15.1.12

An Origin Story (1/23)

Resumo: Universo Alternativo onde os pais de Oliver nunca morreram.
Autora: the_bluesuede
Classificação: R
Prompt da JoyBlue: "O que aconteceria se Robert e Laura não morressem, e a razão para Oliver se tornar o Arqueiro Verde fosse porque ele tivesse ciúmes de Clark depois de descobrir sobre o 'Viajante' (sem seus pais saberem), e se ele se tornasse o Arqueiro Verde só pra se provar para os seus pais?"
Nota: 3ª lugar na categoria 'Universo Alternativo' do ChlollieAwards 2010.
Original
Anterior: Prólogo



An Origin Story
Capítulo 1: Donzela Marion e Como Ela Chegou em Nottingham



(Dias Atuais)

George Weisinger se inclinou sobre a mesa olhando para a jovem em sua frente. "Olha, minha jovem, eu não vou fingir que você não tem um bom currículo. Você tem. Eu não vou fingir que não estou impressionado com a carta de recomendação escrita de próprio punho por Perry White. Eu estou. Eu nem vou fingir que você não é uma grande escritora. Você é."

Chloe Sullivan encontrou seus olhos. "Mas?"

"Mas eu quero saber porque o Planeta te demitiu, e porque ninguém lá atende minhas ligações quando eu tento pesquisar sua experiência." Ele olhou para Chloe com expectativa e Chloe percebeu que o ex-repórter não estava mais entrevistando-a por um trabalho, mas entrevistando-a por uma história. Ela podia ver a diferença nos olhos dele.

Chloe sorriu. "Eu pisei no calo errado."

"De quem?"

"Lex Luthor. Em resposta, ele comprou o Planeta Diário só pra poder me demitir." Ela revirou os olhos à resposta super dramática ao seu artigo e tentou manter a amargura longe de sua voz.

Weisinger pareceu tão surpreso com a resposta que se recostou contra a cadeira e olhou pra ela. "Você o quê?"

Desta vez havia um pouco de gelo em sua voz. "Por favor não me faça repetir."

Ele gargalhou. Ele não deu risada; ele gargalhou alta e profundamente, e Chloe se encrespou. Ela pegou seu currículo e o portfólio da mesa dele e se levantou para sair, reconhecendo uma causa perdida quando via uma. Weisinger estendeu a mão para pará-la. "Certo, Sullivan. Qualquer pessoa com essa coragem é bem-vinda ao meu jornal. Você começa amanhã. Eu não espero nada menor do que material para o Pulitzer de você. Haverá uma mesa te esperando amanhã. Venha me procurar para sua primeira tarefa."

Mal conseguindo acreditar em sua sorte, Chloe apertou a mão dele vigorosamente. "Muito obrigada, você não vai se arrepender."

O entusiasmo dele diminuiu enquanto voltava a um tom que sugeria superioridade, indicando que ela já tinha se tornado sua funcionária. "Eu espero que não. Como eu disse, Sullivan: eu quero Pulitzers de você, nada menos."

Chloe sorriu confiante. "Você os terá", ela disse antes de deixar o escritório. Uma vez do lado de fora, ela olhou para o alto do prédio, radiante com a placa sobre sua cabeça: Gazeta de Star City.

Ela parou numa cafeteria a caminho de casa e tomou contente o muito caro café enquanto caminhava, absorvendo o glorioso dia ao seu redor. Ser demitida do Planeta tinha sido difícil - ela balançou a cabeça ao pensamento, não querendo se entristecer - ela nunca pensou que fosse se recuperar. Tinha certeza que estava na lista negra dos Luthors, e sua única esperança era o Sr. White - Perry como ele insistia que ela o chamasse. Nunca pensou que ele pudesse fazer tanto por ela, considerando o quão pouco a conhecia. Desde aquele primeiro encontro em Smallville anos atrás, ela fazia breves contatos com ele, reconhecendo a valiosa fonte de conexões que ele seria, e ele vinha lhe dando muitas dicas. Ela contou a ele sua história com os Luthors e ele ficou ao mesmo tempo indignado com o que aconteceu, orgulhoso por ela não ter se vendido, e determinado a ajudá-la. Quando ele escreveu a carta de recomendação, que já era suficiente, mas além disso ele marcou entrevistas pra ela em jornais de todo país... bem, ela não soube o que dizer. Quando recebeu a ligação da Gazeta para fazer uma entrevista, tinha sido mais do que ela esperava. Mudar para Star City era sua chance de recomeçar.

Com esse pensamento, ela passou pela fronteira entre Orchid Bay e a vizinhança conhecida como o 'Triângulo'. Estremeceu ao pensar em passar ali todos os dias. Tudo bem durante o dia, mas o Triângulo era disputado por várias facções criminosas de Star City e, pra dizer o mínimo, não era uma vizinhança legal. Ela desejava não ter que investir num carro, mas podia vir a ser sua única opção. Mas ainda não ia tomar decisões extremas. Com alguma sorte conseguiria voltar pra casa em segurança ou se fosse preciso, pegaria um ônibus. Afinal, ela não era nenhuma donzela indefesa. Não carregava uma pistola na bolsa só porque combinava com a fivela de seu cinto.

A caminhada pelo Triângulo finalmente a levou ao The Glades. Precisava dizer a dona do apartamento que ia ficar com o lugar no décimo andar afinal.

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Duas semanas depois Chloe já estava no ritmo das coisas. Mudar para o apartamento tinha sido fácil com a ajuda de Clark. Ele sentia muito por ela ter que mudar, mas prometeu visitá-la ocasionalmente. Chloe não estava preocupada. Clark ficaria perfeitamente bem sem ela. Ele tinha Lois agora. Não seria difícil pra ele fazer as visitas, e secretamente - embora não sem muita culpa - ela estava um pouco feliz em colocar alguns quilômetros entre ela e Clark. Sim, ele era seu melhor amigo, e sim, ela sempre estaria ali se ele precisasse dela, mas as complicações que Clark e seu segredo tinham trazido para sua vida... bem, estavam começando a ter um preço. Ela estava pronta para abraçar sua nova vida em Star City sem arrependimentos.

No trabalho, ela já estava ganhando o respeito daqueles ao seu redor. Diferente do Planela, ela não teve que começar no porão. Weisinger a jogou direto na sala de redação pra ver como ela se sairia, e até agora estava indo muito bem. Ele tinha lhe dado uma série de artigos tão ecléticos que ela podia dizer que ele estava lhe testando. Até o momento tinha feito a cobertura de uma nova exposição do Grell Museum, entrevistado o técnico do Rockets (time de baseball de Star City) sobre a próxima temporada, comparecido a posse do novo prefeito eleito Thomas Bolt, e mal podia acreditar em sua sorte já que Weisinger estava lhe confiando com todas essas coisas, e tinha conseguido não decepcioná-lo ainda. Ela só esperava que pudesse continuar atendendo as expectativas.

Ela tinha finalmente um lugar decente a caminho da Gazeta, e enquanto tomava o resto de seu café, revisava seu artigo mais recente, checando a digitação antes de mandar imprimir.

"Oi, Srta. Sullivan", disse uma voz tímida. Chloe olhou pra cima e sorriu para Jeremy, um garoto de quinze anos, que estava com uma câmera ao redor do pescoço e ficando extremamente vermelho. Jeremy era um rapaz ruivo muito doce e educado e cheio de sardas. Aparentemente o jovem tinha desenvolvido uma pequena paixão por ela.

"Oi, Jeremy. Como você está hoje?"

"Eu estou bem", ele respondeu animadamente. "Eu tenho as fotos da ponte suspensa que você queria", ele estendeu pra ela. "E o Sr. Weisinger me mandou te buscar, ele disse que é importante."

O sorriso de Chloe aumentou mais enquanto sentia a familiar determinação tomar conta. Ela imaginou vagamente o que Weisinger tinha pra ela hoje. "Obrigada, Jeremy." Ela olhou as fotos e sorriu diante da qualidade. "Ótimas fotos. Obrigada. Você se importa em pegar meu último artigo na impressora pra mim? Eu não quero deixar o Weisinger esperando."

Feliz, Jeremy assentiu. "Sem problema, Srta. Sullivan. Boa sorte!" ele acrescentou por sobre o ombro enquanto saía.

Chloe entrou no escritório de Weisinger sem bater. "Você queria me ver?" ela anunciou sua entrada, e Weisinger olhou pra cima.

"Por que demorou tanto?" ele perguntou abruptamente, e Chloe escondeu um sorriso. Ela sabia que ele a aprovava, mas ele procurava não demonstrar. O homem diante dela mexeu em algumas coisas, falou irritado com a secretária, e acendeu um cigarro antes de olhar pra ela. Ela sabia que ele a estava fazendo esperar de propósito, mas não se incomodou, só esperou pacientemente por ele. "Tenho uma entrevista pra você, imaginei que com sua história com os Luthors, isso vai ser moleza. Bilionários e tudo mais", ele deu de ombros, um risinho divertido no rosto. "Robert Queen, cabeça da Queen Industries, está assinando um acordo com o Pentágono. Ele concordou em dar uma entrevista. Você vai encontrá-lo às 17:30hs no edifício Queen."

Chloe engoliu em seco. Pela primeira vez desde que Weisinger tinha lhe contratado, se perguntou se era a pessoa certa para o trabalho. Da última vez que teve contato com um diretor administrativo de uma empresa, acabou tendo toda sua vida revirada. Mas então, pelo que conhecia da Queen Industries, era completamente diferente da Luthorcorp.

Weisinger ergueu uma sobrancelha ao silêncio dela. Ele imitou sua voz. "Oh, obrigada, Sr. Weisinger. Eu nem sei como agradecer essa oportunidade. Eu prometo que não vou decepcioná-lo." Sua voz voltou ao normal. "Tudo bem, Sullivan, apenas não estrague tudo." Imitando sua voz de novo. "Não, sério. Eu não mereço o tratamento maravilhoso que estou recebendo. É demais. Eu nem sei o que dizer." Sua própria voz de novo. "Cala a boca, Sullivan." Voz dela. "Sim, Sr. Weisinger."

Chloe tentou evitar, mas deu risada. "Obrigada, Sr. Weisinger. Eu vou cuidar de tudo."

Ele ignorou sua declaração. "Onde está aquele artigo da ponte que eu pedi? Eu esperava recebê-lo na minha mesa há cinco mi-"

"Srta. Sullivan?" Jeremy colocou a cabeça timidamente dentro do escritório. "Eu trouxe o artigo pra você."

Sorrindo pra ele, Chloe pegou o artigo e as fotos e entregou ao editor. "Obrigada, Jeremy", ela sussurrou antes dele sair.

Resmungando mesmo assim, Weisinger pegou o artigo e Chloe aproveitou para sair.

Ela se sentou em sua mesa e checou o e-mail. Havia um de Lois, perguntando como ela estava indo na Gazeta e então contando sobre seu último triunfo no Planeta. Chloe sorriu enquanto lia, balançando a cabeça para sua prima. Eventualmente ela percebeu que deveria sair mais cedo para se trocar e se fazer apresentável para a entrevista com Robert Queen.

Em casa, ela trocou de roupa e lavou o rosto antes de reaplicar a maquiagem. Enquanto fazia isso, tinha o laptop na frente e estava pesquisando tudo sobre Robert Queen, a Queen Industries, e o novo contrato com o Pentágono para que pudesse bolar suas perguntas.

Exatamente às 17:20hs, Chloe estava saindo do táxi e subindo pelo elevador até o último andar, o do escritório executivo.

Quando saiu do elevador cinco minutos depois, ela encontrou a secretária do Sr. Queen, uma mulher magra e com cabelos castanhos encaracolados, sentada em sua mesa onde havia um jovem alto e atraente recostado. Chloe instantaneamente percebeu que a secretária estava ficando vermelha. Então ela ouviu o que ele estava falando.

"Sabe, Srta. Hart, eu já disse o quanto esse perfume é adorável?"

Se fosse possível, a Srta. Hart teria ficado ainda mais vermelha. "Só todas as vezes que você quer alguma coisa."

Ele se inclinou pra frente, sorrindo. "Bem, eu estou falando sério. Que fragrância é?"

"Chanel nº 5."

"Eu vou te dar um no seu aniversário. É daqui a um mês, não é?"

Genuinamente embaraçada, a mulher assentiu, e Chloe revirou os olhos, ainda despercebida pelos dois.

"Escuta, eu só quero falar com ele. Só preciso que você me diga onde ele está. Eu nem vou dizer que foi você que me contou. Ele está no escritório ou não?"

"Eu já disse, ele não quer ser incomodado. Ele tem uma reunião a qualquer minuto. Sinto muito." Havia um tom exasperado na voz dela.

Assim que o homem abriu a boca pra responder, Chloe decidiu se fazer perceber. "Na verdade, a reunião dele é comigo", ela ergueu a mão para indicar sua presença. Srta. Hart e o homem olharam pra ela surpresos.

"Você deve ser a Srta. Sullivan", disse a secretária, dando-lhe um olhar agradecido.

"Sim. Eu estou aqui para ver o Sr. Queen."

A isso, o homem deu um risinho e se recostou na mesa pra ficar de frente pra ela. "Não precisa procurar mais."

Chloe lutou ao desejo de revirar os olhos. Cuidadosamente ela tentou manter o desdém longe de sua voz. "Você não é Robert Queen."

O risinho ficou mais distinto. "Não. Filho dele."

Imediatamente Chloe agradeceu não ter dito nada estúpido. Ela tinha ouvido muitas fofocas sobre Oliver Queen. Havia rumores de que ele tomaria conta da empresa de seu pai nos próximos anos, embora não tivesse sido confirmado. Mesmo sendo conhecido como um sagaz homem de negócios, muito parecido com seu pai, ele também era o filho selvagem de Star City, por assim dizer. Ele se envolvia em mais problemas do que a mídia conseguia divulgar, e normalmente fazia isso com uma mulher em cada braço. Ela engoliu em seco. Bilionários.

Oliver ergueu uma sobrancelha ao silêncio de Chloe, mas a Srta. Hart os interrompeu. "Você pode entrar, Srta. Sullivan. Ele está te esperando."

A expressão de Oliver rapidamente ficou indignada. "Agora, como você pode fazer isso por ela?"

Chloe falhou ao tentar suprimir um sorriso. "Você ouviu, eu sou esperada", ela disse, cutucando-o levemente enquanto passava por ele e se aproximando da secretária. Ela se inclinou como se fosse dizer alguma coisa confidencial. "Alguma coisa que eu deva saber sobre ele?"

"Ele gosta de loiras", ela disse, revirando os olhos. "E bebe demais para o próprio bem."

Chloe franziu a testa antes de entender o que ela tinha dito. "Eu estou falando do pai", ela disse com uma risada.

"Oh. Não se preocupe. Você vai ficar bem. O Sr. Queen é um homem extremamente gentil."

Chloe sorriu. "Obrigada..."

"Leanne."

"Obrigada, Leanne." Com isso, Chloe foi direto para o escritório, propositadamente não olhando uma segunda vez para Oliver Queen.


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10 comentários:

  1. Ah, demais!!!!!

    Adorei!!!!


    Pronto, a história já me fisgou completamente... adorei a ideia e adorei esse primeiro contato entre os dois...

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    1. Que bom que a história te fisgou... acompanhe com a gente... :D

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  2. Hummmmm... adorei o encontro chlollie... também estou fisgada... mais, mais, mais...

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    1. Também adoro esse encontro... mais logo, logo... :D

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  3. Muito interessante...

    Já me conquistou também!!!

    GIL

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    1. Êêêêêêê... que bom que a história também te conquistou, GIL, continue acompanhando com a gente... :D

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  4. humm interessante rsrs
    Morro de preguiça dessa histórias de AU, mas acho que gostei deste começo...
    que venha mais :)

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    1. Oba, que bom que você gostou, Letícia, eu acho que você não vai se arrepender de acompanhar... :D

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  5. Ele gosta de loiras...Chloe já esta na mira... to começando a gostar.

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    1. haha, acho que a Chloe não tem escapatória... :D

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