19.3.16

Beauty In The Breakdown XII - Heart's Content (Série Completa)

Título: Coração Feliz
Resumo da Série: Com Oliver ao seu lado, Chloe aprende a se libertar, encontrar a paz e se apaixonar.
Resumo da história:  A família Queen reflete sobre os últimos sete anos de relacionamento.
Autorababydee1
Classificação: PG-13
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Histórias anteriores:
Beauty In The Breakdown IX - 'Fessing Up
Beauty In The Breakdown X - Snow Angel 
Beauty In The Breakdown XI - Baby Love


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"Quanto tempo nós temos?"

Oliver checou seu relógio. "Uns dez minutos."

Chloe sorriu enquanto corria os dedos distraidamente pela coxa de seu marido. "Eu me lembro de quando essas duas frases levavam a algum momento sensual."

Oliver sorriu, seus olhos brilhando com as lembranças. "Oh, aquele tempo. As coisas que eu poderia fazer com você em dez minutos. Ou deveria dizer, as coisas que eu costumava fazer com você quando éramos um casal jovem sem responsabilidades paternais."

"Bem, escolhemos tomar essa estrada", ela respondeu com um sorriso nostálgico. "E embora seja um desafio encontrar tempo para, hum... relações íntimas rápidas desde que Jade chegou, não me arrependo de nada."

"Concordo. E temos um forte sistema de apoio, pelo qual serei eternamente grato." Ele entrelaçou os dedos nos dela e os beijou.

Um movimento repentino foi notado por suas visões periféricas, e os dois se viraram a tempo de ver a cortina se mexendo na janela da fazenda Kent. Alguns momentos depois, um pequeno rosto apareceu na janela. Oliver sorriu enquanto a filha pressionava o rosto contra o vidro, numa expressão engraçada enquanto ela parecia estar grunhindo.

Chloe balançou a cabeça, incrédula. "Ela está aqui há seis horas. Como pode ainda ter tanta energia?" perguntou, perplexa.

Oliver deu de ombros. "Não faço ideia. Eu esperava pegar uma criança exausta e não uma cheia de energia."

O rosto de Clark apareceu na janela, e ele lhes deu um rápido sorriso, acenando antes de pegar Jade no colo e carregá-la de volta para a sala.

"Eu culpo você", Chloe disse. "Ela tem sua energia sem fim."

"E sua curiosidade incessante, o que acho que alimenta ainda mais a reserva de energia. 'Por que o céu é azul, papai? Por que não posso ganhar um pinguim de Natal, Papai? Por que você e mamãe sempre parecem felizes quando chega a hora de me colocar na cama? E como eu entrei na barriga da mamãe?'"

Chloe arfou. "Ela nunca disse isso!"

"Ah, sim, ela disse. Duas noites atrás."

"Uau. Eu não entendo; ela tem cinco anos. Não estou pronta para ter essa conversa."

Oliver estremeceu. "Acho que nunca estarei pronto para ter essa conversa com ela, quer tenha cinco, quinze ou vinte e cinco anos." Ele olhou para o relógio. "Podemos ir agora?"

"E perder estes últimos quatro minutos de paz e tranquilidade? De jeito nenhum." Ela segurou a mão dele e descansou a cabeça em seu ombro. "Merecemos um tempo sozinhos, só você e eu."

Eles ficaram em silêncio por alguns segundos, e então Oliver respirou fundo.

"Querida, posso te perguntar uma coisa?"

Ela sorriu. "Qualquer coisa."

"Você está feliz com o rumo que nossa vida tomou?"

Ela olhou pra ele. "Você sabe que estou. Não paro de sorrir desde o Caso do Talco. Por que essa pergunta?"

Ele deu de ombros. "Não sei. Acho que estou um pouco reflexivo, com nosso sétimo aniversário chegando, e... pensei em perguntar em vez de deduzir."

"Bem, você sabe que eu te amo", ela respondeu honestamente. "...e amo o lar que construímos, e nossa pequena família é a coisa mais importante do mundo pra mim."

Ele acariciou o rosto dela ternamente e sorriu. "Eu sei. Acho que estava imaginando se você tinha algum arrependimento, ou desejava que houvesse feito algo de um jeito diferente."

Chloe refletiu por um momento. "Minha resposta é não", ela finalmente respondeu. "Porque cada decisão que fazemos nos leva em frente, e eu posso honestamente dizer que alguns dos erros que cometi - que cometemos - nos colocaram no caminho um do outro. Decisões diferentes levariam a finais diferentes, e embora eu ache que pudesse ser feliz de outras maneiras, odiaria não viver esta felicidade. Eu te amo, Oliver Queen. Você é meu mundo."

Ele sentiu o coração aquecer, e inclinou o queixo dela para cima, para um beijo. "Eu também te amo, Chloe; mais do que jamais pensei ser possível. E estou feliz. Superlativamente feliz."

Eles sorriram e seus lábios se encontraram. Era como se os tempos difíceis tivessem sido levados embora e eles fossem um jovem casal numa praia ensolarada, jurando amor pela eternidade. Não era sempre fácil; a perda do primeiro bebê havia sido um duro golpe, e os dois demoraram um tempo para se recuperar, especialmente Oliver. Mas eventualmente o amor e a paciência venceram, e quando Jade nasceu, a dor que ainda permanecia em seus corações havia sumido.

O relógio no pulso de Oliver apitou, oficialmente sinalizando o fim do tempo que tinham para ficarem sozinhos. Ele soltou os lábios dela com um suspiro feliz e sorriu. "Vamos lá."

Eles saíram do carro e se aproximaram da fazenda Kent, de mãos dadas.

***

A porta da frente da fazenda se abriu. Segundos depois, a princesinha loira apareceu correndo na direção deles, braços estendidos.

"Papai! Mamãe!" ela gritou alegre antes de se jogar nos braços do pai. "Vocês chegaram!"

"Sim, chegamos", Oliver disse, bagunçando o cabelo da filha com um sorriso. "Você se divertiu?"

"Ah, sim", ela respondeu, assentindo entusiasmada. "Eu e o tio Clark brincamos de pega-pega, esconde-esconde, e pegamos maçã para fazer um torta! E eu peguei mais maçãs que ele, e eu dirigi o trator, e quando disputamos corrida, eu venci!"

A porta da fazenda se abriu de novo e um Clark aparentemente exausto surgiu, seguido de perto por Lois, que estava balançando um garotinho no colo.

"Clark!" Oliver cumprimentou com um sorriso. "Acho que a ordem foi 'deixe-a correr até se cansar'. Por que ela ainda está acordada?"

"Não faço ideia", Clark respondeu enquanto se aproximava. "Eu fiz meu melhor, mas sua filha simplesmente não para."

"Você fez o possível, eu acho", Chloe disse, sorrindo carinhosamente enquanto Jade se aproximava para um beijo antes de voltar para o colo do pai.

Ela realmente era a Garotinha do Papai. Do momento em que havia nascido nos braços do pai, Jade criou um vínculo e nunca mudou. Chloe sorriu, seu coração repleto de amor pelo marido e pela filha. Ela mesma tendo sido também filha única, podia entender... e Oliver era um pai perfeito. Era inevitável que a filha fosse grudada nele.

"...e então eu rugi como um leão - Rooooooooar!" Jade finalizou, gritando tão alto que ela faria Canário Negro sair correndo. "Foi tão divertido!"

"Sim, ela é bem barulhenta", Lois disse quando os alcançou. "Eu não faço ideia de como esse pequenino aguentou; ele não se encolheu nenhuma vez." Ela apoiou o bebê no quadril e mexeu em seu cabelo.

"Oh, ele convive com barulho desde que nasceu, então está totalmente acostumado", Chloe respondeu. Ela sorriu e estendeu as mãos. "Vem com a mamãe, Robbie."

O bebê gorgolejou e sorriu e estendeu os braços gordinhos para Chloe. Lois o entregou a ela e ele imediatamente se agarrou à mãe, descansando a cabeça na curva de seu pescoço e colocando o dedo na boca.

"Agora, Robert Gabriel, quantas vezes eu já disse que seus dedos não são comida", ela advertiu, gentilmente afastando a mão dele da boca. O bebê sorriu e pressionou as mãos nas bochechas dela antes de lhe dar um beijo.

Chloe deu risada e acariciou o furinho no queixo dele com o dedo. Se Jade era a Garotinha do Papai, então o bebê Robbie de oito meses era definitivamente o Garotinho da Mamãe, guardando os melhores beijos e sorrisos para ela.

"Eu nem consigo começar a agradecer você e Clark por olhá-los o dia inteiro", Oliver disse.

Clark ergueu as mãos em protesto. "Não precisa agradecer; vocês sabem que amamos ficar com eles. Sempre nos divertimos muito, não é, Jade?"

"Sim!" Jade concordou entusiasmadamente. "E tio Clark, ele faz as melhores tortas, e ele tem o melhor chocolate, e o melhor doce, e eu comi assim de doce-" ela mostrou quatro dedos - "...e ele me deixou tomar refrigerante!"

"Ele deixou?" Chloe disse, olhando feio para Clark. "Bem, é bom que tio Clark esteja pronto para mais sete horas de babá até o doce parar de fazer efeito, não é?"

Clark ficou vermelho e sorriu envergonhado. "Eu não consigo dizer não para ela, Chlo. Olhe para essa carinha!"

"Eu te entendo", Oliver concordou. "Também não resisto."

"Vocês são uns bobos, não são?" Chloe brincou. Ela balançou Robbie em um braço e com o outro abraçou Clark e Lois. "Obrigada novamente. Realmente agradecemos."

Lois sorriu. "Não precisa agradecer. Robbie acabou de jantar, e também já tomou banho, então acho que ele vai dormir antes de vocês chegarem em casa."

"Fantástico."

"Eu não estou nenhum pouco cansada, Mamãe", Jade declarou. "Eu quero subir na árvore de novo!"

"Faremos isso amanhã, querida", Oliver respondeu. "Precisamos levar você e seu irmão para casa e dormir. Diga boa noite para seus tios, agora."

"Boa noite, tio Clark, boa noite, tia Lois", ela disse educadamente. "Obrigada."

***

Eles voltaram para o carro e colocaram as crianças em seus assentos. Jade falou sem parar sobre sua tarde, regalando-os com histórias enquanto Oliver e Chloe colocavam seus cintos.

"Aqui, deixe eu te ajudar", Oliver ofereceu enquanto Chloe tentava colocar o dela. Ele se inclinou e deu um rápido beijo em sua mulher.

"Tudo pronto?" ele perguntou, descansando uma mão na barriga dela. Ela assentiu. Naquele exato momento, ele sentiu um gentil movimento sob sua palma.

Ele arregalou os olhos. "Isto é...?"

Ela assentiu. "Senti os primeiros movimentos alguns dias atrás, mas queria esperar até ser percebido com mais força para podermos comemorar."

"Uau." Ele acariciou sua barriga, o coração disparado ao sentir outro chute. Ele sorriu. "De longe o melhor erro que já cometemos."

Chloe riu. "Concordo com você. Qual nosso problema com vestiários?"

"Tudo começou com aquele baile de Marguerite St. Clair, não foi?" Oliver murmurou, sorrindo com a lembrança. "Sabe, eu sempre tive a sensação que nossas aventuras no vestiário teriam consequências um dia. Foi uma surpresa, tão cedo depois de Robbie, mas eu definitivamente não estou reclamando." Ele acariciou a barriga dela novamente, seu sorriso aumentando ao ser recompensado com outro chute.

"Mamãe?" falou Jade, do banco traseiro.

"Sim, querida?"

"Por que papai está com a mãe em sua barriga?"

"Porque o bebê está dizendo oi, então seu pai está dizendo de volta."

Os olhos de Jade brilharam. "Sério? Uhu! Posso sentir, também?"

Chloe sorriu e assentiu. "Quando chegarmos em casa."

"Eu vou ser uma grande irmã", ela cantarolou alegre. Então franziu a testa. "Mas eu quero uma irmãzinha desta vez. Não dá pra brincar de vestir o Robbie, ele parece um bobo com meus chapéus."

Oliver deu risada. "Vamos fazer o seguinte... você vai com a gente quando formos tirar foto do bebê, e vamos conseguir saber se é um menino ou uma menina. Quer ir conosco?"

"Claro!"

"Ok, então; vamos te levar depois da escola." Ele acariciou a barriga de Chloe uma última vez, e lhe deu um rápido beijo. "Te amo, bella."

Ela acariciou o rosto dele e sorriu. "Também te amo. Pra sempre."

Ele foi até o assento do motorista e se sentou. Enquanto ele colocava o cinto, relembrou os últimos sete anos e se maravilhou com as mudanças em sua vida. Ele tinha uma mulher maravilhosa, sua parceira e alma gêmea. Uma linda filha; vibrante e esperta, com os olhos da mãe e seu gosto por aventura. Um maravilhoso garotinho com olhos castanhos calorosos e um furinho no queixo, como que para atender os pedidos de sua mãe, e um bebê a caminho. Ele também tinha uma empresa de sucesso, e era membro fundador de uma sociedade de heróis que levava justiça e proteção ao mundo, mas isso não era nada diante da família que tinha.

Ele, Oliver Queen, era o homem mais feliz e sortudo do mundo.

"Pensando no quê?" Chloe perguntou.

Ele sorriu. "Estava pensando na vida. Em nós, e em como nossa vida mudou."

Chloe olhou para os filhos no banco traseiro e sorriu. "Até que no demos bem, não foi?"

"Muito bem. Lembra de como todo mundo ficou surpreso quando souberam da gente?"

"Aham. Pensaram que não duraríamos, mas olha só pra gente, sete anos depois: casados e felizes, dois filhos e meio, e uma bela casa com cerca branca."

Oliver suspirou contente. "Você mudou minha vida, bella. Você é minha vida. Todos vocês."

Ele apertou a mão dela carinhosamente, e então ligou o carro.

"Papai?" Jade chamou.

"Sim, querida?"

"Por que você chama a mamãe de bella?"

Oliver olhou para sua esposa e os dois trocaram um sorriso repleto de uma vida inteira de lembranças.

"Essa, meu amor, é uma longa história..."

***

FIM

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7 comentários:

  1. Ahá! Aposto que não contavam com essa surpresa! A Babydee terminou a série e não poderia ter sido de um jeito melhor!!! :D

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  2. Aahh, que lindaaaa!!!! A Babydee é mesmo um amor, a série é simplesmente maravilhosa e teve um fim (que nem era fim haha) bem digno de toda a história que Chloe e Oliver construíram...

    O nascimento da Jade foi emocionante e uma grande alegria depois da perda do primeiro bebê (Deus, como chorei rs) e poder ter esse vislumbre dela crescida curiosa e cheia de energia me deixa com sorriso de orelha a orelha, e ainda acha que o Robbie é uma tremenda de uma agradável surpresa ainda temos mais um baby a caminho... Que a gente faz? Sorrir, suspira, sorrir enquanto suspirar e corre pra ler de novo!!

    GIL

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  3. Que surpresa deliciaaaaaa!! Confesso que nem esperava mais pelo fim dessa fic. Mas foi incrívelmente linda, emocionante e doce. Estou correndo pra ler novamente... Kkkk

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    1. Pois é, que bom que a Babydee não nos abandonou... :D

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  4. Aqui de madrugada lendo o final ( suspiro profundo) foi tudo tao romantico e deu tudo certo,
    nao poderiamos esperar menos de Chloe e Ollie.

    Juliana

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    1. Verdade, Juliana, romantismo puro e delícia de ler...

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