21.12.11

Road To Redemption (3/12)

TítuloCaminho Para A Redenção
Resumo: Terceira e última parte da trilogia que começa com A Fine Line e Better Late Than...
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R



Anteriores: Um - Dois


Demorou dois dias pra encontrar o apartamento dela.

Ele tentou procurar Oliver primeiro e o outro homem tinha lhe dado um olhar tão gelado que se não fosse kryptoniano, Clark provavelmente teria congelado como sua fortaleza no Ártico.

Como se não fosse nada, o olhar que Lois lhe deu foi ainda pior.

Sim, alguma parte dele sabia que ele merecia. Sabia que tinha sido errado ignorar os alertas de Oliver sobre Lex. Que ele a tinha decepcionado de um jeito que não tinha feito antes. E ele sentia falta dela.

Entre a culpa e a solidão, Clark sabia que tinha que encontrá-la de um jeito ou de outro e quanto finalmente conseguiu, ficou parado na porta dela quase vinte minutos antes de ter coragem de bater.

Chloe estava se arrumando quando ouviu a batida na porta, ela franziu a testa e olhou na direção do corredor, ninguém batia, os rapazes sempre ligavam antes de vir e Ollie, Lois e Arthur tinham suas próprias chaves. Ela correu a mão pela blusa e se olhou no espelho, desejava que não fosse Oliver porque não estava nem perto de estar pronta, não quando passou a última uma hora e meia tentando decidir o que vestir.

Respirando fundo, ela saiu pela porta, seus saltos fazendo barulho e em seguida fazendo uma cara, deveria ter visto quem era antes de dar algum sinal de que havia alguém em casa, mas tinha certeza que agora já era tarde. Seu estômago estava em nós quando se aproximou da porta, apertando os lábios, ela franziu a testa quando olhou pelo olho-mágico, era a última pessoa que ela esperava, mas agora sabia que ele definitivamente a tinha ouvido, independente dos saltos.

Ela correu as mãos pelo rosto, então estendeu a mão até a porta, abrindo-a lentamente e olhando pra ele. "Imaginei que não ai demorar pra você me encontrar."

Clark prendeu a respiração enquanto a porta se abria. "Eu venho procurando há dois dias." Ele parou. "Não tive muita sorte perguntando."

"Fiquei sabendo", ela disse, refletindo por um momento antes de dar um passo para o lado.

Ele hesitou, então entrou, colocando as mãos nos bolsos e olhando ao redor, seus olhos arregalando um pouco. "Você está... bem instalada."

Apertando os lábios, ela olhou ao redor da cobertura e assentiu. "Estamos chegando lá." Ela concordou, então se virou para olhar pra ele.

Ele olhou pra ela por um momento. "Eu queria ver como você estava", ele disse baixinho.

Chloe olhou de volta pra ele, em silêncio por um momento, então deu de ombros, a culpa na expressão dele era difícil não perceber. "Melhor."

"Bom", ele sussurrou. "Você parece melhor."

"Como você está?" Ela se forçou a perguntar.

Clark assentiu um pouco. "Eu estou bem", ele disse sem hesitar.

"Bom", ela disse, assentindo e então desviando o olhar, na direção da janela e de volta. "Tem mais alguma coisa que você queria saber?"

Ele se encolheu e olhou para o chão. "Eu achei que pudéssemos conversar", admitiu. "Não precisa ser agora se você estiver ocupada. Mas talvez pudéssemos almoçar qualquer dia?"

Chloe refletiu por um momento. Ela não queria ir, mas sentia como se tivesse, porque ele era o Clark e por alguma razão ele sempre conseguia fazê-la se sentir como se o estivesse decepcionando. Mas ela faria em seus próprios termos. "Eu te ligo e aviso quando eu estiver disponível, tenho andado ocupada."

Clark assentiu um pouco. "Sim, eu ouvi sobre a Ísis , ele admitiu suavemente. "Você está fazendo uma coisa boa, Chlo."

"Espero que sim", ela disse, observando-o, sinceramente surpresa que ele parecesse estar se esforçando.

Ele lhe deu um pequeno sorriso, encontrando seus olhos. "Então tá bom. Eu uh - eu vou embora, assim você pode voltar a..." Ele gesticulou vagamente com a mão. "Fazer o que você estava fazendo."

"Sim, eu preciso terminar de me arrumar, Ollie vai chegar logo." Ela disse a ele, sabendo exatamente o que estava dizendo e disse só pra ver como ele reagiria ao nome de Ollie. Isso lhe diria o quanto exatamente Clark estava se esforçando ou se era só Clark tentando estar no controle.

Clark parou a isso. "Vocês vão jantar?" ele perguntou incerto.

"Vamos ao teatro, na verdade", ela disse, erguendo as sobrancelhas. "O Fantasma da Ópera está na cidade."

Ele olhou pra ela surpreso. "Eu não sabia que você gostava de musicais."

"Eu nunca fui em nenhum, ele acha que eu vou gostar", ela disse calmamente, ainda observando as reações dele atentamente e embora estivessem mais controladas do que ela esperava, sabia que ele estava tentando descobrir o que exatamente estava acontecendo entre ela e Oliver.

Clark a observou por um momento e então assentiu. "Espero que vocês se divirtam", ele disse, dando-lhe um sorriso. "Depois me conta como foi."

Isso na verdade a surpreendeu um pouco mais, ele parecia muito determinado a não perguntar diretamente, ela assentiu. "Eu conto."

"Boa noite, Chlo", ele disse, indo para a porta novamente.

"Tchau, Clark." Ela disse a ele, observando-o, planejava ligar pra ele pra almoçar algum dia, mas ia pedir que ele passasse na Isis, sentia como se fosse ficar mais confortável em conversar com ele lá do que dentro de sua casa.

Oliver estava chegando quando viu Clark, sua mandíbula travando quando viu o outro homem. "Clark."

Clark piscou e levantou a cabeça, erguendo as sobrancelhas. "Oliver."

"O que você está fazendo aqui?" Ele lutou para manter o tom calmo.

"Eu vim ver a Chloe", ele disse baixinho.

Ele olhou para Clark por um longo momento. "Bem, eu tenho que admitir, você realmente tem coragem."

Ele travou levemente a mandíbula. "Estou tentando me desculpar com ela, Oliver."

"E como isso está funcionando pra você?" ele perguntou distante.

Clark apenas olhou pra ele, mas não disse nada.

Balançando um pouco a cabeça, ele passou por Clark, indo até a porta.

"É melhor você não estar se aproveitando da situação", Clark acrescentou antes que pudesse se impedir, mas não se virou para olhar pra Oliver.

Ele parou, seus músculos tensionando enquanto se virava devagar para olhar para Clark. "Vai se foder, Clark."

Clark se virou para olhar pra Oliver e ergueu um pouco as sobrancelhas. "Eu estou falando sério, Oliver, e se eu descobrir que ela está me afastando por causa de você..."

Oliver foi até Clark, seus olhos sombrios. "Se ela está te afastando, é por causa do que você fez, não por causa do que eu tenho feito. Francamente nós nem conversamos sobre você", ele disse secamente.

"Isso é entre Chloe e eu. Apenas se lembre disso", Clark disse, olhando para Oliver por um longo momento antes de se virar e continuar a andar.

"Não. Você não tem o direito de vir aqui depois de meses e tentar continuar as coisas de onde você parou antes de abandoná-la e então se atrever a me ameaçar. Se Chloe quiser ver você, a decisão é dela. Mas depois do que você fez, você não merece nada vindo dela." Ele olhou feio para as costas de Clark.

Clark se virou mais uma vez e olhou para Oliver. "Como você disse, a decisão é dela."

"Sim, é. E se ela não está interessada, você vai ter que respeitar isso e se você não respeitar, eu vou mandar os rapazes colocarem tanta kryptontia ao redor do apartamento que você não vai conseguir chegar perto sem vomitar." Oliver disse.

"Chloe jamais concordaria em me machucar desse jeito e se isso acontecer, eu vou saber que foi você." Clark disse, seus olhos arregalados de raiva enquanto cerrava as mãos em punhos.

"Pode ter certeza que serei eu", ele disse sem hesitar. "Mas eu não vou deixar você machucá-la ainda mais."

"Eu não sou o Lex, Oliver, eu jamais a machucaria!" Clark disse a ele, sua voz um pouco alta. "Mas ela está frágil e você está tirando vantagem disso e tentando controlá-la!" Ele acusou finalmente.

Oliver travou a mandíbula e desejou que tivesse kryptonita com ele para poder dar um murro em Clark e causar dor física de verdade. "Você já a machucou, Clark. E eu não estou tirando vantagem de nada", ele disse tenso, suas mãos cerradas em punhos. "Muito menos tentando controlá-la."

"Isso eu é que vou ver", Clark disse.

Isso lhe rendeu uma risada. "Adivinha? Você perdeu o direito de julgar qualquer coisa sobre mim ou Chloe, ou sobre nosso relacionamento no dia que você decidiu acreditar que ela estava com Lex porque queria sem nenhuma prova do que você supunha. Então você pode ir pro inferno na minha opinião."

"Essa é a sua visão das coisas, Oliver. Mas não é a opinião de Chloe e a opinião dela é a única que me importa." Clark disse antes de se virar e se afastar.

"É o que vamos ver", Oliver murmurou, ainda tenso enquanto ele também se afastava.

***

Chloe mal tinha conseguido terminar de se trocar quando ouviu a porta do apartamento se abrindo, ela ergueu um pouco as sobrancelhas e colocou a cabeça pra fora do quarto. "Você chegou cedo."

Ele se forçou a respirar fundo para acalmar sua fúria, correndo a mão pela nuca enquanto encontrava os olhos dela. "Sim, espero que não tenha problema."

"Não tem", ela disse e então franziu um pouco a testa, vendo a postura dele. "O que aconteceu?" Ela perguntou e então franziu ainda mais a testa. "Você encontrou com o Clark." Ela respondeu a própria pergunta antes dele.

Ele piscou a isso. Deveria saber que ela ia perceber. "Não é nada demais."

"O que ele fez?"

"Nada, Chloe", ele disse a ela suavemente, balançando a cabeça. "Você está bem?" Ele a estudou, tentando perceber como ela estava depois de ter encontrado com Clark.

"Sim, eu estou bem", ela disse firmemente e se aproximou. "Mas eu vou ficar ainda melhor se você tentar parar de me proteger e me contar o que ele fez."

Oliver suspirou, desviando o olhar, sua mandíbula travando. "Clark parece achar que eu sou a razão pra você estar afastando ele."

Ela ergueu as sobrancelhas e deu um risinho sem humor. "Claro que ele está, jamais poderia ter sido por alguma coisa que ele fez."

"Deus nos livre do Clark se sentir culpado", ele murmurou.

"Ele não vai", Chloe disse a Oliver. "Nós sabemos muito bem."

Ele olhou pra ela, sua expressão ilegível. "Sim, sabemos."

"O que mais, Oliver?" Ela perguntou, franzindo um pouco a testa diante da expressão dele.

"Ele disse que eu estava tirando vantagem de você." Sua voz baixa, e parte dele não podia deixar de se perguntar se ele estava certo sobre isso.

E se isso o estava incomodando, só podia significar que sim. "E você acreditou nele?" Ela perguntou incrédula.

Oliver expirou, recostando-se contra a parede, olhar abatido. "Você passou por muita coisa", ele disse suavemente. "E se eu tiver, em algum momento, tirado vantagem de você, eu sinto muito porque essa é a última coisa que eu quero fazer, Chloe."

"Oliver..." ela balançou a cabeça e se aproximou. "Você não pode estar falando sério, você não fez outra coisa a não ser me ajudar e me apoiar durante tudo isso e você nunca me pediu nada nesse tempo todo. Tudo que você tem feito é me ajudar em tudo que eu pedi sem nunca questionar."

Ele olhou pra ela intensamente, relaxando um pouco quando viu o quanto ela estava falando sério. Sem falar nada, ele estendeu a mão e pegou a dela, levando-a até sua boca para beijá-la. "Não tem nada que eu não faria por você", ele sussurrou.

Ela apertou a mão dele e manteve o olhar, sua mandíbula ainda travada, ela definitivamente ia convidar Clark para o almoço agora, o mais cedo possível. "Eu sei", ela disse a Oliver baixinho, ele tinha, afinal, matado Lex por ela e ela não podia pensar em nada maior que isso. "Jamais dê ouvidos a Clark, Ollie, ele não faz ideia de como é nossa vida."

Oliver assentiu levemente, expirando. "Eu sei. Você está certa", ele murmurou. "Olha, Chloe." Sua voz era baixa. "Se você quer Clark na sua vida, essa decisão é completamente sua. Eu vou respeitar." Ele olhou pra baixo. "Mas eu não tenho certeza se algum dia vou conseguir perdoá-lo."

"Eu fico feliz", ela disse seriamente. "Porque mesmo que eu consiga, eu vou precisar de alguém pra me lembrar porque eu não deveria confiar nele."

Ele hesitou por um segundo antes de passar os braços ao redor dela, dando um beijo em sua têmpora, ele murmurou, "Eu te amo."

Respirando fundo, ela passou os braços ao redor dele e fechou os olhos. "Eu amo você", ela sussurrou.

Ele fechou os olhos também. "Como Lois está hoje?"

"Ela estava passando mal de novo quando acordou, mas melhorou depois", ela disse baixinho, mantendo os olhos fechados e virando um pouco a cabeça, roçando a nariz em sua mandíbula.

"Talvez Emil esteja certo", ele murmurou, relaxando um pouco mais enquanto a abraçava.

"Sim, ela parecia bem melhor quando eu a vi", Chloe disse, mesmo enquanto continuava pensando na conversa que teria com Clark no dia seguinte.

Oliver levou a mão até o cabelo dela, acariciando suas costas. "Ainda está com vontade de ir ao teatro?" ele perguntou.

Chloe sorriu, decidindo naquele momento esquecer Clark até a manhã seguinte. "Sim", ela disse a Oliver, virando a cabeça para olhar pra ele. "Eu preciso terminar de me arrumar."

Ele sorriu de volta pra ela, encontrando seus olhos. "Tudo bem." Ele beijou sua testa.

Ela deu um beijo em seus lábios e então sorriu um pouco mais. "Eu não vou demorar." Ela prometeu.

Ele sorriu, beijando-a de volta e roçando o nariz contra o dela. "Ok."

Chloe não pôde deixar de sorrir suavemente pra ele enquanto se afastava, ela respirou fundo e foi na direção do quarto de novo, aliviada que aparentemente tivesse conseguido fazê-lo relaxar.

***

Ela se virou um pouco na cama, podia sentir Oliver deitado ao seu lado, o braço dele ao seu redor e ela franziu a testa, olhos ainda fechados. Não gostava de dormir com ele atrás dela, então ela se virou, mas quando fez isso, sentiu algo molhado em seu travesseiro, piscando enquanto abria os olhos, ela virou a cabeça. "Ollie?" Ela murmurou sonolenta, levantando um pouco a cabeça para olhar pra ele, seus olhos arregalando quando percebeu que o líquido no travesseiro era um pouco escuro.

"Ollie!" Ela gritou, chacoalhando-o para fazê-lo acordar, mas quando fez isso, ele se deitou de costas e ela sentiu o estômago apertar quando viu o buraco de bala em sua testa. "Ollie, não", ela o balançou novamente, mas ele não se mexeu, tinha o olhar vidrado para o teto e havia sangue por todo lugar.

E então uma risada baixinha vinda do canto do quarto fez um tremor correr sua espinha. Ela se virou para vê-lo saindo das sombras.

"Você não achou que ia se livrar de mim tão facilmente, achou?" Lex disse enquanto se aproximava do lado dela da cama.

"O que você fez?" Ela perguntou, sua voz tremendo enquanto olhava pra ele.

"O que é justo, Chloe", ele disse, ajoelhando-se ao lado da cama e se inclinando sobre ela. "Exatamente o que ele fez comigo." Ele deu um risinho e o estômago dela revirou, ela podia sentir o cheiro dele, podia sentir o hálito dele em sua boca enquanto se aproximava ainda mais. "Eu disse que era seu dono."

Ele a empurrou contra a cama e passou os dedos ao redor de sua garganta. "Você é minha!" Ele disse alto.

"Não!" Ela arfou, chutando-o enquanto ele ficava em cima dela, mas não conseguia atingi-lo, não conseguia alcançá-lo. "Ollie!" Ela gritou, fechando os olhos com força e puxando a mão de Ollie com a maior força que podia.

Oliver acordou quando sentiu um chute em seu joelho e ouviu um grito assustado. Demorou apenas alguns segundos para perceber onde estava - enquanto Chloe se debatia na cama violentamente. "Chloe!" Ele pegou a mão dela e apertou gentilmente para não assustá-la ainda mais. "Ei, está tudo bem. Você está tendo um pesadelo. Acorda, Chloe."

Ela abriu os olhos quando ele apertou a mão dela e se sentou, arfando, sua mão livre indo para a garganta, então de repente ela se virou pra ele, olhos arregalados enquanto tentava focalizar seu rosto.

"Chloe? Está tudo bem", ele sussurrou, segurando a outra mão dela. "Você está em segurança."

Ela estava respirando pesadamente enquanto soltava uma das mãos e ainda tremendo tocava a testa dele com a ponta dos dedos.

Ele franziu um pouco as sobrancelhas com as ações dela, mas não se afastou. Depois de um momento, ele acendou o abajur. "Está tudo bem", ele murmurou.

Assim que acendeu a luz, ela olhou ao redor do quarto rapidamente, garantindo que estivessem sozinhos antes de respirar fundo tremulamente e passando os braços ao redor do pescoço de Ollie. "Ele deu um tiro em você", ela sussurrou.

Oliver fechou os olhos, passando os braços ao redor dela também. "Não", ele sussurrou. "Eu estou bem aqui. Eu estou bem."

Chloe se aproximou mais e estremeceu ao se lembrar do sonho, instintivamente apertando os braços ao redor dele.

Ele correu a mão pelas costas dela, mantendo-a perto. "Ele não atirou em mim", ele murmurou. "Nós dois estamos em segurança."

O corpo dela começou a relaxar um pouco e ela respirou fundo antes de olhar pra ele. "Obrigada", sussurrou.

Ele beijou sua têmpora suavemente, assentindo um pouco. "De nada."

Ela suspirou profundamente e se recostou contra ele. "Eu achei que os pesadelos tivessem parado", ela murmurou, derrotada. Fazia semanas desde seu último pesadelo, ela pensou que eles tivessem acabado, que ela finalmente tivesse conseguido se livrar deles, mas estava errada, e agora, ele estava invadindo sua casa, seu lugar seguro.

Oliver ficou em silêncio por um momento e se mexeu na cama, recostando-se contra a cabeceira e mantendo-a perto dele. Acariciando seu cabelo, ele beijou o alto de sua cabeça. "Não é uma coisa fácil", ele sussurrou, descansando a cabeça contra a dela.

Ela se ajustou um pouco e assentiu. "Eu sei, mas eu quero me livrar dele completamente." Ela olhou pra ele, olhos arregalados. "Eu estou cansada." Ela sussurrou.

Ele encontrou seus olhos e assentiu levemente, segurando seu rosto. "Eu sei, Chloe. E você vai conseguir."

Chloe inclinou a cabeça ao toque e assentiu um pouco, olhando pra ele. "Obrigada por estar aqui." Ela disse baixinho, sempre dizia isso a ele quando tinha um pesadelo porque sabia que estaria ainda mais assustada se estivesse sozinha.

"Eu não queria estar em nenhum outro lugar", ele disse.

Ela levou a mão até o rosto dela. "Eu não quero que você se machuque por minha causa." Ela sussurrou antes de perceber que estava dizendo as palavras em voz alta.

Oliver se virou para beijar a mão dela. "Ele se foi", ele sussurrou. "Ele não vai voltar, lembra?" Sua palavras eram gentis. "Então estamos em segurança."

Apertando os lábios, ela assentiu um pouco. "Podemos pedir para o Bart ir lá checar de novo amanhã, só pra garantir?"

O peito dele apertou às palavras. "Claro que sim", ele concordou sem hesitar, beijando sua testa.

Chloe moveu os braços até estarem sob os braços dele e deitou a cabeça em seu ombro, ela sabia que era besteira, tinha visto a bala atravessar a cabeça de Lex com seus próprios olhos, mas de vez em quando, pedia a Bart para ir até a ilha onde ele tinha enterrado Lex para garantir que o corpo ainda estivesse lá e ele não tivesse de algum jeito miraculoso voltado a vida e saído do túmulo.

Ela conheceu pessoas que voltaram a vida antes, ela mesma incluída.

"Vai ficar tudo bem", ele sussurrou, ainda acariciando as costas dela. "Eu prometo, Chloe." Ele expirou devagar, fechando os olhos. Desejava que tivesse alguma coisa que pudesse fazer parar todos os pesadelos, a dor e o medo. Mas ele sabia que tudo que podia fazer era estar ali pra ela. Era o que J'onn e Joyce Smith, do centro de ajuda a vítimas de estupro, tinham dito a ele, e sabia que eles estavam certos.

Assentindo, ela suspirou profundamente e levantou a cabeça, beijando sua mandíbula. "Você é tão maravilhoso, Ollie. Obrigada."

Oliver sorriu e olhou pra ela. "Descansa", ele sussurrou. "Eu estou bem aqui."

Ela assentiu, observando-o por um momento e então estendendo a mão e tocando a testa dele de novo, olhando pra ele por um longo momento e então o beijando devagar.

A ação o pegou um pouco de surpresa, mas ele lhe deu um beijo suave, encorajador e confortante.

Chloe desceu a mão até o rosto dele enquanto o beijava lentamente, relaxando enquanto o fazia, sentindo os lábios quentes contra o dela, sentindo seu cheiro confortante e sentindo os braços ao seu redor. Ela prestava atenção aos detalhes, a todos os contrastes e ao quão diferente ele a fazia sentir.

"Eu amo você", ele sussurrou contra seus lábios, roçando o nariz contra o dela, relaxando enquanto ela fazia o mesmo.

"Eu amo você", ela repetiu, mantendo os olhos fechados enquanto deitava a cabeça contra o peito dele, ouvindo seu coração.

Ele deitou a cabeça contra a cabeceira da cama enquanto ela relaxava em seus braços, e ele fechou os olhos mais uma vez. Amanhã ele mandaria Bart verificar se Lex ainda estava no túmulo - não porque ele duvidava, mas porque sabia que era a única coisa que acalmaria Chloe.


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5 comentários:

  1. Todas as sequencias dessa história são perfeitas. Ricas em detalhes e bastante realistas

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  2. Verdade, Vinicius, por isso que essa trilogia é tão boa!!!!

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  3. Concordo, o realismo é o que deixa essa fic tão especial...

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  4. Verdade. Acho que por isso ela é tão irresistível... Acompanhar todo o processo de recuperação da Chloe suas inseguranças e conquistas é muito bom, afinal as coisas não acontecem de forma instantânea.

    GIL

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  5. Essa trilogia é simplesmente MARAVILHOSA!!!!!

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