17.4.14

Moondance (Parte 2)

SérieIn His Sights
Resumo da Série: Série de histórias pós-Warrior.
Título: Dança Ao Luar
Resumo da história: Oliver arrasta Chloe para um fim de semana romântico.
Autorafickery
Classificação: R
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Nota: tradução sugerida pela Ciça e pela Sam.
Histórias anteriores:

Ela nunca teria descoberto aquele lugar sozinha - ela suspeitava que poucos turistas conseguiriam. Ele os tinha levado por um estreito labirinto, ruas sem placas - parecia ser a área mais residencial. Sua primeira impressão foi de um lugar caloroso e aconchegante, todas as mesas tinham uma toalha vermelha, com castiçais em cima. Uma parede abrigava uma impressionante estante de vinhos. Ollie mal tinha fechado a porta quando uma mulher com avental se jogou contra ele, abraçando-o e beijando-o e conversando em italiano apressado.

Ele deu risada e a beijou de volta, enquanto a comoção parecia ter chamado a atenção do chef da cozinha. O marido dela, talvez? Ele teve uma reação similar, abraçando-o e lhe dando tapinhas nas costas.

Ollie segurou a mão dela. "Chloe, estes são meus amigos Sofia e Stefano. São donos deste restaurante." Ele falou com eles novamente em italiano, apontando para ela, e ela ouviu seu nome, então presumiu que estava sendo apresentada. Ela sorriu e sentiu suas duas mãos sendo agarradas e apertadas, enquanto uma onda de cumprimentos animados em italiano surgiam. "Eles estão dizendo que é maravilhoso conhecer você. Eu disse a eles que é sua primeira vez em Veneza."

Ela nunca teve a oportunidade de ouvir Ollie falar italiano - a maior parte das pessoas com quem tinham interagido falava inglês. Ouvi-lo conversar tão fluentemente numa língua tão melódica era - bem, era muito sensual, com certeza era. Ela podia fazê-lo falar italiano com ela na cama qualquer dia desses. "Por favor diga a eles que estou feliz em conhecê-los."

Eles foram levados até uma mesa com grande entusiasmo. Ollie continuou conversando com Stefano, acompanhando os gestos amplos e se virando para Chloe, até dando um tapinha em seu braço em certo momento, o que deixou claro que eles seriam bem tratados naquela noite.

Era impossível não sorrir para eles. Eles eram claramente apegados a Ollie, e por extensão a ela, porque qualquer amigo de Ollie aparentemente era amigo deles.

"Aqui é um bairro residencial. Não recebem muitos turistas. Na verdade eles até que falam inglês, e entendem bem, mas são tímidos com estranhos", Ollie disse. "Assim que eles te conhecerem melhor começarão a tentar o inglês com você." Sofia lhes entregou uma garrafa de água. "Quando eu venho aqui, eu deixo Stefano servir o que quiser. Ele sabe o que está melhor no dia, e eu como o que ele manda. Tudo bem?"

"Claro."

Sofia estava de volta, desta vez com um prato de antepasto. "Sirva-se. Eu posso garantir que eles vão mandar muita comida."

Em seguida veio Stefano novamente, desta vez apresentando uma garrafa de vinho vermelho para aprovação de Ollie. Ollie assentiu e Stefano abriu a garrafa e serviu um pouco para ele experimentar. Ele girou, cheirou e provou. "Perfezione." Stefano sorriu e serviu uma taça a Chloe, então terminou de preencher a de Ollie e os deixou sozinhos.

"Acho que nunca tomamos Amarone juntos, não é?" Ela balançou a cabeça. "Este é um vinho maravilhoso. Vai, prova."

Ela girou o vinho, do jeito que Ollie a tinha ensinado. Ela gostava de vinho, mas não conhecia muito. Ollie a tinha ensinado algumas coisas nos últimos meses; ele tinha um jeito casual de compartilhar seu conhecimento sem ser sério ou exagerado. Ela ergueu o copo e cheirou, então olhou pra ele, impressionada. "Oh, uau."

"Espere até provar", ele disse. Ela levou a taça aos lábios, tomando um gole e deixando um pouco na boca antes de engolir. Ela fechou os olhos por um momento, então os abriu de novo e olhou para ele. "Oh, uau."

"Que gosto você sente?" ele perguntou, interessado.

Ela balançou a cabeça. Não tinha um vocabulário para expressar. "É como... escolher frutas frescas na floresta. É o mais próximo que consigo descrever."

"Não é uma má descrição", ele disse impressionado. "Eles deixam as uvas secarem durante alguns meses antes de colher, então a doçura e o sabor da fruta ficam realmente concentrados."

Ela tomou outro gole. "Este vinho pode ter arruinado todos os outros." Ele deu risada, então olhou na direção do balcão.

"Não olhe agora, mas acho que somos o tópico da discussão."

Depois de um momento, ela casualmente olhou na direção da porta e viu Sofia e um dos funcionários conversando alegremente, ocasionalmente olhando pra eles.

"Eles estão provavelmente pensando que sou muito diferente das outras mulheres que você traz aqui", ela disse.

Ollie olhou para ela. "Eu nunca trouxe nenhuma mulher aqui."

Ela paralisou, seus olhos arregalando. "Oh", ela disse, sua voz quase inaudível.

Ele parecia estar debatendo se deveria ou não completar. "As mulheres com as quais vim a Veneza antes tinham mais interesse em duas coisas: fazer compras com meu cartão de crédito e me fazer levá-las aos clubes e festas mais exclusivos. Eu geralmente as levava a um restaurante caro no Canal. Este aqui sempre foi MEU lugar. Eu deduzi que você ia querer uma experiência mais autêntica."

"Você estava certo. Este lugar é maravilhoso." Ela olhou para Sofia novamente. "Eles são maravilhosos."

Ele relaxou e começou a brincar com a borda de sua taça de vinho. "Eles realmente são. Eles são donos deste restaurante há vinte anos. Têm duas filhas. Uma é casada e os ajuda a administrar o lugar. A mais nova acabou de concluir o MBA em Londres. Eu na verdade fiz um empréstimo para ela abrir seu próprio restaurante lá."

Ela inclinou a cabeça e estendeu o braço sobre a mesa até a mão dele. "Isso foi realmente doce da sua parte."

Ele sorriu de volta, entrelaçando os dedos nos dela. "Na verdade foi um bom investimento. Francesca é realmente esperta, e o restaurante está indo bem."

Sofia serviu os pratos de saladas na frente deles, sorrindo ao ver suas mãos juntas. Chloe se serviu e quase gemeu de prazer. Os tomates eram muito saborosos, a mussarela tão fresca e macia que derretia na boca.

Ollie estava olhando para ela, fascinado. "Deus, eu amo te ver comendo." As expressões faciais dela enquanto comia eram similares as de quando ela estava transando. Ele não conseguia acreditar que estava ficando excitado ao vê-la comendo salada.

Ela engoliu, envergonhada e deu de ombros. "Eu gosto de comida."

Stefano continuou mandando prato depois de prato. Ela não conseguiu identificar nem metade, mas Ollie foi lhe apresentando, e era tudo delicioso. Eles finalmente foram embora depois que Sofia arrancou promessas de Ollie de voltar o mais cedo possível e ela e Stefano abraçarem e beijarem os dois.

Sua mão na dele, Ollie a conduziu pelos becos escurecidos. Ele não parecia estar com nenhuma pressa. "Você sabe o que é tão bom em Veneza? É viver a história. Durante centenas de anos, pessoas andam por estas mesmas ruas. Amantes se encontram em áreas reclusas assim. Até durante a Renascença, no Carnaval, eles andavam fantasiados, usando máscaras." Ele parou, pressionando-a contra a parede. "Mistério. Romance. Perigo. Intriga." Ele pontuou cada palavra com um breve e provocante beijo. "É meio sensual, não é?"

Ela não estava inclinada a discutir enquanto a boca dele descia por sua garganta, sua cabeça caindo para o lado para acomodá-lo. Suas mãos subiram pelos braços dele, sentindo os músculos sob a camisa. Ele empurrou os quadris contra os dela para que ela pudesse sentir sua excitação. Enquanto corria o pé pela panturrilha dele, ele subiu a mão por sua coxa, subindo sua saia, e reclamando sua boca com um beijo que não era mais breve e provocante. Ela fez um pequeno som de desejo no fundo da garganta, e ele parou, sua respiração acelerada. "Vamos ver quão rápido conseguimos chegar ao hotel", ele sussurrou. "Porque eu tenho muitos planos para esta noite, e um beco escuro não é o lugar mais confortável para a maioria deles."

*-*-*-*

Na manhã seguinte, eles dormiram até mais tarde. Ollie pediu serviço de quarto.

"Sabe", Chloe disse. "Nós não... temos que pedir serviço de quarto. Eles servem café lá embaixo toda manhã. Podemos descer."

Ele levantou a cabeça momentaneamente. "Verdade. Mas então alguns hóspedes ficariam horrorizados ao me ver lamber suco de pêssego direto dos seus seios."

A cabeça dela caiu para trás e ele voltou a sua tarefa. "Você pode... ter razão."

*-*-*-*

Ela saiu do banheiro depois do banho, segurando a bolsa. "Ollie." Sua voz tinha um tom de alerta. "Quer explicar isto?"

"É uma... bolsa? As mulheres normalmente usam para carregar coisas?"

"Sim", ela disse com fingida paciência. "Mas esta não é a bolsa que eu trouxe para Veneza."

"Oh, ei, que tal isso. Recebemos a visita da fada das bolsas ontem à noite."

"Ollie." Ela estendeu as mãos num sinal de ajude-me. "Que parte de 'sem presentes' você não entendeu?"

"Estamos num país estrangeiro. Não conta." Ela lhe deu um olhar exasperado. "O que acontece em Veneza, fica em Veneza. A não ser a bolsa, que volta para casa conosco." Ela fechou os olhos em frustração. "Chloe, vamos. Eu vi você olhando para ela naquela loja ontem."

"Eu estava admirando o artesanato", ela disse. O artesanato simples no couro amanteigado, com detalhes em prata, mas ousado. Droga, ela amou aquela bolsa. Mas ela checou o preço e custava mais do que três salários seus.

Ele suspirou. "Chloe, é sua primeira vez na Itália, sua primeira vez em Veneza, a primeira vez que viajamos juntos e eu quero que você tenha um souvenir. Um legal. E eu sei que você não quer que eu te compre nada, o que faz com que você seja o oposto de quase toda mulher que eu conheci, e paradoxalmente, isso realmente me faz querer comprar coisas para você. Só... aceite a maldita bolsa, ok? Eu quero que você a tenha. Eu quero que você pense nesta viagem toda vez que olhar pra ela."

Ela olhou para ele por um longo momento, então cuidadosamente deixou a bolsa na cama e se inclinou para beijá-lo. "Ok. E obrigada. Mas é só este presente, entendeu? Nada mais."

"Ok", ele disse. O gerente estava guardando todas as outras coisas que ele tinha comprado no dia anterior e tinha mandado para o hotel: máscaras de Carnaval, algumas gravuras e um par de aquarelas, uma tonelada de vidros decorados, incluindo lâmpadas e todo um lustre, e algumas joias, incluindo brincos de água-marinha e uma pulseira de platina. Enquanto ela conversava com os artistas, ele vinha passando o cartão de crédito, entregando seu cartão de negócios e o do gerente do hotel. Ele só tinha que mandar a encomenda para o aeroporto, e então planejar como entregar a ela depois.

Talvez ele pudesse levar para o apartamento enquanto ela estivesse fora, pendurar as artes e máscaras, e possivelmente o lustre, e ver quanto tempo demoraria para ela perceber.

Enfim. Ele pensaria em alguma coisa.

"Só para constar", ela disse suavemente. "Eu não vou precisar de nenhum souvenir para lembrar desta viagem. Quando eu tiver noventa anos e não conseguir lembrar do que tomei no café, eu ainda vou me lembrar desta viagem, vividamente, em tecnicolor." Ele a beijou novamente, puxando-a sobre ele.

*-*-*-*

Mais tarde - bem mais tarde - eles foram aos museus. No meio do caminho até o quarto, ela olhou pra ele em súplica. "Sobrecarga sensorial novamente?"

"É só que tem... muitas coisas bonitas para se olhar. Não consigo absorver tudo. Isto acaba comigo."

"Você sabe o que é bom pra isso? Sorvete."

"Você é o homem mais brilhante que eu já conheci."

*-*-*-*

"Eu acho que podemos pegar uma gôndola para ir jantar hoje, se estiver tudo bem com você", ele disse. "Vai ser na hora certa. O sol estará se pondo."

Ela tinha aquele olhar sonhador novamente. "Não seria ruim." Ele deu risada. "Onde vamos comer?"

Ele deu de ombros. "Só um outro lugar que eu conheço. Eu pensei em te levar a um lugar mais elegante."

"Tenho certeza que qualquer lugar que você escolha vai ser ótimo", ela disse hesitantemente. "Mas... eu não me importaria de voltar até Sofia e Stefano. Não posso imaginar uma comida melhor que a deles."

"Sério?" ele disse, satisfeito. "Tudo bem pra mim. E isso vai deixá-los felizes."

*-*-*-*

Ela se sentiu como uma estrela de cinema, pegando a mão de Oliver enquanto entrava na gôndola. Eles se sentaram juntos, com o braço dele ao seu redor. O condutor começou a navegar pelo Grande Canal.

Ela já tinha navegado via táxi aquático e vaporeto, mas esta era uma experiência completamente nova. Eles estavam bem mais perto da água, então tudo parecia ainda maior. Ela podia sentir as ondas batendo contra eles, e ouvir o bater da água contra os pilares e docas ao longo da hidrovia. O começo do pôr-do-sol misturava tudo num brilho quente e rosado.

Eventualmente eles entraram num caminho mais calmo. Não estavam conversando muito, envolvidos pelo ritmo do navegar da gôndola. Ollie acariciava gentilmente seu braço.

Ela podia ver a lagoa  se abrindo a frente. A gôndola tinha diminuído o ritmo consideravelmente. Ela não tinha certeza, mas achava que estavam atrás de São Marcos. Ollie a puxou um pouco mais perto.

"Está vendo lá em cima?" Ele assentiu com a cabeça para cima deles. "É a Ponte dos Suspiros. Criminosos condenados costumavam ser levados pela ponte até o Palácio dos Doges e a prisão. Eles olhavam pelas janelas e suspiravam, porque era a última visão que teriam da amada Veneza antes de serem presos." Ele olhou para ela. "Sabe, existe uma lenda local que diz que amantes que se beijam sob a ponte ao pôr-do-sol viverão em amor eterno."

A gôndola continuou deslizando, agora indo em direção a ponte.

Ele gentilmente tirou o cabelo do rosto dela e olhou dentro de seus olhos. "Eu deixo que você decida, Chloe. Você decide se vamos nos beijar ou não."

O quê? Tudo apertou-- sua garganta, seu peito, seu estômago. "Ollie", ela protestou fracamente. Isto era... algum tipo de teste? Ela não podia acreditar que ele estivesse fazendo isso com ela.

Ele continuou olhando para ela. "Você decide, Chloe." De repente ela sentiu lágrimas querendo cair, mas lutou contra. Por que ele estava fazendo isso?

Parecia que o mundo inteiro tinha silenciado, esperando por sua reposta: Ollie, o condutor; até o pôr-do-sol parecia estar prendendo a respiração. Ela engoliu com dificuldade.

Ela respirou fundo, tentando soar leve, mas ouviu o tremor em sua voz. "Bem, é só uma lenda, certo?" Ela se inclinou, mal tocando os lábios nos dele.

Ele imediatamente aprofundou o beijo, as mãos se emaranhando em seu cabelo enquanto a puxava mais perto. Ela respondeu instintivamente, beijando-o de volta com uma convicção que superou a postura dela, fazendo-a fechar os olhos, suas próprias mãos segurando o rosto dele. Ela esqueceu até da existência do condutor.

Eles finalmente se separaram, respirando pesadamente, olhando dentro dos olhos um do outro. Ela podia ver que Ollie estava satisfeito de ter a resposta para a pergunta que não fez.

O condutor silenciosamente recomeçou o trajeto. Ela desviou o olhar, trêmula, seu coração disparado, tentando processar o que tinha acontecido, e o que significava.

*-*-*-*

Quando chegaram ao restaurante, Ollie conseguiu passar pela porta antes de ser notado. Um dos funcionários da noite anterior o cumprimentou entusiasmado, mas menos físico que Sofia, dando a Ollie uma urgente explicação numa mistura de italiano e inglês. Chloe conseguiu entender que Sofia e Stefano tinham tirado a noite de folga, e que eles ficariam desapontados por não estarem ali. No entanto, era claro pelo jeito que eles foram levados até a mesa - a mesma da noite anterior - que o serviço seria tão atencioso quanto. Ollie se virou para Chloe. "Você entendeu o que foi dito?"

"Sofia e Stefano não estão aqui hoje", ela disse. "Isso vai nos ensinar a sermos espontâneos."

"Meus olhos estão me enganando? Este é Oliver Queen?" perguntou uma voz penetrante da frente do restaurante. Eles viram uma bela morena, mais ou menos da idade de Ollie e bem grávida, saindo da cozinha. Pela semelhança com a família, Chloe deduziu que deveria ser a filha mais velha.

Ollie deu um enorme sorriso. "Teresa!" Ele se levantou. "Filha de Sofia e Stefano", ele explicou desnecessariamente a Chloe. "Volto logo. Não se mova, eu estou indo até você", ele riu para Tereza.

Ele a abraçou do jeito que foi possível sob as circunstâncias e deu um passo pra trás. "Então. Isto é novidade", ele disse, indicando sua barriga.

Ela olhou para ele. "Sério? Porque parece velho pra mim. Esta criança não nasce nunca. É tão teimoso quanto o pai." Ela olhou ao redor, baixando a voz. "Ah. Aquela deve ser a namorada. Mama me ligou de manhã para falar sobre os lindos bebês loiros que vocês vão fazer juntos."

Ele se encolheu. "Eu adoraria se você não falasse isso pra ela. É meio que um assunto embaraçoso. Ela... não está muito confortável com planos a longo tempo. Ou rótulos."

Ela olhou para ele, deliciando-se. "Não me diga que o famoso playboy internacional Oliver Queen finalmente conheceu uma mulher que não quer arrastá-lo para o altar!"

"Ela nem quer que eu compre coisas para ela ou a chame de namorada, então... sim, basicamente", Ollie admitiu.

"Oh, eu já gosto dessa garota. Apresente-me", ela disse, dando-lhe um tapinha no braço.

"Chloe? Esta é Teresa, filha de Sofia e Stefano, a que ajuda na administração."

Chloe sorriu calorosamente para ela. "É um prazer conhecê-la. Eu conheci seus pais ontem. São adoráveis."

"Eles falaram bastante de você", disse Teresa. "Agora que você é uma amiga, sinta-se à vontade para voltar aqui quando quiser. Com ou sem este aqui", ela disse, assentindo a cabeça na direção de Ollie.

"Ei", ele protestou. "Estou bem aqui."

Teresa cuidou deles a noite toda, parando na mesa com frequência para conversar ou brincar com eles. Chloe gostou de ver o clima de irmãos entre ela e Ollie; eles pareciam se divertir em provocar e insultar um ao outro, mas no fundo havia uma grande afeição.

Enquanto se preparavam para sair, Teresa abraçou Chloe. "Você deve voltar logo. Estou falando sério."

Ela beijou Ollie e o abraçou, sussurrando em seu ouvido. "Não estrague as coisas com essa, Oliver."

*-*-*-*

Eles caminharam de mãos dadas pela Praça. Parecia completamente diferente da noite anterior, com algumas pessoas conversando ao invés de toneladas de turistas. Ela podia ouvir música tocando ao fundo, ficando mais clara enquanto se aproximavam das cafeterias do Canal. Alguns casais estavam sentados nas mesas, desfrutando da música e de um café ou vinho após o jantar.

Enquanto se aproximavam, ela viu um quarteto tocando uma música que reconheceu como 'Stardust'. Ollie parou, segurando o braço dela, então a girou e a puxou contra ele. "Ollie. O que você está fazendo?"

"Eu estou dançando com você", ele disse, um sorriso no rosto.

Ela olhou ao redor. "Ninguém está dançando."

O sorriso dele aumentou. "Então?" Um braço ao redor da cintura dela, o outro segurando a mão dela numa pose de baile, ele a conduziu pela praça. "Há um luar... e música... e uma bela parceira. Além do mais", ele disse, como se isso encerrasse o argumento, "você está usando um vestido rodado."

Ela se olhou. Ela de fato estava usando um vestido de verão com um corpete e uma saia rodada.

Ele a puxou contra ele e a beijou suavemente. "Vamos, Chloe", ele sussurrou, olhando dentro de seus olhos. "Dance comigo."

Ela podia sentir a tensão, o frio no estômago de volta. Uma tensão boa, do tipo assustador. Do tipo que ameaçava fazer todas as emoções explodirem.

Maldição, Ollie, ela pensou. Pára de tentar fazer eu me apaixonar por você. O próximo pensamento, indesejado mas inevitável, absolutamente se recusava a ser suprimido: Porque eu acho que já é tarde demais.

Ela se lembrou do beijo mais cedo naquela noite, sob a Ponte dos Suspiros. E o beijo do lado de fora do restaurante na noite anterior. E no que aconteceu no alto da Ponte de Rialto. Todas essas lembranças em sua cabeça, todas as lembranças dela e Ollie em Veneza.

Ela estava na mais bela cidade do mundo, dançando ao luar com um homem tão doce e bravo e bonito que ele podia ser a personificação do Príncipe Encantado; e por alguns minutos, ela decidiu se permitir. Ela se permitiu se perder do racional, do cinismo, da precaução e medo; enquanto ele a girava ao redor e então a levava de volta pra ele, ela se permitiu acreditar, só por um pouco mais, que eles realmente poderiam ter um final feliz.

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PRÓXIMA HISTÓRIA: Taking A Meeting

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10 comentários:

  1. Pessoal, a história seguinte a essa já foi postada aqui no blog, o link está no finalzinho do capítulo. Divirtam-se e Boa Páscoa a todos!

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  2. Ain gente o Ollie n existe mesmo como pode ser tão perfeito?! Chloe amiga desiste vc ja rodou haha obrigada pela atualização meninas e que delicia ja ter a continuação Feliz Páscoa pra todo mundo :D
    Ah e ja quero mais hahahaha
    Beijooo
    Jami .-.

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    1. A Chloe não tem chance! Mais em breve, Jami!!!!!! Beijokas.

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  3. Suspirei durante a história toda... *_*
    Lindos demais esses dois! Esse beijos deles embaixo da ponte, ai ai...
    <3

    Feliz páscoa, galera!

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    Respostas
    1. Uh, depois vem Taking a Meeting! Recomendo que leiam junto do ventilador, com um gelinho por perto, ui ui ui!
      ;P

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    2. Ah, o beijo embaixo da ponte, romântico até... e Taking A Meeting, sim, água gelada, gente! É hot até não querer mais, rs...

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  4. Maria Luiza18 abril, 2014

    Muito gelo para Taking A Meeting... História super hot.

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  5. Deus! Só suspiros... sem a necessidade de passar pela ponte, basta a penas os encantos de Oliver Queen!! *-*

    GIL

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