19.1.12

An Origin Story (3/23)

Resumo: Universo Alternativo onde os pais de Oliver nunca morreram.
Autora: the_bluesuede
Classificação: R
Prompt da JoyBlue: "O que aconteceria se Robert e Laura não morressem, e a razão para Oliver se tornar o Arqueiro Verde fosse porque ele tivesse ciúmes de Clark depois de descobrir sobre o 'Viajante' (sem seus pais saberem), e se ele se tornasse o Arqueiro Verde só pra se provar para os seus pais?"
Nota: 3ª lugar na categoria 'Universo Alternativo' do ChlollieAwards 2010.
Original
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An Origin Story
Capítulo 3: Sobre Resgatar Donzelas



"Será que eu tenho uma placa nas costas dizendo 'Por Favor, Ameace Minha Vida'?" Chloe perguntou irritada ao assaltante, deslizando a mão discretamente dentro da abertura da bolsa onde sua arma estava guardada.

O assaltante não gostou da atitude. Ele inclinou a pistola em alerta. "Só entrega a bolsa, senhora, e você volta pra casa inteira", ele disse.

Chloe suspirou. Eles podiam pelo menos criar falas mais originais  Ela imaginou se deveria pedir ajuda ou resolver sozinha.

Decidindo que o último era mais seguro, ela o pegou de surpresa jogando a bolsa no chão ao invés de entregar a ele. No momento em que ele se abaixou para pegar, ela chutou sua mão, fazendo-o perder a mira e apontou sua própria arma pra ele.

"Eu sugiro que você corra", ela o informou.

Mas ele tinha a arma apontada pra ela de novo. "Você não tem coragem, mocinha", ele respondeu enquanto se encaravam.

"Talvez ela não tenha, mas eu tenho", veio uma voz masculina. Chloe se surpreendeu quando uma luz verde rodeou as duas armas e as levou pelo ar, fora de alcance.

A luz estava conectada ao anel na mão de um estranho usando uma máscara. Ele usava uma roupa verde e preta com um tipo de ampulheta na frente.

"Que diabos-" o homem nem conseguiu terminar a frase antes de começar a correr. Chloe, por outro lado, olhou para o homem irritada, sua mão no quadril.

"Qual é o meu problema?" ela perguntou nervosa.

O homem ergueu uma sobrancelha, devolvendo a arma dela. "Bem, você estava andando por ruas escuras sozinha numa vizinhança ruim. O que você esperava?"

"Não essa parte. Eu quase esperava que isso fosse acontecer. Eu estou falando de você. Como é que não importa onde eu vá, pessoas como vocês parecem surgir do nada?" Ela revirou os olhos.

Ele deu um risinho. "Sabe, eu ia perguntar se você estava bem, mas por alguma razão acho que não preciso."

Chloe assentiu. "Qual é o seu nome afinal?" ela perguntou. "Homem Ampulheta?"

Ele riu dessa vez. "É Lanterna Verde."

Ela deu de ombros. "Que seja. Então, o que você é? Humano com recursos? Ou você realmente tem poderes super humanos também?"

O Lanterna Verde lhe deu um olhar divertido. "Você não ia acreditar. Qual o seu problema afinal?"

Ela deu de ombros. "Metade da minha vida foi passada com ameaças e lidando com herois", ela disse a palavra com certa ironia.

Ele ergueu uma sobrancelha. "Eu sou humano. O anel é tecnologia alienígena."

Chloe olhou pra ele, e a princípio ele ia dizer 'eu te disse', achando que ela não tinha acreditado nele, mas então ela balançou a cabeça exasperada. "Chega de aliens também", ela gemeu. Então olhou pra ele. "Você não fica aqui na cidade, certo? Só está dando uma passada?"

Ele deu um risinho. "Você parece tão ansiosa em se livrar de mim, considerando que eu vim te salvar."

Ela não pareceu impressionada. "Se eu fosse uma pessoa normal, eu agradeceria muito mais. Sem mencionar que eu tinha a situação sob controle", ela acrescentou. "Mas por alguma razão, diferente das pessoas normais, que têm todas as razões para serem agradecidas a pessoas como você, eu simplesmente acabo tendo minha vida ainda mais complicada pela sua existência."

Ele a estudou atenciosamente, tentando decidir se talvez ela não fosse um pouco maluca. "Verdade?"

Ela assentiu. "É só esperar pra ver", ela gemeu. "Vai acontecer. Sempre acontece."

"Por que você tem muita experiência com pessoas como eu?" ele disse, divertido.

Ela olhou sério pra ele. "É melhor você acreditar. Eu não consigo escapar de pessoas como você por alguma razão. Enfim, eu gostaria de ir pra casa agora." Ela estendeu a mão pra ele. "Obrigada por me salvar", ela disse como se estivesse lhe agradecendo por um par de meias. "Meu nome é Chloe Sullivan. Eu trabalho na Gazeta. Me procure quando precisar de ajuda."

Ele apertou a mão dela, incerto se ela estava falando sério ou não. "O que faz você achar que eu vou precisar da sua ajuda?"

Ela deu de ombros, sabendo que ele não estava lhe levando a sério, e ela não estava nem um pouco incomodada com isso. "Você vai. Eles sempre precisam em um momento ou outro."

Ela pensou nos homens que tinha conhecido em Smallville e Metrópolis. Com Clark acontecia sempre, mas havia outros também. Bart, Victor, AC, J'onn J'onz... e agora esse maluco com o anel brilhante. De um jeito ou de outro, eles acabavam lhe procurando para alguma coisa.

O Lanterna Verde riu genuinamente à sua resposta. "Eu vou me lembrar disso, Srta... como é mesmo seu nome?"

"Sullivan", ela respondeu secamente.

"Você precisa de um carona pra casa?" ele ofereceu, estendendo a mão.

Ela balançou a cabeça. "Eu já estou chegando. Eu grito se for atacada duas vezes na mesma noite. Eu serei a pessoa mastigando sarcasticamente a orelha do assaltante."

Ele deu risada, observando-a se afastar. "Anotado. Obrigado pela dica."

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"Eu estou te dizendo, cara. Ela estava falando sério!" Hal deu risada enquanto contava para Oliver mais tarde naquela noite, num clube da cidade.

Oliver estava rindo descontroladamente.

"Ela olhou dentro dos meus olhos e disse 'Eu sou isso e aquilo. Eu trabalho para o jornal. Me procure quando acabar precisando de mim'."

"Inacreditável. Você acha que ela estava brincando ou era louca ou o quê?"

"Cara", ele balançou a cabeça. "Acho que ela estava falando sério. E não acho que ela seja maluca. Eu te disse, ela praticamente tinha a situação sob controle. Eu só intervi para evitar que tiros fosse disparados. Pessoas malucas não ficam tão calmas em situações assim."

"Oh, não ficam?" Oliver ergueu uma sobrancelha.

"Ollie, nós não somos malucos. Somos excêntricos."

Oliver balançou a cabeça antes de tomar outra bebida. "Não, cara. Eu sou excêntrico. Você é louco."

"Por quê?"

"Você tem que ser rico pra ser excêntrico. Loucura é a excentricidade dos pobres."

Hal gargalhou antes de perceber uma ruiva tentando chamar sua atenção do outro lado do clube.

Oliver também percebeu, mas Hal lhe deu uma cotovelada. "Vi primeiro", ele disse, antes de ir em direção a garota.

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Tropeçando de bêbado, Oliver de algum jeito conseguiu voltar para sua casa mais tarde naquela noite. Ele tinha com sucesso se livrado de todas as mulheres que tinham se pendurado em seu braço naquela noite. Por mais que essa ocorrência fosse rara, ele não estava com humor.

Hal tinha ido embora com a ruiva mais cedo, e Oliver se despediu dele ali, sabendo que o amigo iria embora de Star City na manhã seguinte.

Ele gostava de Hal Jordan. Eles tinham muito em comum. Os dois sentiam necessidade de viver suas vidas sem inibições... de várias maneiras. Mas Hal era mais do que alguém para sair apenas para beber. Ele era alguém que compartilhava o desejo de Oliver de fazer diferença no mundo.

Ele invejava Hal, no entanto, e admitiria prontamente se Hal lhe perguntasse, o que jamais aconteceria. Oliver tinha crescido determinado a provar para seus pais que ele também podia ser um heroi. Quando ficou mais velho, de algum jeito ele fez a transição de provar alguma coisa para seus pais, para provar para si mesmo. Mas tudo que ele tinha era sua própria força e habilidades mortais, juntamente com alguns equipamentos legais. Hal tinha sido escolhido - por mais que Oliver não gostasse de pensar em 'vidas em outros planetas' - por guardiões extraterrestres - ou qualquer coisa assim - para ser membro de algum tipo de esquadrão policial intergalático. Hal tinha sido escolhido para manusear a mais perigosa arma do universo. Oliver tinha sido escolhido para herdar uma empresa.

Ele sabia que herdar a Queen Industries não era pouco. Nem era algo ao qual ele era mal agradecido, mas ele não podia deixar de invejar uma pessoa como Hal, que tinha recebido um chamado maior do que fazer parte do mundo dos negócios.

Por alguma razão sua mente voltou para a mulher sobre a qual Hal tinha falado naquela noite, a que disse que super herois viviam aparecendo na sua frente. Além do mais, Hal disse que ela era linda. Uma loirinha dura na queda. Isso o fez lembrar da mulher que tinha conhecido naquele dia, no escritório de seu pai. Parecia uma boa descrição, embora não tivesse conversado muito com ela, ainda.

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Na manhã seguinte, Chloe estava se sentindo particularmente perturbada no trabalho. Ela estava atrasada. Tinha planejado escrever o artigo sobre a entrevista assim que chegasse em casa, mas depois de ser forçada a andar até em casa, ser assaltada e descobrir que não importa o quanto corresse, jamais escaparia dos super herois, acabou ficando muito exausta para escrever. Então, estava escrevendo naquela manhã, exceto quando foi interrompida por Jeremy e Annette, a colunista social.

Jeremy a tinha surpreendido com um copo de café, ao que ela ficaria eternamente grata, porque seu copo usual não tinha sido suficiente.

"Precisa de um fotógrafo hoje, Srta. Sullivan?" ele perguntou animado, tirando uma foto dela por diversão.

Chloe sorriu simpaticamente. "Eu te aviso, mas acho que não. Não hoje, pelo menos."

Ele deu de ombros, sem se abalar. "Tudo bem. Amanhã então."

Ela sorriu e o observou sair.

A interrupção de Annette demorou mais. Chloe gostava de Annette, no geral, e tinha feito amizade com ela rapidamente depois de entrar na Gazeta. Annete era baixinha, tinha cabelos castanhos, exageradamente animada, olhos verdes redondos, e um sorriso enorme. No momento em que Annette chegou foi direto para a mesa de Chloe.

"Então, você o conheceu?" ela perguntou animadamente.

"Quem? Robert Queen?"

Ela balançou a cabeça. "Claro que não! Oliver Queen."

Chloe sorriu, se lembrando do encontro com o homem.

Vendo o olhar no rosto de Chloe, Annette gritou. "Oh meu Deus, você conheceu!"

Chloe deu de ombros. "Eu o vi rapidamente."

"Como ele é?" Annette pressionou.

Chloe ergueu uma sobrancelha. "Eu não sei. Um descarado? Ele estava tentando jogar o charme dele em cima da secretária do pai para deixá-lo entrar no escritório do homem."

Annette deu uma risadinha. "Inacreditável. Você sabe que ele é o solteiro mais desejado da cidade? É possível morrer por ele."

Chloe olhou divertida. "Ele é? Como alguém pode querer tão pouco, eu me pergunto?"

"Foi você quem o viu", Annette riu. "Você me conta."

Chloe balançou a cabeça. "Deixa pra lá. Ei, eu tenho uma pergunta pra você. Qual a história por trás dos vigilantes desta cidade?"

Annette olhou animada. "Por que você está perguntando?"

"Só curiosidade", Chloe respondeu.

"Bem, eu estou surpresa por você já não saber idsso, mas acho que é porque você é nova na cidade. Star City é a casa do Arqueiro Verde."

Chloe franziu a testa. "O que Verde?"

"Arqueiro."

"Não é Lanterna?"

Annette pareceu surpresa. "Não. Embora tenham sido reportadas aparições do Lanterna Verde por aqui de vez em quando durante os anos. Mas ele nunca fica muito tempo."

Chloe franziu ainda mais a testa. "O que você acha que o traz aqui?"

Annette deu de ombros. "Como eu vou saber o que se passa atrás daquelas máscaras?"

"Então, quem é o Arqueiro Verde?" Chloe mudou a tática.

Aparentemente, Annette esperava que ela perguntasse isso. Ela se sentou na beira da mesa de Chloe e fez um esforço visível para conter a excitação. "Ele é tipo um Robin Hood. Algumas pessoas acham que ele é um bandido. Outras dizem que ele é um heroi."

"Imagino que você concorde com o último."

Annette lhe deu um olhar como se fosse doloroso ser tão óbvio. "O índice de criminalidade em Star City caiu drasticamente desde que ele apareceu, e além do mais, incontáveis pessoas declararam que ele salvou suas vidas nos últimos três anos", ela suspirou sonhadoramente, e Chloe deduziu que Annette não reclamaria de correr um pequeno risco se isso significasse ser resgatada por um vigilante mascarado.

"Então ele é algum tipo de super heroi ou ele é mais do tipo Batman?"

"Acho que é mais do tipo Batman. Ninguém jamais disse nada sobre ele ter poderes, mas ele usa um arco e flecha, e consegue acertar qualquer coisa."

"Aposto que consegue", Chloe murmurou. "Enfim, obrigada Annette, desculpe ser rude, mas eu preciso terminar esse artigo antes que George venha atrás do meu sangue."


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13 comentários:

  1. AHHHHHH DEMAIS!!!!!


    Hal pra presidente... Esta fic é muito divertida!!!! Adorando...

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  2. Muito boa, Hal e família do Oliver é bacana. Tenho estado mais quieto aqui porque o cansaço tá demais kkkkk trabalho tá puxado mas estou sempre acompanhando as fics. Obrigado, não canso de agradecer por vocês proporcionarem esses momentos de prazer ;]
    Vamo que vamo hehe

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    1. Ah, Vinicius, vc sumiu mesmo... mas eu entendo... fique tranquilo, bom saber que você continua passando por aqui... que bom que está gostando da história e nós do blog que agradecemos a companhia, o carinho e mesmo estando cansado o tempinho que você tirou para comentar... :D

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  3. Ahh, super legal, estou amando.... quero mais...

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    1. Que bom Luciana, mais daqui a pouquinho, vou começar a revisar o próximo capítulo... :D

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  4. Adorável!!!

    Juro que pensei que o Arqueiro é quem tinha salvo a Chloe, mas o Lanterna não decepcionou...

    Capítulo super divertido!!

    Aguardando por mais...

    GIL

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    1. Haha, eu também pensei, GIL, mas o Lanterna tem quase o mesmo charme, né?

      Mais já, já...

      :D

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  5. Eu também achei que fosse o arqueiro rsrs
    Até que enfim o fim de semana, estou precisando kkkk

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    1. Ah, Vinicius, nem fale, a gente que trabalha fica contando os minutos para o fim de semana né? Também fico assim, e agora é o melhor momento do fim de semana, porque ainda temos ele inteirinho pela frente... :DDD

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  6. kkkk Também penso assim Sofia, o melhor momento do fim de semana é esse, só de saber que ainda tenho dois dias de folga já fico legal rsrs

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  7. Bom o Arqueiro Verde não salvou a Chloe mais o Lanterna Verde é amigo e deu uma dica de quem é a loira esperta já é um bom começo.Dali Hal esse é o cara.

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