12.11.11

Identity Crises (2/14)

TítuloCrise de Identidade
Resumo: Chloe não conseguia imaginar como sua vida tinha tomado esse rumo, mas ela estava tendo um caso com o Arqueiro Verde. Talvez tudo que ela estivesse precisando em sua vida fosse um pouco de emoção. Agora, se pelo menos aquele idiota do Oliver Queen a deixasse em paz...
Autora: the_bluesuede
Classificação: R
Nota: indicada ao prêmio 'Multi-Chapter' do Chlollie Awards 2010.

Anterior: Um



Chloe gritou. Tudo que ela havia feito foi passar pelo maldito beco, nem entrou nele, ela pensou amargamente, e alguém a tinha puxado, pressionando uma arma em suas costas. Onde estava Clark quando precisava dele? ela se perguntou desesperada. Esse dia podia ficar ainda pior?

"Por que você não vai em frente e tira essa joia também, docinho?" o doente disse em seu ouvido, pressionando um pouco mais a arma em suas costas depois que ela já tinha entregue a bolsa.

"Por que você não solta a arma antes que alguém se machuque?" disse uma voz profunda. Chloe e o assaltante olharam pra cima surpresos. Parado no telhado do prédio em frente ao nome estava a silhueta de uma figura de capuz, apontando um arco e flecha diretamente pra eles.

Chloe arfou. Ótimo, era só o que faltava. Um lunático fantasiado de Robin Hood.

O assaltante moveu a arma para a cabeça dela para que ficasse mais visível. "Eu não tentaria nada, imbecil", ele disse, girando o braço de Chloe agonizantemente até ela gritar de dor.

Com uma rajada de vento, Chloe sentiu alguma coisa passar voando por seu ouvido e o assaltante gritou em seguida, a flecha tendo acertado sua mão, fazendo a arma cair no chão. Jesus! O que o Errol Flynn ali estava pensando? Ele tinha sorte por não ter matado os dois!

Ela aproveitou a oportunidade, no entanto, não sentindo mais a arma pressionada nela e imediatamente pegou a bolsa de volta e saiu, erguendo a saia do vestido para conseguir correr. Ela conseguiu voltar para a rua principal antes de suspirar frustrada. Nenhum táxi a vista.

Ela se virou defensivamente quando ouviu um som e viu alguém numa moto aproximando-se dela.

Ele parou em sua frente e ela percebeu que era o arqueiro esquisito do telhado. Ele estava vestindo couro verde dos pés à cabeça, com um capuz e óculos escuros para esconder o rosto. Sabia que deveria ser estranho, e talvez ela apenas estivesse acostumada ao ridículo traje de Clark, mas não pôde deixar de pensar que era meio sexy. Ajudava que ele tivesse um corpo claramente bem construído, ela percebeu, vendo os músculos definidos de seus braços e seus ombros largos.

"Precisa de uma carona?" ele ofereceu convencido, e ela percebeu que a voz profunda devia ser alterada por alguma tipo de distorcedor. Não soava muito natural, mas definitivamente lhe causou arrepios.

Ela balançou a cabeça, erguendo uma sobrancelha. "Olha, eu agradeço o resgate ao estilo Robin Hood e tudo, mas eu seriamente recomendo que você faça exames de desvio de personalidade. Na verdade eu posso te dar alguns nomes de excelentes médicos", ela acrescentou.

Ele deu um risinho. "Que jeito péssimo de agradecer, você não acha?"

Ela deu de ombros. "Desculpe que eu tenha sido a donzela em apuros vezes demais pra realmente me apaixonar por cavaleiros numa armadura brilhante", ela disse sarcasticamente. "Além do mais, até onde eu sei, você pode ser mais um homicida maníaco."

Ele inclinou a cabeça para o lado, como se estivesse dando uma olhada melhor nela. "Homicida maníaco? Eu acabei de salvar sua vida."

Ela apenas olhou pra ele, braços cruzados. Ela não era estúpida.

"Oh, pode continuar", ele disse, mexendo a cabeça em sinal de encorajamento. "Algo me diz que seu dia não pode ficar ainda pior se você tem esse tipo de atitude com o cara que veio ao seu resgate."

Ela ergueu uma sobrancelha. Então, quase para sua própria surpresa, ela jogou uma perna sobre a moto, subindo a saia enquanto o fazia. Que diabos? ela pensou. Ele tem razão. Na pior das hipóteses, eu uso o spray de pimenta. Na melhor das hipóteses, eu me livro da minha vida miserável.

Um risinho satisfeito surgiu no rosto dele, ele reviveu o motor e disse a ela pra se segurar. Ela deslizou as mãos ao redor de sua barriga e apertou as pernas de cada lado dele. "Pra onde?" ele perguntou. Ela lhe deu o nome da rua e com isso, ele disparou, assustando Chloe, que segurou a cintura dele com mais força.

Ele chegou à rua depois de alguns minutos e ela apontou para o prédio. Ele parou na frente e ela desceu imediatamente, ignorando o imprudente senso de perda depois de estar tão perto de alguém por um momento.

Para sua surpresa ele desceu da moto também. Ela estava prestes a fazer um comentário sarcástico sobre como ele não deveria esperar ser convidado pra subir, mas antes que pudesse, ele tinha passado um braço ao redor de sua cintura e a puxado contra ele. As mãos no peito dele, e seu corpo involuntariamente arqueando pelo jeito que ele a segurou, ela lhe deu um olhar assustado. Ele inclinou a cabeça para o lado, e ela não sabia se ele estava observando sua reação ou só olhando pra ela.

Ela abriu a boca pra dizer alguma coisa, provavelmente pra protestar, ou gritar, ou fazer um comentário sarcástico (definitivamente o mais provável dos três), mas as palavras morreram em seus lábios quando ele se inclinou e a beijou.

Chloe sentiu os joelhos fraquejarem até a única coisa a mantê-la de pé ser o braço dele em sua cintura. Ela não conseguia se lembrar de um beijo que tivesse sido desse jeito. Era... era... wow.

Ela tinha ficado muito surpresa para retornar o beijo, ficou apenas parada ali, virando pudim nas mãos dele, sabendo em algum lugar de sua mente que deveria estar afrontada pelo ataque a sua pessoa. E então - e ela podia sentir a relutância dele - ele se afastou.

"Achei que talvez você precisasse disso", ele disse, e não havia dúvida na arrogância em sua voz. "Se anima, linda", ele disse. "Não precisa ser tão cínica com tudo." Ele subiu na moto e saiu antes que ela recuperasse o senso.

"Quem é você?" ela perguntou, franzindo a testa.

Ele abriu a boca e então fechou novamente. Com um tom quase frustrado, ele respondeu. "O Arqueiro Verde." Ele saiu antes que ela pudesse perguntar mais alguma coisa, desaparecendo dentro da noite, deixando Chloe com uma sensação de tontura.

Ela levou os dedos até os lábios que ainda estavam formigando. Fazia tempo, muito tempo desde que um homem a beijara, e ela tinha certeza que ninguém a tinha beijado desse jeito.

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Oliver tirou o capuz e jogou os óculos no chão. Ele se recostou contra a parede de sua sala, respirando pesadamente, e correu uma mão ansiosamente pelo cabelo.

Que diabos ele estava pensando? Oferecer uma carona pra levá-la pra casa, tudo bem, mas beijá-la? Ele não conseguia explicar, mas tinha se decidido sem pensar muito. Essa coisa de Arqueiro Verde estava saindo do controle. Não era mais uma identidade secreta; estava se tornando uma dupla personalidade.

Mas então, ele não podia realmente ter certeza que a parte Oliver dele estivesse protestando. Ela não era só atraente. Era o jeito que ela tinha falado com ele, sarcasmo e carisma, praticamente o desafiando a superá-la. Os dois lados dele ficaram intrigados, mas foi o Arqueiro Verde que a beijou. Disso ele tinha certeza. Porque Oliver Queen nem ao menos a conhecia.

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3/14

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5 comentários:

  1. Oia, fic que não li ainda.
    Corre pra ler o primeiro \o/

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  2. E OH GOOD, Chloe não é mole quase dispensou a carona do herói, felizmente seu lado impulsivo falou mais alto! E acabou ganhou um super beijo de premio!!!! Oh, calor!!!! Realmente é uma bela crise de identidade que ele está tendo o que torna as coisas ainda mais interessantes!!!! Agora é aguardar pra ver o que acontece! Ansiosa!

    Bjs

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  3. Ah, essa fic é MARAVILHOSA!!!!!

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  4. Definitivamente a vida da Chloe deu um 180°!!! Infinitamente pra melhor, CLARO!!!

    Ô garota sortuda...kkkk

    GIL

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  5. Agora sim comentando no lugar certo kkkkk
    "Muito boa, agora que fui ler os dois capítulos rs gostei! Essas reflexões da Chloe sobre a pouca vida social que tem eu acho bem interessante e realista. As vezes parecia que ela se sentia assim na série..."

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