18.9.12

In Our Hands (18/27)




Título
: Em Nossas Mãos
Resumo: "As palmas não mentem, Oliver." Zatanna aclamou enquanto ele afastava a mão. "Você tem um filho."
Autora
: slytherinpunk
Classificação: R (eventualmente NC-17)
Spoilers: segue os acontecimentos até o terceiro episódio da décima temporada e segue AU depois disso. Oliver nunca se revelou como Arqueiro Verde e Tess nunca comandou a Watchtower.
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Banner dos capítulos: sanaazzy
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Oliver sorriu para Chloe enquanto esperavam Connor terminar de se arrumar. Ela tinha dado a ele todas as instruções para as lojas que Connor queria visitar e ele assentiu depois de ouvir cada detalhe.

"Isso parece surreal", ele sussurrou pra ela. Ele lambeu os lábios ansiosamente. "Se der tudo certo hoje... podemos contar a ele logo."

Respirando fundo, ele manteve o olhar. "Depois que conversarmos, é lógico..."

Chloe engoliu em seco. Sabia que era só uma questão de tempo antes de Oliver trazer essa conversa novamente, ela vinha tentando adiar o máximo possível porque sabia que assim que conversassem, tudo mudaria.

Ela queria muito contar a Connor quem Oliver era. Ele merecia saber e ela não gostava de não ser honesta com ele, mas tinha medo do que aconteceria depois disso. Connor ficaria com raiva por eles não terem contado imediatamente? Connor se ressentiria dela por ela nunca ter contado a ele quem era seu pai antes de Oliver entrar em suas vidas?

Ele ficaria feliz por saber que Oliver era seu pai e logo em seguida vê-lo indo embora e de volta para casa e o time.. e sua noiva? Porque por mais ridículo que soasse, Chloe tinha mais uma vez se acostumado a presença dele em sua vida e aparentemente Connor também, ou ele não teria pedido para Oliver levá-lo pra passear hoje.

E se ela tivesse deixado Oliver há tantos anos atrás e agora tivesse que viver o momento que tentou evitar? Como ela e Connor lidariam com os efeitos colaterais? Estava claro pra ela agora que tinha se enganado durante os últimos seis anos sobre ter superado Oliver.

Chloe o amava, então tinha passado as últimas semanas fingindo; deixando-o entrar em sua família porque ele queria conhecer Connor, e porque tê-lo ali com eles era algo com o que ela sempre sonhou.

Ela sabia que estava se deixando levar, Oliver só estava ali por causa de Connor, mas por enquanto, até que ele fosse embora, Chloe ia aproveitar o que pudesse ter. Ela olhou para Oliver e lhe deu um meio sorriso.

"Se você acha que está pronto pra contar a ele... eu estarei ao seu lado. Esse é um grande passo." A mão de Chloe encontrou o braço de Oliver e o apertou levemente. "Ele nunca pediu pra ir a algum lugar sem mim antes. Quer dizer, Adrian às vezes o traz pra casa e ele fica na casa dela, mas ele pediu pra você levá-lo."

Ela correu uma mão pelo braço dele. "Isso é mesmo muito bom, Ollie. Eu estava um pouco preocupada... não por sua causa, mas porque Connor não confia em muitas pessoas. Eu estou realmente feliz que de todas as pessoas em que ele pudesse confiar, ele confie em você." Ela respirou fundo, parando a mão, seus olhos fixos um no outro, fazendo seu coração acelerar.

Oliver pegou sua mão, apertando-a gentilmente e ao mesmo tempo desejando que não estivesse passando dos limites com ela, "Obrigado, isso significa muito." Ele engoliu em seco, se mexendo levemente enquanto tentava ignorar o quanto seu coração começava a martelar com as palavras dela e sua pele se aqueceu ao toque.

Ele sempre teve sentimentos por Chloe, e o efeito que ela tinha sobre ele não era nada novo. Mas estava se tornando incrivelmente difícil pra ele ignorar.

"Eu estou pronto!" Connor falou ao descer as escadas e parou no último degrau, tentando não franzir a testa ao ver as mãos deles unidas. "Você está pronto?" Ele ergueu a sobrancelha pra Oliver.

Oliver clareou a garganta, soltando a mão de Chloe antes de dar um tapinha nas costas de Connor. "Sim. Sua mãe acabou de me explicar como chegar na loja."

Connor jogou os braços ao redor da cintura da mãe. "Eu te amo."

Chloe sorriu, passando os braços ao redor dele e esfregando suas costas levemente. "Eu também te amo, garoto. Comporte-se direitinho com Ollie e fique com ele."

Ela soltou o filho e ele se afastou dela e olhou para Oliver gesticulando na direção da porta. Chloe respirou fundo ao olhar para Oliver e deu a ele um sorriso nervoso. "Divirtam-se, rapazes... eu vejo vocês dois quando voltarem."

Connor acenou antes de irem para a porta. "Eu te vejo quando voltar." Ele passou por baixo do braço de Oliver que olhou para Chloe por sobre o ombro, sussurrando um 'obrigado' antes de saírem.

Eles foram para o carro, e Oliver abriu a porta e em pouco tempo estavam a caminho. Oliver tentou bater papo, mas mesmo quando o assunto foi futebol, Connor não falou muita coisa sem que Oliver não estivesse perguntando. E mesmo nesses momentos, a maioria de suas respostas foi monossilábica como: sim, claro, e então só uma vez usou duas palavras: eu acho.

Quando chegaram na loja, Oliver tinha perdido quase toda sua auto-confiança sobre o passeio. Quando saiu do carro junto com Connor, colocou as mãos nos bolsos de trás.

Apertando os lábios, ele olhou para Connor. "Então... Que tipo de alvo você tem em mente? Eu não sei exatamente o que você está procurando."

Connor franziu a testa. "Você disse que era bom em arco e flecha."

Oliver deu uma risada sem humor. "Sim, mas não quando eu era criança... eu só aprendi quando tive que sobreviver, e então porque se tornou um hobby depois que voltei pra casa." Oliver suspirou. "Era meio que o único jeito de relaxar depois de um longo dia de trabalho."

Connor deu de ombros. "Alvos comuns feitos de plástico, eu acho... as flechas de sucção têm que se segurar em alguma coisa...", ele começou a caminhar pela loja e parou quando percebeu que Oliver não estava lhe seguindo e inclinou a cabeça na direção do homem. "Bem... você vem?"

"Sim", Oliver alcançou Connor enquanto iam para a loja. Era uma de esportes, embora tivesse especificamente artigos para caça. A frente da loja parecia ser da seção de pesca, com prateleiras e uma parede repleta de coisas para pesca.

Apesar do avanço da Queen Industries em tecnologias, o pai de Oliver tinha sido grande em caça, insistindo que isso mostrava quem eram o homens verdadeiramente fortes, os que podiam sobreviver sozinhos.

E seu pai estava certo. Eram as habilidades de caça que tinha adquirido na ilha que tinham garantido a Oliver sua sobrevivência. Mas seu pai não tinha lhe ensinado a caçar. Ele era uma criança muito pequena quando seus pais morreram num desastre aéreo, cancelando assim as viagens que Robert Queen tinha prometido lhe recompensar durante sua vida.

Seus olhos escanearam o fundo da loja, com as outras ferramentas óbvias, rifles e outras armas usadas para caçar animais. Além do arco e flecha, no entanto, Oliver não sabia nada sobre caça, e certamente parecia que tinham entrado no lugar errado.

Erguendo uma sobrancelha, ele olhou para Connor. "Onde sua mãe comprou o kit de arco e flecha infantil que você tem?"

"Na internet", disse Connor enquanto começava a andar pela loja.

Oliver abriu a boca, sua mandíbula travando ao olhar ao redor e tentar pensar. "Uh... Con... eu não acho que sua mãe ia gostar que eu te trouxesse aqui... eles não devem ter nada para crianças."

"Posso ajudar?" Um vendedor surgiu de um dos corredores, um senhor com um pequeno sorriso nos lábios e falando em alemão.

Oliver balançou a cabeça. "Na verdade estávamos procurando alguma coisa para que uma criança pudesse praticar arco e flecha, mas claramente---"

"Ah, nossa seção de arco e flecha fica por aqui", o homem disse, e antes que Oliver pudesse protestar, Connor estava seguindo o vendedor até o canto da loja.

Era uma seção de arco e flecha -- arcos empilhados numa parede atrás de um balcão de vidro que estava repleto de flechas de todos os tipos, madeira, metal, plástico pelo que parecia...

O homem foi para trás do balcão e acenou com a cabeça para a primeira fileira de arcos. Eram os menores, mais ou menos do tamanho certo para uma criança.

"Estes são nossos arcos infantis", o vendedor levantou a mão e apontou para uma seção onde os olhos de Connor caíram curiosamente.

Eles eram simples e Oliver imaginou se seriam iguais aos que Chloe tinha comprado.

"Esse é o kit de arco e flecha Barnett Lil' Banshee Junior para crianças." O senhor olhou para Connor por um momento antes de pegar no balcão e puxar uma caixa repleta de flechas. "Bem, ele parece ter a idade certa..."

O homem voltou a atenção para Oliver. "E o kit vem com um alvo."

Oliver deu uma risada envergonhada enquanto balançava a cabeça. "Uh, na verdade ele já tem um kit... nós só queríamos um alvo."

"Sim, mas essas são flechas de verdade", Connor retrucou em inglês.

Oliver percebeu o homem erguer as sobrancelhas e deu outra risada nervosa antes de se ajoelhar na frente de Connor. "Con... sua mãe te comprou um kit seguro por uma razão." Levantando-se, ele deu um curto aceno de cabeça para o vendedor. "Obrigado, mas a mãe dele iria me matar..."

O homem franziu um pouco a testa. "Não é incomum um homem ensinar seu filho a caçar. Sua mulher vai entender."

Oliver abriu a boca tentando formar palavras para corrigir o homem, imaginando o que no mundo Connor ia pensar do homem achando que fossem parentes.

Connor não pareceu ter prestado atenção nas palavras do homem, estava muito ocupado para se concentrar no que Oliver iria dizer. E se perguntou se sua mãe realmente ficaria chateada se Oliver comprasse o kit pra ele. Era um risco, mas achou que era um bom plano B, caso o plano A, não funcionasse como acontecera no dia anterior.

"Oliver", Connor disse em inglês de novo. "Existem clubes de arco e flecha em toda Europa e Ásia... em várias escolas e academias. Diabos, até tem um na minha escola", ele deu de ombros.

Oliver franziu a testa. "Não diga diabos." Ele olhou de novo para o kit no balcão enquanto o homem os observava, e ele suspirou, virando-se para Connor. "A questão é, Con, sua mãe se preocupa com sua segurança. Estas são legais, mas podem arrancar um olho."

Connor franziu a testa imaginando de onde Oliver tinha tirado essas preocupações familiares. Ele tinha pesquisado sobre ele antes de saírem de casa. Oliver não tinha filhos, nem parecia ter amigos que tinham filhos, e o homem era filho único; sua mente não fazia sentido. E Connor teve que se perguntar se Oliver realmente apenas conhecia sua mãe tão bem assim.

"Se você é tão bom professor como a mamãe disse, então eu não vou me machucar", Connor tentou a lógica, desejando que funcionasse. "Você vai me ensinar do jeito certo", ele rapidamente acrescentou quando percebeu Oliver hesitando.

Olhando de novo para o vendedor, Oliver procurou mais argumentos mas o homem apenas deu de ombros. "Essas flechas são realmente muito legais."

Suspirando, Oliver deixou os ombros caírem e concordou. "Certo... vamos levar o kit." Ele olhou para Connor. "Só espero que você implore para sua mãe não me matar quando voltarmos."

Connor não ia implorar nada para sua mãe. Nesse caso, iria ajudar. Ele assistiu o homem atrás do balcão sorrir e pegar o kit. Connor apertou os lábios antes de puxar a camisa de Oliver fazendo o outro homem olhar pra ele.

Ele lhe deu um pequeno sorriso e apontou para o corredor que ficava a alguns metros dali. "Eu vou voltar para aquele corredor ali. Acho que vi uns arcos legais. Espero você lá, ok?" Oliver hesitou, mas Connor já estava se movendo na direção do corredor.

"Uh... tá bom, só..." Oliver olhou de novo para o homem e começou a pegar o kit. "Só não vai pra lugar nenhum." Ele pegou a carteira e congelou. "E não fale com estranhos!" Ele gritou, entregando o cartão para o homem.

O vendedor apenas balançou a cabeça. "Crianças... fique de olho, elas nunca escutam." Ele estudou Oliver por um momento, um olhar de sabedoria no rosto. "É seu primeiro filho eu suponho...?"

Oliver apertou os lábios antes de assentir depois de um longo momento. "Sim..."

O homem assentiu quase antes de Oliver responder, já sabendo a resposta. "Como eu disse... fique de olho nele", o homem aconselhou enquanto entregava o kit a Oliver depois de colocá-lo em uma sacola.

"Obrigado", Oliver agradeceu antes de pegar o kit e se virar, indo para onde Connor havia apontado. Não o viu imediatamente, então tentou o corredor seguinte, e o seguinte, até chegar ao final da loja e começar a sentir o pânico tomar conta.

Xingando, ele correu de volta para o balcão, de onde o vendedor estava saindo para outra direção antes de Oliver erguer a mão e chamar atenção dele. "Ele não está aqui! Vocês têm um banheiro?"

O homem olhou surpreso antes de balançar a cabeça. "Só para os empregados, fica trancado."

Oliver xingou em inglês antes de correr da loja. Ele chegou ao carro de Chloe e sentiu um medo enorme apunhalar seu coração quando não viu Connor esperando por ele ali.

Ele abriu a porta do motorista, jogando o kit de arco e flecha no banco de trás antes de jogar a chave na ignição e ligar o carro, já pegando o celular e ligando para o número principal da Watchtower, simultaneamente enquanto começava a dirigir.

Ele sabia que havia uma diferença de tempo, então não se surpreendeu quando Victor não atendeu imediatamente. Mas a cada toque seu medo aumentava e a mente atormentada de Oliver começava a imaginar o que poderia ter acontecido, ou onde Connor estaria.

Victor atendeu no terceiro toque, sua voz levemente grogue. "Ei cara, faz tempo que você não manda notícias. Como vão as coisas por aí?"

"Vic", Oliver sentiu a garganta apertar enquanto dirigia, sem ver nenhum sinal de Connor. "Connor sumiu, Vic." Ele engoliu em seco. "Eu vou te dar uma localização, e preciso que você cheque todas as câmeras na área e me ajude a encontrá-lo."

Victor respirou fundo e engoliu em seco. Oliver estava na Alemanha há algum tempo e pensou que as coisas estavam indo bem. O último email que recebeu de Oliver dizia que estavam começando a ter uma rotina um com o outro. Ele hesitou brevemente. "Chloe... Chloe fugiu de novo?" Ele praticamente prendeu a respiração enquanto esperava a resposta.

"Não... Connor e eu estávamos sozinhos e ele foi para um corredor da loja e..." Oliver parou e lambeu os lábios. "Ele sumiu... foi pego... fugiu... eu não sei." Ele respirou fundo antes de dar o endereço da loja a Victor. "Use o satélite, câmeras de trânsito, eu estou dirigindo pelas ruas agora e preciso saber para onde ir."

Victor podia ouvir o pânico na voz de Oliver, então fez o melhor para permanecer calmo enquanto se inclinava para a frente e carregava os mapas da localização que Oliver tinha lhe dado, enquanto hackeava a rede elétrica da cidade. Assim que entrou no sistema, Victor acessou algumas câmeras, puxando os vídeos, mas não havia muitos.

Ele franziu a testa enquanto olhava as gravações. Victor apertou os lábios quando viu um garotinho que parecia com a foto que tinha encontrado do filho de Oliver há algum tempo, olhando para os dois lados antes de caminhar calmamente enquanto saía da loja de caça. Ele seguiu seu progresso por alguns quarteirões, mas então não havia mais câmeras para seguir.

Ele xingou antes de clarear a garganta. "Ok... acho que o vi. Ele saiu da loja uns cinco ou seis minutos antes de você me ligar. Estava sozinho, ninguém o coagiu. A câmera mostrou ele virando à direita quando saiu da loja e descendo a rua por uns dois quarteirões. E depois disso não tem mais gravação."

Victor suspirou enquanto tentava mais algumas coisas, só para não encontrar nada. "Não existem mais câmeras para olhar. Você ligou para a Chloe? Talvez ela saiba onde ele possa estar..."

Oliver sentiu a mandíbula apertar. Connor tinha fugido sozinho?--- Por que quis? Por quê?

Ele não conseguia entender, não fazia sentido. Ele e Connor vinham se dando bem e tinham feito progressos, certo? Por que ele fugiria?

Uma de suas mãos apertou o telefone enquanto a outra apertou o volante. "Olha... eu deveria ter ligado pra ela mas... liguei pra você primeiro." Ele apertou os lábios. "E se Connor saiu da loja porque quis..." ele travou ainda mais a mandíbula. "Eu preciso encontrá-lo... Pra resolver o problema que Connor tem comigo antes que alertemos Chloe sobre isso."

Victor franziu a testa. "Oliver... eu acho que você deveria ligar para a Chloe... Se ela descobrir sobre isso sozinha, qualquer avanço que você tenha feito com ela vai se perder", quando não houve resposta, ele suspirou. Oliver não ia lhe dar ouvidos, então tudo que podia fazer era ajudar.

Victor pressionou mais alguns botões enquanto falava. "Olha, se você não vai ligar para a Chloe, o que eu acho que é uma péssima ideia, pelo menos me diz o que Connor gosta, assim podemos tentar descobrir onde ele está."

"Eu não posso contar a Chloe... se eu contar a ela--" Oliver respirou fundo. "Então eu falhei... ela confiou em mim com nosso filho... e eu não posso--" Ele tentou ignorar o queimor em seus olhos quando as lágrimas familiares os encheram. "Eu não posso falhar com ela, ou Connor."

Ele olhou para as calçadas enquanto continuava a dirigir na direção que Victor o tinha guiado. "O problema é, eu não sei onde ele iria... não o conheço tão bem assim." Ele mordeu o lábio enquanto tentava pensar em lugares possíveis. "Na casa de um amigo talvez?"

Victor se mexeu enquanto olhava para a tela e puxava os arquivos escolares de Connor e começava a digitar em busca de conhecidos e se ele estava envolvido em outras atividades escolares.

Ele estreitou os olhos, voz calma quando falou. "E amigos? Aqui diz que ele pratica futebol, ele iria até a casa de colegas do time...? Você tentou algum campo de futebol local?"

Victor apertou os lábios, inclinando a cabeça para o lado enquanto olhava o mapa. "Oliver, eu preciso que você pense como uma criança de seis anos. Ele está a pé, então não pode ter ido longe. Se ele saiu sozinho... ele deve ter uma razão. Vocês dois... estão se dando bem? Ele gosta de você?"

"Eu achei que sim!" Oliver estava tentando pensar. "Eu não sei... quer dizer, tudo estava indo bem, eu estava ajudando ele com o futebol... nos treinos e a próxima coisa que eu sei é que ele me trancou no banheiro enquanto Chloe tomava banho, depois de mentir pra me fazer entrar lá."

Ele expirou devagar. "Ok... como uma criança de seis anos... ele ama futebol. Tem algum estádio ou campo por aqui perto?"

Victor apertou alguns botões e balançou a cabeça embora Oliver não pudesse ver. "Não que dê para ir a pé e eu acho que ele sabe disso. O que mais ele gosta de fazer, Oliver?" Victor parou, e moveu o mapa para maximizar outras localidades.

Oliver revirou os olhos. "Eu não sei! Eu só estou com ele há algum tempo e eu sei que ele ama futebol e é super-protetor com a mãe e ele gosta de--" ele viu uma biblioteca pública numa esquina e tirou o pé do acelerador. "Ler", ele disse simplesmente. "Ele gosta de ler."

Ele respirou fundo enquanto estacionava o carro. "Acho que sei onde ele está..." Ele olhou para a biblioteca. "Vic... você pode me dizer se existem câmeras dentro da biblioteca? E se você consegue ver algum sinal de Connor?" Ele lhe deu os nomes das ruas, esperando pacientemente.

Victor puxou as ruas no mapa, cruzou as referências das câmeras e sorriu. "Um garotinho de seis anos aparecendo. O vídeo mostra que ele entrou na biblioteca há uns cinco minutos. Estou avançando a gravação e parece que ele não saiu. Ele deve estar lá dentro. Não tenho nenhuma imagem lá de dentro, no entanto." Victor digitou alguns códigos e hackeou os computadores da biblioteca pra tentar ver se Connor havia usado a carteirinha da biblioteca, mas não tinha usado ainda.

"Perfeito. Eu te ligo depois", Oliver parou por um momento, sentindo o coração se acalmar agora que sabia onde Connor estava e que ele estava em segurança. "Obrigado de novo, Vic."

Victor clareou a garganta. "Sem problema, cara... Fico feliz em ajudar. Me avise se precisar de mais alguma coisa." Eles se despediram enquanto Oliver abria a porta do carro e saía, indo em direção a biblioteca.

Ele entrou pelas portas da frente, passando pela seção infantil e não encontrando nenhum sinal de Connor. Franzindo a testa, ele se virou e começou a andar pelas diferentes seções, olhando ao redor das mesas onde algumas pessoas liam, mas não encontrou nenhum sinal de seu filho.

"Pense como uma criança", Oliver repetiu as palavras de Victor antes de ter uma ideia e ele foi para a única seção que não tinha checado ainda. Ele contou algumas prateleiras antes de parar quando percebeu dois pezinhos em um dos corredores.

Ele se moveu lentamente, apoiando-se contra a prateleira e encontrando Connor deitado no meio do corredor com o nariz na primeira edição d'As Aventuras de Robin Hood.

"Achei que você ia esperar pra ler esse livro com sua mãe", Oliver pontuou casualmente.

Connor olhou pra cima, arregalando os olhos em surpresa. "V-você...? Como... Como você me encontrou?"

Oliver apertou os lábios. "A pergunta que realmente interessa é por que você fugiu, Connor?"

Connor olhou feio antes de fechar o livro, e se sentou antes de devolver o livro à prateleira. Quando terminou, virou-se para Oliver, cruzando os braços sobre o peito. "Não finja que não sabe."

Estreitando os olhos, Oliver deu um passo a frente. "Eu realmente não sei, Connor... Achei que estivéssemos nos dando bem."

"Estávamos, até--" Connor olhou feio. "Eu vi aquilo."

Oliver franziu a testa. "Viu o quê?"

"Aquilo", Connor disse secamente. "Eu vi o jeito que você olhou pra ela."

"O-O quê? Quem?" Oliver tentou arrancar mais informações de Connor.

"Minha mãe", Connor respondeu. "Eu vi o jeito que você olhou pra ela."

Oliver foi pego de surpresa, assustou-se até. "Chloe--quer dizer... Sua mãe?" Ele engoliu em seco, tentando uma expressão neutra. "Eu não sei do que você está falando. Como eu olho pra ela, Connor?"

Connor lhe deu um olhar incrédulo. "Você sabe como."

Assentindo, Oliver respirou fundo e se ajoelhou na frente de Connor. "Eu sei que você tem suas suposições..." Ele lambeu os lábios nervosamente, algo que vinha se tornando um hábito quando estava perto de Chloe e Connor ultimamente. "Mas eu te prometo, não estou tentando ficar entre você e sua mãe."

Connor o estudou silenciosamente por um momento antes de erguer uma sobrancelha. "E meu pai? Você está tentando ficar entre ele e minha mãe?"

Oliver gelou. "Con... isso--"

"Porque ela ainda ama o meu pai!" Connor gritou, alto o suficiente que até fez eco. "Ela ama! Por isso ela nunca teve nenhum namorado."

"Eu--", Oliver parou, sua boca tremendo um pouco e tentou engolir as complicadas palavras que não sabia como dizer a Connor. "Eu estou vendo que isso te deixa triste, Connor... mas eu prometo, eu não estou tentando roubar sua mãe de você... ou do seu pai."

Olhos verdes o observaram com atenção por alguns longos momentos. "Mas você a ama." Ele manteve o olhar. "Você ama minha mãe."

Recostando-se, Oliver abriu a boca, pronto para negar quando percebeu a determinação nos olhos de seu filho. A cor, a intensidade que espelhavam os de Chloe perfeitamente, e Oliver percebeu que se ia fazer com que Connor confiasse nele, teria que ser cem porcento honesto.

"Sim", ele admitiu num sussurro.

Connor engoliu em seco. "Há quanto tempo?"

Oliver deu um fraco e triste sorriso. "Muito tempo antes de você nascer."

Assentindo, Connor expirou devagar. "Okay..."

Levantando-se, Oliver lhe deu um pequeno sorriso antes de bagunçar o cabelo de Connor. "Agora, vamos te levar de volta para sua mãe... Você vai ter que contar a ela o que fez hoje."

Connor franziu o nariz. "Hum... temos que contar?"

Oliver deu risada enquanto colocava a mão no ombro de Connor e o levava para a saída. "Ah sim... você tem."

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Chloe estava no sofá numa blusa verde oliva e jeans, caneta vermelha na mão, café na mesa lateral enquanto dava notas em algumas atividades de sua classe. Oliver e Connor tinham saído há umas duas horas e estava começando a ficar um pouco ansiosa. Não que não confiasse em Oliver, porque não existia ninguém em quem confiasse mais, ela só estava ansiosa em saber como estavam indo as coisas entre eles.

Ela suspirou enquanto começava a marcar outro papel em sua frente. Chloe estava virando a última página quando ouviu o som da porta se abrindo. Ela sorriu e colocou os papeis de lado, pegando a caneca de café e indo até a porta. Ela se recostou na parede, um sorriso caloroso no rosto. "Olha se não são meus dois homens favoritos... Como foi na loja?"

Ela viu a sacola na mão de Oliver antes de olhar de um para o outro. "Conseguiram encontrar o alvo?"

Connor apertou os lábios com a frase de sua mãe... Oliver era um de seus homens favoritos? É... ele não gostou dessa frase...

Ele ergueu uma sobrancelha enquanto olhava para Oliver, esperando pra ver como ele ia responder.

Oliver percebeu que Connor esperava por ele e grunhiu antes de se virar para Chloe. "Nós tivemos que comprar um kit diferente de arco e flecha... Mas Connor ainda não vai poder usar." Ele empurrou Connor mais perto de Chloe. "Connor tem uma coisa pra te contar..."

Connor abriu a boca, olhando feio para Oliver antes de tentar fechar. Suspirando, ele se virou para sua mãe, com um olhar envergonhado, olhando pra baixo. "Eu posso ter fugido de Oliver hoje..."

Chloe arregalou os olhos, uma mão indo para o estômago ao sentir o pânico. Oliver podia dizer que ela estava se esforçando para manter a voz calma. "Você pode ter fugido? Connor..." Ela parou, fechando os olhos brevemente e contando até dez em sua cabeça antes de reabri-los.

Embora Chloe quisesse gritar com os dois, Oliver por não ter ligado e Connor por fugir, ela manteve as palavras calmas. "Connor, eu quero que você suba, pense no que fez. Eu vou subir em dez minutos pra você me explicar a razão de fazer algo incrivelmente perigoso."

Connor franziu a testa. "Mas, mãe..."

Ela ergueu uma mão, efetivamente fazendo-o parar de falar. "Agora não, Connor, eu vou te dar a chance de se explicar, mas agora eu preciso que você vá lá pra cima, por favor." Ele suspirou, ombros caindo enquanto falava sozinho e subia as escadas.

Quando ele desapareceu ela olhou para Oliver, braços cruzados sobre o peito enquanto estudava o homem em sua frente. Ela apertou os lábios, tentando encontrar as palavras para expressar o que estava pensando calmamente. "Eu não tenho certeza do que está acontecendo com Connor. Ele nunca fugiu antes... eu sinto muito que ele tenha feito isso com você..."

Ela travou a mandíbula e um brilho de raiva passou por seus olhos. "Mas Oliver... se eu não posso confiar que você vai me ligar e me avisar quando algo assim acontece, como eu vou confiar em você com nosso filho?"

Oliver levantou a mão. "Calma. Você tem que saber que eu jamais colocaria Connor em risco... No segundo que descobri que ele fugiu porque quis, eu o encontrei rapidamente..." Ele parou e correu uma mão pelo cabelo enquanto suspirava. "A questão é... Não era sua confiança que eu tinha que ganhar hoje... era a de Connor. Você pode ficar brava comigo e tem todo direito pra isso. Mas contando o pouco tempo que estou vivendo isso, não é justo."

Chloe abriu e fechou a boca algumas vezes, surpresa em seu rosto tentando digerir o que Oliver estava lhe dizendo. Ela respirou fundo para se acalmar antes de falar de um assunto de cada vez enquanto soltava as mãos ao lado do corpo, olhos encontrando os dele. "Primeiro... eu estou calma. Segundo, eu sei que você jamais colocaria Connor em perigo. E sim, é importante para Connor confiar em você, Oliver, mas me ligar e me avisar que ele tinha desaparecido é importante também. Eu sei que você é novo nisso. Eu não estou brava porque ele fugiu enquanto estava com você. A culpa é de Connor, não sua. Ele sabe disso. Eu estou brava porque você não me ligou e me avisou. Um simples, 'Chloe, Connor fugiu, ele está bem, eu o encontrei e estamos indo pra casa' teria sido suficiente."

Oliver balançou a cabeça. "Primeiro... eu não queria ser a pessoa a te contar. Eu queria que Connor admitisse o que tinha feito."

Ele olhou para o alto das escadas para garantir que Connor não estivesse ouvindo. "A questão é... Ele fez isso por sua causa. Ele estava tentando proteger você e o lugar do pai dele ao seu lado." Ele hesitou sobre se deveria ou não contar a ela do que Connor tinha lhe acusado.

"Ele só não quer te ver magoada... e achou que eu estivesse... dando em cima de você", ele lhe deu uma versão mais leve antes de sorrir. "Mas estamos bem agora. Eu prometi a ele que não estava aqui pra ficar entre vocês dois."

Ela respirou fundo, fazendo o melhor para aliviar a tensão em seus ombros. "Isso não faz nenhum sentido... Por que Connor sentiria necessidade de me proteger? Achei que vocês estivessem se dando bem... Aconteceu alguma coisa que o fez pensar que você estava... ultrapassando os limites?"

Ela inclinou a cabeça para o lado com um tom de confusão no rosto enquanto engolia em seco, voz suave. "Por que Connor ia achar que precisa proteger o lugar do pai dele na minha vida... quando ele não faz ideia de quem você é?"

Ele apertou os lábios. "Connor acha que você nunca namorou ninguém porque você está... esperando pelo pai dele."

Chloe gelou, seu coração disparado contra o peito enquanto respirava fundo, seu corpo ficando tenso enquanto corria as mãos pelos braços como se estivesse com frio. Foi um esforço enorme pra ela segurar as lágrimas, sua voz mal um sussurro quando falou. "Ele disse isso?... Connor fala com você sobre o pai dele?"

Oliver engoliu em seco. "Sim." Ele disse a palavra tão levemente que não tinha certeza se ela tinha ouvido. "E é por isso que é tão importante pra mim que ele me conheça primeiro." Ele baixou o olhar. "Ele já tem expectativas altas..."

Ela hesitou antes de falar, tentando manter a voz calma embora estivesse bem longe disso. Por alguma razão seu filho não só tinha escondido isso dela e falava com Oliver sobre o pai regularmente, mas também achava que ela ainda o amava.

Chloe engoliu em seco antes de falar. "Por que você não me contou? Ele fala sempre sobre o pai? O que ele fala... e mais importante, porque ele não disse nada pra mim?"

"Eu não te contei porque Connor me pediu pra não contar." Oliver respirou fundo. "Ele não fala com você porque tem medo que vá te machucar."

Chloe abriu a boca, mas fechou em seguida. Ela não tinha ideia do que dizer a isso. Obviamente tinha entregue mais a seu filho do que pretendia e ele tinha ido conversar com Oliver. Era exatamente disso que ela precisava, que ele soubesse o quanto ela tinha passado todos esses anos esperando por ele enquanto ele seguia em frente e começava uma família com Dinah. Ela se mexeu e passou por Oliver em direção às escadas. Precisava conversar com Connor.

Oliver estendeu a mão, segurando o braço dela a fazendo parar. "Chloe, não... Connor apenas tem que resolver algumas coisas sozinho..."

Ela olhou pra ele e gentilmente soltou o braço, colocando alguma distância entre eles. "Eu preciso conversar com meu filho. Ele precisa saber que não está tudo bem fugir de qualquer adulto com quem ele esteja. Eu não vou dizer nada sobre o que você me contou."

Ela deu uma risada amarga. "Ele obviamente não quer que eu saiba. Mas independente disso, o comportamento dele precisa ser resolvido", quando ela terminou de falar voltou a ir em direção as escadas.

Oliver deu a volta e bloqueou seu caminho. "Deixe Connor pensar sobre o que ele fez, ele sabe que errou."

Ele percebeu que ela estava prestes a retrucar e rapidamente falou antes que ela pudesse. "Vamos começar o jantar..." Ele suavizou o olhar com um pedido de súplica. "Por favor."

Chloe apertou os lábios enquanto olhava na direção das escadas e então de volta para Oliver. Ela trocou o apoio de um pé para o outro e assentiu. "Hum... na verdade eu tenho mais algumas atividades pra dar nota..." Ela parou antes de continuar a falar. "Você se importa em começar o jantar? Eu já separei tudo... depois vou te ajudar... se você quiser." Sua voz falhou enquanto mordia o lábio inferior.

Oliver sentiu o peito apertar com as palavras e assentiu. "Claro..." Ele lhe deu um pequeno sorriso antes de ir para a cozinha e se relembrou de não demonstrar muita afeição em relação a ela dessa vez. Se uma criança de seis anos tinha descoberto sobre seus sentimentos, então sem dúvida em sua mente Chloe já tinha percebido e era por isso que estava tentando manter distância. Ele tentou não esperar demais do fato dela querer lhe fazer companhia na cozinha...

"Oh e eu acho que como castigo, Connor deveria ser proibido de praticar arco e flecha até a primavera." Oliver deu uma risada um pouco nervosa enquanto entravam na cozinha juntos e sozinhos, e tentou ignorar o jeito que seu coração parecia acelerar.

Connor estava certo... Oliver ainda amava Chloe. Ele só não sabia o que fazer com isso.

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17 comentários:

  1. É muito difícil gostar do Connor. Mesmo entendendo o lado dele continuo o achando uma criança muito antipática e com um quê de auto-suficiência elevado para a idade dele.

    Nunca está totalmente relaxado, descontraído. Fica sempre atento a tudo, observando para dar o bote, sempre espreitando. Credo! Parece criança de filme de terror.

    E com toda essa esperteza surreal ele liga todos os fatos, menos o mais óbvio de todos... kkkk

    Mas vou deixá-lo para lá por enquanto...

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  2. Ter um amigo Victor é quase indispensável não é? Sempre ajudando rs

    Eu gostei do Oliver neste capítulo, acho que ele se destacou um pouco, exigindo que o Connor contasse a verdade para Chloe e dizendo que ele não ia usar o arco novo. Sugerindo um castigo, decidindo o que era melhor desde que o menino sumiu, sendo honesto com a Chloe...

    Porque estou sentindo falta dos pontos marcantes e até irritantes da personalidade Queen.
    Essa luta por um espaço como pai e a ausência de patrulha, trabalho, etc fizeram dele um peixe fora d’água.

    Ele ficou muito a mercê do apoio/autorização/gratidão da Chloe e dos caprichos/interrogatórios do menino...

    Sei lá, ele parece perdido e sem importância no meio da autoridade máxima da Chloe e da personalidade muito dominante do Connor.
    Sua maior relevância em dezessete capítulos foi ter cuidado da Chloe doente.

    Por isso gostei desse capítulo. Teve um ar de diferente, ainda que muito sutil. :]


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    1. Pra ser muito sincera, o menino não me incomoda tanto não, acho que ele é extremamente esperto para a idade, mas penso que uma cça criada só pela mãe com todos os mimos, holofotes e neuroses, acaba ficando assim mesmo.

      Já trabalhei como auxiliar de educação em uma escola e vi crianças com essas características, talvez por isso eu não esteja estranhando tanto assim... e outra coisa, ele só tem um amigo fora da escola, o Nick, não interage com outras cças da rua, e além de tudo isso ainda, não tem o costume de receber pessoas em casa, além da mãe do Nick, ou seja, esse menino é um excluído social, rs... ele não tem mesmo o hábito e ter alguém de repente morando na sua casa, acho que incomoda sim, se a Chloe ficasse grávida novamente ele sofreria muito com ciúmes, acho que ele está com ciúmes do Oliver.

      Outra coisa, cça fica muito ligada qdo tem outra pessoa dando em cima de seu pai ou sua mãe, percebe sim... eu quando criança, mais ou menos nessa idade, 6 ou 7 anos recebi em casa uma tia que ficou uns tempos e eu ficava muito irritada com ela, não gostava que ela conversasse com meu pai... lógico que não havia fundamentos para o meu ciúmes, mas como criança existe esse apego dos filhos com as mães e das filhas com os pais... só exemplificando pra gente não se irritar tanto com o Connor, rs...

      Ainda mais com ele tendo certeza que o Arqueiro é o pai dele...

      Agora, quanto a situação do Oliver, também entendo, verdade, ele tem uma participação muito apagada nessa fic, mas é compreensível, quem está pisando em ovos é ele, quem tem que conquistar um menino que venera a mãe é ele, ou seja, ele está mesmo na mão da Chloe, especialmente por não saber o motivo de ela ter partido, por isso tantas dúvidas no coração e mente do nosso heroi...

      Acho que a semelhança tão grande com o jeito que as coisas seriam na vida real é que nos provoca, nos incomoda de certo modo... normalmente quando lemos uma história, queremos o fictício, a catarse, o final feliz, as situações em que tudo magicamente se acerta, e por isso talvez, essa fic esteja nos 'incomodando' tanto... e doi mais ainda saber que o final ainda não foi escrito... mas mesmo assim é impossível, pelo menos pra mim, abandonar a história...

      Vinicius, não estou criticando sua opinião, por favor não me entenda mal... Entendo e compreendo perfeitamente tudo que você expressou no seu comentário... estou apenas mostrando um outro ponto de vista de quem tem mais costume em lidar com as crianças e suas vidas complicadas... parece que não, mas as crianças de hoje em dia trazem uma carga muito grande de coisas inimagináveis, pelo menos pra mim, considerando a infância que tive, então quem sabe isso te ajude a tolerar um pouco mais o Connor... que também não é minha cça chlollie preferida, mas acho que consigo também entendê-lo de um jeito diferente.

      Rita de Cássia

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    2. Olá Rita, tudo bom?
      Compreendo o que você quis dizer...

      Obviamente entendo o Connor como um produto do meio onde vive. Sendo Chloe a mãe superprotetora tão comum neste século (embora não dê para dizer que elas estão totalmente erradas) e criando o menino sozinha, em um círculo social tão restrito (exceto pela escola) o esperado é que seu filho fosse mesmo mimado e ciumento.

      Conheço crianças assim, apesar de não ter trabalhado com elas (família gigantesca ;D) e o que de fato me incomoda é parecer mais difícil do que eu acho que realmente seria.

      Isto lógico, tendo em conta que o Connor ainda nem saiu da primeira infância e que não passou nem de longe, por traumas ou instabilidades que uma criança “real” teria passado em sua curta vida por mais amada que fosse.

      As mães que conheço também não são tão perfeitas assim no trato com seus filhos do que a Chloe, são apenas mães humanas e as vezes com frustrações. Chloe é uma mãe teoricamente perfeita para ele. Levando tudo isso em conta, eu penso:

      É um menino muito próximo da realidade? Sim, mas embora o meio o faça possessivo, esse mesmo meio não seria suficiente para fazer dele tão desconfiado assim. Ou seria? Ele se parece em parte com alguns pequenos que vi, mas em outra parte o acho bastante exagerado.

      Mas sensibilidades à parte, se focarmos que ainda se trata de ficção as características como esperteza e desconfiança podem ser trabalhadas como se queira.

      E comentários exagerados sobre o Connor (no caso os meus kkkk me desculpem) à parte, ainda continuo achando ele uma criança chata e como disse no primeiro comentário, apesar de entendê-lo, ainda me parece estranho que ele quase nunca relaxe e se distraia totalmente com tão pouca idade.

      Como eu disse a alguns capítulos atrás a beleza da fic está no fato dela ela ser crua e deixar pouquíssimo espaço para a ilusão. A história me provocar foi um bônus.
      E apesar de não ter gostado da Chloe no começo e ainda não gostar do Connor, a tensão me obriga a ler. Assim como em tantas outras fanfics Chlollie que não tiveram o final mais feliz que a ficção poderia dar.

      Eu agradeço pelo seu comentário :)

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    3. WOW só posso concordar com tudo que os dois disseram aí em cima, entendo o ponto de vista dos dois... e devo confessar que o Connor não me irritou tanto quando li, mas acho que os comentários do Vinicius estão começando a me 'tocar', lol... acho qeu terei que ficar um tempo sem ler fics com chlollie babies, será que traumatizei todos nós? Desculpa aí gente...

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    4. Angelique,quase reli uma fic com a Mia para compensar , mas não vou fazer isso porque a guria vai fazer eu arrepender, tenho certeza kkkkkkk to fora!

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  3. E eu não podia deixar de admirar e parabenizar este blog, o trabalho que vcs fazem aqui é simplesmente incrível... Parabéns e o blog está cada vez mais lindo... PARABÉNS!!!!

    Rita de Cássia

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  4. Quando Chloe Olliver vão tirar o elefante branco Dinah do caminho? Rs

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    1. Capítulo 20, cujo, desapareceu, sumiu, escafedeu-se e agora terei que traduzir de novo, ele e o 19, então... desculpe?

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    2. Não vejo a hora de tocarem nesse assunto proibido do noivado.
      Se Dinah descobrisse o quanto empatou as coisas mesmo sem intenção e sem fazer ideia disso, acho que ela daria risada kkkk

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  5. Por enquanto meu capítulo favorito!!!

    GIL

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    1. Que bom GIL, mas o seu favorito mesmo será o 20, que eu consegui perder e agora terei que traduzir de novo, depois de traduzir de novo, o capítulo 19, dessa fic que tem capítulos GIGANTES!!!!! Não sei como isso foi acontecer, mas aconteceu... me odeiem.. eu me odeio muito!!!!!!!!

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    2. Acho que o meu também, apesar de tudo kkk

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  6. bom agora que o Oliver assumiu que ainda ama a Chloe as coisas vão começar a caminhar na direção certa ...espero rsss Ps valeu Angelique pelo esforço,ter que traduzir tudo de novo não deve ser facil , mas vale a pena e alimenta o nosso vicio kkk ☻

    Alice

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    1. Sim, Alice, esse rumo já é percebido no cap 19 que estou re-traduzindo lol... Conte comigo para alimentar esse vício... lol

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  7. Estou sentindo falta de um pouco de ação. Fica esse chove não molha da Chloe com o Oliver. Caramba, até agora os dois não comentaram sobre o noivado dele e ele está lá há semanas (fala sério). Também seria legal uma visita surpresa da Lois, movimentaria mais a trama que está muito arrastada.

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