16.8.12

...Ever In Your Favor (10/11)

Título: ...Sempre A Seu Favor
Resumo: Sequência de May The Odds Be.... Esta série é baseada nos livros Jogos Vorazes, enquanto a primeira fic se manteve próxima do livro, esta vai bem mais pelo território do Universo Alternativo, mas ainda estamos usando o cenário pós-apocalíptico dos livros.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R

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Dois Meses Depois

Oliver voltou para casa depois de um longo dia de encontros e reuniões com as pessoas do Distrito 6. Depois de quase três meses de lutas, as pessoas dos vários distritos tinham se acalmado -- em grande parte por causa de seus esforços em tomar o controle da situação. Com Lex e Tess mortos, e os kandorianos fora do poder, como Chloe havia insinuado, as pessoas começaram a procurar um novo líder - e embora a maior parte do tempo ele não sentisse como se fosse a melhor pessoa para o trabalho, ele tomou a frente.

E embora fosse um trabalho difícil, não era nem de perto tão difícil quanto o trabalho que ele ainda tinha pela frente: tentar ajudar Chloe a superar a morte de Lois.

"Oi", ele disse.

Chloe desviou o olhar de algumas telas de computador que vinha observando e olhou pra ele. "Tudo parece calmo", ela disse baixinho. "Como foi?"

"Bom. Foram todos muito receptivos", ele assegurou, adentrando o quarto.

"Bom", ela repetiu, virando-se novamente para o computador. "Clark foi checar o 13", ela disse, e era o único lugar onde não tinham câmeras já que os rebeldes tinham basicamente destruído tudo depois da morte de seu líder.

Oliver assentiu levemente, parando atrás dela e descansando a mão em seus ombros. "Bom", ele murmurou.

Ela prendeu a respiração e soltou devagar. "Teve notícias do Carter?"

"Ele está no 2", ele disse a ela, gentilmente massageando seus ombros e pescoço. "E procurando comida."

Chloe tirou as mãos do teclado mas manteve os olhos nas telas. "Eu acho que não vamos vê-lo por um tempo."

"Provavelmente uma semana ou duas", ele concordou, assentindo e ficando em silêncio por um momento. "Como você está?" Sua voz ficou mais baixa.

"Ok", ela disse, olhando pra ele por sobre o ombro. "Você?"

"Feliz em estar de volta", ele admitiu baixinho.

Desviando o olhar novamente, ela assentiu um pouco e apertou os lábios. "Com sorte não teremos mais incidentes."

Ele suspirou muito suavemente, inclinando-se e dando um beijo no alto de sua cabeça. "Bart vai voltar logo pra vigiar um pouco."

"Por quê?" Ela perguntou, erguendo as sobrancelhas.

"Para podermos dar uma parada."

Franzindo levemente a testa, ela se virou pra ele.

"Só um pouquinho", ele garantiu. "Pensei que podíamos jantar e talvez dar uma volta."

"Ok", ela suspirou suavemente e olhou pra baixo. "Você sabe se ele encontrou a Dinah?"

"Ele ainda está procurando", ele admitiu, estendendo a mão e colocando o cabelo dela atrás da orelha.

Com um leve aceno de cabeça, ela o observou por um momento. "Temos que encontrá-la."

"E vamos." Pelo menos, ele esperava. Ele deixou as mãos caírem ao lado do corpo e expirou lentamente.

"Vai descansar um pouco enquanto esperamos Bart", ela disse a ele, virando-se mais uma vez para o computador.

Oliver olhou pra ela por um momento. "Eu só vou tomar um banho rápido."

"Ok", ela assentiu levemente enquanto trocava de uma câmera para outra entre as centenas que tinham. Embora não estivessem planejando usá-las contra as pessoas se decidissem se rebelar, ela queria garantir que estivessem todos em segurança no caso de algum grupo do antigo Distrito 13 ou os kandorianos decidissem atacar algum dos distritos.

Ele apertou gentilmente o ombro dela mais uma vez antes de correr a mão pelo rosto e ir para o banheiro sem falar mais nada. Ainda era estranho ter água quente de novo depois tanto tempo, mas ele estava agradecido por isso. Ele tirou a roupa rapidamente e entrou no jato quente, deixando a água escorrer por ele.

Ele sabia que era normal uma pessoa sofrer durante anos depois de perder alguém que amava; esta tinha sido sua própria experiência. Mas ele estava preocupado com Chloe. Ela e Lois eram como irmãs e ela tinha perdido todo mundo, menos Clark e Bart, que importava pra ela. Realmente não era justo.

***

Não era nenhum mistério o que Oliver estava tentando fazer. Distraí-la, fazê-la sair e voltar o normal, o mais normal que fosse possível, pelo menos, mas ela sabia que não ia funcionar. Se a invasão kandoriana, os jogos e matar Lex não tivessem sido suficientes para mudá-la, perder Lois tinha sido a última gota. A razão de tudo foi protegê-la, garantir que ela ficasse bem em casa e seguisse sua vida com Clark, mesmo uma vida miserável sob o domínio dos kandorianos, era melhor do que isso.

E toda vez que pensava nisso, ficava tão zangada, como se Zod e Lex tivessem vencido porque conseguiram levar Lois. Eles tinham lhe tirado a pessoa que ela vinha tentando proteger e ela não tinha ninguém pra culpar além de si mesma. E sabia que Clark a culpava também, mas Oliver não, por alguma razão. No mínimo, ele parecia se culpar e ela sabia quanto esforço ele estava fazendo para seguir com o plano dela.

E era por isso que ela fazia o esforço de deixá-lo tentar ajudar e se recompor o suficiente quando ele estava por perto, porque mesmo que não pudesse preencher a falta que sentia de Lois, e mesmo que ainda fosse difícil controlar suas emoções perto dele, ele ainda era a pessoa mais fácil pra ficar perto ultimamente.

Talvez fosse porque ele tinha passado por tudo com ela, porque ela sentia que de todo mundo, ele entedia tudo mesmo que ela não explicasse nada. Talvez porque ele não tivesse pedido nenhuma explicação. Mas de qualquer maneira, caminhar em silêncio pelo Capitólio, sob o sol amarelo com ele era o mais confortável que podia se sentir.

Eles caminharam por um longo tempo, pelas ruas que ainda estavam inteiras, diferentes das do Distrito 12 que ainda estavam sendo reconstruídas. Ele sabia que ia demorar um longo tempo antes dos outros distritos voltarem ao que eram antes dos kandorianos tomarem conta. Mas não havia sentido em pensar nos 'se' ou no que 'deveria ter sido'. "Está bom aqui fora", ele comentou, a voz baixa.

"Sim", ela sussurrou, olhando para o sol, o melhor que conseguia. "Está tudo calmo, nunca fica assim tão calmo em Metrópolis." Ela murmurou. Claro que eles tinham menos de um quinto da população dividida em três cidades, mas era o mais próximo de casa que podia se sentir.

Ele mordeu a parte interna da bochecha por um momento, olhando pra ela de lado, e então hesitantemente estendendo a mão, fechando o dedo mínimo ao redor do dela sem falar nada.

Ela segurou o dedo dele e respirou fundo, mas permaneceu em silêncio por um longo momento. "Deveríamos voltar", ela disse finalmente.

"Daqui a pouco", ele concordou. "Tem uma coisa que eu quero te mostrar primeiro." Ele sorriu e continuou andando, virando a esquina na rua seguinte.

Franzindo levemente a testa, ela olhou pra ele e então para a frente, estreitando os olhos para ver o que poderia ser.

"Não estamos longe", ele garantiu, levando-a pela calçada até a porta de uma pequena casa. Ele bateu levemente, esperando.

Chloe o observou por um momento, então olhou pra a porta, incerta do que esperar.

Um momento depois, a porta abriu e Victor Stone apareceu, um sorriso no rosto enquanto olhava para Chloe. "Ei."

"Victor?" Ela paralisou, olhos arregalados, ela olhou para Oliver e de volta pra ele. "Você está vivo."

"Estou", ele disse, assentindo e movendo-se para abraçá-la.

Ela o abraçou de volta, com força, enquanto fechava os olhos. "Por onde você esteve?"

"Fora de forma no Distrito 8", ele admitiu, abraçando-a de volta com força. "Pelo menos até alguns dias atrás." Ele olhou por sobre o ombro para Oliver e ergueu as sobrancelhas.

Chloe olhou para Oliver. "Você o encontrou?" ela perguntou.

Ele assentiu levemente, correndo uma mão pela nuca.

"Ollie me trouxe de volta e me recarregou, por assim dizer." Victor deu de ombros. "Acho que devo a ele ainda mais." Suas palavras eram brincalhonas.

Assentindo levemente, ela observou Oliver por um momento e então virou-se para Victor. "É bom te ver, você já viu o Bart?"

"Sim, ele passou aqui mais cedo."

"Bom", ela assentiu levemente. "Tem notícias do Arthur?" Ela perguntou, olhando para Oliver de novo.

Ele baixou o olhar, balançando um pouco a cabeça. "Não, não tenho."

"Talvez ele esteja com Dinah", ela disse, olhando pra baixo de novo.

"Talvez", Victor concordou, olhando de um para o outro.

Oliver respirou fundo e expirou devagar. "Vamos encontrá-los."

"Você deveria ir ver os computadores", ela disse a Victor, endireitando-se. "Tenho certeza que você sentiu falta deles do mesmo jeito que eu."

"Sim, eu vou com certeza", ele assegurou com um pequeno sorriso.

"Acho que te vejo depois então", ela disse, assentindo levemente.

"Definitivamente. Bom ver você", ele disse sinceramente, assentindo para Ollie antes de desaparecer de volta para dentro da casa.

Chloe olhou para a porta um momento, então virou-se para Oliver novamente. "Há quanto tempo ele está aqui?"

"Só alguns dias", ele disse.

"Fico feliz que o tenha encontrado", ela disse, "ou ele veio até você?" Todo mundo sabia onde Oliver estava agora, considerando sua posição.

"A última", ele respondeu, oferecendo-lhe um pequeno sorriso.

Assentindo, ela respirou fundo e olhou para o sol novamente.

"Ainda é difícil acreditar que está de volta, não é?" Ele olhou pra cima também.

"Sim", ela concordou. "Ainda não parece real."

Oliver apertou os lábios, hesitando um segundo, então oferecendo-lhe o braço silenciosamente.

Ela olhou pra ele por um momento, então aproximou-se tomando seu braço.

Ele sorriu um pouco, olhando pra ela enquanto começavam a voltar para a casa onde estavam ficando. "Como você está?"

"Ok", ela disse, "melhor em saber que ainda podemos encontrar pessoas vivas." Ela admitiu. Embora isso não fosse trazer Lois de volta, era bom saber que outros tinham sobrevivido.

Ele assentiu bem levemente. "Se você decidir que quer conversar sobre qualquer coisa, eu sempre terei tempo pra te ouvir", ele sussurrou.

"Eu sei", ela suspirou, "mas não tem nada pra ser dito."

"Ok", ele disse. "Só quero que você saiba que eu estou aqui."

"Eu sei", ela assentiu, puxando o braço dele mais perto. "Eu também estou, se você precisar."

Ele parou a isso, olhando pra ela por um momento. "Eu preciso", ele admitiu.

"Precisa?" Ela perguntou, prendendo a respiração, embora tenha feito a oferta, não sabia o quanto podia de fato ajudar.

Ele afastou o braço, mas só para poder se virar pra ela, estendendo as mãos e segurando os braços dela. "Sim", ele sussurrou. "Chloe, você é a única pessoa que me faz continuar."

Ela franziu a testa confusa e balançou a cabeça. "O que você quer dizer?"

Ela ainda não entendia. Ele prendeu a respiração e expirou devagar. "Eu estou dizendo que eu preciso de você em minha vida. Eu sempre precisei."

"Oliver", ela suspirou. "Eu sei que passamos por muita coisa juntos", ela disse. "E estou feliz que você ainda esteja me ajudando, mas mal nos falávamos antes."

"Eu sei. E sei que é minha culpa", ele disse. "Mas isso não faz o que eu digo ser menos verdade."

"Não é culpa sua", ela disse, "Mas é a verdade, com Lex e Davis... tudo que fizemos foi brigar."

"Você já se perguntou porque?" Ele olhou pra ela atentamente, deixando as mãos caírem dos braços dela.

"Porque não tínhamos a mesma opinião?" Ela franziu a testa, sem realmente saber o que mais dizer.

"Porque eu estava com medo de perder você", ele disse, balançando a cabeça.

"Não éramos tão próximos antes, Oliver", ela disse.

"Porque eu não permiti que fôssemos mais próximos", ele concordou.

"Não permitiu?" Ela perguntou, inclinando a cabeça levemente.

"Não. Eu queria, mas não conseguia." Ele desviou o olhar, seu peito apertando.

"Não conseguia?" Chloe franziu ainda mais testa, observando-o. "O que você está dizendo?"

"Você já estava envolvida com Jimmy", ele disse baixinho, sem olhar pra ela. "E eu não queria estragar sua vida." Havia certa ironia aí e ele expirou, correndo uma mão pelo rosto.

"Oh", embora sua lembrança de Jimmy fosse distante e parecesse ter acontecido numa outra vida, ela também ainda se culpava por aquilo.

Ele apertou os lábios por um momento, então olhou de volta pra ela, culpa o invadindo ao olhar no rosto dela. "Desculpe, eu não devia ter--" Ele balançou a cabeça. "Vamos voltar."

Balançando a cabeça, ela respirou fundo e olhou pra ele. "E depois?" Ela perguntou, fazendo um esforço para ajudá-lo a falar sobre o que ele queria. "Depois que tudo começou, você estava por perto."

"Sim. Eu estava", ele disse, olhando pra baixo por um momento, então encontrando seu olhar.

"Era você quem nos deixava as cestas", ela disse, não tinha tocado nesse assunto ainda, não pensou nisso desde os jogos. "Você sabia onde todos nós estávamos."

Ele assentiu mais uma vez, mordendo a parte interna da bochecha. "Eu praticamente vivia na floresta fora do distrito."

"Eu sei", ela disse, procurando seus olhos. "Por que não foi nos ver?"

"Bem, eu sabia o que Clark pensava de mim", ele disse. "E tinha quase certeza que você pensava o mesmo."

"Eu te devia um pedido de desculpas", ela sussurrou, prendendo a respiração. "Ainda devo."

"Esta é a última coisa que você me deve, Chloe." Seu peito apertou dolorosamente. "Se alguém aqui deve um pedido de desculpas, sou eu."

"Você estava certo sobre Davis o tempo todo, Oliver." Seu próprio peito apertou. "Talvez se eu tivesse te ouvido, nada disso estivesse acontecendo."

Ele esteve certo sobre Davis, mas balançou a cabeça e deu um passo mais perto dela. "Eu posso ter estado certo, mas o jeito que eu escolhi pra falar foi completamente errado. Eu não estava pensando direito."

"Nem eu." Ela suspirou suavemente, olhando pra ele de novo. "Mas agora eu entendo que deveria ter ouvido."

"Nós dois deveríamos", ele sussurrou. "E também Clark deveria." Ele desviou o olhar mais uma vez." Ele desviou o olhar mais uma vez, prendendo a respiração por um momento. Definitivamente havia culpa suficidente para todos, e eles se sentiam verdadeiramente culpados. Podia ver isso claramente agora.

Assentindo levemente, ela respirou fundo mas manteve o olhar nele. "Acho que isso não importa, o que está feito, está feito." E ela não podia trazer Lois ou Jimmy de volta.

Ele voltou a olhar pra ela. "Verdade", concordou baixinho. Ele hesitantemente estendeu a mão e segurou o rosto dela. "Ainda sinto muito."

Ela assentiu levemente. "Eu também."

Engolindo em seco, ele aproximou-se, puxando-a para seus braços e abraçando-a com força, descansando o queixo no alto da cabeça dela.

Ela passou os braços ao redor dele sem hesitar e escondeu o rosto contra o peito dele, fechando os olhos. Clark tinha se distanciado deles o máximo possível desde a morte de Lois,e ela não podia culpá-lo, mas não sabia onde estaria sem Oliver.

"Eu sinto muito que seja tão difícil", ele sussurrou. "Que você tenha perdido tanto." Ele fechou os olhos.

Chloe balançou a cabeça levemente e o puxou ainda mais perto. "Eu sinto muito que não tenha estado ao seu lado tanto quanto você esteve do meu", ela murmurou contra seu peito. "Eu sei o quanto você também sente falta dela."

Ele apertou os braços ao redor dela um pouco mais. Sentia falta da Lois. Sentia muita falta dela. Mas sabia que o que sentia não era nada diante da dor de Chloe. "Shh", ele murmurou. "Eu estou bem."

"Eu sinto muito", ela disse baixinho, seus olhos ardendo.

Ele estendeu a mão e gentilmente descansou a mão na nuca dela. "Ela não ia querer que você se culpasse", ele disse também baixinho.

"Eu sei", ela fungou, balançando a cabeça. "Mas não era assim que deveria ter acontecido."

"Não", ele murmurou. "As coisas raramente são do jeito que têm que ser." Ele segurou o rosto dela mais uma vez, inclinando sua cabeça para ela olhar pra ele.

"Se eu tivesse pensado em Tess", ela balançou a cabeça. "Eu poderia ter mandado Bart atrás dela."

"Chloe, você não tinha como saber se Tess tinha conseguido sobreviver quando o bombardeio começou", ele disse baixinho. "Nenhum de nós a viu no 13 quando estávamos lá. Achei que ela estivesse morta."

"Ela deveria ter estado." Ela disse num sussurro zangado enquanto desviava o olhar.

"Eu queria que ela estivesse." Ele olhou pra baixo.

Chloe respirou fundo e balançou a cabeça. "O objetivo de tudo era protegê-la."

Oliver olhou pra ela com tristeza. "Eu sei que era."

"E eu falhei." Ela suspirou suavemente, olhando pra baixo.

"Você fez tudo que podia", ele sussurrou.

"Mas não foi suficiente", ela disse a ele. "Lex ainda venceu."

E isso era culpa dele. Ele ficou em silêncio, culpa o invadindo mais uma vez. "Eu queria poder mudar as coisas", ele murmurou.

"Eu também", ela disse cansadamente, então balançou a cabeça.

Ele estendeu a mão e segurou a dela, entrelaçando seus dedos. "Vem. Vamos pra casa", ele sussurrou.

Ela segurou a mão dele e respirou fundo, então começou o caminho de volta pra casa. Eles poderiam ter pego o que sobrou do castelo de cristal de Zod, mas acharam melhor destruí-lo. Já tinham lembranças ruins suficientes.

Eles caminharam em silêncio de volta para casa, e quando chegaram, ele abriu a porta pra ela.

Ela entrou com ele, e uma vez que a porta foi fechada, ela se virou pra ele. "Eu sei que acabamos saindo do assunto", ela disse baixinho, agora que tinha conseguido se recompor. "Tinha mais alguma coisa sobre a qual você queria falar?"

Ele prendeu a respiração por um momento, então balançou um pouco a cabeça. "Não. Está tudo bem."

Assentindo levemente, ela se aproximou e passou os braços ao redor dele mais uma vez.

Desta vez, ele ficou um pouco surpreso, mas a abraçou de volta sem hesitar. "Quer saber", ele murmurou, "por que Bart e eu não ficamos de vigia esta noite, e você descansa um pouco mais?"

Assentindo levemente, ela afastou-se e olhou pra ele por um momento. "Ok", ela concordou, mais porque estava exausta, embora soubesse que jamais conseguiria descansar de verdade novamente.

Ele relaxou um pouco por ela ter aceito tão facilmente, e estendeu uma mão para tirar o cabelo do rosto dela, seus dedos roçando a pele dela levemente. "Ok."

"Obrigada." Ela sussurrou, procurando seus olhos.

Oliver inclinou-se pra frente e deu um beijo carinhoso em sua testa. "De nada."

Chloe fechou os olhos por um momento, seu peito apertado, então afastou-se, olhando pra ele um segundo antes de voltar para o corredor. "Me acorde se precisar de mim."

"Acordo", ele prometeu, observando-a sair.

Ela sabia que ele não a acordaria, mas sentiu como se devesse ao menos oferecer já que estaria apenas deitada, tentando não adormecer para evitar os pesadelos.

***

Algumas horas depois, Oliver adentrou silenciosamente o corredor, gentilmente abrindo a porta do quarto de Chloe e dando uma olhada lá dentro. Ele conseguiu vê-la deitada, de costas para a porta e hesitantemente aproximou-se da cama. "Chloe?" Sua voz quase inaudível. "Está acordada?"

Ela estava, mas não queria preocupá-lo, então não respondeu, apenas fechou os olhos e fez o melhor pra não se mexer.

Ele relaxou um pouco, expirando levemente enquanto corria uma mão pelo rosto. "Boa noite", ele murmurou. "Eu te amo." Sua voz ficou ainda mais baixa, e ele se virou pra sair do quarto novamente.

"Oliver?" Ela chamou antes que pudesse se impedir, seus olhos arregalando quando ouviu as palavras, mas ela não tinha a intenção de falar, então paralisou mais uma vez, desejando que ele não a tivesse ouvido.

Ele gelou ao som da voz dela, prendendo a respiração por um momento. "Eu te acordei?"

"Eu... não sei." Ela sussurrou, fazendo uma careta.

Ele engoliu em seco. "Desculpe", ele sussurrou de volta.

"Tudo bem." Ela se virou na direção dele, mais pra fingir que não tinha ouvido o que ele disse, "está tudo bem?"

"Sim, está tudo bem. Eu só estava... checando você", ele admitiu baixinho, perguntando-se se ela sabia que ele vinha fazendo isso todas as noites.

"Oh", ela arfou, virando a cabeça levemente pra ele.

"Você está bem?"

"Sim", ela assentiu, então sentou-se. "Você vai pra cama?"

"Sim, por algumas horas. Bart e Vic estão observando as câmeras", ele disse a ela. "Volte a dormir."

"Bart pode precisar de uma pausa", ela disse. "Eu posso levantar."

"Ele fez uma pausa mais cedo", ele garantiu. "Dormiu por quinze minutos e se reabasteceu de comida." Ele sorriu um pouco.

"Oh." Ela respirou fundo e então deu de ombros. "Ok. Acho que ele e Victor querem passar algum tempo juntos."

"Tenho certeza que eles estarão prontos pra descansar de manhã", ele disse. "E aí tomamos conta. Ok?"

"Você pode dormir", ela disse. "Pode ser que eu não consiga mais voltar a dormir."

Ele parou a isso. "Eu realmente sinto muito. Não queria te acordar."

"Tudo bem", ela disse a ele. "Dormir não é muito bom ultimamente", ela murmurou antes que pudesse se impedir.

"Pesadelos?" ele perguntou.

"Sim", ela suspirou, ele a tinha visto dormir depois dos jogos, sabia que ela os tinha. Ela tinha pesadelos desde Davis.

Ele hesitou por um momento. "Se você quiser, eu posso ficar até você adormecer. Quer dizer, se isso for ajudar de algum jeito." Ele mordeu a parte interna da bochecha.

Chloe parou e fechou os olhos. "Eu não quero que você se sinta desconfortável."

"Não estou", ele garantiu. "Quer dizer, a não ser que você esteja desconfortável."

"Não", ela apertou os lábios. Ele nunca a tinha deixado antes.

Oliver foi até a porta, fechando-a silenciosamente e então voltando para a beira da cama, sentando-se devagar. Horas atrás, ele tinha tirado os sapatos, deixando-os perto da porta para o caso de ter que ir embora rápido por alguma razão. Ele se deitou de frente pra ela.

Chloe o observou por um momento então se deitou também, de costas, mas virou a cabeça na direção dele. "Como você tem dormido?"

"Não muito bem", ele admitiu suavemente, olhando pra ela no escuro.

"Você acha que isso vai ajudar?" Ela sussurrou, observando-o.

"Acho que teremos que ver." Ele esboçou um sorriso e hesitou antes de estender a mão para segurar a dela silenciosamente.

Ela se virou completamente pra ele, segurando sua mão e assentindo levemente. Ajudou quando estavam no Capitólio, sob a vigilância de Zod. Talvez ajudasse de novo.

"Boa noite, Chloe", ele sussurrou, apertando a mão dela gentilmente e deixando seus olhos se fecharem.

"Boa noite, Oliver." Ela disse baixinho, mas manteve os olhos nele, desejando que pelo menos o ajudasse.

Dentro de momentos, ele estava adormecendo, dedos fechados ao redor dos dela.

Assim que a respiração dele estava estável há algum tempo, ela se aproximou muito cuidadosamente para não acordá-lo, passou o braço ao redor dele e puxou o braço dele mais perto, então respirou fundo e fechou os olhos. Mesmo que não conseguisse dormir de novo, podia tentar relaxar.

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6 comentários:

  1. Será que agora Chloe vai acreditar nos sentimentos de Ollie e se entregar? Espero que sim, depois de tanta tensão e sofrimento, tá na hora de um final feliz no melhor estilo Queen.

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    1. Se ela não acreditar, tem que socar, né? lol Depois de tudo isso é o mínimo que a Chloe pode fazer por nós... rs...

      Obrigada pelo comentário, Karol... :D

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  2. No capítulo anterior eu ainda estava com esperança da Lois sobreviver. Ela pelo menos estava tentando ajudar coitada, porque não acabaram com o Clark? rs
    É ainda mais triste pois torna o sacrifício da Chloe ter se voluntariado para os jogos em vão.

    Com que direito o Clark fica com raivinha? A Chloe salvou a Lois de ir para a arena, coisa que ele próprio não teria coragem de fazer. E o Oliver falou para irem atrás delas quando o Clark estava com a bunda alienígena colada na cadeira. Grande imbecil, não faz nada enquanto os outros dão o sangue literalmente e ainda quer cobrar alguma coisa. Se fuD#$ viu.

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    1. Pois é, todo mundo lá no LiveJournal tinha a mesma esperança, que de alguma forma ela não tivesse morrido de verdade, é desanimador mesmo pensar que a Chloe fez tudo por ela e a perdeu mesmo assim, dureza!!!

      O Clark consegue ser mais idiota do que em que qualquer outra fic Chlollie... Ele bateu todos os recordes aqui... Compartilho da sua revolta, Vinicius... lol

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  3. Tudinho que o Vinicius falou, assino embaixo!!
    Fala sério, né! Clark é um caso perdido...
    Também tinha umtiquinho de esperança que a Lois estivesse bem, tadinha da Chloe, fez tudo por ela e o ingrato do Kent.

    Agora espero que ouvindo da boca do próprio Oliver, que achava que ela estava dormindo, a Chloe comece a acreditar que ele a ama!!

    GIL

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    1. Se não acreditar agora merece uns belos de uns tabefes...

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