10.7.12

As Time Goes By (2/11)

Especial: Aniversário
Resumo
: Esta fic é completamente Universo Alternativo, baseada na sétima temporada, exceto que Chloe e Oliver não se conheciam antes, ele ainda é o Arqueiro Verde, mas nunca se encontraram quando ele estava em Metrópolis.
Classificação: NC-17
Anteriores: Prólogo - Um



Oliver suspirou suavemente enquanto saía de seu jatinho particular no aeroporto de Metrópolis, forçando-se a sorrir para os fotógrafos e repórteres que estavam ao redor. A esta altura, estava acostumado a constante cobertura da mídia sobre cada aspecto de sua vida.

Não significava que gostasse. Pelo menos não na maioria das vezes.

Ele acenou e foi para a limusine que já o esperava. Tinha vindo a Metrópolis há apenas alguns meses atrás, e não achou que estaria de volta tão cedo. Mas havia negócios pra resolver na filial da Queen Industries em Metrópolis e tinha que resolver logo. Ele era, afinal, o diretor administrativo. Além do mais, parte dele ansiava por vigiar as ruas da cidade naquela noite, pra ver se as coisas tinham melhorado depois do desastre da Quinta Negra. Metrópolis virou um caos e perdurou por semanas, e era essa a razão pra ele ter vindo pra cidade em primeiro lugar. Sentia uma atração pela cidade que não conseguia explicar, um medo sem razão que nunca fez sentido.

A cidade precisava de toda ajuda que pudesse ter.

E Oliver estava feliz em fazer o que pudesse. E mais, Lex tinha de algum jeito estado no centro de todo o caos, e embora ainda não tivesse descoberto exatamente o como ou o porquê, ainda estava determinado a descobrir. De um jeito ou de outro.

Do nada, sua mente voltou-se para Chloe. Fazia três meses desde que tinham compartilhado aquela noite juntos, e ainda não havia conseguido tirá-la da mente. Sonhava com ela quase toda noite, mesmo que não se lembrasse dos sonhos quando acordasse. Simplesmente ainda sentia sua presença.

E isso estava começando a enlouquecê-lo. Toda vez que via um cabelo loiro tinha certeza que a encontrara, só pra se desapontar quando via que não era ela.

Suspirando, Oliver colocou os óculos escuros e olhou pelo vidro escuro da limusine. Claramente não ia encontrá-la novamente.

Só desejava que conseguisse tirá-la da cabeça.

***

Chloe acordou um pouco assustada na manhã seguinte, suando, tinha tirado os lençois e seu corpo estava quente. Em cada sentido da palavra. Ela gemeu e correu as mãos pelo rosto, pedaços do sonho que estava tendo voltando imediatamente enquanto fechava os olhos. Eles estavam num carro desta vez, no assento de trás do que parecia um carro antigo e as mãos dele estavam em todo seu corpo.

Estremeceu um pouco à lembrança e respirou fundo, desejando que seu corpo se acalmasse, então se levantou, indo direto para o chuveiro e abrindo a água fria antes de entrar.

Sibilando, ela deixou a água cair em seu corpo durante um longo momento antes de mudar para uma temperatura mais quente. Quase toda manhã era a mesma coisa. Sonhava com ele e acordava quente e incomodada. Não conseguia parar de pensar nele o dia inteiro e aqueles sonhos não ajudavam em nada. Eram vívidos, realistas e toda noite estavam em diferentes situações. E não era sempre sobre sexo. Os olhares e toques demorados, o jeito que ele a fazia se sentir, os braços ao seu redor fazendo-a se sentir segura, como se ela estivesse exatamente onde deveria estar.

Suspirando profundamente, ela balançou a cabeça e depois de quinze minutos fechou a água. Fazia três meses, deveria ter parado de pensar nele a essa altura, mas com aqueles sonhos, não fazia ideia de como ia conseguir isso.

Depois de se vestir, foi ligar a cafeteira, Lois já tinha ido para o trabalho e Chloe estava feliz em ter algum tempo pra se recompor. Ela caminhou até a mesinha de centro, bocejando um pouco e se sentando cansadamente no sofá para ler, outra coisa sobre os sonhos é que a deixavam inquieta.

E então, assim que abriu o jornal, seu estômago despencou. Uma foto de ninguém menos que o homem de seus sonhos, literalmente, na coluna lateral, deixando-a saber que ele estava na cidade. Sua boca ficou seca e seu coração disparou, tinha que fazer alguma coisa, pensar em alguma coisa rápido pra se impedir de ir atrás dele. Tinha que ligar para Lois.

***

A noite estava clara e fria, mais fria do que estava acostumado na Califórnia. Ele fez uma careta à falta de mangas em seu uniforme e então olhou para a cidade mais uma vez. Estava definitivamente mais quieta que da última vez que em que a visitou. Mas sabia que numa cidade do tamanho de Metrópolis, alguém tinha que estar pelas ruas, ou causando ou entrando em problemas.

Só tinha que esperar.

E nesta noite não teve que esperar muito. Na segunda hora de sua patrulha, ouviu alguém gritar por ajuda e num instante estava jogando a âncora com a linha e pousando no chão sem fazer barulho até falar. "Estou interrompendo alguma coisa?" perguntou, sua voz distorcida enquanto mantinha o arco pronto.

Um homem tinha uma faca pressionada contra a garganta de uma mulher num beco e ele estava prestes a pegar sua bolsa quando ouviu a voz, seus olhos arregalando e ao se virar, franziu a testa. "Quem é você?"

Oliver não pôde deixar de dar um risinho. "Arqueiro Verde", informou o homem, mirando e jogando o homem pra trás, preso na parede pela manga da camisa. Ele assentiu na direção da mulher. "Corre."

A mulher olhou pra ele por um segundo e saiu correndo.

Mas naquele momento, outro homem apareceu no beco, e com mãos trêmulas, mirou sua arma no homem de verde e atirou, prendendo a respiração.

Oliver sentiu a cabeça bater contra a parede e a dor explodiu em seu peito. Seu aperto no arco se afrouxou e o sentiu caindo de suas mãos enquanto lentamente deslizava pela parede, sua visão embaçando. Inexplicavelmente foi tomado pelo medo, mas não por si mesmo. Suas sobrancelhas franziram um pouco enquanto seus pensamentos voltavam para Chloe e o mundo começou a escurecer.

Clark estava patrulhando a alguns quarteirões quando ouviu o disparo da arma e num piscar de olhos estava no beco, seus olhos arregalando ao perceber quem era a vítima do disparo quando reconheceu imediatamente o uniforme verde. Tratou de deixar os dois homens desacordados e ligou para a polícia antes de se aproximar do homem uniformizado. "Você está bem?"

Mal ouviu o outro homem enquanto ele perdia a consciência, os olhos revirando.

"Não", Clark murmurou, chacoalhando-o um pouco e foi quando percebeu o sangue jorrando do estômago do outro homem, sem pensar duas vezes, o pegou e hesitou por apenas um segundo antes de correr até o apartamento do Talon.

Chloe estava sentada na mesa, com seu laptop, tentando se manter ocupada quando sentiu a familiar rajada de vento, estava prestes a dizer oi para Clark quando se virou e então paralisou ao ver que ele não estava sozinho, levantando-se rapidamente, olhos arregalados. "O que aconteceu?"

"Ele levou um tiro. Precisamos trocar as roupas dele e levá-lo para um hospital", Clark disse com urgência, seus próprios olhos arregalados.

Ela sentiu o estômago afundar enquanto se aproximava. "Eu não tenho nenhuma roupa aqui, Clark, vai buscar alguma coisa." Disse a ele enquanto se aproximava deles, seus olhos indo para a figura com capuz atualmente inconsciente nos braços de seu amigo.

Clark hesitou por um segundo, indo deitar o homem no chão e então desaparecendo.

Chloe olhou pra ele por um momento então se aproximou, arregalando os olhos ao ver o perfil, seu coração acelerando, ele parecia familiar, mas não podia ser, de jeito nenhum ele era-- Respirando fundo, se ajoelhou ao lado dele e segurou seu rosto nas mãos, sua palma imediatamente sentindo a eletricidade correndo por seu corpo, a pele dele parecia familiar. Mas tinha que ter certeza, então com mãos trêmulas tirou os óculos do rosto dele com o maior cuidado possível, arfando quando finalmente viu seu rosto. Sentiu os olhos se encherem de lágrima instantaneamente e não conseguiu se mover ou parar de olhar pra ele.

Tudo doía. Foi o primeiro pensamento que teve ao se sentir sendo puxado para a inconsciência mais uma vez, suas sobrancelhas franzindo um pouco ao sentir a familiar onda de eletricidade contra seu rosto. Uma mão de mulher. A mão dela.

Não, não podia ser, pensou vagamente, tossindo, um gosto amargo de cobre na boca.

Ela não se moveu até ouvi-lo começar a tossir, instintivamente se moveu mais perto e então colocou a mão sob sua cabeça, puxando-o numa posição semi-sentada. "O-Oliver?" Chamou num sussurro, sua voz tremendo tanto quanto suas mãos.

A respiração dele estava fraca, e ele olhou pra ela com uma expressão confusa. "Você", sussurrou, tossindo novamente.

"É você..." ela sussurrou, correndo os dedos no rosto dele, suas duas palmas estavam ficando cada vez mais quentes, mas não sabia se era porque o estava tocando ou...

Ele sentiu a pele esquentar onde ela o tocava, suas sobrancelhas franzindo novamente. "Como?" murmurou, virando o rosto na mão dela, sua visão embaçando mais uma vez.

"Você foi ferido", ela sussurrou, seu peito apertado e seus próprios olhos embaçados com as lágrimas. Fungando baixinho, respirou fundo e colocou uma mão sobre a ferida, olhando pra ele novamente. "Eu posso te ajudar." Normalmente ela teria hesitado antes de usar seus poderes na frente de alguém que estivesse consciente, mas ele não teve opção em revelar sua identidade pra ela, ela não se importava que ele soubesse, contanto que pudesse salvar sua vida.

No segundo que sua mão cobriu o ferimento, ele sentiu algo atravessá-lo, sua visão foi de embaçada a completamente clara.

Suas sobrancelhas franziram um pouco e olhou ao redor, então para a mulher que estava atualmente tomando seu pulso. Ele respirou fundo, olhando pra ela atentamente. "Se eu soubesse que levar um tiro te faria me resgatar, teria feito isso meses atrás." Ele lhe deu um sorriso.

Com uma risada suave, ela balançou a cabeça. "Parece que você não vai precisar mais da minha ajuda, soldado", disse a ele, cachos loiros caindo em seu rosto enquanto estendia a mão para pegar o medidor de pressão.

"Bobagem", ele disse sem hesitar, seus olhos presos aos dela. "Tenho certeza que poderia usar sua ajuda pela eternidade." Seus olhos castanhos brilharam maliciosamente.

"Estica o braço", ela o instruiu, ajustando a fita ao redor do braço dele, seus dedos roçando a pele e seu estômago apertando levemente enquanto mantinha o olhar. "Contanto que você não esteja planejando se ferir novamente pra ter minha ajuda, acho que podemos conversar sobre isso."

Seu estômago apertou ao leve toque também, e olhou pra ela atentamente. "Conversar é bom", murmurou.

Ela começou a pressionar o pequeno dispositivo com a mão e sorriu timidamente pra ele e então olhou para os números. "Talvez quando você for liberado..." sua voz falhou, olhando pra ele pelo canto dos olhos.

Ele sorriu de volta, uma resposta involuntária ao vê-la sorrir. "Eu te pago um jantar", sugeriu.

"Você tem saído da base, soldado?" Perguntou baixinho, sorrindo um pouco mais e deixando o cabelo cair sobre o rosto mais uma vez ao se voltar para o pequeno dispositivo, deixando o ar sair e observando-o desinflar lentamente.

Ele estendeu a mão e cobriu a dela com a sua. "Não há algum tempo", admitiu, estremecendo involuntariamente ao sentir a pele formigar onde ele a tocava.

Ela prendeu a respiração, levantando a cabeça para olhar pra ele, seu coração batendo rápido contra o peito. "Você pode me pagar um jantar, eu te mostro a cidade." Disse, mantendo a voz baixa.

"Eu gostaria disso", disse a ela, prendendo a respiração.

"Eu também", ela disse, sorrindo lentamente.

"Chloe!" A voz urgente de Clark a acordou de seu transe e Chloe piscou algumas vezes, seus olhos arregalando enquanto a luz sumia de sua mão, indo para o peito dele.

Oliver piscou algumas vezes também, uma expressão confusa no rosto. Olhou pra ela, seus olhos arregalados. "Chloe?" sussurrou, mal percebendo a presença do outro homem. A dor em seu peito desaparecendo lentamente.

Ela sorriu ao som de seu nome e olhou pra ele, sua cabeça girando e soltando-o enquanto fechava os olhos e começava a deslizar pelo chão, olhos se fechando depois de um momento, então tudo era escuridão.

Ele se levantou do chão, olhos arregalados em alarme. "Chloe!" Deslizou um braço ao redor dela, o outro erguendo-se para tocar seu rosto.

"Chloe, o que você fez?" Clark falou, indo se ajoelhar no chão do outro lado dela, suspirando profundamente quando a percebeu inconsciente. Sua mandíbula travou e ele olhou para o outro homem, percebendo que não estava mais sangrando e não precisou de mais respostas.

"Quem é você?" Oliver perguntou tenso, olhando de lado para o outro homem por um breve momento antes de olhar de volta pra ela.

Ele respirou fundo e então estendeu a mão até Chloe, erguendo-a do chão cuidadosamente e ficando de pé antes de olhar para o outro homem. "Eu sou Clark. Eu sou... o borrão vermelho e azul, como me chamam."

Suas sobrancelhas franziram a isso. Não era o que tinha perguntado e nem esperava por essa resposta. Mas naquele momento não podia se importar menos. "Ela vai ficar bem?" Havia mais do que um pouco de ansiedade em sua voz.

Franzindo a testa, ele assentiu e levou-a até a cama, deitando-a cuidadosamente e olhando pra ela por um momento antes de suspirar. "Ela só precisa descansar por algumas horas." Seja lá quanto tempo demorasse dessa vez. Deveria saber que ela ia fazer isso.

Oliver não hesitou antes de se sentar na cama ao lado dela, tirando o capuz. Inclinou-se e beijou sua testa sem nem pensar.

Clark estreitou os olhos instantaneamente, sua mandíbula travando de novo. "O que você está fazendo?"

Ele nem olhou para o outro homem, perdendo a tensão que Clark agora exibia. "Quanto tempo ela vai ficar desacordada?"

"Depende do quanto você estava ferido, pode demorar dias." Ele cruzou os braços sobre o peito. "Você deveria ir embora."

"Eu não vou a lugar nenhum", Oliver disse, sua mandíbula travando.

Clark também travou a mandíbula e deu um passo a frente. "Já fizemos o suficiente por você."

Ele finalmente olhou para Clark, estreitando os olhos. "Eu não estou pedindo pra você fazer nada por mim", o informou. "Mas eu não vou embora até saber se Chloe está bem."

Ele deu outro passo a frente. "Eu estou dizendo que ela vai ficar bem, ela não é da sua conta."

"Eu a conheço", disparou, olhando feio para Clark agora.

Isso fez Clark parar. "Como você a conhece?" Ele exigiu.

Oliver respirou fundo e expirou devagar, olhando para o corpo pálido e imóvel dela. "Nos conhecemos em Star City", murmurou.

"Ela nunca falou sobre ter conhecido alguém." Ele disse, olhos estreitos.

Ele se encolheu um pouco a isso, de repente se perguntando exatamente quem esse tal Clark era pra ela.

"Onde vocês se conheceram?" Ele pressionou.

"Eu já disse. Em Star City. Três meses atrás", respondeu calmamente.

Clark parou, pensando por um segundo, três meses atrás foi quando ele levou Chloe para Star City, teria que perguntar sobre o outro homem quando ela acordasse. Ele se sentou do outro lado da cama e manteve os olhos no estranho por um momento antes de olhar para Chloe, não planejando se mover até que ela acordasse.

_____
Três

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6 comentários:

  1. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

    Ain, eles se reencontram e logo DESSE JEITO????

    Ain, isso é um resgate de um amor através dos tempos? [que lindo *_*]

    Ain, ela salvando ele, mais uma vez³³³!
    Já senti que essa história tá na lista das mais-mais aqui do blog...
    E, né, tava demorando de aparecer alguém e tentar azedar o romance dos dois. Vá pentear macaco, Clark! ¬¬

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    1. Pois é, já se reencontram numa situação dessas... Haha, resgate através dos tempos? Vai saber...
      Ciça, também acho que essa história entra na lista das mais-mais do blog, ela é linda, pode confiar... Sim, mas acho que você vai entender um pouco melhor o Clark com o decorrer da história...

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  2. Como assim? Ele era um soldado, o que aconteceu? Sem entender direito, quer dizer, começando a desenvolver umas teorias já, mas ansiosa pra ver o que vai acontecer, essa história promete mesmo!!!!!

    Edicleia

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    1. Edicleia, comece a desenvolver suas teorias aí e aguente firme pra acompanhar a história conosco... :D

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  3. Também estou começando a formular teorias, e se caso seja o que penso, acho que já vou preparar ao menos um lencinho =/

    E agora que se reencontraram, logo deste jeito, já descobrindo segredos, acho que mais emoções nos aguarda...

    Continuo ansiosa por mais...

    GIL

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    1. Sim, GIL, acho que é seguro dizer que pelo menos de um lencinho você vai precisar... pois é, com certeza tem mais emoção por aí... :D

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