13.11.11

A Fine Line (17/19)

TítuloUma Fina Linha
Resumo: As coisas nem sempre são o que parecem.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: NC-17 muito forte
Avisos: Esta fic tem muitos momentos Chlex, é sobre Chlollie, mas tem momentos Chlex. É obscura, madura, violenta, repleta de situações adultas e pode ser bem difícil... este é seu aviso. A história se passa durante a sexta temporada.
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Quando Bart a levou de volta para a mansão e a deixou na cadeira em que a encontrara antes, seu coração estava batendo rápido. Ela sabia que o lugar onde estava sentada ficava fora da visão das câmeras, mas não podia ter certeza se Lex não tinha percebido. Ela respirou fundo e se levantou, fazendo o melhor para caminhar lentamente para onde sua mãe estava e assim que viu que ela estava bem, Chloe conseguiu relaxar.

Algumas horas se passaram e Joseph apareceu com as pílulas, que ele entregou pra ela dentro de uma caixa de absorventes. Ela achou bem esperto, e assim que ele saiu, ela tomou uma, imediatamente se sentindo mais aliviada, enquanto tivesse as pílulas, podia garantir estar no controle disso, pelo menos.

Por volta das sete, ela decidiu tomar um longo banho, Lex não tinha voltado ainda e ela não sabia quanto tempo mais ele ficaria fora, mas normalmente ele não demorava tanto e isso começou a preocupá-la. Até onde sabia, ele podia ter descoberto sobre sua visita ao hospital e estava agora planejando a próxima sessão de tortura. Ela se trocou e já ia para o quarto de sua mãe de novo quando ouviu a voz dele vindo pelo corredor, na direção dela. Ele estava nervoso, aparentemente, e gritando ordens a um de seus empregados. Isso não era nada bom.

Lex não tivera um dia bom no trabalho. O conselho não tinha concordado com um plano apresentado por ele para comprar uma seção do parque e construir uma nova ala de câncer do Hospital Geral de Metrópolis. Oliver Queen tinha doado uma quantidade suficiente para abrir uma ala similar para o Hospital Geral de Smallville, mas a que ele estava planejando seria bem melhor, bem maior, e bem mais avançada do que a que planejavam fazer com o dinheiro de Queen. "Não nos interrompa", ele ordenou ao resto da equipe enquanto ia na direção de Chloe. "Indo a algum lugar?"

"Eu ia ficar um pouco com minha mãe", ela disse, erguendo o livro em sua mão.

"Você teve o dia inteiro pra isso", ele disse friamente.

Ela relaxou um pouco a isso, embora ele parecesse nervoso, não parecia ser direcionado a ela e embora soubesse que ele ia descontar nela de algum jeito, seria muito pior se ele soubesse onde ela havia estado ou sobre a pílula que ela tinha acabado de tomar. "Você não estava aqui, eu não tinha mais nada pra fazer." Ela disse inexpressivamente.

"Bem, agora eu estou e agora você tem", ele a informou, agarrando seu braço e a puxando pelo corredor, longe do quarto e em direção às escadas.

Chloe franziu a testa, talvez tivesse se sentido aliviada cedo demais, mas longe do quarto era uma coisa boa, até onde sabia. "Onde estamos indo?"

"Para o porão", ele a informou sem olhar.

Talvez não fosse melhor que o quarto afinal. "Por quê?"

"Porque eu tenho um quarto especial construído há alguns meses e ainda não te mostrei." Sua voz era distante.

Chloe arregalou um pouco os olhos, mas enquanto ele estivesse respondendo suas perguntas, ela ia continuar perguntando. "Que tipo de quarto?"

"À prova de som, pra começar." Ele abriu a porta do porão e a jogou pra dentro, fechando a porta atrás deles.

O estômago dela despencou. Ele sabia e agora podia torturá-la no conforto de sua própria casa. Ela não disse nada desta vez, sua mandíbula apenas travou e no segundo que ele soltou seu braço, ela se encolheu.

"Eu tive uma droga de dia hoje", ele a informou, agarrando seu braço mais uma vez e a puxando mais pra dentro do porão, digitando alguns botões em um painel e fazendo uma porta escondida se abrir.

Chloe engoliu em seco, prendendo a respiração enquanto olhava para o quarto escondido. Combinava com o castelo, porque parecia com uma masmorra. Uma masmorra de tortura.

Lex a puxou pra dentro e fechou a porta antes de se virar pra ela, um sorriso cruel no rosto.

Ela suspirou, engolindo em seco e olhando pra ele.

Ele correu a mão por seu cabelo molhado, então o puxou com força, arrastando-a até o meio do quarto. Ele ergueu a mão livre e puxou correntes do teto.

No segundo que ele puxou seu braço, sua expressão ficou completamente vazia e ela se fechou. Ela não ia passar por isso de novo.

Enquanto ele apertava as algemas de metal em seus pulsos, ele sorria, os lábios perto de seu ouvido. "Por falar nisso. Vamos nos casar no sábado."

Ela piscou, mas não se moveu, sua mente voltando para a conversa que havia tido com Oliver. Esse quarto era completamente escondido e como Lex mesmo disse, era à prova de som. Ela poderia matá-lo ali, fazê-lo sofrer e ninguém jamais saberia.

Lex se moveu para a parede e pegou um pequeno chicote, então se virou pra ela. "Pronta?"

***

Ela podia sentir as costas queimando sob a dormência, mas ainda estava vestida e decidiu que isso era um bônus. Ele estava falando, e ela tinha os braços presos sobre a cabeça, mas além disso, não sabia o que estava acontecendo, só que parecia ter parado.

Ele levantou a blusa dela pra ver que tipo de danos a tinha submetido e não ficou surpreso ao encontrar suas costas ensanguentadas. Ele pressionou a mão com mais firmeza.

Chloe sentiu a pressão mas nada mais, ela estava assim há um longo tempo, aparentemente, porque suas pernas estavam começando a ficar cansadas, mas durante todo o tempo, ela ficou planejando maneiras de usar o quarto contra Lex, então ela conseguiu se manter entretida e bloqueá-lo completamente.

Ele sorriu um pouco e levou a mão suja de sangue para que ela pudesse ver, então lambeu um dos dedos. "Então, acho que está na hora de testar uma teoria."

Ela olhou para as mãos dele, nada surpresa ao ver o sangue, sabia que era seu, mas isso não a incomodava. Seu corpo estava cuidando de tudo. Ela tinha coisas mais importantes em que se concentrar.

"Eu imagino se você consegue dormir de pé. E se não, você acha que seus poderes ainda vão funcionar sem o descanso?" Ele inclinou a cabeça para o lado e a estudou por um momento.

Chloe piscou mas não respondeu. Ela não tinha uma resposta, e mesmo se tivesse, não se importaria em contar pra ele.

Lex pressionou a mão em seu rosto e beijou sua boca. "Boa noite, Chloe. Bons sonhos." Ele se afastou dela e foi para a porta, deixando-a lá pendurada pelos pulsos. Ele trancou a porta e foi para as escadas.

Ela olhou pra ele depois de um momento, desejando que pudesse ser egoísta o suficiente para aceitar a oferta de Oliver e simplesmente deixá-lo ajudar sua família e então se preocupar com o resto. Mas não podia, tinha que ser paciente e planejar isso direito para que acabasse bem pra todo mundo.

***

Horas depois, muito mais tarde do que ele normalmente acordava para o trabalho, Lex desceu as escadas para o porão, destrancando a porta e a encontrando, sem surpresa, parada na mesma posição em que a tinha deixado. Ele foi até ela, ergueu sua blusa e ergueu uma sobrancelha. As marcas e ferimentos tinham desaparecido só um pouco. "Bem, parece que minha teoria está certa. Aparentemente seu corpo precisa dormir para poder se curar."

Ela olhou pra ele pelo canto dos olhos, estava exausta e suas costas tinham começado a doer muito e ela imaginava que era porque seu corpo tinha começado a se curar, e isso a estava deixando cada vez mais cansada.

Ele foi até a parede para pegar a chave das algemas, e as abriu.

Chloe caiu no chão, choramingando baixinho enquanto abaixava os braços, eles estavam na mesma posição há muito tempo, ela não conseguia mais senti-los.

Lex ergueu uma sobrancelha quando ela caiu, mas não a ajudou. Ele prendeu as correntes em sua posição original no teto.

Lentamente, ela ajustou a posição no chão, movendo as mãos para que o sangue voltasse a circular e suspirou, fechando os olhos.

"Estou atrasado para o trabalho", ele a informou.

Ela suspirou novamente, desta vez aliviada enquanto começava a massagear os braços.

Lex a observou por mais um momento, então puxou-a abruptamente para que ela se levantasse. "Sai", ele ordenou, jogando-a na direção da porta.

"Eu estou cansada, seu idiota", ela devolveu com a pouca energia que ainda tinha enquanto cambaleava até a porta. "Me deixa em paz."

Ele estreitou os olhos, seguindo-a. "Do que você me chamou?" ele exigiu.

Ela travou a mandíbula e olhou pra ele, recostando-se contra a parede.

Lex olhou feio pra ela. "Se você acha que ontem foi ruim, espere até eu chegar do trabalho mais tarde", ele sussurrou. "Você ainda não viu nada, Chloe." Seus olhos eram intensos, ele se afastou, indo para as escadas mais uma vez.

Ela suspirou enquanto o observava sair do porão, caindo no chão mais uma vez. Ela precisava descansar um pouco mais antes de conseguir chegar até o quarto.

***

Ele esperou até ter certeza que Lex tinha saído antes de lentamente descer as escadas do porão, fazendo uma careta quando a viu caída no chão. Ele se ajoelhou ao lado dela, gentilmente tirando o cabelo de seu rosto. "Você está bem?" ele sussurrou.

Chloe abriu os olhos quando sentiu uma mão sobre ela. "Joseph?"

"Sou eu", ele murmurou, os olhos cheios de preocupação. "Vamos. Vou te levar lá pra cima." Ele deslizou um braço embaixo dela e a pegou.

"Obrigada", ela falou baixinho, inclinando-se contra ele e fechando os olhos.

"Há quanto tempo você está aqui embaixo?" ele perguntou baixinho, subindo as escadas.

"Desde ontem à noite", ela sussurrou, sua voz baixa enquanto abria os olhos. "Tem uma sala secreta, tortura", ela disse cansada. "Conte a ele."

Joseph arregalou os olhos em choque e engoliu em seco. "Ok, eu vou dizer a ele", ele murmurou, carregando-a na direção do quarto.

"Sem câmeras, à prova de som", ela fechou os olhos. "Conte a ele."

Ele franziu a testa enquanto cuidadosamente a deitava na cama depois de puxar os cobertores. "Descanse."

"Obrigada", ela repetiu com um suspiro.

"Você precisa de alguma coisa?" Ele abaixou a voz. "Você precisa de uma pílula?"

"Hoje não", ela disse, sorrindo enquanto se arrumava no travesseiro, os olhos ainda fechados. "Obrigada."

Ele hesitou, assentindo um pouco. "Eu vou estar aqui fora se você precisar de alguma coisa", ele disse, indo para a porta.

"Não se meta em problemas", ela sussurrou cansada, puxando os cobertores ao redor do corpo e suspirando enquanto relaxava.

Joseph olhou pra ela por sobre o ombro e foi para o corredor, em um dos cantos onde as câmeras não observavam. Ele apertou o dispositivo misturador de frequências e pegou o celular.

***

Oliver estava na sua mesa na Torre do Relógio, olhando atentamente para a arma em sua frente. Não era registrada, claro, e pelo jeito com que a tinha conseguido, ele tinha certeza que ninguém jamais seria capaz de ligá-lo a ela. Ele não gostava de armas.

Ele nunca gostou de armas.

Mas não podia exatamente matar Lex com uma flecha a não ser que ele quisesse que sua metade melhor fosse culpada pelo assassinato.

Ele respirou fundo e expirou lentamente, assustando-se levemente quando o celular tocou. Ele olhou o identificador de chamada, imediatamente reconhecendo o número e atendendo logo. "Ela está bem?"

"Ela está ferida", ele sussurrou, olhando para o corredor para garantir que ninguém estivesse vindo. "Eu a encontrei no porão."

Seu peito apertou. "Muito ruim?" Ele se levantou.

"Parece que ela vai ficar bem, ela disse que só estava cansada", ele falou baixinho. "Pediu pra eu te contar algumas coisas."

Oliver se forçou a respirar fundo. "Certo. O quê?"

Ele ouviu em silêncio por um segundo, garantindo que não tivesse ninguém por perto. "Tem um quarto secreto no porão, algum tipo de sala de tortura, ela pediu pra eu dizer que não tem câmeras e que é à prova de som."

Ele gelou. "Era - era onde ela estava?" Sua voz aflita.

"Sim." Joseph disse baixinho, mas sua própria mandíbula travada.

Oliver voltou o olhar para a arma em sua mesa. "Obrigado por me avisar."

"Eu aviso se souber de mais alguma coisa", ele disse a Oliver antes de desligar.

Ele apertou a mão ao redor do telefone enquanto desligava. Ele tinha a arma, Agora tinha que juntar o resto que precisava.

Lex Luthor estaria morto antes que o fim de semana terminasse.

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6 comentários:

  1. Doido para saber como será o desfecho...

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  2. Só faltam 2!!

    Espero que o pior já tenha passado!

    GIL

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  3. Sim, faltam dois... rs... vou começar a revisar agora, se der já posto os dois juntos pra vocês não sofrerem tanto rs...

    Obrigada por estarem acompanhando e pelos comentários...

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  4. Gil, já leu a outra? O pior não passou não rsrs
    Sofia, essa história é eletrizante, dá para se envolver mesmo. rs

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  5. Oh, Deus!!!
    Ainda não li não, Vinicius...

    Respirar fundo... e estou indo ler o outra.

    GIL

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  6. Chloe = zero amor Próprio. Alice

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