16.9.11

Reaction Time (1/6)

Título: Tempo de Reação
Resumo: Basta dizer que Chloe Sullivan nunca foi seduzida na vida. Então é difícil pra ela saber como reagir quando isso está, de fato, acontecendo.
Autora: apeygirl
Classificação: NC-17
Avisos: erotismo, tristeza, alguma comédia romântica bobinha
Spoilers: Warrior e Persuasion




Chloe abriu as portas da Watchtower, antecipando a noite relaxante que teria com a única coisa que ainda tinha: máquinas. Ela as compreendia, pelo menos. Não conseguia lidar com as pessoas. Não mais. A última pessoa com quem tinha tentado criar uma conexão, nas palavras de Lois sobre pegar um bonitão, tinha acabado se revelando um maldito pré-adolescente.

Última vez que dava ouvidos a Lois.

Não tinha certeza do que achou que aconteceria, mesmo que ele fosse legal. Talvez... Oh, Deus! Quem ela estava enganando? Ela estava esperando por alguma coisa como Clark.

Não o cara que aparecia e desaparecia, informações em uma mão, pra dizer oi ou tchau, mas o cara que ele costumava ser. O que confiava nela, o que dizia que ela significava muito pra ele. Tinha sido muito cega se não viu que o 'Stephen Swift' anterior lembrava, com seus poderes, Clark Kent. Uma parte dela pensou que pudesse recomeçar com ele, ser importante pra ele de um jeito que não era mais para Clark.

O fato é que ele era, como Clark, lindo, e isso era um bônus.

Claro, assim como Clark, ele parecia não querer fazer parte do que era Chloe Sullivan. Ele tinha ido muito longe, tentando matá-la prematuramente. Clark teria, pelo menos, a segurado antes que atingisse o chão. Então ela tinha que estar agradecida que não estivesse morta na rua. Se pelo menos pudesse. Inferno, Clark não estava exatamente entusiasmado com a vida dela ultimamente. Ela também não estava. Não tinha nem certeza se estava vivendo ultimamente.

Ela entrou, esperando, ao que parecia ser em vão, por mais nenhuma surpresa. Como todas as suas expectativas, foi desapontada. Dessa vez por uma flecha atravessando o ar e atingindo um alvo.

Ollie. Um Alvo. Na Watchtower. "Noite lenta?" ela deduziu.

"Pensei que treinar tiro ao alvo", ele lhe deu um pequeno sorriso. "E tomar uísque", ele disse, acenando com a cabeça para a mesa ao lado.

"Trouxe suficiente para o resto da classe?" Ela tirou o casaco, pensando nas palavras de Courtney há pouco mais de uma semana. Talvez não fosse tão ruim passar um tempo com as pessoas, ao invés das máquinas. Tinha certeza que um pré-adolescente não era a melhor maneira de começar, mas enfim, era um começo. E que mal faria tomar um drinque? Especialmente depois da noite que teve.

"Sirva-se, Professora."

Professora. Gostou daquilo. Não soava como o tipo de idiota que a tentaria iludir com um sorriso bobo e promessas de heroísmo. Ela tirou os dois, Clark e Stephen... não, Alec, da mente.

"Você também não parece muito animada esta noite. Dia ruim?"

Ela queria perguntar porque sempre esperavam que ela tivesse uma boa resposta. Pensou que poderia dizer a ele que tinha passado a noite com um óbvio substituto para Clark, que voou pela cidade, caiu, quase morreu, e adivinha? O cara estava no colegial.

Ao invés, ela pegou a garrafa e um copo com o casaco e foi para o sofá, indo direto para o essencial. Era só o que teria força pra dizer. "Não foi das melhores. Alguém me perguntou quando foi a última vez que me diverti", ela tirou os sapatos enquanto se servia. "E eu não tinha uma resposta." Ela tomou a bebida amarga enquanto ele se virava pra ela, quase o desafiando a dizer o contrário. Mesmo seu próprio casamento tinha sido uma confusão. E esse era pra ser o melhor dia na vida de uma mulher. Talvez tenha sido, considerando que seu marido quase morreu, se divorciou dela semanas depois, e então realmente morreu em seus braços nesta mesma sala e...

"Eu não acho que alguém pode te culpar por estar no limite, Chloe."

Ela olhou pra ele quase o desafiando. Era melhor não fazerem isso.

Ele se voltou para o alvo. "Se alguém pode entender, sou eu. Eu entendo."

Ela deu uma risada amarga. "Sim, você pode." Era estranho como as coisas aconteciam. Por mais que se ressentisse de Ollie há um ano atrás, ele era a única pessoa com ela agora. O único com quem podia conversar sobre sua vida, sua vida real, depois de um longo dia. Não que J'onn não estivesse por perto, mas ele ainda tinha um trabalho. Clark não era tão disponível pra ela mesmo quando estava ali e poderia muito bem nunca mais voltar.

Ela só tinha Ollie. E ele entendia. Apesar do que ela e o resto da equipe tenham feio para trazer o Arqueiro Verde de volta, Oliver Queen era uma vítima das situações, assim como ela. A Watchtower e o Arqueiro Verde tinham um propósito, mas o que fazer quando isso acabava? Não muito. Que dirá se divertir.

"Sabe, às vezes você precisa ter sua diversão", ele soltou uma flecha que acertou o alvo. "Onde pode conseguir", ele finalizou. Ela imaginou que deveria ser divertido nunca errar. "E algumas vezes está bem na sua frente." Ele pegou outra flecha. Ela sorriu enquanto ele se virava pra ela. "Você só precisa querer ver." Seu sorriso se abriu, então desapareceu. "Vem cá."

Ela tomou outro longo gole e colocou a bebida na mesa, decidindo ir. Caminhou até ele com os pés descalços, imaginando o que ele achava que ela ia ganhar praticando tiro ao alvo. Duvidava que um novata como ela pudesse aprender alguma coisa em uma noite.

Ele segurou o arco e ela pegou, pensando que talvez não tivesse a ver com habilidades. Talvez fosse só pela diversão. Então porque ele não estava mais sorrindo?

E por que ela não estava? "Como eu sei quando soltar?" ela perguntou, a voz parecendo sem fôlego. Ela não teve a intenção, mas a mão esquerda dele estava deslizando sobre a dela, os dedos quase a acariciando quando ela arrumava o arco.

"É tudo sobre o seu coração", ele sussurrou, a respiração atingindo o cabelo que estava sobre seu ouvido. Parecia quase acidental, exceto que a outra mão dele estava deslizando sobre a mão direita que estava puxando o arco. "Só escuta. Bem ali entre as batidas." O dedo do meio dele deslizando levemente entre seus próprios dedos e ela pensou que devia estar imaginando coisas, exceto que dessa vez era mais devagar. "É quando você solta", ele sussurrou, tão baixinho agora, que ela mal ouviu. Ela sentiu as palavras enquanto saiam de sua boca, a mão dele sobre a dela, enquanto ela se endireitava e soltava a flecha, que voou até... a borda do alvo.

Ela se apoiou nele, ainda segurando o arco, imaginando se isso era o que estava achando que era.

"Nada mal", ele falou lentamente. "Acho que podemos chegar mais perto."

Mas não podemos, ela queria dizer, mas não disse. Não sabia o que fazer. A flecha parou tremendo na borda do alvo e ele ainda estava colado em suas costas. Não só isso, a mão que estava cobrindo a dela antes, agora estava em sua cintura, um dedo caloso deslizando em sua saia, quase tocando sua pele.

Ela tinha a distinta sensação de que estava sendo seduzida e isso não era algo com que teve que lidar antes.

Realmente não teve.

Com Jimmy, foi meio que um convite engasgado e enrubescendo. Mesmo durante os quase três anos, terminando e voltando, isso nunca mudou.

Com Davis, mesmo que não tivessem ido pra cama, os olhares dele diziam o que ele queria. Mas nunca tomou nenhuma atitude. Ela imaginou se teria respondido se as investidas tivessem acontecido. Ela era uma mulher que estava se recuperando de um divórcio com o único homem que com quem havia transado. Agora, outro homem, mesmo com um monstro dentro, a achou atraente. Havia uma parte dela que imaginava se ela poderia estar com outro homem. Nos seus sonhos sim, mas na realidade... as coisas eram muito complicadas e presas ao Clark. Era tudo realmente sobre o Clark. E Clark...

O mais perto que Clark esteve de seduzí-la foi quando, conforme ela descobriu depois, Lionel tinha tomado conta do corpo dele. Ela não tinha certeza se isso era mais uma conveniência pra ela, ou a falta dela, ou uma tendência reprimida de Clark.

Basta dizer que Chloe Sullivan nunca foi seduzida na vida. Então era difícil saber como reagir quando isso estava, de fato, acontecendo.

Ela decidiu fingir que não tinha percebido. "Sempre podemos tentar novamente", ela disse, sendo casual, mas soando como se estivesse chocada.

"Claro, podemos." A mão dele continuou em sua cintura equanto ela se virava para pegar outra flecha da aljava. "Eu vou fazer você acertar o alvo antes dessa noite terminar."

Ela engoliu uma risada enquanto se endireitava. Mesmo que aquilo tivesse soado sexual agora. Ou talvez devesse soar. Mas talvez não fosse. Esse era o problema. Talvez isso fosse só uma lição de arqueirismo e ela, tão desacostumada a ser tocada, estava entendendo tudo errado. Semana passada, J'onn tinha colocado a mão sobre a dela e ela achou que ia chorar naquele momento. Definitivamente não estava acostumada à interação humana e isso significava que talvez...

"Endireita as costas." A mão dele foi da cintura para suas costas, pressionando um pouco. Ela então deu risada. "O que é tão engraçado?"

"Nada. Só percebendo como estou fora de órbita esses dias." Ela sorriu para o alvo e colocou os ombros pra trás. "Eu definitivamente preciso de um tempo de reação maior que as outras pessoas. Eu faço tudo errado."

"Eu só disse pra você endireitar as costas. Não achei que você ia entender tão profundamente."

"Você me conhece."

"Bem, eu estou tentando." Ele arrumou o braço dela segurando o arco enquanto ela colocava as costas pra trás. "Levanta o arco."

"Ok, ok." Ela se concentrou no alvo, erguendo o queixo.

"Pronto." A mão dele desceu das costas pra cintura, então...

Ela soltou e a flecha ricocheteou no alvo, se enterrando na parede. Não tinha sido sua intenção, mas a mão dele estava em sua barriga e embora isso pudesse ser interpretado como outra parte inocente de uma lição de arqueirismo, a ereção pressionada em sua lombar não podia.

Sim. Definitivamente sendo seduzida.

"Soltou antes." Oliver falou. "Normalmente esse não é um problema feminino."

E piadas de sexo agora. Ela tentou forçar uma risada, mas estava muito congelada. Ela deveria continuar alegremente disparando flechas?

"Vamos. Mais uma." Um longo braço deu a volta nela, pegando a última flecha enquanto o queixo deslizou em seu ombro. "Acho que agora você vai conseguir", ele disse, as palavras roçando sua nuca enquanto ele se endireitava. E você vai me dar, seu cérebro respondeu tolamente.

Ela continuou enquanto as mãos dele a guiava, muito perto de fazer por ela, sussurrando palavras de encorajamento enquanto seus olhos ficavam vidrados. A visão se tornando desnecessária quando podia ouvir e sentir tudo. A linha foi esticada, dedos calosos deslizaram sobre os dela novamente, o leve roçar da calça dele em suas costas enquanto a colocava na posição, o jeito que o ar parou pouco antes da flecha ir embora.

Sua visão clareou quando viu o alvo e sua contribuição. "Eu consegui?" Era mais uma pergunta do que uma exultação.

"Sim, você conseguiu." As mãos dele ainda estavam nela, uma descansando em seu ombro, outra preguiçosamente ao redor de seu pulso, ainda erguido.

"Nossa, isso foi divertido", ela disse, seus lábios curvando-se num sorriso.

"Muito." A mão dele deixou seu pulso, fazendo uma longa viagem por seu braço. "Então o que fazemos agora? Quer que eu te ensine mais?"

O pulso dela caiu, assim como seu sorriso.

"Você que sabe, Chloe. Faço o que você quiser."

A decisão era dela e esse era o problema. O que ela queria? Sua mente correu por todas as possibilidades. Ela podia continuar, pegar as flechas, continuar com a lição, e fingir que não fazia ideia de que ele estava falando sobre sexo. Ou ela podia soltar o arco e pretensamente se virar para encará-lo. Qualquer uma que ela escolhesse, estava certa que acabariam naquele sofá, era só uma questão de ser agora ou depois.

Havia uma certa antecipação deliciosa. Quantas vezes um bilionário atraente joga o charme pra ela?

O silêncio se prolongou e ela sabia que quanto mais ele durasse, mas inevitável seria. Em qualquer segundo agora, ele poderia fazer seu movimento e ela não poderia fingir que não entendeu e não teria tempo para...

Ela estreitou os olhos enquanto abaixava o arco. Que diabos ela estava pensando? Ela tinha tempo. Ela tinha todo o tempo que quisesse. E ela escolheu não ter pressa. "Não sei, Oliver. Eu posso ter tido diversão suficiente pra uma noite." Ela o colocou sobre a mesa e pegou o que tinha sobrado de sua bebida. Ela a engoliu, escondendo um leve resfolegar enquanto dava a volta na mesa e ia para o sofá. "Obrigada pela aula. Foi muito legal da sua parte." Ela arrumou a posição dos sapatos.

"Bem... não temos que atirar flechas. Nós..." Ele deu risada e se aproximou mais dela. "Acho que podemos encontrar outras coisas pra fazer."

Ela sorriu internamente com a mudança de tom dele. Também se aproximou, agradecida que não estivesse mais descalça. Precisava de toda altura agora. "Só tem uma coisa que eu quero fazer."

Ele lhe deu um lento sorriso. Ela já tinha visto esse sorriso, dando em cima de enfermeiras, policiais femininas. "E o que seria?"

"Ir pra cama."

Ele semicerrou os olhos. "Eu acho que posso ajudar com isso."

"Oh, não se preocupe", ela disse alegremente. "Eu não preciso de carona. Tomei só um copo." Ela pegou o casaco e deu um tapinha em seu braço, resistindo ao desejo de apertá-lo. Ele realmente tinha braços maravilhosos... "De qualquer jeito, você tomou mais que eu", ela disse, indo embora. "Você deveria dormir aqui. O sofá abre. E a geladeira está abastecida."

"Chloe?"

Ela se virou quando chegou na porta. "Sim?"

Ele ainda estava olhando para o lugar onde ela estava antes. "Eu..." Ele virou a cabeça pra ela. "Eu estou me perguntando se confundimos as coisas aqui... uh..."

Ela sorriu. "Você deve estar mais cansado que eu." Ela assentiu com a cabeça para a sua direita. "Tem cobertores no armário." Ela conseguiu atravessar as portas antes de recostar-se nelas, resfolegando, abanando o rosto. O vidro estava frio pelo lado de fora e... vidro! Ela rapidamente se afastou das portas, quase tropeçando até o elevador. Por causa da bebida e dos últimos dez minutos, sua pele estava queimando e seu coração batendo em lugares que ela havia esquecido que existia.

Ela se apoiou nas portas e apertou o botão, esperando que o elevador chegasse antes que resolvesse voltar pra lá e simplesmente... se jogar em cima dele. Ela tinha que sair agora, ir pra casa, ir dormir. Ela deu risada da ideia de que não ia conseguir dormir esta noite. Mas isso não importava. Ela passou noites em branco por motivos piores. Além do mais, esse motivo valia à pena.

Porque Chloe Sullivan nunca havia sido seduzida. Então ela ia aproveitar cada segundo.

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6 comentários:

  1. aiiiiiiiiiiiii

    nuss meuh surtinhos ameiiiii kkkk

    os joguinhos de sedução chlollie é td!!
    leh

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  2. Adoreeeeeeeeeeeei!!!!!
    Chloe virando o jogo. Amei!!!!
    Go Chloe \o/

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  3. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
    Como ela foi má!!!!! ADOREI! huahauahuahauahauaha
    TÔ doidinha pra ler tudo! #ansiosa
    kkkkkkkkkkkkkkk

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  4. Meninas que bom que gostaram... essa foi a primeira fic chlollie nc17 que eu li e gosto muito desse joguinho de sedução dos dois... daqui a pouco, mais ou menos meia noite o capítulo dois vai estar pronto... só preciso revisar... :)

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  5. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Adorei!!!!!!!

    Quero mais...

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  6. PERAE AÊ!! A CHLOE TÁ ENCOSTADA NO OLLIE sentindo o qto ele tá "empolgado" e vai embora.

    A MULHER TEM TITICA DE GALINHA NA CABEÇA!!!!!

    Vilm@

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