11.11.14

Prelude

Título: Prelúdio
Autora: fickery
Classificação: PG-13
Episódio: Absolute Justice.

A noite em que Oliver Queen atravessou um vitral foi a noite em que ele soube que precisava formular um plano para ganhar Chloe Sullivan.

Ele vinha pensando nela ultimamente. Pensando nela de um jeito que não pensava antes. Desde aquele dia na cafeteria, quando pegou as mãos pequenas dela nas suas e disse que ela lhe salvou, e ela lhe deu aquele olhar e um pequeno sorriso Mona Lisa, quando ele foi pego total e completamente de surpresa, ele vinha... considerando. Avaliando. 

Oh, ele tinha olhos. Não era como se nunca tivesse admirado a beleza dela antes, mas tinha sido de um jeito mais abstrato, e ocasionalmente se perguntava que diabos estava errado com Clark, ou com a maioria dos outros homens que ela conhecia, pra ela não receber mais atenção masculina do que recebia.

Seus atributos não-físicos eram ainda mais fáceis de quantificar, e ele tinha certeza que podia entediar alguém com uma lista longa de virtudes a serem exaltadas.

Ela o pegou observando-a algumas vezes quando ele não estava atento ao que fazia. Ele tentou ser mais discreto depois, então agora se pegava dando olhares em sua direção quando achava que ela não estava olhando. 

Diversos cenários continuavam dançando em sua mente. Possibilidades. Somos amigos. Colegas. Você namorava a prima dela, lembra? Isso não fazia nenhuma diferença; ele não conseguia impedir sua mente de vagar.

Ela virava a cabeça e a luz a atingia e ele se perguntava qual seria a sensação daquele cabelo loiro brilhante e macio entre seus dedos. Ele olhava para sua pele clara e se perguntava como seria a sensação dela sob suas mãos calejadas. Ela dava risada - não tanto quanto deveria, ultimamente - e ele se perguntava se ela ria na cama. Ele sentia uma onda de triunfo pessoal quando conseguia fazê-la sorrir, quando conseguia arrancar uma gargalhada.

Ele parava atrás dela, fingindo olhar para o monitor e olhava para seu colo ao invés, e queria correr os dedos ao longo dele e fazê-la estremecer. Ele a observava caminhar pela sala e pensava em deslizar a mão ao redor de sua pequena cintura e puxá-la contra si. Ele olhava para sua boca enquanto ela falava sobre vigilância e missões e imaginava como ela reagiria se ele interrompesse o fluxo de palavras com seus próprios lábios nos dela.

Ele queria enterrar seu rosto no pescoço dela e sentir o cheiro de sua pele; enterrar o rosto em seu cabelo e sentir o cheiro ali também. Ele se perguntava qual seria o sabor de seus lábios. Toda vez que a via tomando um café, imaginava prová-lo em seus lábios; ele a observava morder um muffin e lambia os próprios lábios.

Ela é tão linda, ele pensou. Como nunca tinha percebido o quanto ela é linda antes? Ela andava pela Watchtower, indo de um monitor a outro como uma abelha pousando nas flores, e absorvia tudo e então revia as informações. E ela era tão ocupada, sempre em movimento, e ele sabia que o trabalho e o sarcasmo eram parte de seu escudo, as paredes que ela construía ao seu redor, para se proteger, do mesmo jeito que ele mantinha as pessoas distantes.

E ele queria apenas... pará-la. Fazê-la parar, só por um minuto. Parar na frente dela e colocar as mãos em seus ombros, colocar o dedo contra seus lábios, e paralisá-la. Parar a movimentação hiper cafeinada, parar a disputa verbal, e simplesmente olhar dentro de seus olhos e ver o que ela estava realmente pensando, realmente sentindo naquele momento. Ver se havia alguma conexão ali, se ela o enxergava como mais do que um cara musculoso que ela usava nos trabalhos físicos da equipe.

Ele jurava que podia se lembrar de um tempo - não muito distante - quando ele realmente se sentia confiante ao redor das mulheres, mas de algum jeito era difícil se lembrar disso agora. Era irônico que uma mulher com tantos problemas de auto-estima pudesse fazê-lo se sentir um garoto desengonçado e bobo de novo. Ele se encontrava desequilibrado ao redor dela ultimamente, tropeçando e trombando. Ele não parecia conseguir ficar longe da Watchtower, dela, e suas desculpas para aparecer ali, para estar sempre ali, pareciam mais esfarrapadas a cada dia.

Então veio o pânico de ver que ela tinha acessado aqueles emails com flertes entre ele e Dinah, e então sentiu-se arrasado que ela não parecesse se importar nenhum pouco com eles.

Ele precisava de um plano. Porque não podia mais aguentar isso, e ele estava a um passo de se humilhar completamente toda vez que estava perto dela.

E então o Gavião Negro o arremessou direto pra ela através do vitral. Ele tentou não deixar suas esperanças subirem ao jeito como ela imediatamente correu até ele, não se importando com o vidro quebrado, para garantir que ele estivesse bem.

Ele poderia ter limpado seus próprios ferimentos? Claro, mas teria perdido a oportunidade de ter Chloe ao seu redor, olhando pra ele com preocupação, expressando um pouco de cuidado e compaixão, parada tão perto que ele podia sentir seu cheiro, sentir o calor de seus cabelos roçando contra sua pele quando ela se debruçava sobre ele, suas mãos minúsculas e competentes acalmando seus braços, seu rosto. O desejo de simplesmente puxá-la e beijá-la era tão forte que ele teve que cerrar os punhos para resistir ao impulso.

Mais tarde, quando Carter rosnou que ele agia como um idiota para evitar que as pessoas soubessem o quanto eram importantes pra ele, se sentiu aquele garoto bobo de novo. Ele tinha que estar falando sobre Chloe. Tinha que ser. Quem mais estava lá? E quanto diabos ele era transparente pra que alguém que mal o conhecia - e não gostava dele, aparentemente - pudesse dizer como ele se sentia em relação a ela?

Ele precisava de um plano.

Teoricamente havia caminhos ilimitados em sua frente, mas ele sabia que era uma ilusão. Porque a esta altura, até onde sabia, todas as estradas levavam a Chloe.

Então ele se limpou e foi até a Watchtower, esperando convencê-la a sair pra jantar. Primeiro foi pego de surpresa - ficou decepcionado se fosse honesto - ao ver J'onn ali também. Mas quando perguntou se alguém estava com fome, sorrindo sem muita certeza, sem tirar os olhos de uma hesitante Chloe, foi J'onn quem anunciou que podia comer e a convenceu a ir junto, dando a Oliver um sorriso de quem sabia o que estava acontecendo.

Ele sempre acreditou que J'onn respeitava a privacidade dos outros e não lia seus pensamentos. Então, sério, era assim TÃO óbvio? Ele tinha um EU ESTOU CAÍDO POR CHLOE SULLIVAN. POR FAVOR ME AJUDE brilhando em sua testa?

Ele precisava de um plano. E assim que tivesse um, faria seu movimento. De alguma maneira, ele tornaria Chloe Sullivan sua. Porque de todos os cenários possíveis que continuavam correndo em sua cabeça, fracasso era uma opção que ele não estava disposto a aceitar.

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9 comentários:

  1. Que fic mais fofa!!!
    Adoro os pontos de vista do Ollie =]

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    1. Oi, Noelle, que bom que gostou!!!! A Jami pediu mais uma no outro post e tinha essa curtinha, rápida para revisar, postei... também adoro os pontos de vista dele, especialmente nesse momento dele percebendo que sente uma atração por ela...

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  2. Oh, Sofia! Que coisa mais liiindaa!! *-*

    A fic é tão perfeita, ela é tão fiel ao Oliver que não duvido nada que tenha sido bem assim...

    Eita que bateu uma saudade agora!! Aiai!!

    Adorei... muito obrigada!

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    1. Ops!!

      GIL \o

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    2. Oi, GIL... bate uma saudade enorme né? Que bom que gostou!!!!

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  3. Sofiiiii vc é maravilhosa amei amei!
    O Ollie tem os melhores pensamentos kkkk Chloe sortuda tinha um Oliver todinho pra ela e nem sabia hahaha
    Beijoo obrigada por melhorar meu dia :D
    Jami

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    1. Oi, Jami, gostou? Que bom!!!!!! Fico feliz em saber que ajudei. Você é uma querida!!!! :D

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  4. Não conhecia essa fic!!!! Achei muito linda, muito poética...
    Adoro ler sobre esse encantamento do Oliver pela Chloe, essa descoberta de estar apaixonado por ela...

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    1. Essa fic é bem antiga, Ciça, encontrei por acaso e também gostei, também gosto muito do Oliver pensando e se descobrindo interessado na Chloe... Que bom que gostou! :D

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