21.2.14

Chasing Illusions (8/15)

TítuloPerseguindo Ilusões
Resumo: Esta fic segue os acontecimentos até Fortune e começa dez anos no futuro.
Autoraschloeas e dl_greenarrow
Classificação: R
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Por volta das dez da manhã seguinte, Laura se sentou, assustada quando houve uma batida na porta de seu quarto de hotel. Ela tinha chegado ali pouco depois das onze da noite anterior e depois de um longo banho dormiu até as oito daquela manhã. Ela tinha acabado de pedir o café, mas não esperava que tivesse chegado tão rápido e embora estivesse esperando a batida na porta, ainda se assustou.

Ela ainda estava de pijama, mas não se importou em se trocar, ela não tinha planos de ir a qualquer lugar até que o médico ligasse, pois não queria correr o risco de perder o controle e acabar sendo presa por bater em alguém.

Respirando fundo, ela foi até a porta e a abriu, olhos arregalando quando viu que não era o serviço de quarto.

"Oi", Oliver disse, sua expressão incerta enquanto olhava pra ela.

"Oh", ela disse refletindo por um momento antes de dar um passo para o lado. "Oi, eu não esperava que fosse você."

"Tudo bem eu ter vindo?" Ele estava com as mãos nos bolsos da jaqueta.

Assentindo, ela abriu espaço para ele entrar, já tinha parado de achar que ele a machucaria.

Ele lhe ofereceu um pequeno sorriso e entrou. "Gostou do quarto? Está confortável aqui?" ele perguntou, olhando ao redor e voltando pra ela mais uma vez.

"Sim, está ótimo", ela disse. "Lois sugeriu este hotel, ela disse que você é dono?"

Oliver assentiu. "Como você está se sentindo hoje?" ele perguntou preocupado.

"Ok", ela disse, olhando pra ele. "E você?"

"Estou bem", ele garantiu, dando um passo hesitante na direção dela e apontando para sua cabeça. "Você uh-- você teve uma concussão?"

"Não", ela disse e mexeu o ombro devagar. "E o ombro também está melhor."

Ele expirou aliviado. "Bom", ele sussurrou, mais relaxado.

"Obrigada", Laura disse, engolindo seco enquanto o observava. "Por tudo que você está fazendo."

Ele assentiu. "Não precisa agradecer."

"Você quer, hm, se sentar?" Ela ofereceu. "Eu pedi café há uns dez minutos."

Oliver hesitou um momento, então assentiu, sentando-se na mesinha de café que havia no canto. "Você ficou à vontade com Lois?"

Ela se sentou na frente dele. "Sim, ela parece legal."

Ele sorriu, fechando as mãos sobre a mesa. "Que bom."

"Você, hm, você conversou com o Dr. Hamilton?" Ela perguntou, não queria que ele pensasse que ela estava exigindo informações, mas estava curiosa sobre os resultados dos exames.

"Não, hoje ainda não", ele disse. "Ele vai ligar assim que tiver os resultados."

"Quanto tempo você acha que vai demorar?" Ela disse, colocando as mãos na mesa também e juntando-as, tentando aliviar um pouco da ansiedade.

Oliver cobriu as mãos dela com uma sua, um senso de deja vu tomando conta dele. "Eu acho que os resultados devem chegar a qualquer momento. Ele deve já estar analisando", ele assegurou.

Ela engoliu seco e olhou para suas mãos, hesitando antes de passar os dedos ao redor dos dele. Ela não podia negar a conexão que sentia com o homem em sua frente, não sabia ser era porque deveria estar casada com ele ou porque ele a estava ajudando tanto quanto estava, mas segurar a mão dele definitivamente providenciava algum conforto. "Você acha que ele vai encontrar um jeito de reverter isso?"

Ele tentou ignorar a esperança que sentiu se espalhar dentro dele quando ela passou os dedos ao redor dos seus. "Se alguém consegue, é Emil." Ele pensou novamente na sugestão de Lois de levar Chloe para a fortaleza, mas francamente não confiava no pai de gelo do alienígena para fazer nada para Chloe. Não depois de ele ter apagado as memórias dela uma vez.

Laura assentiu e expirou, ela não queria ficar muito esperançosa também, mas se Oliver confiava no trabalho do médico como parecia, ela deveria confiar também.

"Tem mais alguma coisa que eu posso fazer por você? Alguma coisa que você precisa?" ele perguntou, olhando pra ela.

Depois de refletir sobre a pergunta por um momento, ela balançou a cabeça levemente. "Não, eu só não quero sair daqui a não ser que seja para ver o médico."

A expressão dele se suavizou. "Tudo bem. Você não tem que fazer nada que não queira", ele assegurou. "E se você quiser alguma coisa que não esteja no serviço de quarto, não hesite em me avisar." Ele correu os polegares nas costas da mão dela sem pensar. Uma das coisas que mais sentia falta era segurar a mão dela. Por mais bobo que parecesse, ele sempre gostou de segurar a mão dela porque era tranquilizador e íntimo. A mão dela era bem menor que a dele, mas sempre se encaixava perfeitamente.

Ela assentiu levemente, apertando os lábios. "Eu acho que vou ficar bem, mas obrigada."

Ele assentiu também, olhando para as mãos deles em silêncio.

Laura o observou em silêncio por um longo momento, seu peito apertado ao olhar no rosto dele. "Isto deve ser bem difícil pra você."

Ele olhou pra ela. "Você está viva. Não existem palavras suficientes para expressar minha gratidão ao universo."

Ela sentiu as lágrimas nos olhos e segurou as mãos dele com mais força sem nem pensar. "Mas eu não... não sou a Chloe."

Oliver estendeu a outra mão, que tinha a aliança, e cobriu as dela. "Eu não tenho nenhuma expectativa", ele sussurrou. "Você pode não ter as memórias dela agora, e talvez... eu não sei, talvez você nunca tenha. Mas você estar viva significa mais do que você jamais poderá imaginar."

Ela acenou levemente com a cabeça, sua visão borrada, se sentindo uma telespectadora mais do que tudo, como se estivessem lhe contando uma história de partir o coração e não havia nada que ela pudesse fazer para aliviá-lo. Engolindo seco, ela puxou uma mão da dele e tocou o anel. "Você vem usando a aliança esse tempo todo?"

Ele sentiu o ar ficar preso na garganta, olhando para a aliança também. "Eu nunca tirei", ele admitiu.

"Eu espero", ela fungou baixinho, "que você consiga trazê-la de volta", ela disse, olhando pra ele. Isso significava que ela não existia mais e isso era mais do que um pouco assustador e confuso, mas ela nunca deveria ter existido para começar.

O peito dele apertou e ele levou a mão até o rosto dela, gentilmente tirando uma lágrima com a polegar.

Laura olhou pra ele por um momento, então fechou os olhos, expirando tremulamente.

Ele a observou, gentilmente acariciando seu rosto, querendo poder abracá-la e garantir que tudo ia ficar bem. "Você deveria saber que... mesmo que eu não a traga de volta." Ele engoliu seco, um nó na garganta. "Eu ainda estarei aqui. Eu ainda vou fazer tudo que eu puder para te ajudar, se você quiser. Você não está sozinha."

Ela abriu os olhos, seu estômago revirando enquanto assentia, observando-o. "Obrigada", ela murmurou, sem saber o que mais dizer.

"De nada", ele murmurou de volta, relutante em tirar a mão do rosto dela.

Laura respirou fundo para se acalmar e enxugou o rosto, assentindo um pouco quando houve uma batida na porta.

Oliver olhou incerto até se lembrar que ela tinha pedido café. Ele apertou as mãos dela, então se levantou, indo abrir a porta. Ele sorriu, pegando o carrinho, agradecendo e então voltando até a mesa.

Ela se levantou também, mas ele foi mais rápido. "Obrigada", ela disse, já que ela tinha comido apenas dois donuts no dia anterior, estava mais do que faminta, então voltou a se sentar. "Eu tenho certeza que tem bastante se você quiser comer."

Ele sorriu, balançando um pouco a cabeça. "Eu já tomei café, com Casey", ele admitiu. "Mas obrigado."

"Como ela está?" Ela perguntou.

"Ela está bem", ele respondeu baixinho. Ele não ia contar sobre a briga que tiveram porque não queria que ela se culpasse.

"Ela está na escola?" Ela perguntou enquanto se servia de café, acrescentando leite e açúcar.

Ele assentiu. "Sim. Ela está no segundo ano", ele disse.

Laura assentiu. "E você disse que ela é muito esperta, certo?" Ela perguntou, afastando o prato de panquecas e pegando uma torrada ao invés.

"Muito", ele concordou, as sobrancelhas erguidas por ela ter afastado as panquecas. "Você não gosta de panqueca?"

Ela fez uma cara e balançou um pouco a cabeça. "Não tinha escolha, vinha na opção que eu escolhi", ela explicou. "Elas me deixam enjoada."

Oliver foi pego de surpresa com a resposta. "Oh."

Ela parou a caminho de morder a torrada, os olhos um pouco arregalados. "Chloe... gostava?"

Ele olhou para as panquecas. "Nós uh-- costumávamos fazê-las bastante. Bem. Eu as fazia e ela assistia", ele sussurrou.

"Oh", ela arfou, piscando algumas vezes. "Eu achei que talvez eu fosse alérgica ou algo assim..." ela disse, franzindo a testa.

Ele tentou sorrir, mas não conseguiu. "Não, definitivamente não", ele disse, seu peito apertado. Ele de repente sentiu como se estivesse sufocando. "Eu preciso ir para o escritório, mas, uh... eu te ligo assim que tiver alguma novidade de Emil, ok? E se você precisar de alguma coisa, não hesite em me ligar."

Laura percebeu a mudança, mas assentiu. "Sim, eu ligo. Obrigada", ela disse mais uma vez.

Ele apertou a mão dela antes de ir para a porta, sentindo como se tivesse perdido todo o ar. Quem quer que tenha reprogramado Chloe para acreditar que ela era outra pessoa, tinha feito um bom trabalho, fazendo-a odiar coisas tão simples como comidas que ela amava.

Ele saiu, estremecendo involuntariamente enquanto se recostava contra a parede.

Chloe tinha ido embora.

E de repente ele não tinha tanta certeza de que podia fazer alguma coisa para trazê-la de volta.

Nunca mais.

***

Laura mal teve a chance de terminar sua torrada quando houve outra batida na porta. Ela franziu a testa, Oliver tinha saído há menos de cinco minutos então ela supôs que talvez ele tivesse esquecido de dizer alguma coisa e tinha decidido voltar ao invés de ligar, então ela foi até a porta e abriu, parando em seguida. O homem do lado de fora definitivamente não era Oliver.

"Olá." Ele cumprimentou.

Ela olhou pra ele desconfiada. "Posso ajudar?" Ela perguntou.

O homem deu risada e assentiu, estendendo a mão e tocando sua têmpora. "Você sempre pode."

Ela arregalou os olhos por um segundo e então sentiu sua mente ficar em branco e em paz, tanto que não se importou quando ele a empurrou de volta para dentro do quarto e a seguiu, trancando a porta e sorrindo pra ela. "Vamos começar."

***

Casey saiu do prédio da escola, sua mochila arrastando no chão enquanto procurava pelo carro do pai. Ela não o viu em lugar nenhum e ele tinha prometido buscá-la hoje e ficar um tempo com ela, já que tinha quebrado a promessa no dia anterior. Ela franziu a testa, seus ombros caindo enquanto via os outros pais pegarem seus colegas e amigos, e nenhum sinal de seu pai.

Novidade. Suspirando, ela foi até um banco na calçada e se sentou.

O coração de Chloe estava acelerado enquanto observava a garotinha sentada sozinha, ela estava tão grande, tão crescida, mas não podia atrair atenção, ela tinha que ser cuidadosa e pegá-la em segurança antes que fosse tarde.

Assim que não havia mais tantas crianças e pais, ela se aproximou e prendeu a respiração. "Casey?" Ela murmurou, seu corpo inteiro tenso, só desejando que a menina se lembrasse dela.

Ela olhou pra cima ao som de seu nome, e arregalou os olhos. "Mãe?" ela sussurrou.

Seu peito apertou dolorosamente e seus olhos se encheram de lágrimas, mas ela sorriu. "Você lembra de mim", ela disse, olhando de volta pra ela. "Eu sei que isso deve ser confuso pra você, mas você precisa vir comigo, ok? E então eu vou explicar tudo", ela sussurrou, estendendo a mão.

"Papai disse que vinha me buscar", ela sussurrou, mesmo já levantando do banco e indo perto de Chloe.

"Eu sei", ela sussurrou, agachando-se. "Vamos encontrar com ele."

Ela jogou os braços ao redor do pescoço da mãe, abraçando-a com força e enterrando o rosto em seu cabelo loiro. "Senti sua falta."

Chloe passou os braços ao redor de Casey e a abraçou de volta, dando um beijo em sua cabeça. "Eu também senti sua falta, baby", ela sussurrou. "Sinto muito não estar por perto."

Casey tinha os olhos cheios de lágrimas. "Você não vai me deixar de novo, certo?"

"Não", ela prometeu, sem soltar a criança enquanto se levantava, ela era pesada, mas elas não tinham muito tempo e ela não queria soltar a filha. "Vamos ficar juntas, eu, você e seu pai."

"Ok", ela sussurrou, segurando-a com força.

"Eu te amo", Chloe sussurrou em seu ouvido enquanto se afastava da escola, olhando ao redor para ter certeza que não estavam sendo seguidas.

"Eu também te amo, mamãe." Casey fechou os olhos.

Ela sorriu e beijou a cabeça da garota mais uma vez, indo para o carro estacionado na esquina. "Vamos ficar bem", ela prometeu. Assim que encontrassem com Ollie no esconderijo e se livrassem de todos os seus problemas, eles poderiam voltar a ter uma vida normal.

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NOVE

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9 comentários:

  1. Agora que o negocio vai começar a ficar bom o/
    Desculpa n comentar nas ultimas postagens é que mudei de cidade e tive uma penca de coisa pra resolver e tem a facul... Ok parei tava morrendo de saudade porém estou de volta e já quero mais Sofi! Hahaha
    Beijooo
    Jami

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    1. Oi, Jami, sei bem como mudança é difícil... que bom que conseguiu um descanso... Sim, mais em breve! Beijos.

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  2. A Chloe voltou/lembrou?!! Céuuus!! Se já estava bom, agora melhorou de vez... é surpresa atrás de surpresa!
    Super ansiosa com o reencontro com Ollie... \o/

    Capítulo incrível, Sofia!

    GIL

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    1. Muitas dúvidas, né, GIL? Muitas surpresas nessa história... Mais em breve!

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  3. A gente vcs viram que lindo isso quase chorei achei tão fofo ^.^ kkk http://chlollie.livejournal.com/2348145.html#cutid1

    Jami

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    1. Já pensou que legal se estivessem a venda e pudéssemos ter um desses itens?

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    2. Ah que vontade de ter aquele certificado ali... rs... Quem dera...

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  4. Essa fic está muito legal, nossa, estava com saudades das histórias dessa dupla, são minhas preferidas. Obrigada por mais esse presente, Sofia...

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    1. Verdade, as histórias da Val e da Angie são sempre sensacionais... Que bom que está gostando, Luciana.

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