixar claro.”

“Entendi.”

“Então, por que deixar a cidade? Para onde vamos?”

“Um clube.”

Chloe se virou para ele como se ele fosse louco. “Tivemos que deixar a cidade... num avião... para ir a um clube?” ela exigiu. “Você enlouqueceu?”

Ele entregou a bebida a ela. “Não. Eu sou apenas mais esperto que você. Você está cansada de estar rodeada pelos paparazzi, então estou nos levando para um lugar onde ninguém nos espera ou nos reconheça. Os únicos nos esperando são os controladores de voo, e até onde eles sabem, somos associados do meu pai, pegando o jatinho a negócios.”

Ela olhou para ele, começando a ver a genialidade de seu plano. Ela tomou a bebida.

“Admita. Sou um gênio.”

“Você é substancialmente menos neandertal do que achei que fosse”, ela concedeu.

“Vou tomar isso como um elogio.”

“Você deveria”, ela piscou, recostando-se no assento para olhar pela janela. Havia definitivamente um benefício comparado a sua maneira de voar. Claro, a primeira classe era legal, mas ainda assim comercial. Ela ainda tinha que lidar com bagagens e esperar em terminais e bebês chorando como qualquer outro passageiro. E ela ainda tinha que encontrar um comissário de bordo que pudesse fazer um coquetel tão bem como Oliver Queen.

No pequeno e privado aeroporto, havia um carro esperando por Oliver e Chloe com janelas escuras. Chloe estava de fato animada quando pararam na frente do clube, um lugar vintage com uma pista de dança que tinha vista para a praia. Fazia tanto tempo que ela não saía como uma pessoa comum.

Atualmente ela sempre pegava seu itinerário como um lugar para ser vista ou uma maneira de promover alguma coisa. Ela não conseguia se lembrar da última vez que tinha ido a algum lugar somente para se divertir. E ela mal podia esperar para não ser reconhecida, ser apenas outra mulher num bar.

Oliver tinha a mão levemente posicionada em suas costas enquanto a conduzia para dentro, e ele a deixou em uma mesa alta para ir buscar bebidas para os dois. Ela descansou o queixo na mão e olhou ao redor.

Embora a maior parte da dança acontecesse no andar de cima, havia uma pista e música tocando ali também, claramente uma noite tradicional para um bar que estava repleto de pessoas para o fim de semana. Ela só ficou sentada por um momento quando alguém se aproximou.

“Quer dançar?”

Ela quase esperou ver Oliver quando virou a cabeça, mas não era ele. Parado em sua frente havia um homem na casa dos vinte anos com uma camisa pólo e um sorriso convencido. Chloe sorriu de volta. Por que não? Ele claramente não fazia ideia de quem ela era. “Claro”, ela disse, descendo do banco.

Seu sorriso confiante falhou ao ver o anel no dedo dela. “Tem certeza que seu noivo não vai se importar?” ele perguntou, olhando ao redor.

“Definitivamente não”, Chloe deu risada, imaginando o absurdo que seria Oliver com ciúmes dela dançando com alguém. Era quase ridículo.

E foi exatamente o que aconteceu. Oliver não sabia o que pensar. Ele voltou com uma bandeja de bebidas para ele e Chloe e ficou olhando ao redor em confusão. Ele não estava confuso por ver Chloe dançando com outra pessoa. Ele estava confuso com o modo que aquilo o fez se sentir.

Eu a trouxe aqui para que se divertisse e é o que ela está fazendo, Oliver disse a si mesmo, recostando-se contra a mesa e observando. Então por que diabos eu não estava planejando que ela se divertisse com outro cara? Esse é o maior benefício de não reconhecida ali. Ela não tem que ficar comigo. 

Seu estômago estava revirando. Ele não tinha o direito, nada com o que estar incomodado. Então porque estava? Ele se lembrou do que Marian dissera sobre ele e Chloe antes dele partir de Metrópolis. Ele assumiu que ela era só mais uma pessoa enganada pela encenação, pensando que ele e Chloe estivessem perdidamente apaixonados. Mas será que Marian vira algo que ele não via? Era possível que Oliver tivesse sentimentos por Chloe?

Ele engoliu em seco nervosamente, procurando algo para fazer no celular, a música tomando seus ouvidos e os quadris de Chloe.

Eu gosto dela, ele pensou. Ela é uma ótima pessoa. E eu estou atraído por ela... Quer dizer, ela é bonita e tal. Claro que estou atraído por ela. 

Então porque era tão impossível que talvez ele tivesse uma... queda por ela? Ele deduziu quando a conheceu que ela não era seu tipo. Quanto mais a conhecia, mais as desculpas definhavam. Tudo bem, então eu tenho uma quedinha por ela. Isso deixa tudo ainda mais complicado. Mas isso não significa que posso ficar confuso. Essa coisa toda com Chloe vai durar alguns meses mais que o esperado, mas vai chegar a um fim. Ela precisa encontrar alguém e eu não tenho o direito de prendê-la em algo só porque não posso controlar meus hormônios. 

Ele mal finalizou o último pensamento quando a fonte de seus problemas apareceu ao seu lado, olhos brilhando. “Um destes é pra mim?” ela perguntou, sentando-se.

Oliver sorriu. “Três são para você.”

“Fantástico”, Chloe disse, sentando-se de frente pra ele, que finalmente também se sentou. Ela pegou o sal.

“O que aconteceu com seu namorado?” Oliver perguntou, tentando fazer sua voz soar casual.

“O quê? Oh—o cara da camisa pólo. Ele foi dar em cima da noiva de outra pessoa”, ela riu, acenando a aliança na frente de Oliver. “Sabe, isso é ótimo para pegar homens. Eu posso me divertir sem expectativas. É maravilhoso.”

Oliver riu, entregando a ela uma dose e uma metade de limão. “Pobre coitado”, ele disse. Ele lambeu o pulso e jogou sal, observando Chloe fazer o mesmo. “Mas sem expectativas – vou beber a isso”, ele propôs, erguendo uma dose no ar. Juntos, os dois engoliram a tequila, Chloe fazendo uma careta enquanto pegava o limão e Oliver estalando os lábios antes de fazer o mesmo. “Já está se divertindo?” ele brincou.

Chloe suspirou. “Na verdade não. Quer dizer, vou precisar de mais algumas doses antes de superar o fato de que estou aqui presa com você”, ela lhe deu um olhar malicioso.

“Oh, bem, com licença! Não queria te atrapalhar!” Oliver brincou.

Chloe riu, pegando o sal novamente. Ela lambeu o pulso e jogou o sal, mas quando ia tomar a outra dose, ele a impediu. Ele pegou o copo da mão dela, passou a mão ao redor de seu antebraço, cobriu o pulso dela com sua boca. Ela tremeu ao sentir a língua dele em sua pele, rosto esquentando. Os olhos dele encontraram os dela enquanto lentamente chupava sua pele antes de tomar a outra dose. Finalmente ele soltou seu braço e pegou o limão, erguendo as sobrancelhas em desafio.

Superando seu repentino desconforto, Chloe sorriu. “Certo, se é assim que vamos jogar.” Ela imitou as ações de Oliver, lambendo seu pulso antes de jogar sal, chupando novamente antes de tomar a bebida. Ela não encontrou os olhos dele enquanto corria a língua por sua pele, e Oliver estava gostando de ver o vermelho em suas bochechas, obviamente mesmo com a pouca luz do bar. Acenando para o garçom, ele indicou que queriam outra bandeja de tequila enquanto ele e Chloe tomavam juntos a terceira dose que restara. Tentando agir mais maliciosa do que se sentia, Chloe ofereceu a Oliver seu pulso novamente, desafiando-o a fazer de novo. Erguendo uma sobrancelha, ele aceitou. Ela suprimiu um tremor enquanto o observava chupar seu pulso uma segunda vez. Ele jogou sal, lambeu de novo e tomou sua dose.

Chloe percebia que estava ficando quente com a tequila. Ele ofereceu a ela sua mão, e ela pressionou os lábios juntos enquanto segurava o braço dele. Em vez de seu pulso ela lambeu a lateral do polegar e Oliver começou a se perguntar o que estava pensando quando começou aquilo.

E lá se vai a ideia de não deixar meus hormônios estragarem as coisas, ele pensou.

Algumas doses depois, Oliver ignorou o pulso estendido de Chloe e a puxou da cadeira na direção dele.

Nota para mim mesmo, a parte sóbria de seu cérebro pensou, eu não sou confiável com Chloe quando tomo tequila. O álcool estava tomando conta de seu cérebro, fazendo a pele de Chloe parecer muito mais apelativa do que deveria.

O estômago de Chloe pulou enquanto ele a puxava em sua direção. Ela de repente se lembrou da festa de casamento de Katherine... a última vez que ela e Oliver beberam tequila juntos. Ela se lembrou de ter dançado com ele – e um desejo louco de sentir os lábios dele em seu ombro. Mais tarde naquela noite, quando estavam bem mais bêbados, ele de fato o fez, como se sentisse o que ela queria. Agora, como se a memória sensorial tivesse retornado a ele também, ele encontrou os olhos dela por um breve segundo antes de correr a língua por seu ombro.

Ele jogou sal antes de correr a língua ali e fazer Chloe de fato estremecer em resposta. A mão dele parou em seu quadril e ela o observou de perto enquanto tomava a dose e então chupava o limão.

Ela estreitou os olhos. Ele estava fazendo de propósito. Tentando provar que grande mulherengo era. Ela não ia deixá-lo vencer. Olhando para ele, ela pressionou dois dedos na têmpora dele, gentilmente o encorajando a jogar a cabeça para o lado. Sem esperar que ele reagisse, ela se inclinou e lambeu seu pescoço, o cheiro da tequila misturado ao da colônica dele invadindo seus sentidos. Ela não viu a expressão de choque no rosto dele enquanto jogava sal ali e lambia antes de tomar a bebida. Ela esqueceu do limão e levou os lábios até o ouvido dele. “Eu quero dançar”, ela disse decidida, deixando-o e indo para a pista de dança do andar superior.

Oliver a observou se afastar, engolindo em seco. Seus olhos a seguiram pela escada, onde ela olhou para ele e perguntou. “Bem? Você não vem?”

Maldição, ele pensou. Eu estou ferrado.

Ele pegou a última dose de tequila na mesa e tomou, balançando a cabeça antes de segui-la.

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DEZESSETE

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10 comentários:

  1. Adorei!!!
    As coisas realmente estão começando a esquentar :P

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  2. Como eu amo tensão sexual :P hahaha
    Affff, Chloe como sempre, sortuda! Queria tomar tequila desse jeito!
    Mandava ele pegar o limão na minha boca kkkkk :P


    Amei esse cap!

    Aline

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    1. Amamos!!!!!!!! Sortuda é pouco! Nossa, quem não ficou com vontade dessa tequila aí? rs... A fila vai ser grande, tequila mágica, rs... Que bom, Aline... As coisas agora vão esquentando... :D

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  3. Pai do Céu! Eita tequila milagrosa, minha gente!! Hahaha
    Fica mais quente de agora em diante, Sofia? Wowww!!

    E palmas para Marian, tadinha, apesar de toda sua dor conseguiu enxergar bem longe!!

    GIL

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    1. Tequila das boas... rs... Fica!!!!!! Prepare-se! Ah, verdade, enxergou o amor verdadeiro... :D

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  4. Quente!!!!!!! meu amado deus Nem consigo imaginar o que vai acontecer no proximo capitulo.
    mais com certeza sera muito mais quente.
    Bendita e impiedosa Tequila.

    Um Brinde!!!!

    Juliana

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    1. Haha... com certeza será... aguarde!!!!!

      Um brinde!!!!

      :D

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  5. UHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
    O próximo capítulo promete, hein??? Porque depois dessa provocação extrema, TEM que acontecer alguma coisa! kkkkkkkk

    Uma observação: eu também quero provar os doces da degustação!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! #VaiGordinha

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    1. Ah, se promete, Ciça!!!!! Haha... Nossa, menina, os doces da degustação também povoaram minha mente, rs...

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