15.9.11

On A Silver Platter or In An Emerald Dress

Título: Numa Bandeja de Prata ou Num Vestido Esmeralda
Resumo: Enquanto levava a bebida aos lábios, ele avistou o tecido esmeralda. Chamando sua atenção como um farol. Poderia jurar que a mulher que o vestia, agarrando-se em suas curvas, sabia de sua preferência pela cor.
Autora: calie15
Classificação: R
Spoiler: Disciple.

Vestido




"Alô?" 

"Eu o encontrei."

Chloe respirou aliviada e se recostou contra o balcão do banheiro. "Ele está bem? Onde ele está?"

"Ele está bem, aparentemente."

Uma mulher saiu do banheiro forçando Chloe a sair de seu lugar em frente a pia e parar ao lado. "Isso não parece muito promissor."

"Bem, eu quis dizer, ele não está em perigo, ele-"

"Desembucha, Clark." Chloe disse impaciente.

"Eu o encontrei no Ace of Clubs, provavelmente tomou uns drinques a mais e coisas assim."

Ela gemeu em resposta e levou a mão ao rosto, esfregando as têmporas enquanto sua frustração crescia. "Bem, você não consegue tirá-lo de lá?"

"Sem fazer uma cena? Não. Ele deixou bem claro que não ia embora."

Chloe xingou em resposta. A mulher lavando as mãos saiu do banheiro, deixando Chloe sozinha. Com um suspiro ela se virou para o espelho, olhando sua roupa. Era um vestido novo. Na verdade era um vestido novo, muito caro e muito bonito. Ela franziu a testa enquanto se avaliava dos pés a cabeça. Quando Oliver estivesse sóbrio iria reembolsar o dinheiro. "Onde ele está?"

*

A música bateu alta em seus ouvidos, um som com o qual não estava mais acostumada. Fazia muito tempo desde que tinha saído, especialmente para ir a um clube. À primeira vista, não havia sinal dele, mas considerando que tinha pouquíssimo espaço pra se mover, não estava surpresa. Vagamente ela se lembrou do lugar e viu que as coisas não tinham mudado muito, então decidiu começar pelo bar. Se não o encontrasse ali, iria para as mesas, as que frequentemente eram reservadas aos clientes com mais dinheiro.

O bar acabou se revelando uma perda de tempo. Tinham lhe oferecido bebida duas vezes, no entanto, e ela educadamente recusou. No final da noite ela poderia até precisar de uma, mas preferia comprar ela mesma.

Em seguida, ela se moveu pelas paredes do clube, olhos correndo os grandes grupos de pessoas, mais concentradas nas mesas. Só quando viu uma garçonete, com duas garrafas de champanhe numa bandeja, indo em direção ao canto, foi que Chloe suspeitou onde ele estava. Ela parou em seu caminho, estreitando os olhos, e observando uma multidão se partir para a garçonete passar e revelar o homem que Chloe procurava. Antes mesmo que ela desse um passo em sua direção, ela paralisou. Um grande grupo de pessoas o rodeava, alguns homens, todos jovens, bem vestidos, arrumados. Mas a maioria mulheres, jovens, magras, voluptuosas, baixas, altas, e bonitas. Oliver em si era teimoso, mas Oliver bêbado era difícil. Chloe não era necessariamente uma pessoa tímida, mas não queria entrar numa discussão na frente de pessoas que sem dúvida olhariam pra ela imaginando quem era essa idiota tentando dar ordens em Oliver. Mas até onde sabia não tinha escolha. Se fosse só uma noite de Oliver pela cidade ela não teria se importado. Mas não era. Era Oliver afundando as mágoas com álcool, dinheiro e mulheres.

Caminhando decidida, com a ajuda de seus saltos, ela foi em sua direção. A garçonete estava abrindo a garrafa, servindo uma quantidade generosa nas taças. Oliver sorriu enquanto falava e se inclinava para a frente para colocar uma nota de cem dólares na bandeja da garçonete. Uma mulher à sua direita tinha a mão em seu ombro, tomando champanhe em sua taça cheia. Outra mulher à sua esquerda ria alto. Chloe viu a mão em sua coxa e seguiu o braço até chegar em Oliver. Ao invés de dizer alguma coisa, ela esperou. Ele demorou apenas alguns segundos para vê-la, mas ela suspeitava que não tivesse sido seu rosto que ele viu primeiro.

Oliver pegou o copo de uísque. Enquanto o levava aos lábios viu o vestido esmeralda. Atraindo-o como um farol. Ele poderia jurar que a mulher que o vestia, agarrando suas curvas, deveria saber de sua preferência pela cor. Enquanto tomava um generoso gole de seu copo ele se permitiu um silencioso momento para deixar seus olhos correrem as pernas pálidas, o suave cetim verde moldando as coxas da mulher, quadris, seios, colo. Seus olhos se demoraram ali por mais um momento no colo exposto antes de subir os olhos até o rosto dela e ele engasgou. Demorou um segundo pra se recuperar e quanto afastou o copo dos lábios, estava olhando pra ela com satisfação. "Clark te mandou?"

"Não", Chloe disse secamente. "Eu meio que me voluntariei." Ele se recostou, esticando os braços nas costas do sofá. Uma das mulheres se inclinou contra ele, colocando uma mão em seu peito e olhando para Chloe com diversão.

"Você sabe que eu não vou embora." Por um momento ele quase se sentiu mal por ela, por um momento. Então ele só esperou, dando um risinho de satisfação, querendo ver como ela ia reagir.

"Você está cometendo um erro." Ele deu de ombros, erguendo o braço e tomando outro gole.

"Então, por que a roupa?" Oliver acenou com a cabeça na direção do vestido dela, a curiosidade lhe vencendo.

"Eu estava fora." Isso era o máximo que ele ia arrancar dela. Não demorou muito tempo pra ela perceber que ele estava tentando confrontá-la e ela não ia ajudá-lo. "Olha Oliver, eu não quero discutir com você. Só estou pedindo pra você me deixar te levar pra casa. Eu não sou o Clark, não me importo com o resto."

"Bem, isso não é muito legal da sua parte? Mas eu não preciso de uma babá, e por mais que você ache que é seu trabalho me manter trancado, eu sou um homem crescido e posso me cuidar sozinho."

Chloe percebeu uma das mulheres rindo com o comentário de Oliver. Clark estava certo, não podiam forçá-lo a ir embora. Chloe só esperava que considerando que ela tinha uma relação melhor com Oliver do que Clark, ele fosse ouvi-la. Obviamente ela se enganava em algumas coisas. "Eu não estava tentando ser sua babá", ela disse honestamente e então começou a se virar.

Ela se moveu, o mínimo antes dele estender o braço e segurar sua mão. "Eu não disse pra você ir embora."

"Eu não vim pra ficar", Chloe disse firmemente, escondendo o fato das palavras dele terem mexido com alguma coisa dentro dela.

"Mas você já está aqui." Quando ela abriu a boca ele a interrompeu. "Se você estiver aqui, é menos provável que eu me meta em problemas, e eu prometo que vou embora com você." Oliver podia praticamente ver as rodas girando na cabeça dela. Ela assentiu finalmente e ele puxou a mão dela em resposta, puxando-a ao redor da mesa. "Se você não se importa, querida", Oliver disse para a garota em sua direita. "Você poderia ir um pouco mais pra lá?" Ela abriu a boca, levemente chocada, então assentiu. Para seu alívio, ela entendeu a dica e na verdade se levantou e saiu. Não lhe passou despercebido o olhar que Chloe e a mulher trocaram. Chloe jogou o corpo para o lado, deixando mais fácil que a outra mulher passasse por ela e olhou pra ele antes de ir até seu lado e sentar. Sua mente induzida pelo álcool não tinha controle sobre o caminho de seus olhos e os pensamentos nada amigáveis enquanto olhava suas pernas macias se cruzarem fazendo a barra do vestido subir levemente em sua coxa. "Então, esse vestido não é pra mim?"

Chloe desviou o olhar da multidão e olhou pra ele em dúvida sobre o que ele estava falando. Não era necessário, no entanto, a escuridão dos olhos dele falava alto. A última vez que Chloe tinha visto aquele tipo de intensidade foi quando ele a tinha resgatado do Arqueiro Negro. Ela lembrava da dor que viu no rosto dele enquanto olhava seu ferimento e o jeito que ele acariciou seu rosto gentilmente antes de sair atrás de seu antigo mentor. "Não se dê tanto crédito, eu estava num encontro." Ela acrescentou a última parte mais pela falta de outra coisa. Porque ela estava ferida pelo fato dele ter se afastado, dele nem ter percebido a atração mútua, e agora pelo fato dele estar cercado de mulheres novamente.

"Sério?" Oliver deu risada e tomou seu uísque. Queimou todo o caminho, mas pelo menos aliviou a sensação de nó em seu estômago. "E como estava indo? Contou a ele todos os seus segredos?"

Ele estava rindo. Ela sabia que era melhor não lhe dizer muita coisa. "Na verdade não estava indo nada bem. Porque ao invés de estar jantando num belo restaurante com um homem legal e atraente eu estou sentada aqui com você." Ela ergueu as sobrancelhas, esperando que ele revidasse.

"Desculpe desapontá-la", ele murmurou e tomou outro gole.

Ela queria dizer a ele que não estava desapontada, ele estava desapontando apenas a si mesmo. Mas ela não achava que isso faria algum bem e estava muito irritada com ele mesmo para aliviar sua consciência. Ao invés, ela se recostou ignorando-o e tentou relaxar. Segundos se passaram, tornaram-se minutos, antes dele falar de repente.

"Então, pra que se dar ao trabalho? Você vai entrar em outro relacionamento onde tem que esconder tudo? Quanto tempo isso vai durar?" As palavras saíram de sua boca antes que ele pudesse impedi-las, língua solta pelo álcool.

"Eu não sei, Oliver", ela se virou pra ele e olhou em seus olhos. "Talvez não haja uma razão. Mas o que eu vou fazer? Ficar sozinha pelo resto da minha vida ou esperar até o príncipe encantado aparecer com todas as repostas para os meus problemas e que por acaso ele saiba de tudo que eu faço e me apoie. Me diz onde ele está? Em quem eu posso confiar?"

Ele sentiu a culpa automaticamente, muito forte pra ser anestesiada pelo álcool. "Chloe..." E antes que pudesse se impedir, ele estava levando a mão até seu rosto, roçando o polegar na pele pálida e então seguindo a linha de seus lábios. Ela partiu os lábios levemente, hálito quente roçando seu polegar. Se ele se inclinasse para beijá-la, suspeitava que ela deixaria, e isso deixava tudo ainda mais difícil. Relutantemente, ele afastou a mão.

Chloe sentiu profundamente a perda do toque mais do que gostaria. As emoções dele pareciam estar sempre mudando. Atingindo-a como um chicote. Doía, e ela não achava que podia aguentar mais mesmo tendo dito a ele que ficaria. "Acho melhor eu ir embora." Ela se moveu para se levantar, determinada a colocar alguma distância entre eles, mesmo que fosse tão doloroso. A mão dele estava em seu cotovelo, impedindo-a de se levantar.

"Desculpe. Eu não devia ter feito aquilo."

"Eu não aguento sua repentina mudança de emoções." Mas ela se recostou no sofá mesmo assim.

"Eu gosto do vestido." Oliver deixou escapar, seus olhos o traindo novamente para apreciar seu corpo. Ele estendeu uma mão até a alça no ombro dela. Era suave entre seus dedos e ele se encontrou imaginando que sensação o resto teria em suas mãos. "Tenho certeza que você estava linda no jantar."

Parecia haver um tom de tristeza na voz dele, mas ela não podia ter certeza, não com todo o barulho ao redor. "Oliver..."

Ele ergueu a mão novamente, dessa vez a envolvendo na base de sua nuca e puxando-a gentilmente na direção dele enquanto se inclinava e pressionava seu rosto contra o dela. "Eu não sou bom em controlar minhas emoções." Ele deixou os olhos se fecharem e respirou fundo, sentindo o cheiro dela antes de roçar os lábios em sua bochecha. "E eu preferia que você estivesse usando esse vestido pra mim."

Considerando quantas vezes ele tinha tentado afastá-la, ela não queria se enganar desta vez. Mas os lábios dele eram quentes e suaves em sua bochecha, e a mão dele segurava sua nuca gentilmente, acariciando a linha de seu cabelo com o polegar. Bem quando ela estava tentando se convencer a se afastar os lábios dele se moveram sobre sua bochecha e pararam bem embaixo de seu ouvido e se pressionaram gentilmente contra sua pele. Então contra sua vontade, ela levou a mão até o rosto dele, segurando-o em sua palma, segurando-o perto dela.

Uma alta risada o trouxe de volta a realidade. A mão dela em seu rosto caiu. Oliver se afastou bruscamente e segurou sua mão. "Vamos."

"O que-?" Ele estava de repente se levantando, tirando-a do sofá e praticamente a puxando ao redor da mesa. Ele não respondeu, apenas a puxou atrás dele, sua mão segurando a dela com firmeza. O problema era que as pernas dele eram muito mais longas que as dela, e a distância entre eles estava crescendo. Chloe fez o melhor para se apertar entre a multidão e acompanhá-lo, mas a mão dele estava escapando. Ele a soltou de repente e se virou na multidão, passando o braço ao redor da cintura dela, e puxando-a para a frente. A mão dele segurando seu quadril firmemente, conduzindo-a pela multidão até alcançarem o bar.

"Eu quero fechar a conta." Oliver disse e olhou para a mulher ao se lado. Um homem se apertou atrás dela, se empurrando contra o corpo dela, e sem pensar, Oliver a puxou pela cintura na direção dele.

Chloe olhou brevemente pra trás ao som das risadas e uma mulher caindo sobre o homem parado atrás dela e quase trombando com ela. Chloe deu um passo pra frente, apertando seu corpo contra o dele. Quando ela sentiu a mão deslizar em seu quadril e descansar em sua lombar ela se virou para olhar pra ele, incapaz de falar com a repentina mudança da situação.

"Sr. Queen."

Oliver olhou para o garçom que lhe dava o recibo, seu cartão de crédito, e uma caneta. Relutantemente ele soltou Chloe e se virou para o bar, assinando rapidamente. Ele guardou o cartão no bolso da calça e passou um braço ao redor da cintura de Chloe. "Vamos."

Ela podia sentir o peito dele pressionado em suas costas enquanto a conduzia para a saída. Dez minutos atrás ela estaria aliviada por ele estar indo embora. As coisas tinham mudado rapidamente. Linhas tinham sido cruzadas e quando ele insistiu que eles fossem embora ela não pôde deixar de se sentir ansiosa por suas razões.

Quando saíram Oliver tirou a mão das costas dela. "Bom, acho que você vai dirigir."

"Isso é óbvio." Oliver mexeu em seu bolso e pegou a chave do carro. "Eu não vou deixar meu carro aqui."

"Você dirige aquele carro pequeno de mulher."

"É bom para o meio-ambiente!" Chloe respondeu levemente afrontada, se lembrando rapidamente que ele ainda era o pomposo bilionário.

"Que seja. Ninguém vai mexer no seu carro. Eu não vou deixar o meu aqui a noite inteira." Ela olhou feio pra ele, com a testa franzida.

"Tá bom." Chloe arrancou as chaves da mão dele. "Mas não fique chateado quando eu dirigir seu carro maravilhoso até minha casa."

*

"Eu realmente preciso ir pra casa", Chloe disse enquanto saía do elevador e jogava as chaves dele sobre a mesa. Ele não respondeu, ao invés, continuou andando, tirando o casaco. "Oliver."

"São só nove horas, Chloe", ele respondeu sem se virar pra ela. Parando para acender a luz e jogando o casaco sobre uma cadeira.

"E minha noite terminou." Ela deu mais alguns passos dentro do apartamento, mas não se aproximou muito. Ele continuou se afastando dela, desabotoando a camisa enquanto finalmente parava no bar. "Sério?"

"Um copo a mais não vai fazer diferença a essa altura, além do mais", Oliver pegou uma garrafa e a abriu. "Você conseguiu me fazer ir embora, não conseguiu?"

"Oliver..." Ela diminuiu a distância entre eles cuidadosamente, ainda se lembrando com clareza do que tinha acontecido mais cedo. "O que está acontecendo?"

Ele a observou por sobre o copo enquanto tomava um gole do líquido quente, olhos correndo pelo suave tecido cobrindo seu corpo. "É melhor deixar algumas coisas pra lá, você não acha?"

Ela o observou tomar um gole do copo e então voltou para o bar para se servir de outro copo. Não tinha acontecido nada de errado até agora, então isso tornava praticamente impossível ajudá-lo. Enquanto ele bebia novamente, ela suspirou em resposta. "Eu não posso te ajudar se eu não entender."

Ele deu risada suavemente, mas sem achar graça das palavras dela. "Acho que você é a última pessoa que pode me ajudar, Chloe." Ela franziu a testa, dor em seus olhos. Culpa apertando o coração dele, aumentando sua miséria.

"Então, quem pode?" Ela perguntou, determinada a ignorar seu comentário doloroso. "O quê?"

"O quê?" Ele perguntou com a sobrancelha erguida e então balançou o copo gentilmente.

"Você sabe que isso não ajuda."

"Quando se trata de ignorar o que eu sinto, funciona muito bem." E como para provar o que estava dizendo, ele tomou o resto do líquido escuro, deixando-o queimar sua garganta e aquecê-lo.

"O que você sente sobre o que, Oliver? Eu não entendo." Sua voz mantinha um tom de exasperação. Antes era tão fácil determinar qual era o problema dele, agora era uma história bem diferente.

"Você não entenderia", ele murmurou pra si mesmo e colocou o copo no balcão.

"É claro que eu não entenderia!" Ele deu um passo na direção dela, mas ela mal percebeu. "Você não fala comigo, nada de ruim aconteceu, quer dizer, o que-" A mão dele tocou seu rosto e ela parou. Ele deu outro passo, fechando a distância entre eles até seus seios roçarem contra o peito dele. "Oliver, o que--?"

Oliver abaixou a cabeça e falou suavemente em seu ouvido. "Neste momento tudo o que eu quero fazer é tocar em você." Quando ela não se mexeu, ele ergueu a outra mão até seu ombro nu e roçou o polegar sobre sua pele. Abaixando mais a cabeça ele beijou seu ombro e deslizou a mão até as costas dela. "Você sabe como é ter você aqui nesse vestido verde? Ver uma coisa que eu não posso ter?"

O hálito quente dele sobre seu pescoço, mandando arrepios por todo seu corpo. Os lábios dele deslizaram gentilmente sobre sua clavícula, cutucando a cabeça dela para o lado quando ele encontrou seu pescoço. "Oliver..." Chloe mordeu o lábio, encolhendo ao tom de súplica em sua voz. Ele enterrou a mão no cabelo dela, segurando sua cabeça enquanto voltava. Ele encontrou seu ouvido em seguida, pressionando um beijo atrás. "Você está bêbado, você não quis dizer isso." Chloe sabia que não acreditava nisso. Se acreditasse o teria empurrado.

"Eu estou bebendo porque não quero que isso signifique alguma coisa." Oliver apertou o braço ao redor dela e mordiscou sua orelha. "Eu não quero pensar em você."

O coração dela estava disparado agora, batendo forte contra o peito numa velocidade impossível. Não só os lábios dele e a sensação de sua língua em sua orelha, mas o que ele estava dizendo. Não era ela, não podia ser ela o problema. Era ridículo. De jeito nenhum Oliver Queen estava bebendo por causa dela. Ele apertou ainda mais o braço ao redor dela, puxando-a contra seu corpo, fazendo-a ficar na ponta dos pés. Chloe jogou a cabeça pra trás, olhos se fechando quando os lábios dele desceram pela coluna de sua garganta. Ela jogou os braços ao redor dos ombros dele para se equilibrar.

"Eu não quero lembrar que toda vez que eu te vejo tenho vontade de te tocar." Oliver tirou a mão de seu cabelo, desfrutando da sensação do braço dela ao redor de seu pescoço, o colocou em sua cintura. "Que eu quero correr minhas mãos por cada parte do seu corpo", ele subiu a mão em sua lateral e deixou o polegar correr ao lado de seus seios. "Sentir suas pernas ao meu redor, me enterrar dentro de você. Se você deixar." Ele deslizou a mão em suas costas, agarrando sua bunda e pressionando-a contra ele. "Eu teria você agora."

À sensação dele duro contra seu estômago ela gemeu em resposta, sentindo o calor se espalhar em seu baixo ventre, criando uma dor familiar. O jeito que ele estava falando com ela, Chloe estava começando a achar que o deixaria. Chloe jurou a si mesma que não deixaria isso acontecer e então virou a cabeça enquanto segurava o cabelo dele. Ela encontrou os lábios dele e forçou a cabeça dele pra baixo. Se ele se surpreendeu ou não, não demonstrou. Ele respondeu rapidamente, deslizando a língua entre seus lábios e a beijando profundamente com tanta necessidade e fervor que ela não se atrevia a tentar entender. O corpo dele se empurrou contra ela, forçando-a a caminhar de costas até que ela sentiu bater as costas. Ela não teve tempo para pensar enquanto ele a levantava e a sentava sobre o balcão. Ele se aproximou, preenchendo o vazio entre suas pernas, forçando o vestido dela pra cima para acomodá-lo.

Tinha sido tão fácil resistir quando ele estava convencido que ela não deixaria. Ainda assim, aqui estava ela segurando-o perto com o braço ao redor de sua nuca e as pernas levemente ao redor de sua cintura. Ela era quente e suave, seu corpo o convidando enquanto se arqueava contra ele, pressionando os seios em sua mão. Ficou ainda pior saber que ela o queria e que ainda assim ele não podia tê-la. "Eu não posso", Oliver disse enquanto afastava a boca, descendo a testa até seu ombro. Ele esperou que ela tirasse o braço de seu ombro, que seu corpo se afastasse dele, e que suas pernas o soltassem, trazendo de volta o gelo que viria. "Está tudo contra mim, e eu simplesmente não posso."

"Por que?" ela perguntou gentilmente. Normalmente ela teria se sentido ofendida pela repentina recusa, mas a dor na voz dele era evidente, e ele nem tinha tentado se afastar.

"Algumas coisas sempre terão que ser sacrificadas. Mesmo que seja uma coisa que eu quero, uma coisa que poderia me fazer feliz." Os lábios dela se pressionaram contra seu rosto num beijo gentil e então ele sentiu os dedos dela em seu cabelo, acariciando-o, as unhas correndo em seu couro cabeludo. Ele suspirou, enterrando o rosto em seu pescoço, e fechando os olhos com força quando ela colocou a outra mão em sua nuca e começou a acariciar também. "Chloe, por favor não."

"Eu sei muita coisa sobre sacrifício", ela sussurrou suavemente. "Seu encontro com o Arqueiro Negro não te ensinou nada? Você é diferente. Você não tem que viver sob aquele código. Você não tem que ser sozinho, Ollie."

Ele cerrou os punhos ao tom gentil da voz dela ao usar seu nome tão carinhosamente.

"Eu te trouxe de volta uma vez, Oliver. Eu sei como é. Você não acredita quando eu digo que não tem que ser desse jeito?" Ela o ouviu respirar fundo, fazendo seu peito aquecer. Hesitantemente, com medo de assustá-lo, ela pressionou as mãos em seu rosto e o forçou a olhar pra ela. "Você não vai conseguir viver assim. Eu sei que você acha que consegue, mas olha pra você agora, eu sei que você não pode. Aquela ideia, do que você precisa ser, aquilo não é você. Você não pode ter sempre tudo o que quer na vida, mas só porque você é o Arqueiro Verde não significa que tem que se negar todo o resto."

"O que você quer de mim?" Ele perguntou com a voz rouca. Porque ele daria tudo que ela quisesse, só pra saber que poderia tocá-la, pressionar os lábios contra os dela.

"Só você." Chloe sussurrou tremulamente, admitindo pela primeira vez que o queria tanto quanto ele a queria.

Ele simplesmente olhou pra ela, seu coração batendo forte contra o peito, seu cérebro trabalhando para tentar compreender exatamente o que ela estava dizendo. "Eu sou temperamental, Chloe. Propenso à tristeza e ao drama. Fico fora a noite inteira. Nunca apareço para um encontro na hora, isso quando eu apareço."

"E eu sou sarcástica, tenho o hábito de meter o nariz onde não sou chamada, e invadir a privacidade das pessoas. Eu gosto de fazer as coisas do meu jeito e não gosto de não estar no controle. Não é nada que já não soubéssemos antes de nos encontrarmos nessa posição. Então qual é o problema?" A mão dele tocou seu rosto e ela esperou por algum tipo de resposta. Quando o polegar dele roçou seus lábios ela não se atreveu a se mover.

"Só um problema." Ela ergueu as sobrancelhas a esse comentário, mas ele não respondeu imediatamente, ao invés, ele envolveu os dedos em seu pescoço, polegar roçando seu ponto pulsante.

"O quê?" Seus olhos, que tinham se desviado de seu rosto, encontraram os dela novamente. Seus dedos apertaram levemente em seu pescoço. Sua cabeça abaixou, lábios a meros centímetros dos dela. Chloe apertou as pernas, que permaneceram envolvidas na cintura dele o tempo todo. Então o canto de seus lábios se curvou num risinho.

"Eu gosto de estar no controle." Oliver desceu os lábios até ela, beijando-a profunda e possessivamente. Ela choramingou suavemente, mas em seguida estava passando o braço ao redor dele, deslizando os dedos em seu cabelo, e apertando as pernas ao redor de sua cintura. Oliver temia mais do que tinha revelado, sabendo que era mais do que ele a querendo, e sim dele precisando dela. E aqui estava ela se oferecendo a ele. Oferecendo seu corpo pra ele tocar, os braços para recebê-lo, os lábios para beijá-lo. Desta vez Oliver não ia conseguir se impedir de tê-la.

_________________________________________________________________

10 comentários:

  1. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...adorei!!
    Eu gosto desse Ollie perturbado, gosto quando ela conserta ele.

    ResponderExcluir
  2. Roberta, eu também amo esses textos... e a Calie é perfeita em traduzir isso, não é?

    Que bom que gostou... :D

    ResponderExcluir
  3. Simplesmente lindo!!!!

    De fato, a Calie escreve o Ollie perturbado como ninguém!!!!


    ADOREI!!!!!

    ResponderExcluir
  4. awwwwww
    linda linda linda linda linda

    Edicleia

    ResponderExcluir
  5. Adoro, quando eles tentam brigar com seus sentimentos, mesmo sabendo que é uma guerra perdida!!
    perfeito!!!!!!!

    Diny

    ResponderExcluir
  6. Lu, Edicleia e Diny... amo muito essa fic, que bom que vcs também gostaram!!!! :D

    ResponderExcluir
  7. essa parte final é melhor ainda
    leh

    ResponderExcluir
  8. Nossa, que fic ótima! Dá pra sentir a tensão entre eles, muito boa!
    E que final, hein???
    Parabéns pelas escolhas, meninas, vcs sempre arrasam!

    ResponderExcluir
  9. Concordo com a Ciça, essa fic foi escolhida a dedo hein... linda, linda, linda... aliás essas da calie: essa, touch e filling the void, ah e exposed... meu Deus, o mesmo clima que me lembra aquele clima de quando ainda assistiamos smallville e torcíamos pelos dois, me lembra a emoção de ver warrior... ai, ai, que saudade, que nostalgia bateu agora com esse texto... :)

    ResponderExcluir
  10. Leh, Ciça e Angelique,

    Obrigada...

    Que bom que gostaram... também adoro o clima que essas fics da calie têm... :D

    ResponderExcluir

Google Analytics Alternative