23.4.16

The Longer You Run (9/29)

TítuloQuanto Mais Você Corre
Resumo: Aparentemente, a única coisa que unia Chloe Sullivan e Oliver Queen era uma história. Mas por trás das portas fechadas era um relacionamento acidental que sem nenhuma intenção acabou mudando tudo.
Autoraserafina19
Classificação: NC-17
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Quando a caixa-postal dele foi ativada, Chloe engoliu seco, perguntando-se o que tinha lhe dado. Este era um evento completamente normal. De fato, não era nem a primeira vez que ela era mandada para a caixa-postal, mas desta vez ela desajeitadamente encerrou a ligação antes de deixar qualquer mensagem.

Ela sabia que ele estava fora da cidade, sabia que ele estava ocupado, mas ainda assim ligou. Era difícil admitir que queria a companhia dele hoje, apesar do fato de funcionar bem sem ele antes. Mas era a verdade, e mesmo que ele estivesse em Metrópolis, não era como se pudesse ir até seu escritório ou sua casa. Ele estava trabalhando em algo realmente importante e Chloe sabia que não deveria interromper.

Isso a levava de volta a estaca zero, então ela se virou em sua cadeira para tentar se concentrar em seu artigo, sabendo que seu prazo se aproximava rápido. Não ajudava que sua caneca de café estivesse vazia, o que lhe deu uma desculpa perfeita para sair do apartamento e respirar ar puro.

Porque não era só que ela estivesse pensando nele tanto assim, mas também ela não vinha dormindo bem ultimamente. E mesmo quando dormia.. normalmente precisava de um banho frio de manhã.

Era patético, considerando todos os meses que tinha passado sem sexo antes dele, mesmo quando estava com Jimmy, porque com ele nunca havia tempo. Ou eles nunca criavam tempo. Provavelmente o último.

Mas havia alguma coisa sobre Oliver que ficava em sua mente, incluindo o fato de que um pequeno pedaço de papel tinha aparecido em sua bolsa no começo da última semana. Não importa quantas vezes ela dissesse não, ele ainda insistia em lhe dar alguma coisa. E enquanto ela seguia pela calçada, Chloe contemplou sua situação e decidiu que era hora de aproveitar o que tinha, sem ficar pensando demais.

~0~

Ele quase não conseguiu acreditar quando seus olhos viram o telefone. O que ela estava fazendo ligando pra ele agora? Ela sabia que ele estava em Star City esta semana e devia ser começo da tarde em Metrópolis.

Talvez ela fosse mais aventureira do que ele imaginava, embora a ideia de sexo por telefone surgisse em sua mente, duvidava que fosse o caso. Independente disso, ele não conseguia se concentrar na reunião com aquela ligação perdida o encarando. Então assim que terminou, imediatamente foi para o elevador até seu escritório para checar a mensagem, mas não havia nenhuma. Pelo menos, nada além de algumas respirações rápidas e um Desculpe antes de desligar.

Dando um risinho, Oliver ligou pra ela. Ele nunca pensou que ela mostraria esse tipo de vulnerabilidade, e embora houvesse uma sensação que isso também aparecia em seu rosto, Oliver deixou de lado, concentrando-se no fato de que Chloe tinha que saber que ele não ia deixá-la de lado tão facilmente. Depois de alguns toques, a voz dela o cumprimentou, então ele disse. "Você ligou?"

"Eu... sim, eu liguei." Olhando para cima, Chloe garantiu que estivesse longe da recepcionista para que ela não pudesse ouvir a conversa. Só por precaução, ela se afastou da mesa, sorrindo enquanto olhava para a janela. "Eu doei seu cheque." Não era a razão pela qual ela tinha ligado, mas pelo menos era verdade, ou ao menos, seria em alguns minutos.

Oliver deu risada, já que não esperava ouvir nada disso. "Achei que você tivesse rasgado." Recostando-se em sua cadeira, ele começou a se perguntar porque ela tinha desligado se o assunto era esse. Mas algo lhe dizia que ele já sabia a resposta.

"Você mandou três cheques", Chloe enfatizou, confiança em sua voz. "Eu rasguei um e achei que você não fosse parar, então pensei em fazer bom uso." Tecnicamente era parcialmente verdade, já que ela se sentia culpada em aceitar o dinheiro dele, então não havia como ele descobrir como ela havia gasto o dinheiro. Ela não precisava da simpatia ou piedade neste caso.

Assentindo, Oliver abriu um arquivo para assinar um documento que ele esperava há algum tempo. Enquanto a caneta se afastava da página, um lento sorriso se formou em seu rosto. "Fico feliz em ouvir isso", ele disse genuinamente.

"Bem, era isso." Chloe mentiu, não querendo dar a ele mais detalhes do que já tinha dado. "Acho que te vejo em alguns dias então?"

"Pode apostar. Cuide-se."

Depois de desligar, Chloe parou com as últimas palavras dele correndo em sua mente. Era só um encerramento genérico de ligação, mas era algo que ele nunca tinha lhe dito antes. Ela não teve muito tempo para pensar no assunto com a volta da recepcionista. Nora trabalhava ali há muito tempo. "Então, tudo bem?"

Ela assentiu. "Chloe, ninguém acharia ruim se você usasse o dinheiro para si mesma."

Embora fosse verdade, porque ela passou a conhecer todo mundo naquela clínica ao longo dos anos, Chloe sabia que era a melhor decisão. "Eu me sinto mal por usar este dinheiro, Nora. Acho que deve ir para uma boa causa."

Nora entendia isso, mas quando ela entregou o recibo, apertou os lábios. "Bem, eu usei 75 por cento no pagamento do plano e 25 por cento para doação ao invés de dividir meio a meio." Ela viu Chloe abrir a boca para reclamar, mas ela ergueu um dedo para impedi-la. "Não discuta comigo."

Porque Nora tinha visto tudo na vida de Chloe. Os altos, os diversos baixos. Aquele pagamento era de longe o maior que Chloe tinha recebido, então com a relutância de Chloe em gastá-lo, ela sabia de onde o dinheiro tinha vindo. No entanto, ela estava feliz que Chloe estivesse mais aberta, porque mesmo com Clark e Lois em sua vida, Chloe parecia determinada em ser auto-suficiente.

Suspirando, Chloe desistiu, porque Nora estava certa. "Tudo bem."

Contente com a resposta, Nora sorriu enquanto finalizava a transação em sua base de dados. "Você vai vê-la hoje?"

"Sim, eu... faz tempo que não venho. Como ela está?"

"Na mesma", Nora respondeu, sua cabeça levemente inclinada. "Eu sei que não é muito, mas..."

"É o suficiente", Chloe continuou. "De verdade." Porque era a verdade da situação. As coisas não iam melhorar, então tudo que ela podia desejar era que o tratamento lhe ganhasse um tempo extra porque Chloe ainda não estava preparada para abandonar a ideia de que tinha uma família imediata.

Abrindo a porta, Chloe sentiu o ar ficar preso na garganta antes de olhar para dentro. Ela já deveria estar acostumada, mas toda vez era difícil vê-la daquele jeito.

"Ei, mãe."

Quando os olhos de sua mãe a encontraram, havia alegria neles, e Chloe quase se sentiu grata por pelo menos poder dizer que sua mãe estava feliz em vê-la.

Ainda era quase como se tivesse sido ontem, já que a maioria dos detalhes ainda estavam frescos em sua mente. Ela não estava no carro, de fato, era uma das primeiras noites em que seus pais começavam a confiar em deixá-la sozinha. Seu pai estava trabalhando muito ultimamente, então eles queriam uma noite pra eles. A boa notícia era que eles tiveram, mas foi a última noite que seus pais passaram juntos.

No caminho de volta do restaurante, um motorista bêbado ultrapassou um farol vermelho, atingindo o carro de seus pais. Chloe sabia que havia mais na história, mas ela tinha bloqueado de sua mente há muito tempo. Doía muito saber que o acidente matou seu pai instantaneamente. Sua mãe sobreviveu, mas sofreu um trauma cerebral, há dez anos vivendo com a síndrome do encarceramento.

Eles prenderam o outro motorista, mas isso não melhorou nada. Não mudou o fato de que Chloe se tornou praticamente órfã na adolescência. O motorista tentou se desculpar, mas nenhuma palavra secou suas lágrimas, nem diminuiu a dor de sua perda.

No entanto, Chloe sabia que tivera sorte, porque a Sra. Kent insistiu que ela ficasse na fazenda até que seu tio Sam e Lois pudessem organizar tudo e se mudarem para Metrópolis. Chloe sempre deduziu que isso aconteceu porque Lois tentou fugir. Diabos, até a irmã dela, Lucy, disse que ela quase reprovou na escola, então Chloe agradeceu pela família que ainda tinha.

Isso não impediu que as pessoas na escola olhassem para Chloe de um jeito diferente durante algum tempo, provavelmente mostrando algum tipo doentio de tristeza ou pena. Mas isso logo passou e esse aspecto pelo menos voltou ao normal. Sua vida como ela conhecia no entanto, nunca voltou a ser normal.

"Você está ótima", Chloe disse a sua mãe com um sorriso, sabendo que as palavras não eram as mais genuínas, mas sem ter mais o que dizer.

Sentando-se na mesma cadeira já há alguns anos, o silêncio familiar se instalou, mas nos olhos de sua mãe, era como se Chloe pudesse ver tudo. Eventualmente ela olhou para a mesa lateral e quando Chloe olhou, viu a familiar capa com a foto de Oliver.

Sorrindo, ela pegou a revista, pois não tinha conversado com sua mãe sobre ela. Chloe queria, mas havia certa amargura enquanto estava escrevendo. Agora, ela mal conseguia admitir o que estava fazendo com Oliver, mas era reconfortante saber que o cara sobre o qual ela escreveu não era tão ruim quanto imaginava.

No mínimo, o fato de ele ter salvo Rylan seria suficiente, embora Chloe desejasse ter sabido do fato antes de escrever o artigo. Ele nunca a deixaria publicar, mas era o tipo de publicidade que ele podia usar em seu favor.

Ainda olhando para a capa, Chloe não pôde deixar de imaginar se ele conhecia o dono, se ele respeitou o lugar baseado no que Rachel o transformou. Porque era aí que estava a verdadeira conexão de Chloe. Verdade, houve algumas horas quando Chloe pensou que fosse ser uma residente também, mas nunca foi. Ao invés, Chloe sempre foi agradecida a mulher que dirigia o lugar.

Ela conheceu Rachel na noite do acidente, uma criança de doze anos abrindo a porta, desejando que as sirenes no bairro não fossem pra ela. Rachel foi até sua porta para garantir que Chloe encontrasse paz em suas horas mais sombrias, mas Chloe inicialmente não queria nada com ela, ou quaisquer 'mentiras' que ela estivesse despejando.

Afinal, só mandavam pessoas como ela atrás de crianças que tinham perdido os pais e Chloe tinha visto os seus há poucas horas. E mais, eles só estavam no hospital, ela disse de volta, então tudo ia ficar bem. Eles iam melhorar e seriam uma família de novo, essas foram as palavras que Chloe repetiu para si mesma em voz alta algumas vezes. Mas eventualmente, Rachel conseguiu se aproximar e assim que as notícias foram aceitas, era terrível imaginar como teria sido se ela não estivesse ali.

Rachel tinha jeito com crianças, provavelmente porque foi ela quem criou Rylan, e ela sempre encontrou um jeito de dar esperança quando parecia que não havia nenhuma. Chloe nunca esqueceu o nó que apareceu em seu estômago e o jeito que ele lentamente se desfez enquanto iam até o hospital.

Chloe não quis ir no carro da polícia, e uma das vantagens de caminhar era o fato de prolongar o inevitável. Toda a caminhada, Chloe se recusou a dizer uma palavra, então Rachel foi quem falou, dizendo que ela sabia como era sentir que o mundo tinha desaparecido.

Ela explicou como tinha perdido o marido há alguns anos, e que seu único filho morrera num acidente de carro há apenas algumas semanas. No entanto, ela logo esclareceu que isso não significava que ela entendia o que Chloe estava sentindo, mas que entendia a dor e a necessidade de companhia quando chegasse a hora.

Eu estarei ou ao seu lado ou sentada do outro lado do quarto. Mas mesmo que pareça agora, você não está sozinha.

O tempo todo, Chloe questionou sua presença, pensando que ela tinha coisas melhores para fazer, mas Rachel balançou a cabeça. Chloe descobriria depois que aquilo era parte do protocolo, mas ela tinha dito a Chloe que o trabalho a distraía dos problemas. Pra ela, ver Chloe tinha sido uma razão para continuar a lutar por suas crianças, para construir um lar de verdade, mas só quando Chloe abriu o jornal e viu que Rylan havia sido salvo foi que ela realmente entendeu o que Rachel quis dizer naquela noite.

Chloe ainda tinha o artigo guardado, embora não tivesse pensado nele há muito tempo, ou pelo menos, não até ver o mesmo artigo na casa de Oliver. Ela jamais imaginaria que a ajuda a Rachel viesse através de Oliver Queen, mas doía perceber que era algo que Rachel jamais saberia. E Chloe queria nada mais do que contar a ela, mas sabia que era tarde demais para isso.

Porque embora a Sra. Kent tenha levado Chloe para a fazenda depois do hospital, aquela não foi a última noite que viu Rachel. Sua mãe foi transferida para Metrópolis, tornando o trajeto mais difícil para Chloe, mas era o melhor lugar para uma pessoa na condição dela. Chloe não hesitava em pegar um ônibus de Smallville para Metrópolis para visitá-la.

De vez em quando, Chloe também fazia uma visita a Rylan, mais porque Rachel sempre tinha tempo pra ela. Ela também não hesitava em acompanhar Chloe ao hospital nos dias em que a Sra. Kent ou Lois não estavam disponíveis. Não importava o que fosse, Rachel tinha sempre as palavras certas para convencê-la de que só porque sua mãe não podia mais se mover, ela não deixava de ser sua mãe. E mais, Rachel nunca tentava ser sua mãe, mas Chloe reconhecia que ela sempre a fazia sentir como se tudo fosse ficar bem. Rachel sempre tinha um dom incrível com todas as suas crianças, fazendo-as acreditar em si mesmas e serem capazes de seguir em frente, mesmo depois de tudo que ela mesma tinha perdido.

Então no final, o artigo da escola, as horas voluntárias, eram o mínimo que Chloe podia fazer para lhe mostrar o quanto agradecida ela era até Rachel falecer por causa de um câncer de mama no ano anterior. Mas a casa de cuidados ainda estava lá, embora Chloe não tivesse voltado depois do funeral.

Sorrindo mais uma vez às lembranças, Chloe devolveu a revista. "Desculpe não ter contado na última vez que estive aqui. Mas está chovendo trabalho agora."

Com isso lhe veio a lembrança de que Chloe não ia ali tanto quanto gostaria, e sentiu uma ponta de culpa, percebendo que um pouco do tempo que passava com Oliver, ela deveria passar ali.

Porque apesar de tudo, essas conversas significavam alguma coisa, já que havia uma razão para Chloe jamais desistir de sua mãe. E embora soubesse que agora sua mãe vivia um tempo extra, cada dia que vinha visitá-la, era relembrada dessas pequenas coisas, que não importava quais obstáculos cruzasse, tinha muito pelo que agradecer. Afinal, sua mãe sempre via a beleza das pequenas coisas.

No mínimo, ela sabia que sempre teria Lois, já que as primas cresceram juntas. Lucy fora embora para estudar, então ela perdera contato com a prima, mas sempre mandava um cartão de aniversário pra ela. E as duas tinham uma família emprestada nos Kents, mesmo depois da morte do Sr. Kent e a Sra. Kent ter se tornado senadora pelo Kansas.

Seu tio tinha até concordado em cobrir os custos de sua mãe até que ela se formasse na faculdade, mas não importa o quanto tivesse guardado, Chloe mal conseguia encontrar um jeito de pagar suas contas. Embora estivesse escrevendo mais ultimamente, uma grande quantia em dinheiro ia para seu empréstimo estudantil e só no dia anterior foi que Chloe percebeu que talvez não conseguisse pagar os cuidados de sua mãe no mês seguinte. Por isso ela pegou o cheque da gaveta, já que essa era a única razão que pudesse justificar gastar o dinheiro que Oliver lhe dera.

Um dia, ela teria que agradecê-lo devidamente, já que graças a ele, ela poderia respirar um mês ou dois. Então pela primeira vez em muito tempo, Chloe não estava mentindo quando disse. "As coisas... podem estar melhorando para mim."

Os olhos de sua mãe brilharam, a maior felicidade que conseguia mostrar a Chloe e suas notícias. Isso fez Chloe pensar sobre todos os anos que se passaram, todos os testes na esperança que ela pudesse se recuperar. Mas nada se concretizou. Tudo que ela conseguia mexer eram os olhos.

No entanto, Chloe estava feliz, porque era melhor do que nada, e ela conhecia pessoas que tinham menos que isso. Apertando a mão dela com força, Chloe podia ainda sentir o calor na pele de sua mãe, a sensação quase foi suficiente para derramar algumas lágrimas.

A resposta de Oliver à pergunta sobre seus pais nunca deixou de atormentá-la, o jeito como ele disse que tudo que queria era dizer adeus. Uma palavra que ela nunca teve a chance de dizer para seu pai antes dele morrer. Lágrimas agora corriam por seu rosto, Chloe tentou sorrir, tentou convencer sua mãe de que as coisas estavam bem.

"Mas eu..." ela começou, levantando-se da cadeira para abraçar sua mãe. "Eu estou tão feliz que você esteja aqui." Mantendo o abraço, ela acrescentou. "Eu te amo, mãe."

~0~

Algumas horas depois, Chloe desceu do ônibus que a levou para seu apartamento, pronta para pegar uma barra de cereais para o jantar e trabalhar nas próximas horas em seu artigo. Enquanto fechava a porta principal do prédio, ela ligou o telefone para ler algumas mensagem de Lois, e já ia ligar para sua prima quando percebeu outra mensagem em seu telefone.

Voltando um dia antes. Alguma chance de eu te ver amanhã à noite?

Depois de apertar o botão do elevador, um sorriso iluminou seu rosto antes de responder. Mande uma mensagem quando pousar. Ela não percebeu que o elevador já tinha chegado, mas a pessoa que emergiu dele tinha toda intenção de fazê-la perceber.

"Quem era?"

Chloe pulou, não esperando que Lois estivesse ali, mas de repente, sua memória voltou e ela deveria jantar com sua prima naquela noite. Olhando para a hora em seu telefone, Chloe se sentiu envergonhada. "Eu esqueci completamente, Lois... Eu sinto tanto."

"Tudo bem." Lois disse com um dar de ombros. "Pelo menos agora eu sei que você está bem."

"Eu sei que tenho sorvete lá em cima, que tal sobremesa?"

"Parece ótimo." Lois disse enquanto voltava para o elevador. Com Clark trabalhando cada vez mais no Planeta Diário, ela deduziu que seria uma noite de primas. No entanto, isso não a impediu de acrescentar. "Sabe, você não respondeu minha pergunta."

Chloe não estava olhando para Lois agora, um fato pelo qual ficou agradecida, já que o ar ficou preso em sua garganta. Vasculhando o cérebro para encontrar a desculpa mais fácil porque sabia que sua prima tinha visto a expressão idiota em seu rosto.

"Eu estava conversando com Matt sobre potenciais capas para mim. Ele acabou de me dizer que minha reportagem na revista de Junho é uma grande concorrente." Felizmente, Chloe não estava mentindo completamente sobre isso, e ela sempre podia ligar para seu amigo e pedir para ele confirmar a história. Infelizmente, essa resposta pareceu confundir Lois ainda mais. "O quê?"

Lois não sabia realmente por onde começar, especialmente porque ela não sabia se Matt tinha sido mesmo a pessoa a se corresponder com Chloe. Por um segundo, Lois considerou que pudesse ser, porque se tivesse sido num outro momento, não haveria dúvidas em sua mente que as coisas pudessem mudar entre eles. Mas Matt tinha uma namorada, e Chloe não ultrapassaria essa linha.

Então considerando isso, e mais o status mente-em-outro-lugar, de jeito nenhum ele era o homem misterioso de Chloe, então Lois alterou sua linha de perguntas. "Isso é ótimo, prima. Fico feliz em saber. Foi por isso que você esqueceu de mim esta noite?"

A pausa estranha foi difícil de esconder, mas Chloe podia responder a isso facilmente. "Não, eu estava visitando minha mãe. Faz tempo que não ia lá, então perdi a noção do tempo."

Tomando sua reação e a calma resposta, Lois sabia que pelo menos isso era verdade, mas sua resposta anterior era uma grande mentira. Sua prima sempre queria uma vida mais privada, então ela pelo menos satisfaria a curiosidade de sua prima com alguma pequena revelação. Tudo isso pontuava para que Chloe estivesse vendo alguém que Lois conhecia, mas ela não tinha muitos amigos em sua vida, e Lois podia eliminar os que conhecia quase instantaneamente.

Então quem diabos era ele?

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DEZ

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2 comentários:

  1. Aaah, gente, a vida da Chloe embora diferente ainda não foi nada fácil... Tadinha! De partir o coração o encontro com Moira...

    GIL

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    Respostas
    1. Chloe compartilhando de um sofrimento parecido ao de Oliver...

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