8.12.11

Identity Crises (11/14)

TítuloCrise de Identidade
Resumo: Chloe não conseguia imaginar como sua vida tinha tomado esse rumo, mas ela estava tendo um caso com o Arqueiro Verde. Talvez tudo que ela estivesse precisando em sua vida fosse um pouco de emoção. Agora, se pelo menos aquele idiota do Oliver Queen a deixasse em paz...
Autora: the_bluesuede
Classificação: R
Nota: indicada ao prêmio 'Multi-Chapter' do Chlollie Awards 2010.
Anterior: Um - Dois - Três - Quatro - Cinco - Seis - Sete - Oito - Nove - Dez





Chloe estava realmente tentando ficar nervosa, mas estava difícil. A maior parte dela queria apenas se jogar nos braços dele e fazer amor com ele de novo.

Era um desejo muito urgente, mas ela lutou contra, se relembrando das decisões que tinha tomado.

Ele não estava olhando pra ela, estava só olhando para a parede onde estava seu armário. Ela percebeu seus punhos cerrados. Percebeu que esse momento deveria estar sendo difícil pra ele como estava sendo pra ela. Quando ele falou de novo a fez pular. "Eu vim me desculpar."

Ela olhou pra ele surpresa.

"Na outra noite... as coisas saíram de controle. Eu não deveria ter feito aquilo com você. Não foi justo."

Ela não disse nada. Queria discordar, dizer a ele que estava tudo bem porque alguma coisa no jeito que ele estava falando era de partir o coração, embora o som estivesse distorcido.

Ele respirou fundo e olhou pra ela. "Enfim, eu vim aqui pra dizer adeus. Não posso mais fazer isso com você. Você merece coisa melhor."

Chloe não conseguiu falar. Era tudo que ela queria. Era o certo. Era mais do que ela podia ter desejado, mas ao mesmo tempo cada fibra de seu corpo estava lhe dizendo pra não deixá-lo ir.

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Oliver engoliu em seco. O olhar no rosto dela estava lhe matando. Ele queria retirar tudo que disse e ir até lá e beijá-la com força.

Finalmente ela falou, balançando a cabeça frustrada. "Você sabe que poderíamos resolver tudo isso se você me dissesse quem você é?"

Ele xingou silenciosamente. Não queria nada mais do que fazer exatamente isso, e ele não tinha outro argumento a não ser este. "Você jamais me perdoaria."

Ela franziu a testa, então disse azedamente. "O que, você é casado ou alguma coisa assim?"

"Não! Não é nada disso. É só... que eu não posso." Ele xingou entredentes e deu um murro na parede.

Chloe assentiu. Ela se levantou e foi até ele, afastando-o da parede. "Olha, eu venho lidando com coisas assim há mais tempo do que você imagina, e eu entendo que você não possa me contar. É sua escolha. Mas eu quero que você saiba que se você algum dia precisar de ajuda ou alguma coisa, você pode me procurar. Sem ressentimentos." Ela tentou dar um sorriso. "Entre outras coisas, eu sou a melhor hacker do país, só pra você saber. E a mesma regra vale se você precisar de alguém com quem conversar. Eu sei o quanto a vida pode ser solitária para alguém." Ele percebeu que ela deveria estar pensando no Kent, e então ele percebeu: ela realmente entendia.

Antes que pudesse impedir, ela ficou nas pontas do pés e o beijou no rosto, fechando os olhos. Ele virou a cabeça para beijá-la propriamente, e descobriu que havia algumas lágrimas no rosto dela. Ele a afastou dele antes que mudasse de ideia e saiu pela janela sem olhar pra trás.

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Pouco depois que o Arqueiro Verde deixou Chloe, ela recebeu uma ligação. Ela pegou o telefone, não reconhecendo o número, e imaginando quem estaria ligando.

"Alô", ela disse, sua mente a milhas de distância.

"Srta. Sullivan", disse uma voz profunda. "Isto é um aviso. A Fundação Ísis será fechada, você entendeu?"

O coração de Chloe disparou no peito. "Quem é?" ela perguntou, tentando não demonstrar medo.

"Alguém que, diferente de você, quer proteger a humanidade de aberrações mutantes como as que você está 'ajudando'. Você tem vinte e quatro horas para fechar seu programa ou sofrerá as consequências."

"Eu me recuso a responder a ameaças e terrorismo, e exijo saber com quem eu estou falando", Chloe disse, soando mais brava do que se sentia.

"Você tem vinte e quatro horas pra decidir", a voz repetiu. "Se não concordar, será a primeira a morrer, e sua morte servirá como exemplo do que acontecerá a todas as suas preciosas aberrações."

"Eu não preciso de vinte e quatro horas", ela respondeu secamente. Sabia que havia uma boa possibilidade de que isso fosse uma ameaça vazia. Já tinha recebido algumas assim antes, até com frequência, embora nunca tão forte quanto essa. "Eu não serei intimidada. Se você tem algum problema com a fundação, deveria realmente nos conhecer. E além do mais, eles não são aberrações. São pessoas com um dom, e você precisa aprender alguma coisa sobre tolerância."

Houve uma curta pausa.

"Você que sabe."

Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, a ligação foi interrompida.

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O sono de Chloe estava agitado. Ela se virava de um lado para o outro e odiava estar sozinha. Disse a si mesma diversas vezes que ela e a fundação já tinham recebido inúmeras ameaças no último ano ou mais. Eram pessoas que não entendiam o que eles estavam fazendo, e pessoas que tinham medo do que não entendiam.

Mas era mais do que simplesmente aquela ligação, ela sabia. Desejava que o Arqueiro Verde estivesse ali porque assim ela estaria em segurança. E não sozinha. Parte dela queria ligar para Oliver, mas a culpa a impediu. Como ela poderia ligar pra ele depois do que tinha acabado de acontecer com o Arqueiro Verde?

Então ela ficou deitada ali a noite toda, olhando para o teto, odiando a si mesma e ao mundo ao seu redor.

Quando ela se levantou para trabalhar na manhã seguinte estava exausta e, se fosse sincera, horrivelmente irritada. Tudo por causa de uma noite. Ela se encontrou olhando por sobre o ombro o dia inteiro, e xingou Clark e Lois, que estavam fora da cidade por causa de um artigo. Por que quando ela sempre se sentia mais sozinha, as pessoas que mais lhe importavam pareciam desaparecer de sua vida?

Nem Oliver tinha aparecido para vê-la, provavelmente resistindo ao desejo de fazer isso antes do encontro que teriam à noite. Típico. Ela queria ele e ele não estava em lugar nenhum.

Finalmente às 12:30 ela desistiu, apoiando os cotovelos na mesa e começando a chorar. Não era justo. Era.... era... era simplesmente errado. Ela queria ir pra casa e se enrolar numa bola. Queria que alguém lhe desse um abraço e lhe dissesse que tudo ia ficar bem. Pensou em ligar para a polícia na noite anterior, mas não queria mostrar nenhum sinal de fraqueza. Além do mais, não confiava inteiramente nos policiais de Metrópolis. Alguns deles tinham deixado claro no passado que tinham um problema com a fundação. Até onde sabia, alguém dentro do departamento de polícia poderia ser a pessoa fazendo as ameaças. ela se recusou a permitir que essas pessoas percebessem que ela estava assustada.

A única precaução que ela tomou foi cancelar todas as suas reuniões e sessões daquele dia. Não queria colocar ninguém na linha de fogo se pudesse evitar.

Mas ela tinha que ir trabalhar. Tinha que ficar ali até o último minuto porque senão isso seria um sinal de fraqueza, de que a estavam atingindo. Ela não ia fechar mais cedo, embora fosse o que mais quisesse fazer.

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Oliver estava muito ocupado emocionalmente se repreendendo por pensar em ir ver Chloe.

A última noite tinha sido a melhor decisão, mas também tinha sido horrivelmente dolorosa. Internamente, ele estava discutindo com si mesmo, tentando se persuadir de que deveria contar tudo a ela. Queria que ela o conhecesse, por inteiro, e queria que ela o visse como uma única pessoa, mais do que podia se lembrar de querer alguma coisa.

O jeito que ela tinha olhado pra ele na noite anterior... ele estremeceu. Sentia como se tivesse partido o coração dela ou alguma coisa assim.

Isso era doentio. Isso era doentio e maluco e errado. Ela merecia a verdade, e parte dele ainda estava triste que ela aparentemente se importasse mais com o Arqueiro Verde do que com Oliver.

ISSO ERA DOENTIO!

Ele desistiu de pensar e começou a trabalhar, usando o kickboxing para aliviar a frustração. Socando, chutando, qualquer coisa para tirar sua mente dela. Qualquer coisa para parar de pensar que em cada minuto do dia ele estava mentindo pra ela. Toda vez que ela olhava pra ele ou pensava nele - qualquer um dele - era uma mentira e ele se odiava por isso.

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12/14

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3 comentários:

  1. Pô, coitada da Chloe!

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  2. Estou com pena dos dois, um pensa estar traindo o outro!

    Tomara que o Oliver decida contar logo ou a Chloe descubra de uma vez!


    Carol

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  3. Os dois estão sendo consumidos pela culpa...

    GIL

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