8.4.14

As You Wish

SérieIn His Sights
Resumo da Série: Série de histórias pós-Warrior.
Título: Como Você Desejar
Resumo da história: Ele gostava de burlar a regra de 'sem presentes' sempre que possível, mas desta vez ele tinha realmente exagerado. 
Autorafickery
Classificação: PG-13
Episódios: Persuasion e Escape.
Nota: tradução sugerida pela Ciça e pela Sam.
Histórias anteriores:
In His Sights
Negotiation (parte 1) (parte 2)



Ele gostava de burlar a regra de 'sem-presentes' sempre que possível, mas ele tinha realmente exagerado desta vez. 

Ele sorriu enquanto examinava a caixa de documentos que tinha sido enviada pra ele naquela tarde.

Enquanto folheava pesados manuais técnicos, ele se perguntou quanto tempo levaria para ela perceber que cada presente que ele já tinha dado a ela, grande ou pequeno, era um jeito seu de dizer 'como você desejar'.

Ela tinha entendido a referência é claro: foi ela quem o fez assistir A Princesa Prometida pra começo de conversa. Eles revezaram na escolha dos filmes para suas semi-regulares noites de filmes, e na maior parte eles procuravam escolher filmes que os dois gostassem, mas de vez em quando entravam numa disputa pra ver quem provocava mais o outro. No round em andamento, ele tinha escalado Porky's II: A Vingança e ela tinha retaliado com Amigas para Sempre antes de eles concordarem com uma trégua. Claro, de vez em quando eles acabavam perdendo metade do que estavam assistindo, ou porque estavam se pegando ou porque adormeciam nos braços um do outro, exaustos, mas era o princípio da coisa. Se ele se lembrava corretamente, A Princesa Prometida tinha sido a resposta dela para Apocalipse Now.

Ele nunca admitiria, mas ele provavelmente se divertia mais deixando-a escolher um filme de garotas e então enchia o saco dela a noite inteira de que tinha acabado de assistir algo que queria, e acirrava a disputa escolhendo algum filme de garoto que sabia que ela odiaria.

Ele acabou gostando do filme, para sua surpresa. Era um bonito e simples conto de fadas que conseguia ser ao mesmo tempo sério e bobo, mas o garoto era legal, alguns diálogos divertidos, e ele desenvolveu um certo sentimento de auto-reconhecimento no protagonista Westley: um cara sem família que sai para provar a si mesmo e vingar a morte de seu pai, por meio de sua coragem e habilidade com uma arma tradicional; e com quem ele acabou compartilhando uma certa fraqueza por loiras determinadas que aparentemente eram alérgicas às palavras 'Eu te amo'.

Westley tinha feito um bom trabalho para resolver este problema no filme. Sempre que ela lhe pedia para fazer alguma coisa, ele respondia, 'Como Você Desejar." Demorou a ela um tempo para perceber que o que ele realmente queria dizer era 'eu te amo'. Bastardo esperto.

Oliver tinha quebrado a regra 'sem flores, sem presentes' muito, muito cedo no relacionamento deles, graças a chegada do Dia dos Namorados e sua infeliz necessidade de estar fora da cidade a negócios na época. Mesmo que ela fosse muito teimosa em admitir ainda que eles estavam de fato EM um relacionamento, de jeito nenhum ele ia deixar esse dia passar em branco. Anos depois ele queria que ela tivesse algo para contar aos filhos deles sobre o primeiro Dia dos Namorados juntos.

Ele seguiu as informações online e soube no minuto em que elas tinham sido entregues. Então ele se recostou e esperou pelo inevitável telefonema. Veio muito depois do que ele esperava - ela deveria estar ocupada. 

"Ei, Chloe. Feliz Dia dos Namorados", ele disse casualmente.

"Feliz Dia dos Namorados, Oliver", ela respondeu ironicamente. "Parece que eu estou olhando para duas dúzias de violações do nosso acordo mútuo."

"Você deve estar falando das flores que eu mandei."

"Sim, Oliver. Eu estou me referindo ao arranjo gigante de rosas vermelhas atualmente abrigado entre os monitores da Watchtower."

"Sério? Você não acha que elas ficariam melhor na..."

"OLLIE."

"Acho que você está um pouco equivocada. As flores não têm nada a ver com nosso... arranjo." A incredulidade dela era palpável, mesmo pelo telefone.

"E como isso é possível, exatamente?" ela perguntou.

"Chloe, você sabe que o Dia dos Namorados não é somente sobre celebrar o amor romântico, certo? Em muitas culturas este dia é sobre celebrar a amizade também." Ele jurou que podia de fato ouvi-la erguendo a sobrancelha. "Eu te disse que você era minha melhor amiga em Metrópolis. Você é minha melhor amiga mulher, ponto final. Estamos passando muito tempo juntos nos últimos meses. Eu posso te garantir que você deveria estar recebendo flores minhas este ano inteiro quer estejamos dormindo juntos ou não." Isso era verdade, pelo menos. "Se faz você se sentir melhor, eu também mandei flores para minha assistente executiva de 11 anos, que tem 52 anos e está felizmente casada pela metade da vida. Eu não estou, definitivamente não estou envolvido romanticamente com ela. Mas eu gosto de mandar flores pra ela no Dia dos Namorados para que ela saiba o quanto eu a aprecio." Também verdade.

Houve uma pausa. "Você manda enormes buquês de rosas vermelhas para sua assistente executiva casada?" ela perguntou incrédula.

Oops. Hora de bancar o bobão. "Flores vermelhas é o que se manda no Dia dos Namorados, certo?" ele disse, fingindo estar em dúvida. "Quer dizer, é a tradição, não é?" Ele não tinha certeza se ela estava engolindo essa besteira. Era difícil saber a reação dela sem ver seu rosto.

Do outro lado da linha, Chloe estava mordendo o lábio. Ela não tinha certeza se acreditava nessa besteira. Mas se fosse honesta, era um protesto simbólico, porque era esperado, porque ele só podia estar fazendo algo tão ultrajante assim tão cedo para testá-la e os limites que ela tinha estabelecido.

Ela nunca, jamais foi a garota que recebia o grande buquê no Dia dos Namorados. Quando ela estava no Planeta, ela via as sortudas gritarem com as entregas e orgulhosamente exibir as flores em suas mesas, e ela exclamaria sua admiração, escondendo sua inveja. Jimmy foi o único homem com quem esteve que poderia ser remotamente inclinado a mandar flores, e de jeito nenhum ele mandaria algo assim. 

A verdade era, olhar para as flores a fazia brilhar; a fazia se sentir... especial, valorizada.

"Ok então", ela disse. "Desculpe. Obrigada. Elas são realmente bonitas."

YES. Ele fez uma comemoração mental. "Então. Me conta o que você andou fazendo hoje."

"Sabe", ela disse cautelosamente. "Hoje foi um dia realmente... estranho. Eu vou te contar quando você voltar. Por que você não me conta como está sendo sua viagem?"

Eles conversaram por um tempo, até ele finalmente dizer, relutante. "Eu deveria ir pra cama. Eu tenho uma reunião amanhã bem cedo, e quanto mais rápido eu terminar aqui, mais rápido eu posso voltar pra casa." ...pra você, ele conseguiu não acrescentar. "Feliz Dia nos Namorados, Chloe", ele disse suavemente.

"Feliz Dia dos Namorados, Ollie", ela sussurrou.

*_*_*_*

Equipar completamente a Watchtower foi a próxima coisa em sua lista, e foi mais fácil explicar porque podia justificar seus excessos dizendo que era em benefício do time. Ele alegremente comprou cada computador e equipamento com os recursos que ela tinha de fato pedido, podia usar ou poderia desejar, cada software e cada acessório; e instalou um programa de segurança que era uma obra de arte, porque ela passava muito tempo ali sozinha e ele queria que ela ficasse a salvo. Ele comprou a ela um laptop completo para que ela pudesse trabalhar de casa se necessário, e um smartphone com saldo ilimitado e planos de voz para que ela nunca ficasse fora de alcance. Ela questionou o netbook, mas ele racionalizou que ela não podia carregar o laptop para todos os lugares e nem o melhor smartphone podia fazer tudo que um computador podia. Ele pediu câmeras digitais minúsculas com capacidade de vídeo. Quando os iPods, iPads e Kindles começaram a chegar, ela o confrontou.

"Ollie, que diabos isso tem a ver com as operações da Liga?"

Ele deu de ombros. "Eu não sei, eu deduzi que você ou Victor podiam usá-los para armazenar downloads ou fazer uploads durante as missões. Pense fora caixa. Não é esse tipo de coisa que vocês técnicos fazem?" Ela olhou pra ele desconfiada, mas eventualmente deixou pra lá.

Ela tinha de fato falado com ele há um tempo atrás sobre comprar mais sofás e uma mesa de janar - aparentemente Courtney tinha dito algo sobre sua Watchtower não ser muito confortável para o time confraternizar - e ele disse a ela que compraria o que ela quisesse. Ele garantiu que a cozinha estivesse sempre estocada com alguns lanches não perecíveis e que ela tivesse contas abertas nos locais que entregavam comida. Ele e Bart garantiram que ela sempre tivesse estoque do melhor café fresco e expresso de todo lugar do mundo, e ele comprou uma cafeteira profissional que produzia todo tipo de variação da bebida, do expresso aos lattes aos americanos, ao toque de um botão. Quando ela protestou, ele a relembrou que ela não era a úncia que gostava de café: ele, Dinah e Victor todos gostavam de um bom capuccino de vez em quando. 

*_*_*_*

Ele começou a comprar lingeries logo depois das flores, contrapondo as objeções dela com a garantia de que elas não eram presentes pra ela tanto quanto eram pra ele. Ela vestia os adornos de boa vontade, mas pontualmente os deixava sobre a cama quando saía de manhã. Ele os jogava na máquina de lavar e guardava em uma gaveta no seu quarto. Em algumas ocasiões ela passava a noite e as usava na pressa de ir embora. Quando ela tentava devolver à gaveta depois, ela descobria que ele tinha trocado por peças novas e idênticas. Ela tinha recebido a mensagem e relutantemente manteve as cópias.

*_*_*_*

Sobre a colher, na pousada - ele honestamente não sabia o que estava pensando. Ele tinha deixado o sermão de Clark ativar seu botão do pânico, porque se tinha uma coisa no mundo que ele não queria, era que Chloe pensasse que ele não a valorizava. Infelizmente o sinal de um presente embrulhado ativou o botão do pânico dela e ela saiu pela floresta, com resultados desastrosos. Eles tinham resolvido as coisas depois, mas ele ficou tanto nervoso quanto embaraçado ao vê-la manusear a caixa ainda embrulhada como se contivesse material radioativo. Depois da conversa ele tentou pegar a caixa de volta - com uma colher, pelo amor de Deus, que movimento idiota - mas ela se recusou a devolver. 

Um mês ou dois depois ele estava deitado na cama dela no Talon, um raro momento já que Lois estava fora da cidade. Ela tinha descido para pegar café e ele não resistiu em dar uma olhada na gaveta dela pra saber se 'sua' lingerie ainda estava ali. Seus dedos encontraram algo que não era seda ou renda e ele empurrou as peças de lado para encontrar um pequeno tesouro que parecia ser uma caixa de objetos sentimentais. Uma tiara adornada, provavelmente de seu baile de formatura; o diploma do colégio; a plaquinha do Planeta com seu nome; algumas fotos antigas de sua mãe e... sua colher, ainda dentro da caixa.

Ela tinha exigido saber porque ele estava sorrindo tão cedo de manhã quando ela voltou com o café. "Você", ele disse verdadeiramente. "Você me faz sorrir."

*_*_*_*

Ele tinha comprado pra ela um satélite. Ele realmente esperava que ela gostasse, porque isso seria difícil de superar. Ele deduziu que poderia apenas comprar um ilha pra superar esse. Brevemente ele se divertiu pensando nas possibilidades de uma Chloelândia: claro que haveria carrinhos de café em cada esquina, e grandes bibliotecas e livrarias, e cada pedaço teria wi-fi. Espera, isso soava com um lugar que já existia... talvez Seattle? Não, ele decidiu. Chloelândia tinha que ser um lugar quente para que ela não tivesse que vestir muitas roupas. Definitivamente Seattle não, então.

Claro, ele queria comprar pra ela um diferente tipo de satélite. Mas não podia encontrar um jeito de literalmente dar a lua a ela, então isso ia ter que servir.

Ele mal podia esperar para ver a cara dela quando ele lhe desse. Ele se perguntou se ela entenderia quando ele o fizesse que ele estava metaforicamente em um joelho, oferecendo a ela seu reino inteiro -- tudo que ele tinha e tudo que ele era -- se ela o aceitaria. Como você desejar.

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PRÓXIMA HISTÓRIA: Cold Front

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13 comentários:

  1. Pessoal, atentem para o fato de que as próximas três histórias que são sequência desta: Cold Front, Warming Trends 1 e Warming Trends 2 já foram postadas anteriormente aqui no blog como oneshots. Então vocês já têm os links ao final para relembrar. Desfrutem! :D

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  2. Impossível resistir ao Oliver!!! Cercando a Chloe sem abrir o jogo, comendo pelas bordas' [adoro essa expressão!]... Fazendo de tudo para desarmar a Chloe e mostrar que gosta dela sem ser óbvio *_*

    Ain, vou re-re-re-reler Cold Front e Waming Trends... ;D

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    1. Cold Front e Warming são super-mega-quentes... Adoro!!!! Que bom que gostou, Ciça, continue acompanhando com a gente e obrigada pela sugestão que reforçou nosso antigo desejo de traduzir a série. Beijitos!

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  3. Chloelândia? Café, livraria, wi-fi... Posso ir também Oliver? kkk
    Vou reler as sequências :-)

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    1. Todo mundo deveria ter seu momento Chloe não é? Imagina que delícia... Releia as sequências com um copo d'água, é bem hot... Beijos.

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  4. Gente eu quero um Ollie pra mim como faz? Kk
    Coisa mais fofo ela ja todo apaixonada e Chloe sem duvida tbm né?! E que feliz que pq ja vou ler a continuação mais uma vez e muito feliz e ja quero maaaais continuação da continuação lkkk
    Beijooooo
    Jami

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    1. Ah, Jami, se eu soubesse a resposta, rs... Opa, logo tem a continuação da continuação, kkk... Beijos, Jami.

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  5. Kkkkkk tbm ri muito do Oliver viajando nessa historia de Chloelândia
    Jami

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  6. Aaah! Que doce!!
    É um encanto a forma como o Oliver foi quebrando regra por regra, derrubando todos os muros que a Chloe foi construindo ao redor de si...

    E ele tem razão, a cara da Chloe quando ele diz que ela tem um satélite é impagável! =DD

    GIL

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    1. Oliver é gênio, né, GIL? E a Chloe nem conseguiu perceber, rs...

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  7. Mais, gente!
    QUEM RESISTE AO OLLIE?
    Como
    Pode um homem desses?!?!?
    Eu já to mortinha aos pés dele! Haha
    Amando essa fic!

    Aline

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    1. Pois é, Aline, quem resiste a esse homem? Impossível!!!!

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