7.9.12

In Our Hands (9/27)


Título: Em Nossas Mãos
Resumo: "As palmas não mentem, Oliver." Zatanna aclamou enquanto ele afastava a mão. "Você tem um filho."
Autora: slytherinpunk
Classificação: R (eventualmente NC-17)
Spoilers: segue os acontecimentos até o terceiro episódio da décima temporada e segue AU depois disso. Oliver nunca se revelou como Arqueiro Verde e Tess nunca comandou a Watchtower.
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Chloe desceu silenciosamente as escadas até a cozinha. Ela suspirou enquanto caminhava com os pés descalços, parando brevemente na entrada da sala e viu Oliver. Ela quase esperou acordar e descobrir que a noite anterior tinha sido um sonho, mas não seria tão sortuda. Inclinando a cabeça para o lado, ela olhou para ele. O sofá não era nem de perto grande o suficiente e metade do seu corpo estava pra fora do sofá.

O cabelo dele estava bagunçado e ele tinha a expressão mais engraçada no rosto. Ela tinha esquecido o quanto ele era adorável de manhã. Isso a fez parar. Esse tipo de pensamento não era permitido e por isso a estadia de Oliver não era uma boa ideia. Ela suspirou, correndo uma mão pelo rosto cansadamente enquanto ira pra cozinha preparar o café.

Chloe foi até a geladeira e começou a pegar as coisas para o lanche de Connor. Não tinha dormido mais do que uma hora, talvez duas na noite anterior. Depois de chorar tudo que podia durante algumas horas, ela percebeu que não tinha superado Oliver e lidar com ele ia ser muito mais difícil do que tinha antecipado... Especialmente com Connor envolvido.

Ela tinha realmente estragado tudo com aquela história ridícula. Deixou as emoções tomarem conta, algo que não podia acontecer de novo. Ela começou a preparar o café silenciosamente desejando não acordar Oliver. Estar sozinha com ele sem a proteção de Connor não era um desejo pra nem tão cedo, felizmente ele parecia bem adormecido na sala ao lado.

Oliver se mexeu levemente, o som de algo à distância arrancando-o da posição desconfortável em que estava preso. Irritado, ele expirou alto e se mexeu para o outro lado, desejando voltar a dormir, mas falhando miseravelmente. Ele abriu os olhos, tentando espantar o sono enquanto olhava os arredores. Ele olhou para o cobertor, metade em cima dele, metade no chão e o empurrou para o fim do sofá.

Ele se levantou devagar, inclinando o pescoço de um lado para o outro. Daria tudo pra poder praticar ioga, mas quando saiu de casa não teve tempo pra pensar em nada. Respirando fundo, ele esfregou os olhos quando ouviu outro barulho à distância e estreitou os olhos, virando-se na direção da cozinha.

Coçando a cabeça, ele foi até lá, olhando para a escada, imaginando quem tinha acordado primeiro, Chloe ou o filho deles...

Bocejando, ele parou na porta, seus olhos caindo em Chloe que estava de frente para o balcão, de costas pra ele, preparando um sanduíche e colocando num pequeno saco plástico. Antes que pudesse se impedir, ele olhou para suas pernas nuas, e então para o leve robe, que nem chegava até seus joelhos.

Ele engoliu em seco, instantaneamente se lembrando dos dias em que daria tudo pra acordar assim.

Chloe colocou o lanche na lancheira de Connor e percebeu que tinha esquecido o suco. Ela se virou na direção da geladeira e deu um pulo, a mão voando até o coração e o pulso disparando quando viu Oliver parado ali.

"Jesus, você me assustou..." Ela engoliu em seco e olhou na direção da escada pra ver se não tinha acordado Connor. Ela se virou para Oliver e apertou os lábios. "Eu não queria te acordar."

Ele olhou para o short e camiseta café que ela usava antes de rapidamente olhar para o rosto dela. Ele olhou para sua própria camiseta branca, e clareou a garganta. "Não, não... eu só estou... com sede."

Chloe ficou parada ali embaraçada por um momento antes de amarrar o robe, indo na direção da geladeira, e abrindo-a. Ela pegou o suco de Connor antes de apontar para o armário. "Os copos ficam ali..."

Oliver piscou, e lambeu os lábios. "Ahn? O quê?"

Ela terminou de arrumar o lanche de Connor e girou de frente para Oliver, sobrancelha erguida. "Você disse que estava com sede... os copos ficam ali... sabe, pra beber água."

Ele assentiu rapidamente, indo até o armário que ela indicou. "Certo... obrigado." Pegando o copo, ele foi até a pia, abrindo a água e o enchendo até a metade. Ele olhou para Chloe enquanto levantava o copo. "O que você está fazendo?"

Ela abriu outra porta e pressionou a mão no balcão enquanto ficava na ponta dos dedos tentando pegar uma caixa de salgadinhos na prateleira mais alta. "O lanche de Connor..."

Oliver foi até atrás dela, estendendo o braço acima da cabeça dela. "Aqui, deixa eu ajudar, do que você precisa?" Ele perguntou naturalmente, alheio ao quanto seus corpos estavam próximos um do outro.

Chloe o sentiu perto dela, o calor do corpo dele a rodeando enquanto respirava fundo e gelava, seu corpo ficando tenso. Sua voz mal um sussurro quando falou. "Eu pego... por que você não... pega uma maçã pra ele? Estão na cesta perto da geladeira."

Oliver não se afastou, ao invés, prendeu a respiração quando virou a cabeça para olhar pra ela. "Chloe, eu--"

"O que vocês estão fazendo?"

Oliver se encolheu ao som da voz de Connor, e girou para ver o garoto parado na porta. Ele deu risada nervosamente. "Oi, amigão." Estendendo o braço até a cesta no balcão, ele pegou uma maçã, jogando-a pra cima e pegando de volta antes de entregar a Chloe. "Estamos preparando seu lanche."

Connor estudou Oliver por um momento com uma expressão duvidosa, antes de olhar para sua mãe.

Chloe se virou, tentando se livrar da tensão. A ação foi em vão porque Oliver estava bem ali ao lado dela e estava deixando ela ainda mais nervosa. Se ele ia ficar com eles, ela ia ter que estabelecer algumas regras. As coisas estavam indo rápido demais. Ela entendia que ele queria conhecer o filho o máximo possível e fazer parte de tudo agora que estava ali, mas pelo olhar no rosto de Connor, ele estava confuso e desconfiado com a presença de Oliver.

O que significava que ele precisava ser acrescentado em pequenas doses. Era meio como fazer panquecas com gotas de chocolate; você não joga tudo de uma vez, vai acrescentando aos poucos.

Ela clareou a garganta e sorriu para Connor. "Bom dia, docinho, como está o meu garoto esta manhã?"

Pelo canto do olho, Connor olhou para Oliver antes de responder. "Bem." Ele foi até o balcão e parou ao lado de sua mãe. "O que tem para o café?"

Ela correu uma mão pelo cabelo dele, seu corpo relaxando com Connor ao seu lado enquanto dava de ombros. "O que você quer? Torrada, panquecas... ovos?"

"Ovos e bacon por favor?" Connor correu até a mesa, sentando-se na mesma cadeira do dia anterior.

Oliver clareou a garganta, indo até a mesa. "Você dormiu bem?"

Connor franziu as sobrancelhas. "Sim."

Assentindo, Oliver puxou uma cadeira e se juntou a seu filho na mesa. "Que bom."

"Como estava o sofá?" Connor sorriu. "Parecido com sua cama?"

Oliver quis dar risada enquanto abria a boca para responder. "Eu dormi bem", ele mentiu.

Chloe deu um risinho enquanto tentava suprimir uma gargalhada, acobertando-a com uma tosse. Ela pegou os ovos e o bacon na geladeira e depois uma panela no gabinete. Colocando a panela sobre o fogo, ela pegou dois pratos e um copo no armário, e foi até a mesa os colocando ali, um na frente de Connor e outro na frente de Oliver.

Voltando até a geladeira, ela pegou o suco de laranja e colocou entre os dois. O café bipou e Chloe foi até o armário novamente com a testa franzida. "Con, você lembra onde está a caneca da mamãe?"

Ela tentou se lembrar se tinha deixado no quarto dele de novo ou dentro da geladeira, como tinha acontecido uma vez, ou mesmo no banheiro como em outra vez. Realmente precisava parar de levar a caneca pra todo lugar, mas por alguma razão não conseguia... Talvez porque tivesse sido um presente do homem sentado a menos de três metros dela.

Oliver pegou o suco entre eles, abriu e serviu o copo de seu filho. "Está na terceira prateleira, no armário perto da geladeira", ele apontou facilmente. "Eu vi quando peguei o copo pra tomar água."

Connor estreitou os olhos para Oliver. "Como você sabe qual é a caneca em que ela toma café?"

Chloe parou, não esperava que ele percebesse a caneca e engoliu em seco antes de ir pegá-la no armário. Ela olhou para Connor, sua voz leve. "É uma caneca antiga, Connor... na verdade, mais velha que você. Eu usava quando... trabalhávamos juntos", ela lhe deu um pequeno sorriso tentando aplacar a testa franzida do filho deles.

"...na Queen Industries?" Connor perguntou.

Oliver tossiu. "Sim, sua mãe vivia rodeada de computadores o dia inteiro..." Ele olhou para o relógio, vendo a hora e olhando para o filho curioso que eles tinham. "Ei, que horas começa a escola?"

"Oito horas", Connor respondeu. "A primeira aula da mamãe começa às nove... então é melhor você arrumar suas coisas antes disso."

Chloe olhou de Oliver para Connor e podia ver a tensão aumentando. Ela encheu a caneca de café antes de clarear a garganta. "Connor, por que você não corre lá em cima e vê se sua mochila está arrumada enquanto eu termino de preparar o café?"

Ele abriu a boca para protestar, mas ela lhe deu um olhar sério e ele suspirou antes de se levantar e ir para o quarto. Chloe deu um passo à frente, cabeça inclinada para o lado enquanto ouvia os passos dele se afastando.

Ela tomou um gole do café, o líquido quente enchendo sua boca e deslizando por sua garganta, aquecendo seu corpo e relaxando a tensão em seus músculos. Ela deu um leve gemido, abrindo os olhos novamente enquanto colocava a caneca no balcão e começava a preparar o café.

Ela falou baixinho, mas sem olhar para Oliver. "Olha, se você planeja ficar um tempo aqui, vamos ter que estabelecer algumas regras." Ela parou por um momento, organizando seus pensamentos. "Eu nem posso imaginar o quanto está sendo difícil pra você... mas Connor não é uma criança normal... quer dizer, ele é normal, eu só..." Ela suspirou frustrada enquanto tirava a panela do fogo, jogando os ovos no prato de Connor antes de se virar para Oliver e jogar o resto no prato dele, voltando em seguida para o fogão e começando a preparar o bacon.

"Ele é nosso filho. E ele é muito intuitivo e extremamente protetor em relação a mim... ele está desconfortável... ele não conhece você e de novo, sim, eu sei que é culpa minha... mas você está fazendo um monte de perguntas e meio que agindo como se pertencesse aqui e antes que você entenda errado, você precisa entender o que eu estou querendo dizer. Estar na vida de Connor... na posição que eu acredito que você quer assumir, precisa ser merecida. Se você for rápido demais, ele não vai confiar em você."

Ela se virou um minuto depois, colocando o bacon no prato de Connor antes de servir Oliver. Ela colocou a panela no fogão, desligando o fogo antes de se virar de frente para Oliver, braços cruzados sobre o peito quando finalmente olhou pra ele. "Eu sei que você quer fazer parte da vida dele... e eu respeito isso, mas demora um pouco. Você não pode forçar... ele não está acostumado a ter gente por perto, além de mim."

Chloe mordeu o lábio para esconder o pequeno sorriso que queria se formar em sua boca. "E aparentemente ele acabou de te expulsar..."

Oliver travou a mandíbula. "É, eu percebi..." Suspirando, ele correu a mão pelo cabelo. "Olha, vocês dois não me querem aqui, eu entendi... eu também entendo que ele tem que se acostumar comigo primeiro." Ele inclinou a cabeça para o lado, os olhos concentrados no outro canto da cozinha. "E eu quero que ele me conheça antes de jogar todo esse negócio de árvore genealógica em cima dele."

Ele olhou de novo pra ela, procurando seus olhos. "Mas eu não vou a lugar nenhum... e ele vai precisar que você faça ele ver isso." Ele zombou. "Apesar da história de ontem a noite, ele não ver como nada além de um objeto passageiro." Levantando a mão, ele tentou impedi-la de interrompê-lo. "E eu não desgosto disso. Eu realmente amo isso nele -- que ele seja tão protetor em relação a você..."

Expirando devagar, ele tentou tirar a tensão dos ombros. "Tem sido só vocês dois nos últimos seis anos... eu entendo que ele esteja acostumado." Ele respirou fundo. "Mas temos que ser um time, Chloe. E eu estava lá com você ontem, lendo pra ele, e eu sei que podemos fazer isso... você sabe que podemos."

Ela encontrou seus olhos, todas as emoções da noite anterior voltando. Já podia sentir as lágrimas nos olhos enquanto olhava pra ele, a voz suave tentando esconder a dor que suas próprias palavras lhe causavam. "Você e eu não somos um time há muito tempo, Oliver. E eu sinto muito... eu não sei se podemos fazer isso. Você aparece na minha porta seis anos depois e o quê? -- Eu tenho que de repente começar a confiar em você de novo?"

Chloe respirou fundo. "Eu sei que você está com raiva... E como eu disse antes, você tem todo o direito de estar. Mas eu fiz o que achei ser melhor para Connor na época... Uma coisa que eu sei que não vai fazer você se sentir melhor, mas você precisa saber mesmo assim... quando eu parti... eu não sabia. Eu não teria feito isso intencionalmente e eu sei que você provavelmente não acredita em mim, mas é a verdade. Eu só descobri sobre Connor depois..."

Ela se mexeu e se recostou contra o balcão enquanto olhava para as mãos. "E eu nunca disse que não queria você aqui... você tem o direito de conhecer Connor... ser parte da vida dele. Mas sua vida não é aqui."

Ela olhou pra ele enquanto uma lágrima descia por seu rosto e ela enxugou rapidamente, mas não desviou o olhar. "O que acontece quando você conquistar o coração dele... porque é isso que você faz-- como não poderia? E então você precise ir embora ou tenha que voltar para sua vida real... e então, Oliver?"

Mais do que tudo Chloe queria que Oliver conhecesse o filho deles... fosse parte de sua vida... da vida deles. Mas isso não era um conto de fadas. Não se perde seis anos e recomeça a vida de onde parou e se vive feliz para sempre. Oliver estava noivo... provavelmente planejando uma família com Dinah... O que ia acontecer quando ele percebesse que não era isso que ele queria? O que ia acontecer quando ele finalmente partisse como ela sabia que ele ia fazer eventualmente? Tinha visto o futuro de Oliver e ela não estava nele. E deixá-lo entrar agora ia ser pior porque quando ele finalmente fosse embora, não seria só o coração dela que ficaria partido, seria o de Connor também.

Ela deu de ombros, lágrimas descendo livremente por seu rosto, não tendo mais energia para escondê-las. "Connor significa tudo pra mim... Ele é tudo que eu tenho. Eu não duvido que você vá ser um excelente pai, Oliver... mas ele nunca teve um... e se você disser a ele quem você é... e eu deixar você ser esse cara pra ele... vai devastá-lo quando você for embora."

Ela enxugou o rosto enquanto erguia a outra mão para impedi-lo de falar. "Eu vou fazer minha parte... eu vou explicar pra ele que você vai ficar aqui e vou fazer o melhor pra ir acrescentando você às nossas vidas, Oliver, eu juro... mas até que eu possa confiar que você não vai partir, eu não vou dizer a ele quem você é e eu preciso que você respeite isso ou então não vai dar certo."

O olhar dele endureceu. "Você não confia em mim?" Oliver se levantou da mesa devagar. "O que eu fiz pra você não confiar em mim? Porque não fui eu quem partiu." Ele foi até a porta da cozinha. "Eu te disse, eu não vou embora antes de resolvermos isso. Eventualmente, quando estiver tudo resolvido, sim, eu vou pra casa."

Ele gesticulou entre eles. "Vamos resolver isso, e revezar os feriados como os casais divorciados fazem. Eu tenho um jatinho particular, então não é como se eu não pudesse vir pra cá quando quisesse."

Atravessando a cozinha, ele diminuiu a distância entre eles até estarem apenas alguns centímetros de distância, e sua voz quase um sussurro. "Mas não se atreva a me dizer que tem medo que eu abandone meu filho. Eu não te abandonei e jamais abandonarei ele."

Oliver respirou fundo e se afastou dela. "Podemos contar a ele quando nós dois decidirmos que é a hora certa. Não é uma decisão que só um de nós pode tomar."

Chloe olhou feio pra ele, raiva nos olhos quando abriu a boca pra dizer alguma coisa quando ouviu o som de pequenos passos. Ela enxugou os olhos rapidamente. "Conversamos sobre isso depois", ela passou por Oliver tentando evitar que seu corpo tocasse o dele enquanto ia pegar creme para seu café na geladeira no momento em que Connor entrou na cozinha completamente vestido, com a mochila na mão.

"O café está pronto?" Connor percebeu seu prato de comida na mesa antes que Chloe pudesse responder e voltou para seu lugar, jogando a mochila no chão antes de olhar para os dois adultos. Ele percebeu a tensão facilmente. "O que foi?"

"Nada", Oliver respondeu, desviando os olhos de Chloe, antes de se virar para Connor com um pequeno sorriso. "Eu volto pra terminar meu café num minuto. Vou me vestir pra poder ir com você e sua mãe."

Connor observou Oliver sair, indo na direção da sala e se virou com a testa franzida para sua mãe. "Como assim ele vai com a gente?"

Chloe colocou o creme no café antes de guardá-lo e então se sentou onde Oliver estava antes. Ela olhou para Connor e apertou os lábios, suspirando suavemente. "Você e eu... não temos muitas regras, mas temos uma grande regra que é mais importante que todas as outras combinadas... você sabe qual é?"

Ele franziu o nariz antes de assentir. "Honestidade."

"Exatamente... Então eu vou ser honesta com você porque você já está bem crescido." Ela engoliu em seco e pegou a mão de Connor. "Oliver vai ficar com a gente por um tempo." Ela ergueu a mão para impedi-lo de falar. "Ele é um bom amigo, Con... mas a mamãe fez uma coisa que deixou ele muito magoado há um tempo atrás e eu me sinto horrível por isso. Você se lembra quando você e Nick brigaram aquela vez e ficaram sem se falar por semanas? Mas então você se machucou quando caiu da bicicleta e quem foi a primeira pessoa que veio te visitar?"

Connor franziu mais a testa. "Nick..."

Ela assentiu com um pequeno sorriso. "Exatamente... é meio como Oliver e eu. Eu machuquei ele sem querer, mas eu sei que ele ia ajudar se nós precisássemos dele. Então, significaria muito pra mim se você não fosse tão difícil com ele enquanto ele está aqui com a gente. Eu acho que você vai realmente gostar dele se der uma chance... Na verdade vocês dois têm muito em comum."

Ela lhe deu um pequeno sorriso enquanto cutucava a perna dele. "Aposto que ele ia gostar de jogar futebol com você quando eu não puder... e sabe aquele kit de arco e flecha? Bem, Oliver treina desde que era criança... aposto que ele pode te ensinar... você não acha que seria legal ter um amigo por perto por um tempo? Alguém além de mim?"

Chloe lhe deu um olhar esperançoso, imaginando se ele podia ver a honestidade em seu rosto, porque o problema com Connor é que ele sabia quando ela estava mentindo, mas isso era o mais próximo da verdade que ela podia contar agora e Chloe estava torcendo que ele pudesse ver isso.

Ele assentiu com a testa ainda franzida. "Mas por que ele está aqui? Você não está machucada igual quando Nick me visitou..."

Chloe sorriu, a voz suave. "Você está certo. Não sou eu que estou ferida, Connor... Oliver está. Algumas vezes os machucados que estão por dentro são piores que os cortes." Ela inclinou a cabeça para o lado. "Então, o que você me diz? Só tem uma pessoa que eu confio pra me ajudar a fazer Oliver se sentir melhor e eu estou olhando pra ele."

"Bom... ele sabe contar história..." Connor lhe deu um sorriso torto, sem saber que era idêntico ao que Oliver deu na noite anterior. "Ok."

Chloe abriu mais o sorriso e deu um beijo na cabeça de Connor. "Obrigada, te devo uma. Agora você come, eu vou subir pra me trocar." Ela piscou para seu filho antes de se levantar e ir para o corredor, indo para as escadas, e parando quando viu Oliver sentado nos degraus, ainda em sua camiseta branca e calça de pijama.

Ele lhe deu um pequeno sorriso, tendo ouvido tudo. "Obrigado."

Ela assentiu e mordeu a parte interna da bochecha. "Claro... eu preciso... " Ela apontou para a escada onde ele continuava sentado. "Vamos sair logo... então é melhor você se vestir e tomar café..." Ela parou de falar, esperando ele se mover.

"Certo", ele se levantou, mas continuou bloqueando o caminho. "Chloe..." Ele olhou pra ela com um fraco sorriso. "Você fez um excelente trabalho criando ele." Ele elogiou antes de sair do caminho e ir para a sala se trocar.

Chloe o observou sair e seus olhos se encheram de lágrimas ao comentário. Talvez um dia ele pudesse perdoá-la... entendia que ele não quisesse mais nada com ela, mas talvez com o tempo pudessem tentar ser amigos de novo. Ela respirou fundo e subiu as escadas pra se preparar para o trabalho.

Oliver vestiu um jeans e camiseta. Poucos minutos depois estava de volta a cozinha antes de Chloe. Ele se recostou na porta, observando Connor jogar um pedaço de bacon na boca.

Quando descobriu que tinha uma criança, um filho... Ele passou horas se impedindo de tentar imaginar como seu filho era. Tinha sido difícil. Desde que ele e Chloe se apaixonaram, às vezes ele pensava em ter filhos e formar uma família com ela. Imaginava uma garota com cabelos encaracolados, e um adorável bico, ou um garoto danado que sempre se metesse em problemas. Mas ver e conhecer Connor era melhor do que ele poderia imaginar.

Oliver achava Chloe maravilhosa, mas o filho deles era de tirar o fôlego. Em cada olhar ele via uma versão mais jovem de si mesmo. Mas em seus olhos verdes, ele via Chloe, e uma esperteza e inteligência que tinha herdado do DNA dela.

E Oliver não mudaria nada nele, mesmo Connor ainda não gostando dele. Eles teriam tempo pra se conhecer, pra compensar os anos perdidos. Embora Oliver estivesse ferido que Chloe tenha mantido Connor longe dele, não podia ficar com raiva... ela tinha lhe dado um filho, e o protegido e cuidado de um jeito que talvez nem ela soubesse que podia. E por isso, ele seria eternamente grato, mesmo que não conseguisse demonstrar.

Quando Connor terminou o bacon e começou a comer os ovos, Oliver voltou para a mesa, sentando-se na cadeira e pegando o garfo, dando um sorriso para seu filho. "O café está bom?"

Connor assentiu engolindo. "Mamãe faz a melhor comida do mundo." Ele parou e franziu o nariz. "Quando ela não faz comida congelada, pelo menos..."

Oliver deu risada. "Isso soa mais como a Chloe que eu conheço." Ele pegou um pedaço do ovo mexido, mastigando devagar antes de engolir. Ele levantou um dedo enquanto segurava o garfo. "No entanto, esses estão muito bons... eu diria que ela melhorou muito desde que eu me lembro."

Inclinando a cabeça, Connor estudou Oliver curiosamente antes de lhe dar um pequeno sorriso. "Por que ela cozinhou pra você antes?"

Dando outra mordida, Oliver engasgou com o bacon, incerto do que responder para seu filho sobre Chloe.

Chloe desceu as escadas com um humor melhor. Ela estava usando uma blusa de seda vermelha, saia lápis preta e saltos. Tinha se maquiado um pouco e arrumado o cabelo para que as ondas emoldurassem seu rosto.

Tinha trancado suas loucas emoções numa caixa onde ficariam por tempo indeterminado e estava oficialmente pronta para começar o dia. Entrou na cozinha ao som de uma tosse. Ela olhou para Oliver. "Não é permitido engasgar... embora eu saiba fazer a manobra de Heimlich, prefiro não ter que usar."

Chloe procurou seu café e franziu a testa antes de se virar e encontrar Oliver e Connor a observando. "Qual de vocês roubou meu café?" Quando nenhum dos dois respondeu ela ergueu uma sobrancelha pra eles. "O quê, por que vocês estão me olhando desse jeito?"

Connor deu risada e Oliver balançou a cabeça. "Está aqui na mesa onde você deixou."

Chloe olhou para Oliver e bufou. "Bem, por isso que eu não vi. Estava atrás de seu corpo abnormalmente grande." Ela foi até a mesa e se inclinou para pegar a caneca e tentou não fazer nenhum contato físico com Oliver ao mesmo tempo.

Obviamente ela tinha se dado um sermão e estava pronta para não chorar toda vez que gritassem um com o outro, mas isso não significava que estava pronta pra mais do que civilidade. E só porque Connor perceberia que alguma coisa estava acontecendo.

Assim que estava com a caneca na mão ela estava voltando quando Connor decidiu se levantar, agarrando-a e fazendo-a se desequilibrar na direção de Oliver. Chloe imediatamente segurou o café com mais força com medo que a bebida derramasse.

Jogando as mãos reflexivamente, Oliver segurou seus quadris para equilibrá-la, involuntariamente a puxando mais perto de seu colo. Umedecendo os lábios nervosamente, ele olhou pra ela e respirou fundo, sentindo o cheiro do perfume dela pela primeira vez devido a repentina proximidade.

Chloe respirou fundo, os nós dos dedos ficando brancos ao redor da caneca, um leve tremor correndo seu corpo ao toque das mãos dele em seus quadris. Connor murmurou um pedido de desculpa e foi colocar seu prato na pia enquanto Chloe falava, a voz um arfar. "Pode soltar..."

Oliver fechou a boca e soltou as mãos ao pedido dela, seu olhar indo para a mesa enquanto tentava ignorar o quão natural tinha sido segurá-la novamente.

"Mãe", Connor choramingou. "Vamos. Senão vamos chegar atrasados!"

Chloe colocou uma das mãos na mesa para que pudesse se afastar dele, suas pernas um pouco trêmulas enquanto engolia em seco e olhava para Connor. "Desculpe, docinho, estamos indo." Seu coração disparado e ela olhou ao redor da mesa por um segundo, completamente confusa antes de balançar a cabeça.

Ela estreitou os olhos ao ver o caderno de Connor enquanto ia para a porta, o filho deles já esperando na porta da frente. "Oliver, você pode pegar o caderno dele que está atrás de você", sua voz veio um pouco mais calma do que ela realmente estava.

Oliver assentiu, levantando-se da mesa e colocando o prato na pia antes de pegar o caderno. Ele então viu o nome de Connor na capa e franziu a testa. Tinha se concentrado tanto na briga com Chloe e tentado não deixar Connor desconfiado, que tinha esquecido completamente sobre que nome Victor mencionou que Chloe estava usando. Chloe Hawke. O que significava que, embora o sobrenome fosse falso, ainda assim era o único nome que Connor conhecia.

Franzindo a testa, ele alcançou Chloe e Connor quando já estavam saindo pela porta, e ele entregou o caderno pra ela enquanto Connor levava a bola de futebol. "Pergunta, você escolheu o sobrenome só pra me provocar?"

O lábio de Chloe tremeu enquanto olhava na direção dele, um tom de humor nos olhos, a primeira emoção sincera que ela demonstrava além da raiva e dor enquanto seguiam Connor até o carro. "Em minha defesa, nunca achei que você fosse ver... e na hora que eu escolhi eu estava sentindo dor... e estava um pouco brava."

Oliver apertou os lábios, mas assentiu, seguindo Connor pela porta enquanto Chloe pegava a maleta e trancava a porta atrás deles. Ele tinha visto o álbum que Chloe tinha lhe dado na noite anterior, depois que leram para Connor e ela se trancou no quarto. Ele não podia esperar que ela lhe contasse todos os detalhes, ele precisava ver tudo e tinha passado horas até de manhã olhando cada fotografia, e sentindo a perda de todos esses anos. Especialmente com as fotos da chegada de Connor.

Não havia muitas fotos do nascimento dele, só algumas que provavelmente uma enfermeira tirou para Chloe enquanto outra enfermeira colocava Connor em seus braços. Ela parecia suada e exausta, lágrimas correndo pelo rosto enquanto olhava para o pacotinho em seus braços. Isso fez o peito dele apertar ao olhar pra eles e não se ver ali, que ele nem ao menos soubesse. Ele perdeu tantas primeiras vezes, primeiro ultrassom, primeiro chute, primeira palavra, passos, jogo...

E ele não podia deixar de pensar que, talvez, se ele não tivesse desistido de procurá-la depois de dois anos, tivesse tido a chance de ver algumas dessas coisas.

Connor percebeu o olhar pensativo no rosto de Oliver e ergueu uma sobrancelha. "Pra onde você vai? Mamãe te trancou pra fora de casa."

Oliver sorriu. "Eu vou te levar junto com ela... eu frequentei uma escola que era só de garotos quando era criança, então estou curioso pra ver o quanto sua escola é diferente."

Connor continuou jogando a bola pra cima, mas deu de ombros. "É uma escola só de garotos, não deve ser tão diferente."

"Sério?" Choque cobriu o rosto de Oliver enquanto olhava de volta para Chloe. Victor o tinha informado o quanto Chloe detestava a ideia de escolas particulares, e se encontrou se perguntando porque ela tinha mudado de ideia.

"Sim, eu tenho que ter um cartão de identificação e vestir um uniforme", Connor disse enquanto caminhavam pela calçada até o carro.

Oliver olhou pra baixo, percebendo o garoto numa calça cáqui com botão branco e camiseta azul. Ele não achava que fosse um uniforme quando Connor entrou na cozinha mais cedo... Só imaginou que Chloe tinha roupas separadas para usar na escola e outras pra ele brincar e passear.

"Você gosta?" Oliver perguntou com interesse.

Isso o fez ganhar outro dar de ombros de Connor. "Mamãe diz que eles são a melhor escola... Mas eles também têm o melhor time de futebol."

Chloe os alcançou e colocou a chave no carro. "Quem tem o melhor time de futebol?"

Connor abriu a porta do carro do banco traseiro e colocou o cinto enquanto respondia a pergunta de sua mãe. "Minha escola."

Chloe assentiu. "Mmm." Ela colocou a caneca no suporte, a maleta no chão enquanto ligava o carro e esperava Oliver entrar. Assim que todos se arrumaram ela saiu com o carro antes de tomar um gole de sua caneca.

Connor se recostou contra o assento e olhou de sua mãe para Oliver. O carro estava silencioso e ele franziu a testa. Normalmente eles ouviam música mas os dois adultos pareciam distraídos. Ele observou sua mãe tomar outro gole de seu café e ele quebrou o silêncio no carro. "Você sabe que essa caneca não deveria sair de casa."

Chloe olhou pelo retrovisor por um segundo e sorriu. "O que você é, vigia da caneca? Eu levo comigo todo dia... nunca te incomodou antes."

Seu tom estava levemente divertido e Connor sorriu de volta pra ela. "Bem, você disse que é mais velha que eu... só estou defendendo os interesses da caneca."

Chloe deu risada. "Garoto, essa caneca é indestrutível. É... uma super caneca. Confie em mim, mas chega de falar da caneca... me fala sobre o teste de matemática que está chegando. É amanhã, certo? Que horas que é?"

Connor franziu a testa e se recostou em seu assento. "Sim... Quarto período."

Oliver olhou para o assento traseiro. "Qual o problema, amigão? Está nervoso?"

Connor olhou para a bola de futebol. "Na verdade não, eu só não gosto de matemática, números são chatos se não estiverem num placar."

Oliver deu risada. "Você deve mesmo amar futebol."

Assentindo, Connor olhou para sua mãe e se endireitou. "Eu tenho que estudar? -- eu já sei tudo. Não seria melhor eu passar meu tempo treinando futebol?" Antes que Chloe pudesse responder, ele fez bico, embora ela não pudesse ver mas ele sabia que ela sabia pelo tom de sua voz. "Você sabe que eu deveria me concentrar mais no futebol já que o técnico vai escolher os jogadores para o jogo de sábado."

Chloe ergueu uma sobrancelha e balançou a cabeça. "Você conhece as regras, Con. Vamos fazer a lição de casa e depois revisar antes de dormir. Você pode treinar entre as duas coisas."

Ela tomou outro gole de café enquanto virava na rua da escola. "Você precisa de força muscular e cérebro... Nada além do melhor dos dois mundos para nosso--" Ela parou e apertou os lábios, apertando involuntariamente a caneca. "Menino de seis anos favorito."

Chloe se xingou. Uma noite e agora ela se sentia culpada toda vez que pensava em Connor como seu filho ao invés de nosso filho. Não podia acreditar que quase tinha dito isso. Chloe estava sentindo um pouco de sono e a calma quando acordou já estava indo embora.

Como ela deveria passar uma desconhecida quantidade de tempo com Oliver quando mal conseguiam sobreviver uma manhã? Ela não ia conseguir fazer isso... não ia conseguir ficar sentada ali enquanto Oliver provavelmente listava todas as razões pelas quais a odiava em sua cabeça. Ela respirou fundo enquanto parava o carro na fila para deixar as crianças, esperando sua vez atrás dos outros carros.

"Ok", Connor cedeu, abrindo o cinto e se inclinando sobre o assento de sua mãe para lhe dar um beijo. "Tchau mãe, até depois da escola." Ele se virou para Oliver enquanto estendia a mão até a maçaneta da porta. "Onde você vai ficar hoje?"

Oliver esboçou um sorriso. "Acho que vou assistir uma das aulas da sua mãe... Ver como ela ensina a próxima geração."

Connor olhou pra ele com estranheza por um momento antes de abrir a porta. "Ok, tchau, Oliver." Ele pulou pra fora do carro, subindo os degraus da escola antes de começar a conversar com um dos garotos perto dele."

Oliver, como Chloe, observou até Connor entrar na escola, e olhou pra ela, respirando fundo para aliviar a tensão entre eles. "Ele parece gostar da escola."

Ela assentiu enquanto saía com o carro. "Sim... olha, eu não acho que seja uma boa ideia você assistir minha aula..."

Como diabos ela ia se concentrar em ensinar quando Oliver estava sentado ali? Ela estava ansiosa pra colocar alguma distância entre eles e se recompor, porque aparentemente seu auto-sermão não tinha funcionado.

Ela mordeu o lábio inferior antes de falar. "Eu vou deixar a chave de casa com você... e você pode levar o carro... minha última aula acaba às duas, você pode me pegar aqui se não se importar... ou eu pego um táxi pra casa e então vamos buscar Connor às três e meia quando ele sai..."

Oliver sentiu o coração diminuir e balançou a cabeça. "Não, tudo bem. Eu posso... te buscar." Ele olhou para as mãos dela apertando o volante, e olhou de volta pra ela. "Você precisa de ajuda com alguma coisa?"

Ela franziu a testa enquanto olhava rapidamente pra ele. "Ajuda? Não..." Ela estava um pouco confusa com a pergunta e fez outra curva antes de ir na direção da Universidade. Demorou aparentemente dez minutos para chegar e quando ela estacionou o carro, pegou a bolsa e a chave extra da casa.

Ela olhou para Oliver e lentamente entregou pra ele, a voz suave. "Chave de casa..." Antes que ele pudesse dizer alguma coisa ela pegou a maleta, a bolsa e abriu a porta do carro.

Ele saiu e deu a volta até o banco do motorista antes de entrar e ajustar o banco. Ela o observou por um minuto antes de clarear a garganta. "Duas horas... me encontre aqui..." Ela começou a se afastar quando percebeu que tinha deixado a caneca no carro. Ela balançou a cabeça e se virou para pedir que Oliver lhe entregasse a caneca quando viu que ele já estava estendendo-a pra ela pela janela.

Ela hesitou antes de pegar a caneca, suas mãos roçando levemente quase fazendo-a soltá-la. Seu corpo ficou tenso e ela não conseguiu encontrar seus olhos enquanto falava. "Te vejo mais tarde, Oliver."

Ela girou e foi na direção do enorme prédio, sem olhar pra trás.

Assim como tinham feito com Connor, Oliver observou Chloe até ela entrar pelas portas da Universidade. Por mais tensa que tivesse parecido ao sair do carro, sua natureza logo foi mudando a cada passo que colocava entre eles.

Ele a seguiu com os olhos enquanto ela conversava com alguns estudantes que a viram e correram até ela, sorrindo de orelha a orelha enquanto conversavam animadamente sobre alguma coisa antes de entrar na faculdade.

Ela parecia feliz com essa nova vida. E ele sabia que Connor também era feliz, mas Oliver não podia deixar de imaginar como as coisas teriam sido se ela o tivesse amado o suficiente pra ficar.

Ele imaginou se estariam levando Connor pra escola juntos com sorrisos genuínos  beijando-o ao se despedir e dizendo pra ele se comportar, enquanto Chloe ia para a Watchtower, ou talvez de volta para casa para cuidar de um irmãozinho de Connor, enquanto Oliver ia para o escritório na Queen Industries, ansioso para que o dia terminasse.

Decidindo que era irrelevante ficar pensando no passado e no que poderia ter sido, ele olhou para a estrada, esperando para sair com o carro e voltar para a escola de Connor.


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5 comentários:

  1. Feriado \o/ ,até que enfim kkkk

    A beleza desta fic está no quanto ela é crua e verdadeira. Não há muito espaço para a ilusão e é difícil imaginar como eles poderão dar certo.

    Muito direta a questão da dificuldade em entrar na vida de uma criança grande.

    As outras fics similares que li, tanto aqui como em fóruns por aí retratam bebês ou garotinhas fáceis de amar e que amam com facilidade também, tipo as Maddie's da vida, ou meninos mais e alegres.

    Connor não é uma criança muito encantadora e apaixonante, mas tem o apelo de ser bastante real e complexo (esperto, parece adolescente na maior parte do tempo mas ainda precisa de ajuda no banho e histórias para dormir). Ele é cheio de particularidades e como disse, real.

    O tempo é muito cruel e a autora não escondeu isso. É legal apesar de ser angustiante.
    Se é possível compensar o tempo perdido eu diria que não, mas como estamos falando de um conto... Apostamos sempre que dá para fazer kkk

    Até :D

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    1. Yes FERIADO!!!!! \o/ Sempre bem-vindo!!!!! :DDD

      É verdade, Vi, o Connor é mais complicado que isso e é bem desconfiado... é bem real e tem as chatices que toda criança tem, lol... pelo menos é o que eu acho pela experiência que tenho com a sobrinhada... cça tem horas que é MUITO chata, haha...

      Na verdade, acho que esse buraco do tempo vai sempre ficar, não tem como compensar na minha opinião... por isso talvez eu também goste tanto, por ser tão perto de como seria na realidade...

      Valeu pelo coment, Vinicius...

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  2. sério que esse garoto só tem 6 anos ? é muito filho da Chloe msm kkkk

    Alice

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    1. É, Alice, devo confessar que meu único senão nessa fic seria a extrema maturidade do menino... em muitos momentos ele parece mais velho do que realmente é, muitas vezes me peguei imaginando uma cça de 7 ou 8 anos ao invés de quase sete, mas enfim, acho que uma cça filha de quem é, e criada com toda a carga emocional da Chloe e só em companhia dela, isso tem o poder de deixar a cça com essas características...

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    2. Um ótimo feriado galera!! \o

      Aiaiai...Sempre que termino de ler um capítulo tento me lembrar das palavras da Zatanna, lá no ínicio... os anos perdidos, cada palavra dita que acaba magoando, a disconfiança do Connor, o quer que a Chloe viu... mas, ela disse que ele teria uma boa relação com O FILHO e com OS OUTROS que ele VAI TER... é, estou me apegando as palavras da Zatanna como se fosse a única tábua de salvação!! Espero que eu não afunde... =/

      GIL

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