2.9.12

In Our Hands (3/27)


Título: Em Nossas Mãos
Resumo: "As palmas não mentem, Oliver." Zatanna aclamou enquanto ele afastava a mão. "Você tem um filho."
Autora: slytherinpunk
Classificação: R (eventualmente NC-17)
Spoilers: segue os acontecimentos até o terceiro episódio da décima temporada e segue AU depois disso. Oliver nunca se revelou como Arqueiro Verde e Tess nunca comandou a Watchtower.
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Oliver suspirou e pediu outra bebida para o garçom enquanto esperava seu amigo. Depois de sua ligação para Clark, Oliver passou o resto de seu dia no escritório olhando para a parede em frente a sua mesa antes de ligar para Dinah e deixar uma mensagem avisando que ia chegar tarde. Disse que era 'noite dos rapazes' e que iam sair pra beber. Grosseiramente, era verdade, mas na verdade ele descobriu que precisava do seu melhor amigo pra ouvir e Oliver pudesse desabafar.

Não é que ele estivesse escondendo de Dinah, é só que ele sabia que o assunto e a discussão a machucariam, e ele não queria fazer isso.

O garçom assentiu enquanto servia outra dose e Oliver engolia rapidamente, quase engolindo o uísque tão rápido que não conseguia sentir o gosto.

Uma mão forte deu um tapinha em suas costas quando ele afastou o copo dos lábios, ele inclinou levemente a cabeça enquanto Hal sentava no banco ao seu lado. "Acho que a razão de uma bebida cara é saboreá-la."

Ele ergueu uma sobrancelha em diversão enquanto levantava um dedo para que o garçom trouxesse uma cerveja. Em seguida virou de frente para Oliver. "Então, vamos lá. A única vez que eu vejo você engolindo álcool desse jeito é quando tem alguma coisa errada."

Oliver deu de ombros. "Um cara não pode tomar nada enquanto espera um amigo? Quer dizer, faz umas semanas que não vejo você..."

Uma cerveja foi colocada na frente de Hal e ele acenou com a cabeça na direção do garçom antes de reparar na aparência de seu amigo, percebendo a tensão em seus ombros e as bolsas sob os olhos. Se tivesse que adivinhar, diria que fazia alguns dias que Oliver não tinha uma boa noite de sono.

Hal olhou pra frente, apoiando os braços sobre o balcão, a voz leve. "Não era um julgamento... só um comentário. E as coisas estão corridas... tenho voado bastante. Desculpe não ter aparecido. Só estou tentando ganhar umas horas livres para o seu casamento... Assim posso tirar alguns dias."

Oliver travou a mandíbula a menção de suas iminentes núpcias, e levou o copo de volta a boca, desejando acobertar a pequena ação. "Sim, eu entendo."

Hal viu seu amigo travando a mandíbula e suspirou. Deveria saber que tinha a ver com Dinah, esses dois viviam brigando. Oliver era seu melhor amigo, mas algumas vezes não havia outra pessoa no mundo que frustrasse tanto Hal. Ele gostava de Dinah, ela era uma boa mulher, mas ele não tinha cem porcento de certeza que ela era a melhor opção para Oliver.

Ele ficou surpreso quando Oliver fez o pedido, mas enquanto seu amigo estivesse feliz, ele estaria feliz por ele. Mas agora, Oliver não parecia nada feliz. Hal apertou os lábios antes de mexer sua cerveja. "O que está acontecendo, Oliver? Por que você me chamou aqui? E não me diga que é só pra colocar o papo em dia... Nós dois sabemos que é mentira."

Oliver terminou sua bebida, pedindo outra em seguida enquanto olhava para o fundo de seu copo vazio. "Eu descobri uma coisa esse fim de semana... e não só afeta minha vida, como afeta meu relacionamento com Dinah também." O garçom colocou outro copo cheio na frente dele e ele pegou imediatamente. "Eu preciso do conselho do meu melhor amigo."

Hal franziu as sobrancelhas enquanto estudava Oliver, sua voz hesitante. "Bem... você sabe que estou sempre aqui por você, cara... Então, eu vou perguntar de novo, o que está acontecendo, Oliver?" Ele tomou outro gole de sua cerveja enquanto esperava que seu amigo falasse.

Oliver inspirou, colocando o copo no balcão. "Zatanna estava lendo as mãos no evento de caridade que eu fui outra noite. Não me pergunte porque, nem eu sei, mas Dinah não tinha chegado ainda, então..." Ele tomou outro gole de sua bebida, incerto de como explicar a magia que Zatanna tinha usado para deixar seu mundo de cabeça pra baixo.

Hal balançou a cabeça e suspirou enquanto dava um gole em sua cerveja antes de colocar o copo no balcão, tentando não parecer estar julgando quando falou. "De novo, Oliver? Você sabe que eu não estou te julgando, porque você é meu melhor amigo, mas como você espera casar com essa mulher se você vive traindo ela? Especialmente tão perto assim do seu casamento... e com Zatanna de todas as pessoas... Oliver, cara você já pensou que deve haver uma razão pra continuar com as traições?"

Ele olhou para seu amigo tentando encontrar seus olhos, mas sem sucesso. "Eu apoio qualquer coisa que te deixe feliz, mas por que você vai se casar quando não parece que é aí que seu coração está?"

Oliver engoliu o líquido muito depressa, chocado com a dedução de seu amigo. "Eu não traí Dinah com Zatanna!" Ele balançou a cabeça, pedindo um copo de água ao garçom.

Tossindo, ele se virou para seu amigo e revirou os olhos. "Eu estava entediado, e depois de alguma insistência, eu deixei Zatanna ler minha palma." Ele agradeceu ao garçom e tomou um bom gole da água, sentindo-se mais relaxado enquanto acalmava a garganta.

Colocando o copo no balcão quando terminou, ele olhou de lado para Hal. "Eu deixei ela ler minha mão e a princípio eu estava cético, sabe? Mas conforme ela foi continuando, e quando ela leu a mão de Dinah, eu só... recebi o choque da minha vida."

Hal franziu a testa, seu amigo estava falando em círculos; ele tomou o último gole de sua cerveja e pediu outra para o garçom.

Ele mordeu a parte interna de sua bochecha antes de falar. "Ok... eu não quero te apressar nem nada, mas estou confuso. Você está chateado porque Zatanna leu alguma coisa em sua mão? É isso? Eu amo Zatanna, você sabe disso, mas aquela garota é uma charlatã... eu jamais levaria o que ela diz a sério."

Ele deu de ombros. "Mas só a titulo de curiosidade... O que ela disse? Que vocês estão condenados ou que existe algum segredo de família aí", Hal deu risada enquanto o garçom lhe trazia outra cerveja.

"Um filho", Oliver respondeu, olhando para Hal. "Ela disse que eu tenho um filho. Não que eu vou ter, porque quando ela leu a mão de Dinah ela disse que Dinah não vai ter filhos." Ele lambeu os lábios nervosamente. "Eu tenho um filho. Ele tem provavelmente... seis anos mais ou menos, e eu nunca o conheci."

Um olhar surpreso cobriu o rosto de Hal. "Um filho? Oliver... ela não pode... quer dizer..." Hal parou, organizando seus pensamentos enquanto tentava descobrir o que dizer a seu amigo, que já parecia ter aceitado as palavras de Zatanna como sendo verdadeiras ou não estaria aqui agora. "Como você sabe se isso é verdade? E ela disse quem é a mãe? Como você pode confiar que isso não seja um... trote?"

Oliver olhou para o balcão. "É real. Zatanna ficou relutante em nos dizer que tinha visto diferença na leitura de Dinah... Ela não queria ser a pessoa a criar o abismo entre nós." Um pequena risada sem humor lhe escapou. "Um pouco tarde agora..."

Ele pegou seu copo de uísque novamente, voltando-se para Hal. "Zatanna não conseguiu dizer quem é a mãe... mas eu não preciso que ela diga." Seus olhos voltaram para o copo. "É Chloe."

Hal respirou fundo ao nome, sobrancelhas franzindo. Ele sabia da história da loira impetuosa que partiu o coração de seu melhor amigo e pelo que todo mundo dizia, ela era a pessoa com quem seus amigos achavam que Oliver ia ficar... Não Dinah. Mas muitos anos se passaram... e Oliver desistiu de procurar.

Embora Hal nunca tenha tido a chance de conhecer Chloe pessoalmente, além de ter acabado com seu amigo, ninguém tinha nada de ruim a dizer sobre ela. Ele lembrava do quanto Oliver ficou destruído quando ela desapareceu a primeira vez, ao trocar sua vida pela dele... Mas era diferente. Chloe tinha voltado pra ele daquela vez... Agora, bem, fazia seis anos e meio e seu amigo não tinha ouvido uma palavra sobre a loira espirituosa, e Hal tinha quase certeza que isso não ia mudar.

"Oliver... Chloe?" Ele engoliu em seco antes de pronunciar as próximas palavras. "Digamos que o que Zatanna disse seja verdade... Você não acha um pouco cedo pra achar que ela é a única mãe possível? Não quero parecer malvado, mas você não é exatamente um monge... eu acho... talvez você queira que seja ela, Oliver... mas eu acho que é difícil... só estou dando minha opinião."

Oliver balançou a cabeça. "É ela", ele repetiu confiante. Ele olhou para Hal. "Pensa bem... toda e qualquer outra mulher que eu tive estaria morrendo pra me contar que tinha um filho, só pra ter o nome Queen, ou mesmo uma bela pensão..."

Ele bufou e levou o copo à boca uma vez mais. "Mas Chloe é a única que não me procuraria... Ela deixou perfeitamente claro que não quer nada comigo."

Hal apertou os lábios enquanto via os ombros de seu amigo caírem em derrota. Isso não era bom. Se Zatanna estivesse certa, e Oliver tivesse um filho por aí e a mãe de seu filho fosse Chloe... isso abriria todas as feridas que seu amigo tinha lutado para ignorar e guardar no fundo da mente.

Ele clareou a garganta, olhando de volta para a cerveja. "Oliver, já passamos por isso uma dúzia de vezes... o que aconteceu... não foi culpa sua. Algumas vezes as pessoas simplesmente se afastam..."

Ele parou, expirando. "Você já falou dessa teoria para Dinah? Talvez ela possa ajudar a procurar... Porque vamos assumir por um minuto que eu te conheço tão bem quanto você mesmo... Então eu sei que você provavelmente já marcou uma reunião com Victor para tentar encontrá-la. Eu só..."

Hal hesitou, mais uma vez olhando para seu amigo. "Eu não quero que você crie muitas expectativas. Você passou dois anos procurando por essa garota, Oliver. Dois anos... O que faz você achar que agora os resultados serão diferentes?"

Ele não estava tentando desanimar seu amigo, mas queria que ele fosse realista sobre as coisas. A última coisa que Oliver precisava era de falsas esperanças. Isso iria esmagá-lo no final e Hal não tinha coração pra ver Oliver de volta ao lugar em que estava quando Chloe desapareceu seis anos e meio atrás.

Oliver grunhiu. "Eu sei que as pessoas se afastam... Dinah está me dando o tratamento do silêncio desde que voltamos do evento." Ele suspirou e correu uma mão pelo cabelo. "E você sabe que Dinah já tem problemas com meu passado com a Chloe... o que eu poderia ter feito?"

Ele fechou os olhos tentando imaginar como seu filho deveria ser, se seria possível reconhecê-lo quando o visse...

"Eu tenho um filho." Seus olhos se abriram e ele olhou determinado para Hal. "Chloe seja a mãe ou não, eu tenho que encontrá-lo." Sua mandíbula travou. "Não é mais sobre ela, é sobre ele."

Hal assentiu à determinação na voz de seu amigo. "Se você está determinado a fazer isso, então saiba que eu estou aqui pra ajudar com qualquer coisa. Mas Oliver... Antes que você saia nessa busca para encontrar seu filho, talvez você devesse garantir que realmente ele exista. E eu não estava falando sobre você e Dinah estarem se afastando... mas você sabe disso."

Ele deu um tapinha nas costas de seu amigo, antes de tomar um gole de sua cerveja e olhar para a garrafa. "Não importa o que você decida fazer, eu estarei do seu lado, mas saiba que se você fizer isso, se você decidir buscar uma vida... uma família fora do relacionamento em que você já está e não contar a Dinah..." Hal deixou a frase incompleta.

Ele sabia que Oliver ia entender o que ele estava tentando dizer. E talvez isso fosse uma coisa boa... talvez isso salvasse Dinah e Oliver de cometerem um erro do qual não conseguiriam se recuperar.

Oliver suspirou, seus ombros caindo com a culpa. "Eu sei... Eu não ia contar a ela até que nós os encontrássemos." Ele balançou a cabeça e manteve o olhar de Hal. "Eu só não quero fazê-la passar por nada, se acontecer de não os encontrarmos. Por que preocupá-la desnecessariamente, sabe?"

Hal suspirou. "Você sabe porque, Oliver... não é justo com ela. Se você se importa com ela e realmente não quer machucá-la, então tem que ser honesto..." Ele deu um olhar simpático a seu amigo. "Seu coração nunca esteve de verdade nesse relacionamento... Se estivesse não haveria traições ou dúvidas... Mas Dinah... Você é a primeira e última opção dela, todo mundo pode ver."

Ele tomou o último gole de sua cerveja antes de empurrar a garrafa para o lado, virando-se em seu assento para ficar de frente para Oliver. "Eu vou fazer tudo que você quiser, cara... e não vou dizer nada, mas eu acho que em algum momento você deveria... é só minha opinião, fique à vontade para ignorar." Ele deu risada para aliviar o clima. "Como você pode ver, eu dando conselhos amorosos... bem, é um pouco irônico."

Os olhos de Oliver se suavizaram com a preocupação. "O que aconteceu com você e Carol não foi culpa sua... Você não tinha como saber que aquele anel iria escolhê-la." Ele deu um tapinha no ombro de seu amigo. "Obrigado por ouvir, mesmo que eu aceite ou não seu conselho, eu sei que você sabe tudo que eu passei... e isso significa muito."

Hal deu a Oliver um pequeno sorriso, não querendo pensar em Carol no momento, e balançou a cabeça ao garçom quando ele veio pegar a garrafa vazia e perguntou se ele ia querer outra. "Sem problema... é pra isso que estou aqui."

Oliver lhe deu um breve aceno de cabeça antes de se levantar de seu assento e se afastar do bar, jogando algumas notas de vinte no balcão para pagar as bebidas.

"Eu vou ver Victor..." Ele confessou, evitando o olhar, colocando as mãos no bolso. "Você quer vir comigo e talvez dar algumas sugestões antes de começarmos a busca?"

Hal pesou suas opções. Se Oliver ia realmente fazer isso, embora seu amigo nunca fosse admitir, ele ia precisar de toda ajuda que pudesse ter. Hal lhe deu um meio sorriso. "Eu não sei se vou ser de muita ajuda... eu realmente não conheço a garota, mas se você quer companhia eu não me importo em aceitar a carona e ficar por perto caso vocês precisem de alguma coisa."

Oliver lhe deu um sorriso genuíno. "Obrigado..." Ele deu um tapinha nas costas de Hal. "Ajuda nunca é demais."

Hal assentiu, afastando o banco do bar e se levantando enquanto apontava para a saída com a cabeça. "Abra caminho... Isso significa que posso bagunçar os computadores de Victor da Watchtower?" Ele deu um risinho a Oliver enquanto iam para a saída.

Oliver balançou a cabeça. "Eu não faria isso se fosse você... Ele é pior com os computadores do que Bruce." Ele deu risada, sentindo uma real gargalhada lhe escapando pela primeira vez em meses. Não via Chloe há seis anos, e isso deixou um buraco em seu coração que ele falhou em preencher, mas agora havia uma possibilidade de preencher o vazio, ele não ia hesitar.

E embora ela tivesse conseguido evitar o time de super herois por seis anos, Oliver estava confiante que ela não teria sorte suficiente pra conseguir escapar desta vez. E ele estava determinado a garantir que ela não conseguisse.

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Oliver se sentia nervoso enquanto ele e Hal esperavam o elevador chegar ao topo da base da Watchtower em Star City. O time tinha se dividido em dois grupos depois que o Super Homem deixou a Terra. Mulher Maravilha, Batman, O Flash e o Superman agora cuidavam da base da Watchtower da Costa Leste, e Ciborgue, Aquaman, Lanterna Verde, Canário Negro e o Arqueiro Verde cuidavam da Costa Oeste.

Embora visse Victor diariamente, seu estômago estava girando com o pensamento de pedir ajuda para caçar Chloe mais uma vez. De todo mundo, excluindo o próprio Oliver, Victor tinha sido o que mais procurou e por mais tempo. Ele tinha usado tudo que tinha, cada recurso seu, cada computador, cada base de dados. E mesmo sempre acabando de mãos vazias, Victor não desistiu até que Oliver, lentamente perdendo a esperança, finalmente pediu.

Não sabia como Victor ia se sentir quando fosse pedido pra retomar a busca, e Oliver não queria ter que pedir isso depois de tudo que Victor tinha feito por ele.

O elevador diminuiu, finalmente parando e Oliver expirou lentamente quando as portas se abriram, e ele cuidadosamente entrou na sala da Watchtower.

Victor olhou pra cima ao som das portas se abrindo e viu Oliver e Hal entrando. Ele pegou a xícara e foi até eles com um sorriso no rosto. "Ei, pessoal... tudo bem?"

Oliver lhe deu um pequeno sorriso, agradecido que o efeito do uísque tivesse se dissipado. "Não muito... Você está ocupado?"

Victor ergueu uma sobrancelha enquanto voltava para sua estação de trabalho. "Essa é uma pergunta vaga... Eu estou ocupado? -- Sim... Estou muito ocupado pra vocês? -- Normalmente não. O que aconteceu? Nova missão?" Ele se virou para Hal e deu um risinho. "Como vai?"

Hal assentiu. "Nada do que reclamar."

Victor lhe deu um rápido sorriso antes de olhar para Oliver pacientemente esperando que seu amigo respondesse.

Oliver engoliu o nó na garganta que parecia aparecer sempre que ele pensava ou mencionava o nome de Chloe. "Eu tenho um favor pra pedir..."

Victor se virou lentamente dos monitores e na direção dos visitantes ao tom na voz de Oliver. Ele engoliu em seco ao olhar que viu no rosto do outro homem.

Ele podia ver a dor ali, a testa franzida, a tensa linha em seus lábios. Sabia que só tinha uma pessoa que podia colocar aquele olhar no rosto de seu amigo.

Ele deu um leve aceno de cabeça, a voz neutra enquanto estudava Oliver. "Pode pedir..."

Oliver respirou fundo. "Eu preciso de ajuda para encontrar Chloe..."

Victor apertou os lábios e se recostou contra a cadeira. Embora soubesse o que estava vindo, ouvir ainda o surpreendeu. Ele ficou sentado ali em silêncio por um minuto inteiro e hesitou antes de falar. "Oliver... Você sabe que é um dos meus amigos mais próximos... E se você realmente quer que eu faça isso eu faço, mas você tem certeza que quer abrir essa porta de novo? Dois anos e nada. Eu só não sei o que você quer alcançar."

Ele suspirou movendo os braços pra frente descansando-os sobre os joelhos enquanto encontrava os olhos de Oliver. "Esta é a Chloe... Se ela não quer ser encontrada..." Ele parou e engoliu em seco, imaginando se Dinah sabia que Oliver estava ali e pronto pra recomeçar a busca.

Oliver olhou para Hal pelo canto dos olhos antes de se voltar para Victor. "Eu tenho que encontrá-la, Vic..." Ele respirou fundo, tentando se impedir de ficar ansioso e lambeu os lábios nervosamente. "Eu tenho noventa e nove por cento de certeza que ela está com meu filho... nosso... filho..."

Victor arregalou os olhos, confusão misturada com surpresa em seu rosto. "Um filho? Você e Chloe? Como--Apaga isso. O que faz você de repente achar que tem um filho com Chloe? E, desculpa, cara, mas eu tenho que perguntar... Dinah sabe disso? Porque isso é uma coisa muito grande pra esconder a semanas de se casar com alguém."

Oliver apertou os lábios e desviou o olhar para o chão. "Dinah sabe... Zatanna meio que... leu nossas mãos..."

Victor franziu o nariz. "Sim... eu não deixo mais ela fazer isso. Não gosto de saber o que vai acontecer... Especialmente desde a última vez..." Ele parou de falar e clareou a garganta. Se Chloe estava grávida e teve um filho de Oliver isso realmente tornava mais fácil encontrá-la. Ele tentou encontrar o olhar de Oliver, mas sem sucesso.

Ele suspirou e olhou para Hal, seu tom cuidadoso. "Se Zatanna disse que vocês dois têm um filho, isso nos ajuda a encontrá-la. Ela não pode apagar a existência de uma criança ou ele não poderia frequentar a escola ou ir a médicos e nada mais que necessitasse de um documento de identidade... Você conhece Chloe melhor que todo mundo... Eu preciso de uma lista de nomes que você acha que ela usaria se precisasse se registar no sistema... também vou tentar Sullivan... Eu duvido que ela usasse Queen... sem ofensa", Victor fez uma careta com suas próprias palavras.

Ele não estava tentando chatear Oliver, eram só fatos. Ele virou a cadeira na direção dos computadores e começava a digitar. "Eu também preciso de idade, sexo, e tipo sanguíneo se for possível. Vai refinar ainda mais a busca. Estamos falando em território nacional ou internacional? Também, isso é um... projeto em grupo ou um arquivo que vou ter que proteger com senha para que sua noiva não encontre e venha atrás de mim por ajudar você?"

Oliver esfregou a nuca. "Eu não quero Dinah sabendo disso a não ser que encontremos Chloe... Então se pudermos deixar isso entre nós três por enquanto..." Ele clareou a garganta e foi até o lado de Victor, observando os monitores. "Eu não posso te dar uma lista de nomes de bebês... Chloe e eu nunca fomos tão longe em nosso relacionamento."

Ele olhou para seu amigo. "Eu posso te dizer que Zatanna disse que eu tenho um filho, então isso deve ajudar." Ele olhou para o monitor. "Não perca tempo procurando por Sullivan... Acho que conhecemos Chloe bem o suficiente para saber que ela deixou o passado pra trás e não ia nos deixar migalhas de pão."

Oliver estudou os monitores enquanto observava Victor começar a extrair tudo que sabiam sobre a vida de Chloe, e comparar com a busca que estava correndo uma vez que a compilação de informações terminou.

Ele sentiu a familiaridade enquanto continuava a olhar para a tela, e tinha a sensação de deja vu, lembrando de quando procurava por ela durante horas e dias sem descanso na frente destes monitores.

E sentiu a mandíbula travar à memória. "Faça uma busca internacional... vamos encontrá-la desta vez."

Victor assentiu enquanto seus dedos paravam, e inclinou a cabeça para o lado. "Oliver... se isso for demais, pode deixar a informação comigo e eu cuido disso. Você não precisa ficar sentado comigo, e eu sei que é difícil... mas não sabemos porque ela foi embora, Oliver."

Ele engoliu em seco enquanto dava voz à sua opinião. "Nós conhecemos Chloe... Ou pelo menos, costumávamos conhecer... Uma pessoa não troca sua vida por um homem, volta e depois vai embora sem deixar rastros porque parou de se importar com ele. Sabemos que não é assim tão simples... Se você achasse que fosse isso, não teria passado dois anos procurando por ela. Eu só... quero que você entenda exatamente no que está se envolvendo antes de sentar aqui comigo e fazer isso..."

Ele olhou para Hal e apontou para Oliver. "Me ajude aqui Hal..."

Hal deu de ombros. "Eu tentei... mas Oliver é muito teimoso..." Seu amigo franziu a testa às palavras e Hal deu risada. "O quê? Você sabe que é verdade e não é como se eu tivesse dito por mal, eu estava declarando um fato." Ele olhou para Victor. "Ele vai fazer, não importa o que aconteça... Então eu achei que quanto mais ajuda ele tiver, mais rápido acontece a busca, certo? Mas, uh..."

Ele coçou a nuca. "Eu voto que contemos a Dinah... Quando Oliver tiver certeza, claro. Porque se ela descobrir... Bem, ela já não gosta muito de mim... eu não quero testar minha sorte..."

Victor respirou fundo e assentiu antes de se virar para os monitores e continuar a digitar rapidamente. "Ok... eu preciso de codinomes que funcionem, primeiros e últimos nomes. Hal eu quero que você analise o arquivo sobre a vida de Chloe e procure todos os lugares onde ela viveu ou onde tinha família e faça uma lista. Esses serão todos os lugares onde não vamos procurar... ela não iria para um lugar tão óbvio."

Victor olhou na direção de Oliver. "Ela costumava dizer que não gostava de escolas de riquinhos", ele deu um risinho antes de voltar os olhos para o monitor. "Então, eu vou começar com escolas públicas e se não encontrarmos nada vamos para as particulares... E acredite em mim... Desta vez não vai demorar dois anos..."

"Vou confiar nisso", Oliver sorriu enquanto ia na direção de outro computador e começava a pesquisar tudo que Clark tinha lhe dito sobre a história de Chloe quando ela apagou sua existência... pela terceira vez.

Victor olhou para Hal e gesticulou para o gabinete no canto com um risinho. "Você não vai errar. O arquivo tem o nome dela..." Ele se inclinou na direção de Hal, a voz mal um sussurro. "Ou destruidora de corações se Dinah mexeu nos arquivos." Ele deu risada antes de se endireitar na cadeira e expirar.

Fazia seis anos desde que Oliver tinha lhe pedido para procurar por Chloe...mas ele ainda se lembrava o quanto Oliver tinha ficado destruído no dia que o procurou pela primeira vez. Victor só esperava que sua busca tivesse um resultado melhor do que da última vez... Porque ele não tinha certeza se ia conseguir lidar com o olhar no rosto de Oliver se ela escapasse entre seus dedos novamente.

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30 comentários:

  1. A fic nem começou e eu já tô agoniada!!! ><
    Não aguento essas fics, não sei como vcs conseguem! hahahaha
    Por falar nisso, iria começar uma, mas vou guardar no bolso até o fim dessa...Que eu espero que tenha um fim!!

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    1. Roberta de Deus, não espera não, pode começar sua fic, queremos ler... nem sei se a slytherin vai terminar essa história... não faça isso conosco, por favor, por favor, por favor...

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    2. Ah, Roberta, estou com a Sofia, não espera não...

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    3. Haha, não sei como conseguimos também, mas a verdade é que esta fic já está mais da metade traduzida tipo há séculos... esperando os benditos dois últimos capítulos pra começar a postar, mas sei lá se ela vai escrever, se bem que como a Sofia disse no outro capítulo, ela voltou a postar no livejournal, não é fic, infelizmente, mas deu um sinal de vida, então dedos cruzados, e mesmo não tendo ainda o final, eu acho que vale a pena a leitura pra quem quiser se arriscar...

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    4. Espera não Roberta, ou continua Don't Give Up On Me Now... queria tanta um final feliz... foi tão triste!! =(

      GIL

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    5. Espera não Roberta! Faço coro

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    6. Campanha 'ESPERA NÃO, ROBERTA' kkk... Vamos lá, Roberta... Espera, não!!!!

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    7. Olha só, eu e minha boca grande. Ainda bem que são vcs, equipe e GIL que estão pedindo, senão morreria de vergonha de tumultuar os comentários da Angelique hahaha
      Mas sério!Estava para começar a escrever, dar uma adiantada, quando li os 3 primeiros capítulos de In Our Hands. De cara achei que poderiam ser parecidas(anos depois da nona temporada, Chloe desaparecida), mas pensando melhor, nem são, acho. Então...
      E bem lembrado GIL. "Don't" tb é uma opção ;)
      Valeu gente!!!Pela campanha/carinho *-*

      Angelique, é muito mais fácil escrever do que ler fics assim. rs É muito angustiante. Gosto de ler quando já está terminada. E eu me lembro de vc falar sobre ela(é ela?), que estava esperando. Estou de dedos cruzados também, do jeito que me apego, vou sofrer hahahaha

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  2. Votei muito nessa fic também mas to com a Roberta, já agoniado kkk

    Quando a passagem de tempo é de muitos anos assim fica muito mais angustiante, parece que não dá mais para recuperar o tempo perdido. Sei lá.

    Nesse tipo de história a Chloe me desperta um misto de compreensão e raiva. Sim, raiva porque a decisão dela mexe com a vida da galera toda e para pior. Costumo ter mais simpatia pelo Oliver, principalmente quando há um filho no meio. Simpatia que resumo em poucas palavras: Ele tem o direito de saber.

    Também costumo ter muita raiva do Clark quando ele aparenta estar pouco se importando para Chloe. E sempre, sempre gosto do Victor nessas fics.
    Dinah... Dificilmente tenho pena (maldade) kkkk

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    1. Nossa, Vinicius, definiu bem todos os sentimentos relacionados a esta fic... não tenho nem mais nada pra dizer... só pedir umas orações aí pra slytherin resolver escrever os dois capítulos finais... lol

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    2. É exatamente isso, Vinicius. Pensar no tempo perdido é angustiante... doi pra caramba!!

      GIL

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    3. É Angelique, se ela não terminar vamos sofrer kkkk ou vamos inventar um final.

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    4. Na verdade o final já fica bem desenhado no final do capítulo 25, mas será cruel se ela não terminar, gosto muito dessa história... adoro um sofrimento'zinho' rs... mas com final feliz, claro!!!

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    5. Sofia, alguns adoram um drama com final feliz, eu adoro briga com final feliz. Somos terríveis aqui hahaha

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    6. Haha, então queridos, preparem-se porque sofrimento e briga estão garantidos nesta história, não briga, briga, mais um bate-boca, algumas provocações, enfim... serve? lol

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    7. Nossa, sabe que agora que você falou, percebi que tb gosto de fic em que eles brigam, batem boca, nossa... e quando fazem as pazes é ainda melhor, mas gosto especialmente de ver o Ollie bravo com a Chloe... :DDD

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    8. Eu também Angelique, prefiro ver o Oliver bravo com a Chloe, talvez porque nas fics ele sempre se segure mais e faça de tudo para entendê-la. Então acabo valorizando os momentos "dark" dele.
      E se tiver reconciliação hot melhor ainda. Aliás, hot com eles ainda brigados é melhor ainda. Teve isso em Moving Targets se não me engano.

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    9. Teve sim \o/ Aliás MT é uma boa fonte de brigas e tensão sexual e reconciliação e depois briga de novo, tensão sexual e por aí vai... :DDD

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  3. Primeiro de tudo: alguém se importa com a Dinah? ¬¬
    Eu não, minha pena dela ficou apenas em May the odds be… e ...Ever in your favor... sério, a criatura nem apareceu no capítulo e mesmo assim me deixou com raiva dela... CREDO!!
    Oliver deveria MESMO ouvir o que Hal aconselhou sobre sua relação com, enfim, a outra lá!! Adorei tudinho que ele falou!

    Agora, essa fala do Oliver partiu meu coração: “Não é mais sobre ela, é sobre ele”... =(

    Aguardando, ansiosíssima por mais...

    GIL


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    1. É Gil. Eu também só fiquei com pena da Dinah em May the odds... De resto ela pode sumir kkkk

      Quanto a esta frase do Oliver que você citou, apesar de achar que ele não falou tão sério assim, não achei muito triste pelo motivo de que também para Chloe, quando ela resolve sumir grávida deixando o Oliver no escuro por anos é tudo sobre o filho mesmo (deve ser assim mesmo quando há filhos... Será?). E ela nem dá a ele a opção de se sacrificar ou não para estar conviver com a família.

      Não tem jeito, costumo implicar um pouco com minha loira favorita nessa situação kkkk principalmente quando a passagem de tempo é grande. Mas aí depois vem a descrição dela toda triste, com aqueles olhos e eu sempre esqueço a irritação com ela haha
      Só acho bom ela ter uma boa desculpa para isso.

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    2. Além de Ever, sou simpática a situação da Dinah na série Legends, meio que entendo o ponto de vista dela...

      Acho que sobre a frase, ele está tentando se convencer disso, ele tem um motivo pra ir atrás dela sem ter que assumir que é por ela, é uma justificativa nova pra dar pra todo mundo...

      Bom, talvez a Chloe ainda não estivesse grávida quando sumiu, não lembro, tenho que esperar para reler... faz muito tempo que li essa história, então está sendo uma delícia relembrar...

      Com certeza ela deve ter uma boa desculpa...

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    3. É mesmo, na série Legends também entendi a situação dela e achei triste o medo que ela teve de perder o filho também, depois de perder o Oliver...

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    4. Não, GIL, acho que ngm se importa com a Dinah, haha... Sobre o menino, acho que é o que a Sofi falou, está mais para uma excelente justificativa pra ele ir atrás dela novamente...
      Ai, adoro Legends, também fiquei com dó da Dinah... e em Ever, lógico, perder a língua é algo indiscutível, até com seu pior inimigo... hahaha

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    5. Acredito mesmo que tenha sido da boca pra fora, mais a tristeza dele, e raiva chega a ser palpável, justamente porque antes de convercer os outros e a ele mesmo...
      Em Legends gostei bastante da atitude da Dinah, e o medo dela era mesmo compreesivo, mas não cheguei a sentir pena dela não hahaha

      GIL

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  4. começando a acompanhar esta fic e é bem diferente de tudo que já li parece bem angustiante e hot quando chegar aos finalmente , afinal quase sete de tesão reprimido deve dar um bom caldo , só não sei como me sinto sobre esta possibilidade de ficar no vacúo ! :(

    Alice

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    Respostas
    1. kkkkk Alice, se a autora nos fizer feliz com uma parte hot de primeira eu até posso desculpar o vácuo.

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    2. haha Vinicius acho que sim lembra de Friends with benefits e the play by play....algum respaldo ela já tem kkk vamos ver .

      Alice

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    3. É verdade kkk pelo menos ela terá algum crédito com a galera se não terminar essa história.

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    4. É bem angustiante mesmo, Alice, e pode contar com momentos hot de tirar o fôlego, especialmente pelo que você falou, sete anos de tesão reprimido, terão seu efeito, mas sabe o que vai ser bem gostoso de ver? a tensão sexual entre os dois, aproveitem sem nenhuma moderação... gente, fic hot escrita pela Sly nunca deixa a desejar... Nossa, Play by Play é de passar mal lol, muito boa, e Friends então, uma verdadeira enciclopédia, haha...

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