19.11.11

Identity Crises (4/14)

TítuloCrise de Identidade
Resumo: Chloe não conseguia imaginar como sua vida tinha tomado esse rumo, mas ela estava tendo um caso com o Arqueiro Verde. Talvez tudo que ela estivesse precisando em sua vida fosse um pouco de emoção. Agora, se pelo menos aquele idiota do Oliver Queen a deixasse em paz...
Autora: the_bluesuede
Classificação: R
Nota: indicada ao prêmio 'Multi-Chapter' do Chlollie Awards 2010.

Anterior: Um - Dois - Três



Oliver gemeu internamente. Tudo estava indo... horrível. O que ele estava pensando? Como se levá-la a um restaurante francês chique fosse impressionar alguém como Chloe. Não que ela não gostasse de restaurante ou algo assim. Era só que o fazia parecer ainda mais esnobe, o que aparentemente ela tinha decidido que ele era. Não importa o quanto tentasse deixar a conversa mais leve e pessoal, ela continuava voltando aos negócios.

"Você pode relaxar, sabia?" ele disse a ela, com satisfação. "Você me convenceu a investir com cinco minutos de conversa. Eu li seu pequeno panfleto também", ele disse, sorrindo com os olhos. "É fascinante, de verdade. Quer dizer, vocês estão dando um passo inédito, tentando ajudar essas pessoas. Mas nós realmente podemos conversar sobre outra coisa", ele acrescentou.

Então ela cedeu, jogando conversa fora, ouvindo enquanto ele falava, mas parecia totalmente desinteressada. O que acontecia com essa garota? A noite estava perto de terminar, e ela parecia nem um pouco afetada por ele como aconteceu naquela tarde. Tinha ido de uma questão de puro ego para o fascínio. Desejo de provar a si mesmo.

Quando eles se levantaram pra sair e ele pegou a conta, ela tentou argumentar. Disse que era um jantar de negócios então deveria ficar por conta da fundação. Ele simplesmente revirou os olhos e disse. "Sério, aparentemente eu fui um chato a noite inteira. Deixe que eu pelo menos pague a conta."

Chloe se sentiu culpada quando ele disse isso. Não queria ter sido tão indelicada. "Desculpe", ela falou, franzindo a testa. "Sabe", ela balançou a cabeça e ele olhou pra ela. "Acho que faz muito tempo desde que saí com alguém que não fosse minha prima. Não era minha intenção ser tão rude", ela finalizou.

Finalmente! Ela era humana afinal! "Ei! Não precisa se desculpar! Você não fez nada de errado. Só estou dando a impressão errada." Ele sorriu pra ela. "Talvez você possa me deixar compensar numa outra ocasião."

Ela olhou incerta pra ele, mas disse, "Talvez", mesmo assim. "Tenho certeza que vamos nos ver mais vezes, afinal", ela acrescentou. Ele a ajudou a vestir o casaco, um gesto surpreendente. Bem, mesmo ele sendo um garoto rico e arrogante, pelo menos tinha educação.

Eles saíram do restaurante e ele a observou dobrar a esquina, sentindo-se irritado. Não queria que a noite terminasse, especialmente neste clima.

De repente ele sorriu maliciosamente. Bem, ela pode não gostar de Oliver Queen, mas pareceu bem menos repulsiva ao Arqueiro Verde.

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"Nos encontramos de novo", disse uma voz profunda e familiar.

Chloe pulou, olhando pra trás. O Arqueiro Verde saiu das sombras. Ela lutou contra um sorriso. "Eu tenho a estranha sensação que deveria ou chamar a polícia ou usar meu spray de pimenta em você. Ou os dois", ela acrescentou.

Ele deu risada e ela estremeceu, involuntariamente dando um passo pra trás.

Ele percebeu. "Sabe, você provavelmente seria menos assustada se não passasse tanto tempo andando sozinha pelas ruas escuras da cidade. Isso provavelmente também facilitaria meu trabalho", acrescentou.

Ela olhou feio pra ele, virando-se para se afastar. Ele a alcançou facilmente. "Seu trabalho? Você me salvou de um assalto", ela disse desdenhosamente.

Ele deu um risinho. "Um assalto com uma arma", a relembrou.

Ela deu a volta nele. "Há uma razão pra você estar me seguindo?" ela exigiu.

"Eu tenho a sensação que no momento que eu te deixar você vai ser sequestrada ou alguma coisa assim", ele brincou. "Chame de senso de dever."

Ela revirou os olhos, mas ele podia dizer que ela estava secretamente gostando do embate.

"Então, você está me dizendo", ela disse, aproximando-se dele, sua voz mais sedutora. "Que isso é só um instinto protetor. E que não tem nada a ver com o fato-" ela aproximou os lábios dele, e ele podia sentir alguns sinos soando em sua cabeça. "-que você me acha... atraente", ela arfou, inclinando a cabeça levemente para o lado. Então, numa fração de tempo que ele conseguiu apenas piscar, ela tinha se afastado novamente. "Isso não é nada bom", ela disse, rindo dele, e começando a se virar para se afastar de novo.

"Oh, agora isso foi jogo sujo", ele disse, segurando o pulso dela e a virando de volta pra ele. Antes que ela pudesse protestar ele a estava beijando, com mais fervor do que na noite anterior. Desta vez ela o beijou de volta, e ele sentiu uma onda de satisfação. Ele se perguntou o que Oliver Queen deveria fazer pra ganhar essa reação dela, mas então ele espantou o pensamento. Quem se importava?

Chloe parou o beijo primeiro, afastando-se com um olhar estranho no rosto.

"Isso é estranho", ela disse, dando um passo pra trás.

Ele a ignorou a princípio, e se moveu para beijá-la de novo, mas ela não deixou. "Estranho por quê?" perguntou com o distorcedor de voz num tom frustrado.

"Eu nem te conheço", ela disse. "Você nem me conhece."

Os lábios dele se curvaram num sorriso sensual. "Pessoalmente, eu acho o mistério muito excitante, Srta. Sullivan."

Ela olhou pra ele assustada. "Como você sabe meu nome?"

"Fontes confiáveis", ele disse.

Ela estreitou os olhos pra ele. "Bem, eu continuo sem saber nada de você", disse.

"O que você quer saber?" ele perguntou, puxando-a de volta pra ele.

Ela perdeu o fôlego quando os lábios dele foram para seu pescoço. Isso era errado, pensou. Ela nunca tinha feito coisas assim. "Que tal qual é o seu nome verdadeiro?"

"Próxima pergunta", ele disse, indicando que essa informação estava fora de questão.

"Por que o uniforme?"

"Eu cresci num mundo onde eu vi a elite triunfar sobre as classes mais baixas de todos os jeitos, algumas vezes ilegalmente. Robin Hood foi minha inspiração."

"E eu aqui achando que Robin Hood usava calças coladas", ela brincou, tentando manter a compostura enquanto a boca dele encontrava um ponto sensível bem abaixo de seu ouvido.

"Problema com o couro?" ele perguntou contra seu pescoço.

Chloe estremeceu. "Hum... acho que se você está feliz quem se importa com o que eu penso?"

"Por favor", ele disse, evidentemente muito satisfeito. "Não finja que não acha isso excitante."

Chloe revirou os olhos, mas não disse nada.

"Mais alguma pergunta?"

"Sim. Por que você está beijando meu pescoço?"

"Bem, se eu beijasse sua boca, você não ia conseguir fazer as perguntas que aparentemente são tão vitais pra você."

Ela podia realmente sentir o risinho no rosto dele. "Não foi isso que eu quis dizer", ela disse um pouco irritada.

Ele deu risada, um som profundamente sensual que deu a ela uma nova onda de arrepios.

"Sério", ela murmurou tremulamente.

"Provavelmente porque é muito bom", ele disse, roçando o dente contra sua orelha para que ela prendesse a respiração. "Você é incrivelmente atraente quando está nervosa", ele disse, zombando antes de realmente morder sua orelha.

"Você planeja me deixar ir pra casa hoje ainda?" ela resfolegou.

Ele deu outro risinho. "Estava planejando te oferecer uma carona se quiser", ele disse.

Ela só podia assentir.

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Chloe estava acordada na cama, olhando para o teto, seu coração ainda batendo forte contra o peito.

Que diabos estava acontecendo?

Por que ela não podia atrair homens normais?

Ela riu. Como se algum homem normal pensasse nela desse jeito. Afinal, ela não tinha conseguido se apaixonar pelo seu colega de classe alienígena?

Então, naturalmente ela conseguia encontrar o único homem num raio de cem quilômetros que tivesse um fetiche bizarro por couro e arco e flecha.

Ainda assim, seja lá o que estivesse acontecendo, ela só o tinha visto duas vezes e já podia sentir as coisas saindo de controle. Quando ele estava perto... era como se ela parasse de funcionar. Ele esteve totalmente no controle nas duas situações e tudo que ela conseguia fazer era... bem, derreter. Era excitante e absolutamente assustador ao mesmo tempo. Desde quando ela fazia coisas como se agarrar com alguém cujo verdadeiro nome ela nem sabia?

Pensando no quão descontente se sentia com sua vida, se perguntou se isso não era uma boa coisa.

Ela decidiu perguntar a Clark se ele sabia alguma coisa sobre o Arqueiro Verde. Ele poderia ao menos lhe dizer se ele era um pervertido ou coisa assim.

Fechando os olhos, ela achou que ainda podia sentir as mãos dele em sua cintura, a boca em seu pescoço e ela mordeu o lábio. Ela realmente, realmente esperava que ele não fosse um maluco ou pervertido ou alguma coisa assim.

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5/14

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3 comentários:

  1. Mais um cap. que apesar de curtinho, foi delicioso! O encontro dela com Ollie me fez rir, “Finalmente! Ela era humana afinal!” quase pude escutar um coro de aleluia cantar ao fundo, rsrsrsrs... E o Oliver não tem jeito, tinha que armar um encontro dela com o Arqueiro Verde, foi muita cara de pau, se encontrar com ela logo depois do jantar de negócios deles... Mas tenho que admitir que o encontro foi MARA a Chloe definitivamente tem uma queda por heróis, rsrsrs... E essa fic definitivamente é ótima!
    Sempre louca por mais ;)

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  2. Chloe dando um trabalho daqueles para o ego de Oliver kkkk pena que os capítulos são pequenos...

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  3. ô coitadinho do Oliver.
    Ele pode ser qualquer coisa, menos desinteressante. rs
    Pelo menos ele tem o Arqueiro pra tentar chegar mais perto, beeeem perto.

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