17.10.12

Refraction (11/14)

Título: Refração
Resumo: Sequência de Mirror Image. Oliver convence Callie Donovan a se juntar a ele na formação de sua própria Liga da Justiça, mas quando descobrem que Clark Luthor encontrou uma segunda caixa espelhada, o seguem até a Terra 1 para alertar suas contrapartes.
Autora: fickery
Classificação: NC-17 (nos últimos capítulos)
Personagens/Pares: Ollie/Chloe, Lois/Clark, Tess/Emil, Justice League; Oliver/Callie, Justice League, Lois, Clark Luthor, Lionel Luthor, Tess Luthor
Categoria: AU, drama, angst, romance
Aviso: spoilers até Finale, mas como sempre eu tomo muita liberdade com os acontecimentos da série e a cronologia
Banner: kyra_and_co
Anterior01 :: 02 :: 03 :: 04 :: 05 :: 06 :: 07 :: 08 :: 09 :: 10





Oliver recuperou a consciência enquanto Emil estava conversando com o neurologista. Callie estava parada ao lado da cama dele, a mão em seu braço, conversando suavemente com ele quando seus olhos se abriram. "Oliver", ela arfou, tão aliviada que seus joelhos ameaçaram desabar.
Ele piscou pra ela, então olhou ao redor do quarto, vendo Courtney parada na porta. Ele olhou pra si mesmo, notando todos os seus acessórios, o que incluía uma bata de hospital, um condutor de soro em seu braço e um tubo de oxigênio sob seu nariz, e franziu a testa. "Hospital? O que...?"
"Clark Luthor te jogou do outro lado de um telhado. Você bateu a cabeça, e está inconsciente desde então. Mais de trinta minutos agora. Emil pediu uma tomografia computadorizada."
Cuidadosamente, ele sentiu a parte de trás da cabeça e fez uma careta. "Adivinha? Acho que descobri o ponto de impacto."
Pela primeira vez desde o ataque, ela sorriu.
"Acho que isso explica a dor de cabeça", ele disse.
"Acho que sim. Sabe, se a tomografia estiver tudo bem, Emil vai provavelmente..."
"Oliver. Você acordou. Bom", Emil disse, voltando para o quarto. "Callie explicou o que aconteceu?"
"Sim. Já que estou consciente e tudo mais, podemos pular a tomografia agora, certo?"
Emil ergueu a sobrancelha. "Não. Não podemos. Qualquer trauma cerebral que consegue te deixar inconsciente durante todo esse tempo é significativo o suficiente que precise de todos os exames para descartarmos uma fratura ou hemorragia intracraniana."
"Ok", Oliver suspirou. "Alguma chance de me dar alguma coisa para esta dor de cabeça?"
"Ainda não, eu receio. Alguma tontura?"
"Um pouco, eu acho." Oliver admitiu.
Emil começou a fazer um exame neurológico, segurando o dedo na frente do nariz de Oliver. "Siga meu dedo com seus olhos."
Enquanto ele movia os olhos de um lado para o outro, Oliver fez uma careta.
"Oliver, isso está incomodando..."
De repente Oliver começou a fazer um gesto frenético com a mão. "Eu vou vomitar."
Emil pegou um recipiente de plástico que estava na mesa e entregou a seu paciente. Oliver virou-se para o lado, longe dos dois mas na direção de Courtney, e vomitou na bacia.
Callie pegou alguns lenços de uma caixa que havia ali. Quando Oliver pareceu ter terminado, ela os colocou em sua mão. Ele enxugou a boca antes de desabar novamente na cama contra os travesseiros e fechar os olhos.
"Deus, minha cabeça."
"Oliver, eu preciso checar suas pupilas", Emil disse. "Callie, você se importaria...?"
"Oh! Claro, tudo bem." Querendo ser útil, ela pegou os lenços e a bacia das mãos de Oliver sem resistência e os levou para o banheiro. Enquanto estava ali, ela molhou um pano para o rosto dele. "Oliver, abra seus olhos pra mim", ela ouviu Emil ordenando, sua voz ficando mais aguda. "Oliver, abra os olhos. Oliver."
Alertada com a urgência de suas ordens, ela voltou para ver Emil abrindo os olhos de seu paciente e usando uma caneta de luz neles, um de cada vez.
"O que foi?" ela perguntou, assustada pelo olhar no rosto dele. Courtney tinha se aproximado também, parecendo preocupada, e J'onn estava olhando da porta.
"Eu estava com medo disso. A pupila direita dele está dilatada. Ele tem todos os sintomas clássicos de um hematoma peridural. Ainda precisamos de uma tomografia, mas eu preciso trazer um neurocirurgião pra cá."
Os termos médicos pareciam tijolos a atingindo, e ela podia sentir o pânico tomando conta. "Você pode explicar isso em inglês?"
"Ele está sangrando dentro da cabeça, Callie. Entre o crânio e revestimento do cérebro."
Ela tinha uma vaga lembrança de uma celebridade mais jovem morrendo de algo similar alguns anos atrás. "Não é... o pior tipo de sangramento para se ter na cabeça?"
Emil hesitou, olhando para ela, obviamente tentando ver o quanto precisava minimizar as coisas. "É basicamente o pior cenário a se esperar, sim. Eu preciso pedir para a telefonista me colocar em contato com o neurocirurgião. Courtney", ele disse por sobre o ombro, "você poderia ligar para Chloe e atualizá-la?"
"Claro", Courtney disse, parecendo triste mas aliviada que tivesse uma tarefa. Ela pegou o celular pra fazer a ligação.
Callie virou-se e olhou para Oliver. Estava acontecendo tudo muito rápido. A gravidade da condição dele, saber - o medo - que ele poderia nunca mais abrir os olhos e conversar com ela de novo, e todo o estresse e tensão dos últimos dias a atingindo como um trem desgovernado. Ela podia sentir as lágrimas chegando, e sabia que não poderia impedi-las. E ela não chorava na frente de outras pessoas. Simplesmente não chorava.
"Courtney", ela soluçou, suas costas para a jovem. "Você se importa... você poderia...?"
Seus ombros começaram a tremer. Courtney, Deus a abençoe, entendeu imediatamente. "Eu estarei lá fora se precisar de mim", ela disse, e saiu pela porta. Ela e J'onn trocaram olhares preocupados enquanto continuava conversando com Chloe.
O primeiro soluço escapou de Callie alguns segundos depois. Ela parou ao lado da cama, uma mão correndo pelo cabelo de Oliver, a outra segurando seu braço. "Não se atreva a me deixar, Oliver", ela sussurrou, sua respiração entrecortada. "Não me deixe sozinha em um universo alternativo sem você. Não me deixe, Oliver. Por favor, não me deixe."
Lágrimas rolaram por seu rosto, pingando na bata hospitalar de Oliver. Ela se inclinou e encostou a testa na dele, a mão em seu rosto. "Por favor, acorda. Por favor fique bem."
Por favor não morra antes que eu consiga dizer o que eu sinto por você.
Alguns minutos depois, ainda no telefone com Chloe, Courtney ouviu um baque e deu uma olhada dentro do quarto a tempo de ver Callie deslizando para o chão. "Oh, Deus." Ela disparou e pegou o tronco de Callie antes de atingir o chão. Tudo o que precisamos agora, outra batida de cabeça.
"J'onn, traga Emil", ela gritou. "Acho que Callie desmaiou." Ela ajoelhou-se ao lado da cama, segurando Callie em seus braços, incerta do que mais fazer.
Os dois homens entraram no quarto. "O que aconteceu?" Emil disse.
"Eu ouvi um barulho e a vi caindo", Courtney disse. "Ela estava falando com Oliver e, chorando eu acho, e então ela simplesmente começou a cair."
Emil franziu a testa. "A respiração dela está muito lenta." Ele sentiu seu pulso, olhando para o relógio e franzindo a testa. "Os batimentos cardíacos também estão lentos."
Courtney arregalou os olhos enquanto olhava por sobre a cabeça de Emil. "Oliver?"
Os outros se viraram para a cama. Oliver estava sentado, olhando com a testa franzida para J'onn. Ele viu Emil e Courtney, seu olhar indo para a figura imóvel no colo de Courtney.
"Callie! O que aconteceu com ela?"
Ele começou a mover seus braços e pernas como se estivesse tentando sair da cama. J'onn o segurou, gentilmente. "Devagar, Oliver. Você ainda é o paciente aqui."
Emil olhou pra ele incrédulo, então levantou-se e empurrou J'onn de lado. "Oliver, abra bem os olhos pra mim", ele ordenou, e usou a caneta de luz sobre eles novamente.
Terminado o exame, ele recostou-se. "Suas pupilas estão iguais. Eu não..."
Ele parou e voltou o olhar para Callie. Ajoelhando-se ao lado dela, repetiu o exame, então olhou para os outros. "A pupila direita dela está dilatada." Ele parecia confuso.
"Courtney, o que está acontecendo? Fale comigo!" Chloe gritou do outro lado da linha. Courtney pulou, olhando para o celular como se ele pertencesse a outra pessoa. Tinha esquecido que o estava segurando.
Emil pegou da mão dela. "Você me disse que ela não tinha poderes!" Ele disse para Chloe, não se incomodando em se identificar.
"Ela não tem. Ela me disse que não tinha. Ela tem? Emil, ela o curou?"
Da cama, Oliver disse. "Ela não tem poderes. Eu perguntei uma vez. Conversamos sobre isso." Vendo o olhar de J'onn, ele disse, "Ela não tem. Tem?"
Pensando em voz alta, Emil disse. "Eu tenho técnicos em radiologia, um neurologista e um neurocirurgião a caminho, e o neurocirurgião está mobilizando a equipe dele. Eu tenho que ligar e dispensá-los. Se Oliver está essencialmente curado e Callie vai se curar sozinha, então nenhum deles é necessário aqui e eu não conseguiria explicar isso. J'onn, leve Callie de volta para a Watchtower. Eu preciso inventar uma boa desculpa para a equipe do neurocirurgião e dizer que Oliver insistiu em sair por conta própria. Courtney, leve Oliver e então volta pra me buscar, por favor. Eu vou precisar de uma carona até a Watchtower."
*-*-*-*
Três horas depois, Vic se afastou do monitor e pressionou as mãos contra os olhos cansados. "Conte a eles."
Chloe virou-se para o marido. "Ollie? Acho que encontramos alguma coisa. Vem olhar."
"Sério? Você sempre me diz o que eu quero ouvir", ele disse, atravessando a sala para ir até ela, sua mão acariciando o pescoço dela e os ombros. Ele podia ver o quanto ela estava cansada.
Ela abriu um mapa no monitor. Havia vários pontos vermelhos espalhados, com a maior concentração nos Estados Unidos por enquanto. "Estas são as locações dos Laboratórios S.T.A.R. pelo mundo. Conseguimos abrir e  tivemos livre acesso aos trabalhos e arquivos virtuais de cada laboratório... exceto um." O ponto no norte da Califórnia começou a piscar quando ela aplicou o zoom. "A unidade de São Francisco. Nos levou mais que o dobro do tempo para entrar, e Vic e eu estamos convencidos que, comparado aos outros laboratórios, conseguimos acessar apenas uma parte dos arquivos. A informação que estamos conseguindo acessar é sem importância, nada secreta, o tipo que você vê nas pastas dos investidores. Este é também o único Laboratório S.T.A.R. que a descrição pública de pesquisa é um genérico 'pesquisa e desenvolvimento'."
"Embora alguns dos documentos das outras locações seja uma concentração de basicamente meteorologia e estudos extraterrestres", Tess acrescentou.
Ollie parecia em dúvida. "Se você está dizendo que eles estão experimentando com kriptonita... eu pensaria que é o último lugar onde Clark Luthor ia querer estar."
"Sim e não. É uma faca de dois gumes, claro; mas o que pode ferir ou matar o Ultraman também pode ferir ou matar o Super Homem."
"Então, o que faremos?" Vic perguntou, sua voz indicando que ele já sabia a resposta.
Ele não ficou desapontado. "Reconhecimento. No local e detalhado", Ollie disse, estudando a planta do prédio que Chloe tinha aberto.
"Pode me chamar de paranoico, mas eu sou o único que acha que este é o único laboratório do mundo que não conseguimos ver o que tem dentro a não ser que vamos ir até lá pessoalmente e que isso pode bem ter um letreiro em neon dizendo É UMA ARMADILHA?" Clark perguntou.
Ollie sorriu um pouco. "Não é paranoia; eu concordo com você. Mas precisamos trazer esses caras para campo aberto e lidar com eles de uma vez por todas. Nenhum de nós quer viver pensando se Lionel ou Clark Luthor está atrás da gente pelo resto das nossas vidas, e eu não vou deixá-lo nos pegar um de cada vez. Temos que entrar com inteligência, vamos estar preparados. Se eles não estiverem lá, ótimo, reunimos informações e plantamos escutas e câmeras. Se eles estiverem lá? Acabamos tudo."
"E nosso time de vigilância nas ilhas?" Lois perguntou.
Ollie pensou por um momento. "Chamem eles. Eu quero reforços fora do prédio caso o time alfa precise de ajuda."
"Muito bem", Tess declarou. "Carter está lá há menos de vinte e quatro horas e Bart já está deixando ele maluco."
*-*-*-*
Ollie e Chloe desceram juntos para checar Oliver e Callie. A última ainda estava inconsciente, parecendo pequena e frágil na enorme roupa de hospital. Agora ela estava com uma bomba de oxigênio e no soro que Oliver tinha usado antes, e mais o sensor de oxigênio em seu dedo e um medidor de pressão automático em um braço.
Ver a pequena mão dela fechada contra o lençol deu uma pontada no coração de Ollie. Essa não era a primeira vez que ele ficava agradecido por Chloe não ter mais habilidades, e ele tinha certeza que essa não seria a última. Ele não achava que pudesse lidar com isso diariamente; nada o fazia se sentir mais fraco do que ver Chloe doente ou ferida.
Ele lembrava de como Clark, numa desastrada mas bem intencionada tentativa de confortá-lo durante a ausência de nove meses de Chloe, tinha uma vez contado a ele como eram terríveis as vigílias nas ocasiões em que ela usava sua habilidade de cura. Quão fraco ele tinha se sentido, mesmo sendo o homem mais poderoso da Terra, incapaz de fazer qualquer coisa para que ela acordasse. Para que estivesse viva novamente, para ter um pulso. E quão nervoso ele ficou que ela tivesse recebido um poder tão doente para sua forma pequena e humana; um que demandava tanto dela, que tirava tanto dela. E quão culpado ele se sentiu quando Chloe usou o poder para salvá-lo.
Agora Oliver parecia sentir tudo aquilo e mais um pouco. Talvez ajudasse se Clark conversasse com ele mais tarde.
Assim que voltou para a Watchtower, Oliver tinha tomado banho em um minuto, vestido as roupas que Ollie trouxe pra ele sem nem olhar, e ido direto para o lado de Callie. Ele não tinha saído de lá desde então.
Ele se sentou ao lado da cama dela, seus dedos entrelaçados nos dela, esperando que ela acordasse sã e salva. E ainda fosse a Callie.
As pessoas tinham colocado coisas em suas mãos, coisas pra beber: água e café e algo com um canudo - provavelmente um milk-shake - e ele provavelmente o consumiu, porque o copo foi ficando mais leve e eventualmente desapareceu de suas mãos.
Ele só queria que Callie acordasse. Queria levá-la de volta para o mundo deles, um magicamente livre dos homens Luthor, e ter uma noite de filmes com ela. Cozinhar com ela, fazer piada com ela, comer com ela, tomar vinho com ela, assistir um filme de ação idiota ou comédia com ela. Então pegá-la e lhe dar um beijo de fazer perder os sentidos até ela estar pronta para admitir que eles já estavam num relacionamento, e há meses.
"Ei." Ele sentiu uma mão em seu ombro e olhou pra cima, vendo Ollie parado ao seu lado. "Como ela está?"
"Ela está estável e melhorando. Lentamente", Emil disse, vindo de trás dele. "A pupila dilatada está diminuindo de tamanho a cada hora e seus batimentos cardíacos e condições respiratórias estão gradualmente retornando ao normal. Só temos que esperar, e continuar monitorando."
"Temos uma pista sobre um dos laboratórios S.T.A.R.", Ollie disse a Oliver. "Vamos até lá esta noite. Eu sei que provavelmente você vai querer ficar com Callie, eu só queria que você estivesse informado."
"Eu quero ir", Oliver disse.
Ollie resistiu ao desejo de olhar para Chloe, sabendo que Oliver perceberia. "Eu não tenho certeza se é uma boa ideia, sob as atuais circunstâncias. Você ainda está se recuperando", ele disse.
"Eu estou bem. É Callie quem está lidando com a consequência do meu ferimento agora", Oliver disse, seu tom traindo uma leve amargura. "Emil, fala pra ele. Eu estou bem, certo?"
Emil hesitou. "Fisicamente, sim, você está bem. Emocionalmente, eu concordo com Ollie. Isto é pessoal pra você agora."
"Os Luthors tentaram me matar diversas vezes. Sempre foi pessoal", Oliver disse.
Ollie suspirou. "Vem cá um minuto. Vamos conversar." Ele levou o outro homem para fora da área médica atravessando um corredor onde pilhas de madeiras e canos estavam pelo chão e lonas de plástico cobriam as áreas não finalizadas, e se virou pra ele, abaixando a voz. "Olha, eu sei o que você tem passado. Se fosse Chloe deitada naquela cama eu sentiria exatamente o mesmo. Mas Clark e Lionel são perigosos como o inferno e não podemos cometer erros. Pelo bem de todo o time, eu não posso permitir distrações, não posso ter alguém que vai estar lá com a cabeça em outro lugar... ninguém. Se eu concordar em deixar você fazer parte desta missão, eu preciso da sua garantia que você vai estar concentrado e que vai seguir as ordens."
"Você não precisa me dizer o quanto os Luthors são perigosos. Fui eu quem Clark atirou do outro lado de um telhado, lembra? E sim, eu estou puto", Oliver disse. "E preocupado com Callie. Você pode ver isso. Mas eu posso separar as coisas. E faço isso todo maldito dia. É como nós dois somos capazes de fazer o que fazemos."
Ollie vacilou, não inteiramente convencido.
"Se nossas posições fossem trocadas, você conseguiria ficar pra trás?"
"Não", Ollie admitiu.
"Eu vou ficar numa boa. Eu estarei tão numa boa que vou me tornar um monge budista", Oliver prometeu.
Oliver deu risada apesar de tudo. "Não sei se isso seria de grande ajuda, embora eu pagasse pra ver."
"Ei, toda aquela porcaria de ioga que você me fez aprender tem que servir pra alguma coisa, certo?"
Ouvindo a risada do outro lado da sala, Chloe encontrou o olhar de Emil e os dois relaxaram visivelmente. Chloe olhou de volta para sua mão, ainda cobrindo a mão fria de Callie. "É estranho, estar deste lado da cama, esperando que alguém acorde", ela confessou.
"Eu posso imaginar", Emil disse. "Felizmente ela curou Oliver enquanto ele ainda estava vivo. Sua recuperação deve ser bem mais rápida do que qualquer um dos seus... incidentes, e podemos monitorar o progresso dela em tempo real."
Os dois homens voltaram, a mão de Ollie descansando encorajadoramente no ombro de sua cópia. "Eu vou me juntar ao time esta noite", Oliver disse. "Eu só... não queria que Callie acordasse sozinha. Emil, você pode...?"
"Eu vou ficar com ela enquanto você estiver fora", Emil garantiu. "Julgando pelo ritmo da recuperação dela, eu acho que vai levar mais seis ou oito horas pra ela acordar, mas eu ficarei ao lado dela."
"Eu também não quero que Callie fique sozinha, mas podemos precisar de sua ajuda durante a missão, doutor", Ollie disse.
"Isso está resolvido", disse Chloe. Ela olhou para Ollie. "Lembra como eu insisti em instalar wi-fi aqui embaixo? É por isso. Eu vou trazer um computador e um comunicador pra você", ela disse a Emil.
"A reunião do time acontece lá em cima em duas horas", Ollie disse. Oliver assentiu e se sentou novamente na cadeira ao lado da cama.
"Eu estarei lá."
*-*-*-*
No elevador, Chloe estendeu a mão até o rosto de seu marido, então o puxou para um beijo. Havia tantas coisas que queria dizer a ele e nem sabia por onde começar: Tudo isso poderia ser com a gente. Eu te amo. Por favor tome cuidado.
Ele segurou a mão dela que estava em seu rosto, beijou, e a levou até seu coração, seus olhos presos nos dela. "Eu sei", ele disse.
*-*-*-*
Uma hora e quarenta e cinco minutos depois, Oliver se inclinou, tocando os lábios levemente sobre a testa de Callie. "Não vá a lugar nenhum. Eu volto logo." Ele encontrou Tess no elevador, que vinha trazendo um carrinho com um laptop e um enorme monitor. Ela parou o carrinho perto da cama.
"Chloe disse que está tudo pronto", ela disse a Emil. "É só colocar o comunicador e você fará parte da reunião."
"Excelente", Emil disse.
"Por falar nisso, eu já te disse o quanto você foi maravilhoso hoje?" Tess perguntou. Ela lhe deu um beijo, um pouco mais demorado do que deveria, provavelmente. "Bem, considere-se avisado." Ela se afastou e eles sorriram um para o outro.
Quando ela voltou para o andar de cima, o time inteiro estava se reunindo. "Estas são as plantas oficiais da instalação", Chloe disse. Um grupo de plantas sendo aberto no monitor. "Estes são nossos planos revisados, mais detalhados com as imagens de satélite e um rápido sobrevoo com a visão de raio-x de Clark." Outro grupo de plantas foi aberto e sobrepostos sobre o grupo anterior. Havia claras discrepâncias entre os dois.
"Aqueles espaços escuros são o que eu estou pensando?" Vic perguntou.
"Se você está pensando em salas revestidas com chumbo, você está certo", Chloe disse.
"Isso nunca é bom num prédio que suspeitamos estar repleto de kriptonita", AC declarou.
"Não me diga. Clark ficará por perto, mas ele não poderá fazer parte do primeiro time até que o risco esteja controlado."
"E sabemos se o prédio está vazio?"
"Sim, deve estar vazio."
Vinte minutos depois, eles tinham coberto o primeiro plano e múltiplas contingências. "Todo mundo entendeu o plano e suas funções individuais? Alguma pergunta? Agora é o momento de perguntar", Ollie disse.
Dinah balançou a cabeça. "Pronta quando vocês estiverem." Apesar do perigo de possivelmente encontrarem com Clark Luthor, havia uma palpável onda de energia e determinação na sala, todo mundo feliz em ter uma missão de verdade afinal.
______Doze
_____________________________________________________

3 comentários:

  1. Maria Eduarda17 outubro, 2012

    WOW WOW WOW WOW WOW

    Que DEMAIS!!!!

    Por essa eu não esperava!!!!!!!!

    Que fic fantástic!!!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Surpreendente né? Que bom que está gostando, Maria Eduarda... :D

      Excluir
  2. Céuuuuus!! Surpreendente, meeeeesmo!!
    Ficando, cada vez melhor, Sofia!! =DD

    GIL

    ResponderExcluir

Google Analytics Alternative