17.1.12

An Origin Story (2/23)

Resumo: Universo Alternativo onde os pais de Oliver nunca morreram.
Autora: the_bluesuede
Classificação: R
Prompt da JoyBlue: "O que aconteceria se Robert e Laura não morressem, e a razão para Oliver se tornar o Arqueiro Verde fosse porque ele tivesse ciúmes de Clark depois de descobrir sobre o 'Viajante' (sem seus pais saberem), e se ele se tornasse o Arqueiro Verde só pra se provar para os seus pais?"
Nota: 3ª lugar na categoria 'Universo Alternativo' do ChlollieAwards 2010.
Original
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An Origin Story
Capítulo 2: Rei Ricardo e João Pequeno


"Olá, Srta. Sullivan", Robert Queen, um homem que de muitas maneiras parecia com seu filho, se levantou para apertar a mão de Chloe educadamente. Chloe instantaneamente notou o fato de ele manter contato visual quando apertou sua mão - certamente um sinal de boa educação. Ele apertou a mão dela delicadamente, demonstrando que tratava as mulheres com cavalheirismo. Quando ele falou, pareceu genuinamente satisfeito em conhecê-la, e não como se estivesse exasperado por ter que lidar com uma repórter. O fato de ter se levantado quando ela entrou era um sinal de respeito tanto por ela como pessoa quanto mulher, e que ele não se achava superior a ponto de nem ter que se levantar quando alguém inferior a ele entrava na sala.

Resumindo, ela gostou dele instantaneamente.

"Olá, Sr. Queen. É um prazer conhecê-lo. Obrigada por nos conceder essa entrevista."

"Sem problema, Srta. Sullivan. Por favor, sente-se", ele gesticulou para uma cadeira na frente dele. "Eu aprendi há muito tempo que o jeito mais fáicl e você conversar com a imprensa antes de mais nada, assim não existe chance para os rumores começarem."

Chloe sorriu e ligou o gravador. "Falando em rumores, o que o senhor tem a dizer sobre as acusações de certos grupos de protesto de que a Queen Industries deveria se livrar da divisão de armas e outros produtos bélicos?"

O Sr. Queen sorriu. "A isso, Srta. Sullivan, eu digo que se não tivermos armas, seremos alvos fáceis. De certo modo os grupos têm razão, mas se as armas tiverem que ser contrabandeadas, apenas os bandidos as terão."

Chloe assentiu. "Interessante. E sobre os recentes rumores de que outras indústrias pelo país estão ficando baratas e relaxadas? O senhor diria que a Queen Industries também vai economizar dinheiro?"

"Embora sempre estejamos procurando os melhores custos, a integridade dos nossos produtos, em qualquer divisão, vem sempre em primeiro lugar. Particularmente com as armas, nossa primeira preocupação é a funcionalidade, a segurança na operação, e o maior avanço possível. Queremos que nossos soldados estejam armados com o melhor do melhor, se precisarem. O Pentágono sabe disso, e é por isso que eles estão negociando com a Queen Industries já há quase duas décadas."

"Como o novo contrato muda sua relação com o Pentágono?"

"Bem, vamos receber melhores fundos para os nossos projetos, particularmente nossos departamentos de pesquisa. Teremos um cliente garantido pelos próximos dez anos, e eu vou receber uma garrafa do meu conhaque preferido da Casa Branca todo Natal", ele brincou.

Chloe deu risada. "Obrigada. Então..." ela disse, mexendo em suas anotações brevemente. "Um pouco mais perto de casa: há rumores de uma potencial fusão com a LuthorCorp." Robert Queen tinha sido visto numa reunião com Lionel Luthor. A conversa aparentemente tinha sido acalorada.

Chloe observou a expressão do homem se endurecer um pouco. "A Queen Industries não tem nenhum interesse em lidar com a LuthorCorp. Em certas coisas, é claro, temos alguns entendimentos e contratos, mas uma fusão jamais foi mencionada."

"E qual foi o assunto da reunião em Metrópolis na última semana?"

Sua mandíbula travou quase imperceptivelmente. "Era uma visita pessoal. Lionel Luthor é um velho conhecido da família."

"Entendo. Obrigada. E sobre as alegações de que seu filho vai liderar a companhia num futuro próximo?"

Toda tensão desapareceu da sala novamente. "Só entre nós, Srta. Sullivan", ele sorriu. "Oliver não vai fazer nada do tipo até crescer um pouco. Oficialmente, eu espero dar a ele mais responsabilidades gradualmente pelos próximos cinco anos. Quando então começarei a pensar sobre minha aposentadoria, e se a companhia está ou não pronta para a transição."

Chloe sorriu, entendendo que a 'companhia' significava 'Oliver'. Olhando suas anotações uma última vez, ela fez sua última pergunta. "Eu sei que o senhor vai dar um baile de caridade em breve. O senhor pode me falar sobre ele?"

Ele se animou à pergunta. "Claro. A Queen Industries vai sediar um baile de caridade no dia 16 do próximo mês num esforço para arrecadar dinheiro para as vítimas dos furacões na Costa do Golfo Americana."

Ainda sorrindo, Chloe guardou o bloco de anotações. "Essas eram as perguntas que eu tinha, a não ser que tenha mais alguma coisa que o senhor queira compartilhar com o público?"

O Sr. Queen balançou a cabeça, e Chloe se levantou da cadeira. Ele se levantou em resposta e a acompanhou até a porta. "Bem, foi um prazer, Srta. Sullivan."

"Muito obrigada pelo seu tempo, Sr. Queen. Foi muito bom conhecê-lo." Chloe apertou a mão dele uma última vez antes de sair do escritório, onde se surpreendeu ao ver Oliver Queen ainda esperando.

"Eu não ouvi seu nome antes", ele disse. "E a Srta. Hart não quer me dizer sem o seu consentimento."

Chloe olhou para a mulher, que parecia incerta. "Leanne", Chloe sorriu. "Você é uma boa pessoa."

Leanne sorriu de volta e Chloe saiu deixando um Oliver Queen surpreso pra trás.

Oliver a observou sair com interesse. Ele balançou a cabeça e olhou para Leanne. "Srta. Hart, você me magoa profundamente."

Ela olhou pra ele. "Eu sei, e ainda espero receber aquele perfume no meu aniversário."

Sorrindo, Oliver assentiu. "Qualquer coisa que você quiser, agora, se você me dá licença..." ele foi para o escritório de seu pai.

Leanne olhou chocada. "Sr. Queen, eu já disse", sua voz sendo cortada com o som da porta batendo atrás dele. Olhando para a porta fechada apreensivamente, Leanne se recostou em seu assento resignada. "Ele vai acabar com a minha carreira."

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Oliver, exausto com a recusa de seu pai em lhe contar sobre o que era sua reunião com Lionel Luthor, voltou para sua cobertura. Ele ainda passava os meses de verão na Mansão Queen (se a família não estivesse viajando) para agradar sua mãe, mas no resto do ano, ele morava sozinho.

Quando a porta do elevador abriu, ele ficou tenso ao perceber uma segunda presença, mas então instantaneamente relaxou. "Hal!" ele cumprimentou alegre, apertando a mão do outro homem. "Qualquer dia desses você vai me contar como é que sempre consegue entrar aqui sem disparar os alarmes."

Hal Jordan sorriu, se jogando numa cadeira. "Talvez, se você tiver sorte, mas eu duvido."

"O que te traz à cidade?"

"Bom, primeiro, ainda estou querendo saber quando você vai fazer aquela tour pelo país comigo. A oferta ainda está de pé, cara. Vamos lá: Arqueiro Verde, Lanterna Verde. É um time esperando para acontecer."

Oliver escondeu uma careta à palavra 'time'. Ele balançou a cabeça, indo até o bar, servindo um drinque a cada um. "Você sabe como é, cara. Muitas responsabilidades me prendem a esta cidade. Eu jamais conseguiria explicar minha ausência."

Hal revirou os olhos. "Pobre bilionário."

Oliver lhe deu um olhar. "É, porque você é tão coitadinho."

Seu amigo deu um risinho inocente, aceitando a bebida que Oliver lhe oferecia.

"O que realmente te traz até aqui? Nós dois sabemos que você só vem pra cá com uma boa razão. Eu sinceramente duvido que você esteja tão cansado de ser um agente livre."

Hal tomou um gole da bebida, engolindo antes de responder. "Acho que o encontrei."

"Quem?" Oliver perguntou, sentando-se.

"O cara de quem você está sempre falando. O tal Viajante."

Oliver engasgou. Tossindo e dando um murro contra o peito. "Você encontrou o Viajante?"

"Sim, esse mesmo."

Oliver olhou incrédulo para Hal. "Você não pode estar falando sério."

"Seríssimo. Usei o fato do seu pai estar discutindo com Lionel Luthor de novo, e decidi ir para Metrópolis. Acontece que tem um cara lá bancando o heroi."

"E?" Oliver perguntou, quase incapaz de se conter. "Bem, quem é ele?"

Hal deu de ombros. "Ele é chamado de Borrão Azul e Vermelho pelo Planeta - pensa num nome absurdo - e eu tenho uma teoria sobre quem ele pode ser."

"É?"

"Eu acho que é alguém que trabalha no Planeta Diário. Isso ou na delegacia de polícia. É o único jeito dele chegar a tantas cenas do crime com rapidez."

"O que te faz achar que ele é o cara?"

"Ele é chamado de Borrão por uma razão. Se move mais rápido do que os olhos conseguem ver. Ninguém jamais conseguiu vê-lo, mas ele salvou centenas de vidas só no ano passado. Dezenas de pessoas relataram ter visto balas amassadas no chão, como se tivessem atingido algo impenetrável." Ele sorriu para Oliver. "Ou alguém com uma pele impenetrável. Eu estou achando que esse é o cara. Roupas à prova de balas não conseguem fazer isso."

Oliver estava perdido em pensamentos. Seria possível? Isso explicaria a ligação de Luthor com Metrópolis. Lionel sabia quem ele era? Talvez fosse por isso que ele e o pai de Oliver vinham brigando. Não que eles se dessem muito bem, pelo menos não desde a tentativa de sabotagem do avião. Seus pais nunca conseguiram provar nada contra Lionel, mas todos tinham suas suspeitas, e quando Swann e os Teague sumiram do mapa alguns anos atrás, eles souberam que tinha alguma coisa a ver com Lionel.

"Terra para Robin Hood."

Oliver olhou pra cima. "Desculpe. O quê?"

"Eu disse, vamos sair pela cidade, ou não?"

"Sair como?" Oliver brincou, o canto de sua boca tremendo. Com Hal só havia duas opções.

"Eu digo para patrulharmos por uma hora ou duas, então ira para alguns clubes e fazer a festa. Faz, tipo, uns seis meses desde que fizemos isso."

Oliver sorriu. "Parece ótimo pra mim."

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Chloe resmungou, desviando de uma poça de lama na calçada. "Estúpidos táxis", murmurou irritada. Não tinha conseguido fazer um parar pra ela, e seu celular estava sem bateria quando saiu do edifício Queen, assim não conseguiu que a empresa mandasse um pra ela. Então ela foi forçada a atravessar a cidade a pé. Sozinha. No escuro.

Por que ela?

Seus pés estavam lhe matando, e ela estava prestes a tirar os sapatos e andar descalça, se não estivesse tão frio e ela não tivesse medo de haver vidros quebrados no chão. A caminhada do edifício Queen até seu apartamento levaria uma hora na melhor das hipóteses.

Quase lá, ela se relembrou exaustivamente, olhando para o relógio. Já tinha se passado ao menos quarenta minutos.

"Quando eu terminar esse artigo", ela resmungou baixinho, passando por outra poça. "Eu vou escrever uma matéria acabando com a indústria de táxi."

E então, como se o universo estivesse apenas esperando seu momento perfeito de vulnerabilidade, alguém a agarrou e a empurrou para um beco, apontando uma arma pra ela.

"Passa a bolsa, linda."

Chloe revirou os olhos numa resposta automática. Por que tinha que ser sempre ela?"


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17 comentários:

  1. UHUHUHUHHUHUHU

    Uma palavra: HAL!!!!!!!!!

    EStou adorando essa história... adorando ver essa relação do Ollie com os pais... amando!!!!!

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    1. Também gosto... a princípio tive dúvida se seria legal, mas quando comecei a ler me apaixonei, que bom que você também está gostando, Fê...

      :D

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  2. Ana Beatriz18 janeiro, 2012

    Não sei se eu já disse o quanto amo esse blog, vocÊs são de uma dedicação incrível...

    Essa história está uma delícia de ler, parabéns pela escolha...

    Concordo com a Fê... Hal dá uma outra graça a história... Também estou gostando muito desse Universo Alternativo com os pais do Ollie vivos...

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    1. Obrigada, Ana...

      Que bom que gostou... é, o Hal dá outro charme à história...

      :D

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  3. Poxa, faz tempo que eu não venho aqui, porque não da mais pra copiar os textos, eu geralmente colocava no word pra ler melhor por causa da minha vista, aconteceu alguma coisa?


    Sam

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    1. Sam,

      O blogger mudou algumas coisas como por exemplo, o formulário de comentários, e ainda não tive tempo pra vasculhar tudo e descobrir como alterar algumas coisas... mas obviamente você não pode ficar sem ler as fics, mande seu email pra gente: ou direto para o email do blog: chlollie4ever@gmail.com ou pelo formulário de contato do blog para encontrarmos uma solução, ok?

      Beijos e desculpe o transtorno...

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    2. obrigada, vou mandar meu email pro chlollie4ever

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  4. Adorei adorei Adorei

    Agora fisgou Sofia hahaha
    ameiiii
    humm
    Como será a relação da chloe com os heróis ela sabe do Clark??
    Caaara tah boa mermo
    valewss

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    1. Ah, que bom, Letícia... rs... já já suas perguntas serão respondidas... :D

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  5. Ahhhhhh, completamente fisgada!!!!!

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  6. Chloe, Oliver com os pais, Hal Jordan... amando!!! Essa combinação promete...

    Edicleia

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  7. Adorei o pai do Ollie e a participação do Hal...

    Ótima escolha, Sofia... Quero mais!!

    GIL

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    1. Ah eu também adorei o Robert, você também vai gostar da Laura, são uns fofos... e o Hal é sempre muito bom, né? Que bom que gostou GIL, logo tem mais... :D

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  8. Epa donzela em perigo, hora do Arqueiro verde entrar em ação, apesar da donzela não ser tão indefesa uma ajudinha cai sempre bem e se for de um Queen é ainda melhor.

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