21.4.14

The Way Things Are Supposed To Be (Parte 1)

SérieIn His Sights
Resumo da Série: Série de histórias pós-Warrior.
Resumo da história: Quando Lois tem que cuidar de uma Chloe devastada após o desaparecimento de Oliver, ela descobre que tem um monte de coisas que não sabia sobre o trabalho e os amigos de sua prima.
Autorafickery
Classificação: PG-13
Spoilers: Salvation
Nota: tradução sugerida pela Ciça e pela Sam.

Histórias anteriores:


Oliver estava desaparecido há quatro semanas, cinco dias e duas horas. Mas quem estava contando?

Lois olhou para Chloe, sentada no sofá da sala. Chloe está, com certeza.

Ela estava olhando para a TV, sem realmente assistir, ignorando o copo de chá de camomila que Lois tinha colocado em sua frente. Lois a estava mantendo longe da cafeína, desejando que isso a ajudasse a dormir. Até o momento não parecia estar ajudando muito, mas ela tinha que tentar alguma coisa, não tinha?

Chloe tinha perdido peso - peso que ela não tinha que perder para começo de conversa. Ela estava com as bochechas mais magras e pálidas, olheiras. Os ossos proeminentes em sua clavícula faziam-na parecer mais frágil que o normal. Mas essa não era a pior parte.

A pior parte - a parte que mais assustava Lois -- era como ela parecia desconectada; mental e emocionalmente. Ela passava pelos dias, movendo-se como uma assombração. Havia provavelmente algum termo médico específico, encontrado em algum livro grosso, para alguém que estivesse a apenas dois passos de estar catatônica, e ela provavelmente não seria capaz de pronunciar mesmo que soubesse, mas apostava que haveria uma foto de Chloe ao lado da definição.

Ela não se lembrava de vê-la assim tão mal desde que Jimmy morreu. Ela queria jogar a cabeça para trás e gritar aos céus, a inconcebível injustiça de tudo. Primeiro ela perde a mãe, então o marido, agora ela perde Ollie? Ela é a pessoa mais altruísta do mundo. Em que universo isso era razoável?

Ela tinha até ido atrás do médico pessoal de Oliver, Doutor Alto-Moreno-Bonito-e-Nerd, Emil alguma coisa, pedindo para ele dar uma olhada nela. Ele pareceu conhecer Chloe muito bem - e ficou obviamente preocupado com ela, o que Lois achou bom - e passou algum tempo conversando com ela e fazendo um rápido exame, checando seus sinais vitais, movendo uma caneta brilhante na frente dos seus olhos. Depois ele puxou Lois de lado para conversar com ela em particular.

"Ela não está exatamente saudável, o que eu imagino que você já soubesse, ou eu não estaria aqui, mas não tem nada que justifique hospitalizá-la, e mesmo que pudesse, não tenho certeza se seria o melhor. Você já está fazendo tudo certo - passando tempo com ela, falando com ela, garantindo que ela coma e tome banho e durma. Você pode não achar que está fazendo diferença, mas tenho certeza que está ajudando-a." Ele colocou uma mão em seu ombro. "Eu sei que deve ser difícil para você. Sei que os amigos... os outros amigos de Chloe... estariam dispostos a cuidar dela um pouco para te dar um descanso. Eu volto dentro de alguns dias."

Os outros amigos de Chloe. Ele falava da Liga.

Primeiro ela não sabia o que pensar desses tais amigos - amigos sobre os quais ela não sabia nada - e que começaram a aparecer o tempo todo, querendo falar com Chloe e confortá-la, perguntado a Lois o que poderiam fazer para ajudar. Mas gradualmente ela passou a conhecer todos eles.

Victor era tranquilo, tinha um humor seco e uma perspectiva um pouco cínica da qual ela gostava. J'onn era um pouco mais velho, um ex-policial. Ele exalava um ar competente, e tinha uma maneira docemente paternal em relação a Chloe, o que fez Lois querer se apoiar nele também. Chloe relaxava um pouco sempre que um deles estava por perto.

Ela ficou surpresa em ver AC - com quem tinha namorado no colégio por uns cinco minutos - aparecer, tímido mas imperturbável ao oferecer ajuda. Quando no mundo ele e Chloe tinham se tornado amigos? O garoto, Bart, era hiperativo e provavelmente o mais ansioso em relação a Chloe, o que apertava seu coração. Não era muito difícil ver que ele tinha meio que uma queda por ela.

Ela não sabia bem o que pensar de Carter, um cara mais velho, barbudo e sua adolescente - protegida? - aparentemente não sua filha - Courtney, uma doce loira de dezesseis anos que relembrava Lois das cheerleaders que ela conheceu no colégio. Chloe tinha se juntado a elas e nunca contou? Novamente, no entanto, Chloe parecia confortada pela presença deles, o que significava que eles tinham o coração de Lois.

O mais difícil foi se convencer sobre Dinah Lance, de todas as pessoas. Dinah Lance, com quem passara os últimos anos trocando farpas sempre que estavam perto. Ela ainda não sabia quando - ou como, ou porque - ela tinha se tornado tão grande amiga de Chloe. Ela tinha uma vaga lembrança de que Dinah tinha apoiado Chloe durante o enterro de Jimmy, mas era estranho não conseguir lembrar de mais detalhes. Depois de observá-las interagir, no entanto, ela tinha que admitir que ela realmente parecia se importar com sua prima. Ela passava horas conversando suavemente com ela, segurando sua mão, e sempre perguntando a Lois como ela estava. Qualquer pessoa que se importasse tanto com Chloe não poderia ser COMPLETAMENTE má.

Foi quando eles coletivamente começaram a pressionar Lois a deixar Chloe voltar ao trabalho que ela começou a desconfiar. Essas pessoas eram loucas? Chloe parecia com alguém que pudesse voltar ao trabalho agora? Ela nem conseguia se vestir sozinha sem a ajuda de Lois, pelo amor-de-Deus.

Alguns dias depois, Victor, Carter e Courtney foram até o apartamento. "Eu preciso te mostrar uma coisa", disse Victor. "Está tudo bem. Carter e Courtney ficarão com ela." Ela estava relutante em deixar Chloe, mas os três insistiram. Ele dirigiu com ela até o centro de Metrópolis e a levou para um dos mais altos prédios da cidade. Não havia nenhuma placa que indicasse a quem pertencia o prédio ou qual era seu propósito. Parada no elevador, uma luz vertical brilhou no olho de Victor e uma voz computadorizada declarou que 'Ciborgue' tinha permissão de acesso. "Controle manual de segurança, visitante autorizado", respondeu Victor, acrescentando um complicado código alfanumérico.

"Controle manual aceito. Acesso garantido", disse o computador. O elevador começou a ascender.

"Que... que diabos está acontecendo?" perguntou Lois, já assustada.

"Eu vou te mostrar", disse Victor. Ele a conduziu para fora do elevador e abriu um jogo de portas duplas. "Bem-vinda a Watchtower."

Ela ficou boquiaberta enquanto olhava os arredores, virando o pescoço e se virando enquanto adentrava o espaço. A enorme sala tinha dois andares, iluminada não só por luzes artificiais, mas também pela luz do sol que entrava pelos múltiplos vitrais. Havia monitores por todo lugar. E não estavam sozinhos: de um lado estava o resto dos amigos de Chloe, esperando. Todos usando uniformes similares em estilo e espírito, se não em cor, ao de Arqueiro Verde que Oliver usava.

"Tivemos uma reunião ontem à noite. E decidimos que precisamos te contar algumas coisas sobre Chloe, e com o que ela trabalha", disse Victor.

E eles procederam em contá-la. Sobre suas outras identidades, e a de Chloe, e o que ela fazia para eles, diariamente. (E novamente a injustiça. Naquele cruel e deturpado universo em que Dinah Lance tinha super poderes quando ela, Lois Lane, não tinha? Inacreditável.)

(Quer mais? AC - AC?! - era um super poderoso combatente do crime? Ela só tinha que aceitar de agora em diante que qualquer pessoa que conhecia era uma super herói secreto até que provasse o contrário?)

Lois estava estupefata, mas de certa forma não completamente surpresa. Chloe tinha sempre sido tão esperta, tão determinada, tão compassiva. Não era nenhuma surpresa que ela tenha conseguido abandonar o jornalismo, seu sonho da vida inteira, sem olhar para trás quando esta oportunidade apareceu. Ela tinha obviamente encontrado seu verdadeiro chamado. O que ela fazia era muito maior, muito, muito mais importante do que uma manchete de jornal. O papel que ela e Ollie preenchiam no time era óbvio pelo jeito que eles se reorganizaram em sua ausência; ainda funcionando, mas com a distinta falta de Ollie e Chloe.

E de repente o relacionamento deles fazia mais sentido para ela. Não era a parceria entre duas pessoas quaisquer. Eles compartilhavam uma missão e um objetivo comum. Eles eram um time. Só por um momento ela sentiu uma ponta de arrependimento por não ter conseguido ser essa pessoa - essa parceira - para Oliver.

Eles a persuadiram a levar Chloe no dia seguinte. Ainda estavam procurando por Oliver, mas precisavam da ajuda de Chloe e talvez voltar ao trabalho a ajudasse também. Relutante, ela concordou em tentar. Ela explicou a Chloe o que estavam fazendo e onde estavam indo. Chloe concordou, mas não se incomodou em perguntar como Lois sabia sobre a Watchtower - lugar ou a pessoa - permitindo-se apenas conduzir até lá.

A transformação quando ela entrou no elevador foi óbvia - sem mencionar perturbadora. Quando o computador a escaneou e recepcionou a 'Watchtower' ela se endireitou e pareceu mais viva do que há semanas. Ela atravessou as portas duplas com propósito e imediatamente foi até o monitor e o teclado, começando a correr programas e buscas. Ela deu ordens a todos do time, que foram saindo sozinhos ou em duplas para seguir as pistas que ela lhes dava.

Por quase oito horas, Lois observou sua prima dirigir um time de super heróis pelo globo. Ela ficou presa na cozinha, fez chá, pediu comida, levou água, garantiu que Chloe parasse para ir ao banheiro, mas além do isso, ela apenas andou, olhando os vários monitores, e observou a ação. Dizer que ela estava impressionada era o mínimo.

Ela finalmente a arrastou para fora dali no começo da noite. Ela acreditou no time que o trabalho seria terapêutico, tinha testemunhado com os próprios olhos. Elas desceram pelo elevador, caminharam até o carro de Lois, voltaram para Smallville, e quanto mais longe ficava da Watchtower, mais Chloe... se distanciava, ficando menos responsiva, voltando ao estado automático das últimas semanas. Ver a regressão vez o coração de Lois doer.

Na manhã seguinte elas fizeram de novo, foram até Metrópolis. Novamente Chloe começou a voltar à vida no elevador. Ela funcionou bem o dia todo, seus dedos voando pelos teclados, correndo tantos programas e telas ao mesmo tempo que deixou Lois zonza, mesmo com as piadas pelo comunicador. À noite, deixando Metrópolis, quanto mais se afastavam do prédio, mais Chloe se desligava. Era - como era a frase que ela estava procurando? - insanamente assustador, como se ela tivesse uma estranha relação simbiótica com o maldito prédio ou algo assim.

Em seu coração, ela sabia que não era, no entanto. Era só que... na Watchtower ela tinha um propósito, um objetivo - encontrar Oliver. Essa era a função principal da equipe naquele momento.

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PRÓXIMA HISTÓRIA: The Way Things Are Supposed To Be (Parte 2)

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9 comentários:

  1. Ai gente que triste essa fic alguém tras o Ollie de volta pfv :((((
    Tadinha da Chloe quero mais logo que o Ollie de volta! Kk
    Beijo
    Jami

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  2. NOSSA... essa fic me deixou com o coraçao apertado
    onde será q estar o oliver ?
    tadinha da chloe tomara que ele volte logo
    #muitavontadedechorar

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    1. Oi, Emilia, esse momento da história é logo depois de Oliver ser sequestrado naquela estação de satélite do último episódio da nona temporada... E nossa, também fiquei com o coração partido, coitada da Chloe.

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    2. Este começo é bem triste, né, meninas? Mas aguentem firme...

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  3. Acho espetacular o POV da Lois, porque mesmo sem saber do lado Watchtower da Chloe, ela tem a sensibilidade de perceber que havia algo a mais no estado da prima que não era somente o desaparecimento do Oliver...

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    1. Nossa, Ciça, verdade. Devo confessar que não sou muito fã dos momentos Chlo-Lo nas fics, mas esta história em particular é lindo de ler...

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  4. Bastante interessante perceber como as consequências do desaparecimento do Oliver afetaram a Chloe, assim como sua ligação com a Watchtower tudo pela percepção da Lois, gostei muito... sério, fiquei encantada com esse texto!

    GIL

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    1. Legal, GIL, é isso mesmo... essa história meio que quebra o clima da série, né? E não tivemos a oportunidade de acompanhar o sofrimento da Chloe e como o Ollie se recuperou do trauma sofrido, então... muito bom poder acompanhar, não é?

      23 abril, 2014

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