7.7.12

Of Fortune Cookies and Kitchen Remodels

Título: Sobre Biscoitos da Sorte e Reformas de Cozinha
Resumo
: Oliver pode esperar por Chloe o tempo que for necessário, ele só espera que ela não demore muito.
Autora
: bella8876
Classificação: PG-13
Spoiler: continua de onde Absolute Justice parou, spoilers de Warrior.




As portas da Torre de Vigia se fecharam atrás de Chloe e ela se virou para certificar-se de que elas estavam trancadas. Sua mão parou na maçaneta, incerta por um minuto. Sabia que precisava sair da Torre de Vigia. Clark tinha dito isso a ela, John tinha falado, até mesmo Oliver havia lhe dito, não com todas as letras. Ela sabia que não era bom ficar trancada lá em cima e romper com o mundo real e que eles estavam apenas saindo para jantar. Mas ela não podia deixar de lembrar-se da última vez que saiu, em como um homem havia morrido, como ela mesma quase morreu. De repente ela estava com medo e não queria mais nada além de correr de volta para dentro e fechar a porta atrás de si.

"Chloe?" Oliver virou-se pra ela, um sorriso no rosto como se soubesse exatamente o que ela queria fazer. "O que você acha?" Eles começaram a descer as escadas do prédio até a porta.

Ela olhou entre John e Oliver timidamente. "Sobre?" Eles sorriram com indulgência.

"O jantar." Oliver disse. "Você tem alguma preferência?”

"Eu estou no clima para comida chinesa, na verdade." Ela disse, se aconchegando em sua jaqueta quando atingiu a rua e o ar frio da noite a envolveu.

"Chinesa?" Oliver virou-se para John. "Eles têm biscoitos.”

"É, eles tem.” John assentiu. ”Comida chinesa, então.”

"Ótimo." Chloe deslizou a mão facilmente na dobra do braço que John a ofereceu, mas seu sorriso logo desapareceu quando o rádio no cinto dele chiou.

"Unidade 58, temos um 10-54d em Wilbert e Vine, precisamos de reforços.” A voz do oficial estava irregular, mas compreensível para todos eles. Chloe e Oliver estavam ambos familiarizados o suficiente para saber que um 10-54d era possivelmente uma morte, ele não podia ignorar isso.

John olhou pra cima e Oliver suspirou. "Vai." Disse ao outro homem.

"Vou pedir Moo Shu extra e guardá-lo pra você." Chloe lhe ofereceu. "Volte depois de seu turno.”

"Você é a melhor.” Ele disse, deslizando o braço de Chloe para fora dele e passando-a para Oliver com facilidade antes de beijar a testa dela. "Voltando para a Unidade 58, estarei aí em um minuto." Ele virou a esquina e desapareceu.

Oliver virou-se para Chloe e quase ao mesmo tempo pareceram notar a posição em que estavam. Chloe com o braço aninhado em Oliver. Chloe ficou tentada a usar a saída de John como uma desculpa para fazer isso também e fez um movimento para se afastar, mas Oliver abraçou-a, mantendo-a ali como se soubesse o que ela estava pensando. "Jantar então." Ele sorriu e Chloe só podia sorrir e acenar com a cabeça em troca.

Eles chegaram rapidamente ao restaurante, se sentaram, pediram a comida e então eram apenas eles dois. Havia algo em que ela estava pensando, algo que esteve girando em sua cabeça desde quando conversou com Courtney, por isso antes que pudesse se impedir ela trouxe o pensamento até Oliver. "Preciso de um favor.”

"Claro, qualquer coisa." Oliver respondeu sem hesitação. Chloe abriu a boca para continuar e Oliver levantou a mão. "Na verdade, não qualquer coisa. Acredite ou não, há algumas coisas que a Queen Industries ainda tem de realizar.” Ele pegou sua carteira e começou a procurar por algo. "Eu tenho uma lista aqui em algum lugar." Ele puxou um pedaço dobrado de folha de papel, desdobrou-o e entregou a Chloe.

"Você tem uma lista do que não pode fazer na carteira?" Chloe perguntou divertindo-se enquanto pegava o papel.

"Isso me mantém com os pés no chão. Me lembra que eu não sou todo-poderoso.” Oliver encolheu os ombros.

"Quer dizer que super herois aposentados te atirando pelas janelas não foi suficiente?" Oliver olhou feio e ela riu voltando sua atenção para a lista. "Ok, vamos ver o que o todo poderoso Oliver Queen não pode fazer. Viajar no tempo, faz sentido.” Chloe sorriu lendo a lista. “Clonagem de DNA de um reptiliano morto." Ela olhou para Oliver. "Por favor, me diga que a Queen Industries não tentou fazer seu próprio Jurassic Park."

"Esse filme foi cientificamente muito estimulante e não menos maravilhoso." Oliver replicou.

"Também se pode dizer que foi uma espécie de fábula." Chloe apontou. Oliver apenas revirou os olhos enquanto ela se voltava para o papel. "Viagem pessoal para o espaço, tem um ponto de interrogação nesta.”

"Nós estamos trabalhando em algumas coisas." Oliver sorriu. "Então eu posso fazer qualquer coisa que não está nessa lista." Chloe dobrou a lista e deslizou-a por cima da mesa pra ele. A comida chegou e eles interromperam a conversa por um minuto.

"Eu quero; não, eu preciso fazer algumas mudanças." Ela disse pegando seu prato. "Na Torre de Vigia."

"Eu consegui uma empresa que virá amanhã consertar a janela. Qualquer outra coisa que esteja danificada basta você me enviar uma lista...”

"Eu não estou falando de reparos." Chloe disse. "Estou falando sobre mudança, reforma.”

Oliver colocou os pauzinhos no prato e lhe deu toda atenção. "O que você tem em mente?"

"É ótimo Oliver, de verdade, tudo o que você fez naquele lugar, e tudo que você tem me dado. Eu realmente agradeço. Você transformou aquilo em algo fantástico.” Ela se encolheu em seu assento. "A questão é, eu estava conversando com Courtney e acho que se queremos ser uma equipe, se queremos ser uma família como a SJA era, ela precisa ser uma casa primeiro e depois uma base.”

Oliver permitiu que um pequeno sorriso se espalhasse pelo seu rosto. "Quer dizer que você está querendo trocar alguns de seus monitores por um conjunto de sala de estar?”

"Trocar não, apenas mudar de lugar." Chloe disse. "Quero que as pessoas se sintam confortáveis ​​e seguras lá." Ela vacilou um pouco e então suspirou. "Quero que todo mundo venha para o jantar de domingo, fiquem para uma noite de cinema. Eu gostaria que fosse o lugar onde todos trouxessem as famílias para o jantar de Ação de Graças. Mas eles não podem porque... Eu não tenho uma mesa de jantar ou um fogão funcionando, nem sequer há uma geladeira de verdade ou um lugar pra assistir TV, ou luminárias ou quadros nas paredes. Quando Jimmy morreu, ele não tinha terminado de arrumá-la ainda e quando eu construí a Torre de Vigia, coisas como alimentos e velas perfumadas não estavam realmente no topo da lista de coisas que eu achava que eram importantes. Mas agora, euquero uma casa, Oliver.”

"Ok." E isso é era tudo o que precisava. Chloe disse que queria uma casa e Oliver disse ok e ela não pensou uma única vez, nem por um segundo sequer que ele não a apoiaria.

O clima ficou leve depois disso. Uma vez que Chloe percebeu que queria uma casa, ela subitamente estava muito detalhista sobre o que queria em sua casa. "Prometa pra mim que você vai realmente usar um fogão de $ 7.000 para mais do que pizza congelada, e vou encomendá-lo agora.”

"Mas..." Chloe realmente fez beicinho. "É tão brilhante e vem em uma infinidade de cores." Ela observou, mostrando-lhe a imagem em seu telefone novamente.

"Sim, é muito bonito." Oliver concordou e Chloe efetivamente empregou-lhe um olhar de filhote. "Oh Deus, eu nunca disse não para você antes, como eu vou começar agora com algo tão estúpido como um fogão?"

Chloe sorriu. "Acho que vou pedir o azul." Ela franziu a testa. "Não, o vermelho é muito bonito." Ela mordeu o lábio e olhou para Oliver querendo a opinião dele sobre o assunto.

"Oh, por favor, você está querendo um verde, sem dúvida."

"Receio que não venha em verde." Chloe mostrou a ele as amostras de cores em seu telefone. "Não. Tem laranja, prata e bronze e cinco tons de azul, mas verde não.”

"Ok, nós não vamos ficar com este fogão." Ele pegou o telefone dela. "Vamos encontrar um fogão diferente, um fogão melhor, um fogão que venha em verde.”

E foi assim que Oliver começou a dar sua própria opinião sobre como ela devia decorar. "Eu não vou instalar um globo de boate e fim de papo.” Chloe riu, roubando o último camarão do prato dele. "Estou tentando construir uma casa, não um cenário pornô dos anos setenta.”

Ele jogou o guardanapo nela e depois fez uma anotação mental de mandar seu empresário verificar os jornais de amanhã, porque algumas pessoas em torno deles ouviram isso. Agora ele podia ver as manchetes. "Eu não estou fazendo um filme pornô.” Ele informou a uma mulher que parecia muito interessada no que Chloe falou.

"Você sabe que só piorou a situação."

"Soube assim que as palavras saíram da minha boca." Oliver balançou e bateu a cabeça na mesa. Chloe teve pena dele e estendeu-lhe o prato.

"Camarão?" Ele apenas sorriu e pegou o camarão.

A garçonete voltou com a conta e três biscoitos da sorte numa bandeja de prata. Oliver começou a abrir o seu imediatamente, engoliu-o e bufou para o seu muito vago destino enquanto ele enfiava a mão na carteira. "O que diz?" Chloe pegou e leu com a testa franzida. "A alegria de um homem prolonga os seus dias?" Chloe bufou também.

"Prolonga não é sequer uma palavra." Oliver destacou. "E eu não acho que vou viver mais se estiver alegre. Não na minha linha de trabalho." Ele entregou seu cartão para a garçonete. "O que diz o seu?" Quando Chloe não respondeu Oliver olhou para ela e franziu a testa ao olhar aflito no rosto dela. "Oh, isso foi... Eu não devia ter dito isso."

"Não, está tudo bem." Chloe assentiu e forçou um sorriso em seu rosto enquanto girava seu biscoito ao redor da mesa.

"Ok." Oliver balançou a cabeça. "Então,o que é que diz?"

Chloe pegou o biscoito começando a abri-lo e então parou. "Estou bem.”

"Você está bem?" Oliver perguntou. "O que significa isso?”

"Significa que eu acho que já tive previsões vagas sobre o meu futuro o suficiente para uma vida inteira." Ela largou o biscoito de volta no prato e olhou para cima para ver Oliver olhando pra ela atentamente. Ele ergueu as sobrancelhas e se recostou na cadeira. "Não é nada realmente, é apenas algo que Dr. Destino me disse.” Ela engoliu em seco. "Ele disse que o destino de Clark era brilhante, mas que eu trilhava o mesmo caminho que ele."

"Perdoe-me se eu não falo a língua secreta do alienígena de capacete.” Oliver balançou a cabeça. "Ele explicou isso melhor?"

"Não." Chloe disse. "Mas John me lembrou que o Dr. Destino passou a vida assistindo a todos, ver tudo o levou a loucura. Esse era o destino dele, enlouquecer e morrer sozinho."

"Esse não é o seu destino." Oliver agarrou seu pulso e ela sacudiu a cabeça. "Não, Chloe, olha para mim, esse não é seu destino. Isso não vai acontecer, você sabe por quê?" Ela piscou pra ele. "Porque eu não vou deixar."

"Mas a minha mãe." As palavras ficaram presas em sua garganta e os dedos dela tremiam. Pela primeira vez, ela realmente se permitiu pensar sobre o que Dr. Destino havia dito e ela estava assustada.

"Eu não posso...” Oliver suspirou e deslizou as mãos do pulso dela para cobrir seus dedos, mantendo-os parados, para acalmar o tremor. "Eu não posso te prometer que o que aconteceu com sua mãe não vai acontecer com você. Mas você me conhece Chloe, você sabe que agora eu tenho uma dúzia de médicos que estão trabalhando praticamente o tempo no caso da sua mãe e se isso acontecesse com você, eu teria duas dezenas, três sem pausas no trabalho." Ela enxugou as lágrimas que nem sabia que estava chorando. "E mesmo se eu não pudesse consertar, eu prometo para você Chloe, você não iria morrer sozinha." Ele pensou sobre o que Carter disse a ele. "Eu nunca fui bom em deixar as pessoas saberem que elas são importantes pra mim, mas você é. Você é minha melhor amiga, minha companheira, você me conhece melhor do que ninguém nesta vida e provavelmente nunca conhecerá, e eu não vou a lugar nenhum, ok." Ela assentiu e engoliu em seco. Eles ficaram quietos por um minuto enquanto Chloe se recompunha. "Então você vai abri-lo?"

"Eu prefiro não abrir." Chloe balançou a cabeça.

"Muito bem." Oliver pegou o terceiro biscoito do prato dela e Chloe bateu em sua mão.

"Você já teve a sua sorte, não seja ganancioso.”Chloe sorriu enquanto a garçonete trazia de volta o cartão de Oliver e entregava a Chloe um saco com o Shu Moo para viagem para John.

"Aquela estava ruim." Oliver protestou.

“Ruim ou não era a sua sorte e esta pertence ao John." Chloe arrancou o biscoito do prato e jogou-o no saco. Chloe começou a vestir a jaqueta e quando não estava olhando, Oliver pegou o biscoito dela da mesa e colocou-o no bolso. Ele a alcançou na porta e segurou-a aberta para ela. "Então, eu posso ligar amanhã para a empreiteira? Marcamos uma reunião?"

"Eu gostaria muito." Ela assentiu.

"Eu não posso acreditar que eles não têm um fogão verde." Ele bufou irritado.

"Sim, bem, é vida." Chloe lembrou.

"Ah Chloe, mas você se esqueceu de uma coisa importante." Oliver sorriu pra ela. "Eu sou muito, muito rico, ridiculamente rico, de um jeito que é praticamente indecente.”

"O que isso tem a ver com alguma coisa?" Ela riu.

"Se eu quiser um fogão verde, eu vou conseguir um fogão verde." Ele piscou e ela riu. Era uma risada plena e aberta e completamente espontânea e ele queria ouvi-la assim novamente mais do que qualquer coisa.

***************

Com certeza, três semanas depois, um fogão verde foi entregue na Torre de Vigia com um laço verde detestavelmente grande que ficava praticamente zombando de Chloe cada vez que olhava para ele, mas aos poucos ela começou a gostar mais. "Por que meu fogão muito caro ainda está parado no meio da sala?"

"Você não gosta de lá?" Chloe olhou por cima do ombro. "Eu gosto de lá, eu poderia mantê-lo lá. O que você acha?"

"É uma escolha de design interessante." Oliver se sentou ao lado dela na mesa.

"Nós ainda estamos tentando finalizar os planos para a cozinha e até que isso aconteça, ele ainda fica na sala de estar, ou o que vai ser a sala de estar. Nós estamos trabalhando nisso.” Ela assegurou-lhe. "Então o que te traz aqui?"

"Estava um pouco frio nesta manhã e assim que eu peguei meu casaco encontrei isso no bolso.” Ele deixou cair um biscoito da sorte em cima da mesa. “Está comigo desde aquele jantar que tivemos um mês atrás.”

"Você guardou?" Chloe sorriu e pegou o biscoito cuidadosamente.

"Eu guardei." Oliver encolheu os ombros. "Eu pensei que talvez um dia a ideia do futuro não te assustasse e você poderia querer dar uma olhada.”

"Isso é realmente... doce." Chloe cuidadosamente o colocou ao lado do tabuleiro branco, que Oliver havia dado a ela e se levantou. "Você é muito doce." Ela teve uma súbita vontade de beijar o rosto dele e assim o fez. Ela pensou que poderia parecer estranho, mas isso não aconteceu e em seguida ele corou e ela pensou que isso era ainda mais amável, tanto que o beijou de novo antes de caminhar para a cozinha metade demolida e servir mais café em sua xícara.

Oliver limpou a garganta e se virou. "Então você vai abri-lo?”

"Ainda não." Ela balançou a cabeça. "Eu acho que não estou pronta.”

"Não se apresse." Oliver se levantou. "O futuro não vai a lugar nenhum, afinal. Mas, infelizmente, o seu centro de comando vai. Temos os caras chegando amanhã para mover a Torre de Vigia para a sala dos fundos e eles precisam de algo para trazer pra cá, portanto você e eu vamos rodar um pouco por algumas lojas de móveis e tentar de fato comprar um sofá hoje.” Ele caminhou até a porta.

"Ótimo." Chloe disse. "Mas não verde. Eu não vou ceder sobre o verde. Há um milhão de outras cores lá fora, abrace-as, aprenda a amá-las.”

"Certo, provavelmente isso não vai acontecer." Oliver segurou a porta aberta para ela.

***********

No fim, eles chegaram de fato a um acordo sobre o sofá não ser verde (apesar das ameaças que foram feitas para a compra de almofadas verdes). A mesa de centro e as laterais foram rapidamente escolhidas e depois foi a hora de irem para a sala de jantar. Cinco horas e oito lojas depois, eles não estavam muito mais perto do que quando começaram. "Não, desculpe." Chloe balançou a cabeça e a vendedora segurou a ponte do nariz.

"Se você pudesse me dizer o que está procurando talvez eu pudesse ajudá-la a encontrar?" A pobre moça estava praticamente implorando por qualquer coisa que Chloe pudesse dar a ela neste momento.

"Eu estou procurando uma mesa de jantar."

"Sim." A menina acenou brevemente. "Eu lhe mostrei dez mesas de jantar.”

"Uma onde nós possamos comer." Chloe elaborou circulando a mesa, nem mesmo prestando atenção ao tom da voz da menina. "Você sabe, jantares de domingo e Ação de Graças.”

"Todas são mais do que capazes de fornecer esse serviço exclusivo." A garota zombou.

"Ei." Oliver exclamou e ela imediatamente voltou sua atenção pra ele. "A atitude não está ajudando em nada.” Ele também estava ficando um pouco frustrado e estava nisto há muito mais tempo do que ela, mas se Chloe precisava olhar dez mil mesas de jantar para encontrar a certa, ele ia deixá-la.

"Ela-" A garota se virou com raiva e foi interrompida pela chegada do gerente da loja, o que era provavelmente uma coisa boa, porque possivelmente ela tseria demitida no mínimo.

"Algum problema, Sr. Queen”? Ele perguntou a Oliver.
"Nenhum problema, senhor." A menina deu um pulo.

"Na verdade há um problema." Oliver olhou para a menina presunçosamente. "Nós estamos procurando por algo muito particular e eu não tenho certeza se Tiffany é a pessoa certa para nos ajudar a encontrar.”

O gerente virou-se para Tiffany e ergueu as sobrancelhas. "Tudo o que ela me disse é que está procurando por uma mesa de jantar onde ela possa comer no domingo e na Ação de Graças. Todas servem, eu só não sei o que ela quer."

"Eu acho que eu sei." O homem sorriu para Tiffany e virou-se para Oliver. "Eu temo que não vamos ter o que você está procurando.”

"Mas nós temos centenas de mesas de jantar." Tiffany protestou.

"Aqui." O homem entregou a Oliver um cartão de visita. "Vá para este lugar, fale com Tom, diga a ele o que você está procurando, ele poderá ajudá-lo.”

"Obrigado." Oliver apertou sua mão.

O lugar acabou por não ser uma loja como Oliver pensou, mas uma carpintaria e Tom, um fabricante de móveis. Oliver parecia cético, mas o rosto de Chloe se iluminou enquanto ela arrastava a mão ao longo de um armário que Tom tinha, aparentemente, esculpido à mão. Chloe explicou a ele o que queria e ele acenou com a cabeça como se entendesse perfeitamente, agarrando um bloco e esboçando alguns projetos até que Chloe estivesse feliz.

"Vai ficar pronta em algumas semanas e podemos entregá-la pra você." Tom disse e Chloe realmente o abraçou, beijando o rosto dele enquanto Oliver pegava seu cartão de crédito para pagar. Duas semanas depois, Chloe mal era capaz de segurar sua excitação quando os caras da entrega carregavam a mesa para cima no elevador de carga do edifício.

Ela não parecia muito diferente de muitas das mesas de sala de jantar que viram nas lojas. Tinha um tampo grande, de madeira, tinha quatro pernas e veio com cadeiras, parecia uma mesa de jantar comum pra ele. Eles tiveram que mover a mesa cerca de sessenta vezes antes que ela estivesse feliz com aquilo e quando Oliver viu a mesa, parada no meio da sala, ele entendeu. Ele realmente não tinha entendido o que ela estava procurando quando tinham ido às compras, mas agora ele entendia. A madeira não era lisa, perfeita e brilhante, como nas lojas. Havia nela nós, arranhões e imperfeições. Parecia que era áspera e gasta, mas quando Oliver tocou, ela estava lisa sob seus dedos. As pernas eram grandes e robustas, mas não chamativas. Parecia... Certa. "Eu não estava procurando apenas uma mesa para uma sala de jantar qualquer.” Chloe explicou sonoramente pra ele. "Eu estava procurando pela nossa mesa de jantar.”

"Você fez bem." Oliver disse. Ele podia vê-los todos reunidos em torno dela, cada um roubando comida do prato do outro, passando tigelas cheias de feijões verdes e lançando pães pela mesa um para o outro. Ele podia imaginar as plantas das construções e os equipamentos de segurança ocupando todo seu espaço, arquivos abertos e espalhados, depositados sobre ela. Ele poderia imaginar um jantar íntimo para dois, apenas Chloe e ele sentados em um canto, iluminados por velas, inclinando-se próximos um do outro para que pudessem sussurrar. Ele podia imaginar um café da manhã ainda mais íntimo, Chloe sentada no alto da mesa vestindo apenas a camisa de Oliver, com os pés pendurados para fora da borda, balançando para frente e para trás enquanto ele estava entre suas pernas e a alimentava com morangos frescos. "Você fez muito bem." Ele tossiu e se afastou.

Ele não tinha certeza de quando esta atração por Chloe começou, ele nem percebeu. A coisa toda se esgueirou sorrateiramente por ele e antes que tivesse a chance de se acostumar com a ideia ele já tinha mergulhado profundamente. Normalmente, quando Oliver queria algo que ele conseguia. Ele queria um fogão verde, ele tinha um fogão verde. Se queria uma garota, 99% do tempo, com muito pouco esforço, ele conseguia a garota. Mas Chloe era diferente. Ela o conhecia bem demais para se apaixonar por qualquer um de seus truques ou encantos. Ela o conhecia bem o suficiente para desconfiar de sua história com os relacionamentos. Ele poderia encontrar uma maneira de contornar todas essas coisas, mas ela não estava pronta, ela precisava de mais tempo e ele podia esperar, ele podia esperar até que ela estivesse pronta.

Um dos rapazes lhe entregou o recibo de entrega para assinar. "Estamos subindo com a outra peça agora, Sr. Queen."

"Outra peça?” Chloe perguntou confusa quando os homens da entrega passaram pela porta com o armário que ela esteve admirando na loja de Tom. "Oliver?" Ela se virou para ele espantada.

"Você gostou dele." Ele encolheu os ombros.

"Eu gosto do Taj Mahal, mas eu não espero que você compre isso para mim." Chloe balançou a cabeça.

"Bem, eu poderia ter ido por esse caminho, mas isso aqui se encaixa em sua sala de estar e eu tinha entrega gratuita." Ele encolheu os ombros.

"Você realmente é muito doce, você sabe disso." Chloe chegou até ele na ponta dos pés e beijou sua bochecha antes de correr para descobrir onde colocar o armário. E se os lábios dela demoraram apenas um pouco demais, Oliver não se permitiu notar, porque ela não estava pronta.

"O que aconteceu com os projetos dessa vez?" Oliver perguntou caminhando para a mesa dela.

"Oh, nós fizemos algumas mudanças." Chloe coçou a parte de trás do pescoço.

"Isso faz com que seja o projeto de número 45 não é?" Ele os pegou para estudá-los. "Eles parecem os mesmos das últimas semanas.”

"Nem tanto." Chloe revirou os olhos. "Mas veja que adicionei um bar molhado." Ela apontou para uma parte dos planos.

"Chloe." Oliver colocou os planos sobre a mesa. "Não leve a mal, mas... você realmente acha que se você colocar um bar eles vão voltar?"

Chloe congelou e respirou profundamente algumas vezes. "Não.” Ela sussurrou e em seguida, olhou para ele e sorriu. “Mas mal não vai fazer.”

Ele teve o súbito pensamento que não se tratava de um bar, isto era sobre Chloe não querer começar. "Você realmente vai ter que começar isso em breve." Oliver destacou.

"Eu sei." Ela balançou acabeça. "Eu só...”

Oliver tinha compreendido. Quanto mais cedo começassem, mais cedo iriam terminar, eles terão concluído, mas e então? Chloe terá uma casa, mas alguém realmente voltará para torná-la um lar? E se isso não importasse, se nada disso importasse e sua amada mesa de jantar vivesse o resto de seus dias como uma montanha gigante para a solitária caneca de café de Chloe. "Se você construir, eles virão”. Oliver cutucou o ombro dela de brincadeira, na esperança de quebrar a tensão. Não funcionou.

"Será que eles vão vir?" Ela se virou pra ele, apavorada.

"Eu vou me certificar disso." Ele prometeu a ela. Então, ele passou os próximos meses tentando descobrir como iria cumprir essa promessa.

Chloe 'inovou' no dia seguinte e, de repente Oliver estava sendo forçado a passar por cima de pilhas de folha de gesso e carretéis de fios e pensou que nada poderia ser feito ali. Então, assim como começou, de repente tudo estava concluído. O plástico protetor foi retirado, a cobertura do chão removida, as pilhas de materiais de construção desapareceram e em seu lugar surgiu uma cozinha muito bem acabada. "Está pronta?" Oliver perguntou quando encontrou apenas Chloe ali olhando pra ele.

"Quase." Chloe disse. "Eles têm que ligar a geladeira, colocar os interruptores, pequenas coisas, mas sim, está pronta." Ela colocou os braços em torno do estômago e Oliver teve a súbita vontade de puxá-la para um abraço, mas se conteve. "Então." Ela virou-se, sorriso estampado em seu rosto. "O que te traz aqui?"

"Eu..." Oliver ia convidá-la para jantar, mas agora ele tinha outra ideia. "Eu tenho que sair da cidade por um dia ou dois, só queria ter certeza que você não precisa de nada antes de eu ir.”

"Não, eu estou bem." Chloe olhou para ele interrogativamente, mas não o pressionou para obter mais informações. Oliver balançou a cabeça e fez um movimento para sair. "Se cuide." Ela disse pra ele.

"Pode apostar que sim." Ele prometeu e então se foi.

***********

"Chloe?" Oliver chamou dois dias depois, entrando na Torre de Vigia.

"Na sala dos fundos." Ela respondeu antes de sair. "Alguns dos equipamentos ainda não estão ligados direito." Ela sorriu para ele. "Você está de volta?"

"Estou de volta." Ele assentiu. "E eu venho trazendo um presente de inauguração.”

"É uma planta?" Chloe franziu a testa. "Porque eu não posso garantir que vou mantê-la viva."

"Não é uma planta." Ele balançou a cabeça com uma risada e arrastou-a para a cozinha.

"Não há nada para comer aqui, você sabe." Bart enfiou a cabeça por trás da porta da geladeira.

Os passos de Chloe vacilaram um pouco, enquanto olhava entre Bart e Oliver. "Eu uh... só tive tudo instalado recentemente, não tive tempo para ir às compras ainda.”

"Mas você tem picles e manteiga." Ele disse com evidente desgosto em seu rosto segurando os dois objetos ofensivos como prova.

"Isso é tudo o que a loja da esquina tinha às duas da manhã na noite passada." Chloe se defendeu. "O que você está fazendo aqui?"

Bart sorriu e deslizou a manteiga e picles de volta na geladeira. "Eu sou o seu presente de inauguração." Ele olhou sobre o ombro para Oliver. "Eu disse a você que ela não iria saber sem a caixa." Ele olhou para Chloe. "Eu disse a ele que eu deveria usar uma caixa, sabe, então você saberia que eu era o presente, mas ele me desencorajou." Bart balançou a cabeça.

"Porque você queria usar a caixa, e apenas a caixa." Oliver destacou.

Bart ia dar uma resposta espirituosa quando Chloe muito inesperadamente se lançou para ele, puxando-o para um abraço esmagador. "Eu deveria ir embora com mais frequência.” Bart disse incerto enquanto passava os braços em torno de Chloe e a abraçava de volta.

"Não, você realmente não deveria." Chloe balançou a cabeça enquanto lágrimas espontâneas escorriam pelo seu rosto.

"Ei, tudo bem." Ele assegurou-lhe. "Eu estou aqui.”

"Isso deveria te fazer feliz." Oliver franziu a testa para Chloe.

"Eu estou feliz." Chloe assegurou se afastando. "Estou muito feliz, juro." Ela enxugou os olhos. "Quanto tempo você vai ficar?"

"Quanto tempo você me quer?" Ele piscou e ela sorriu. "Eu achei que era hora de me mudar para Metrópolis, cidade grande, muitas oportunidades, alguns velhos amigos que eu precisava encontrar.”

"Você vai ficar?"

"Estive olhando alguns apartamentos hoje." Bart acenou com a cabeça, em seguida, olhou em volta. "Embora eu não saiba quanto tempo vou passar lá, este lugar está terrivelmente encantador.” Ele assobiou e passou por ela para verificar a Torre de Vigia, pela primeira vez. "Oh maravilha, um bar molhado." Chloe sorriu para Oliver.

"Como é que você..." Chloe olhou para Bart em seguida.

"Foi surpreendentemente fácil." Oliver balançou a cabeça.

Bart entrou no pequeno apartamento e fechou a porta atrás dele. "Garoto, você está ficando relaxado com a segurança depois de velho." Oliver disse das sombras e Bart se virou rapidamente para encará-lo.

"Quem você está chamando de velho, Vovô?" Bart zombou. "O que você está fazendo aqui?"

"É hora de voltar pra casa." Oliver disse a ele e Bart só o olhou por um minuto.

"Nós-" Ele deixou no ar, mas estava tudo bem, porque Oliver entendia tudo o que ele queria dizer. Nós confundimos as coisas. Cruzamos as linhas. Nós tentamos brincar de Deus. Somos responsáveis ​​pela morte de Jimmy. Nos viramos contra Clark. Nos viramos uns contra os outros. Nós falhamos.

"Eu sei." Oliver assentiu uma vez.

"Então por quê?" Mais uma vez Oliver entendeu o significado. Por que ainda devemos fazer isso? Por que você me pede para fazer isso? Por que eu? Por que agora?

"Chloe." Oliver disse simplesmente.

"Deixe-me fazer as malas." Bart disse, depois de praticamente nenhuma hesitação. "Oliver."

Oliver levantou a mão para interrompê-lo antes que ele pudesse dizer, ou melhor, não dizer o que Oliver não precisava ouvir. "Nós vamos fazer a coisa certa desta vez”.

"Ok, então”. Bart concordou e, em seguida, puxou uma mala do armário.

***********

"Eu só tive de mencionar o seu nome." Oliver sorriu e Chloe revirou os olhos.

"Claro." Ela balançou a cabeça e voltou sua atenção para Bart, que estava tirando o máximo de proveito do sofá e da televisão. "Vamos lá, me deixe te mostrar onde a mágica acontece." Chloe passou seu braço no de Bart.

"Estou aqui há cinco minutos e ela já está me arrastando para o quarto.” Bart piscou para Oliver enquanto Chloe lhe dava um tapa de brincadeira.

"Eu estava falando sobre o centro de comando." Ela disse puxando-o para a sala dos fundos.

A partir daí, todo o resto pareceu voltar para o lugar. Bart tinha chamado Victor para contar a ele sobre toda a incrível tecnologia nova que Chloe tinha instalado. Ele estava na porta da casa dela dois dias depois com uma expressão envergonhada no rosto. Enquanto Chloe bebericava seu café ela o viu inspecionar cada conexão, cada fio, cada firewall que ela tinha. "Então, qual é o veredicto?" Ela empurrou-se do batente da porta e entrou na sala.

"Horrível, realmente um perigo." Victor disse. "Quero dizer, obviamente não é com qualquer configuração que você pode conduzir seu time." Ele sorriu para ela rapidamente. "Sorte que você me tem aqui para para arrumr tudo.”

"Eu tenho?" Chloe perguntou a ele.

"Você tem o quê?" Ele evitou o olhar dela, ele vinha fazendo isso durante todo o dia.

"Eu tenho você aqui?" Ela pressionou.

"Eu quero estar aqui." Ele parou e colocou as mãos nos bolsos. "Mas só se você me quiser." Ele sussurrou e o tom de sua voz confundiu Chloe.

"Vic, por que você ficou longe?" Ela deu um passo para mais perto dele.

"Eu pensei que você me culpasse." Ele finalmente olhou para ela. "Porque eu não estava lá. Eu achei que você odiasse... então eu decidi lhe dar algum espaço.”

"Eu não preciso de espaço." Chloe disse a ele. "Eu nunca precisei de espaço. E eu certamente não culpo você, ou AC, ou qualquer um pelo que aconteceu com Jimmy. Eu quero você aqui, eu preciso de você aqui."

"Pois bem, aqui é onde eu quero estar." Victor sorriu para ela. "Mas no momento eu estou com fome e o boato pela cidade é que só tem picles e manteiga na sua geladeira."

"Eu vou ao supermercado esta semana, eu prometo." Chloe assegurou-lhe.

"Posso pagar o jantar, então?" Victor estendeu o braço para ela.

"Claro." Chloe assentiu com a cabeça e passou seu braço no dele.

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AC seguiu Victor, mas não com poucos questionamentos. Tudo o que Oliver teve que fazer foi ligar para AC e lhe dizer que todos estavam voltando para Metrópolis, eles estavam dando à equipe outra chance. AC estava relutante no início. Houve uma pequena briga, algum ego ferido para acalmar, mas no final Oliver admitiu que estava errado, ele lidou com as coisas de maneira errada. Não foi até que ele disse que Chloe estava no comando dessa vez que AC finalmente concordou, comprando uma passagem de avião e chegando no dia seguinte.

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A essa altura, estava faltando apenas uma pessoa e Oliver sabia que não ia ser fácil. "Você terá que ir buscá-la.” Bart pontuou e Oliver balançou a cabeça, já temendo o que teria que fazer. Então Chloe se virou e sorriu para ele e ele percebeu que nadaria entre jacarés por ela. Assim, no dia seguinte, ele pegou seu avião e voou para Paris.

Ele estava tomando seu segundo expresso pela manhã, quando ela deslizou na cadeira em frente a ele no café. "Estou feliz que você tenha mudado de idéia.”

"Ei." Oliver dobrou o jornal e se recostou na cadeira. Ela fez uma pausa, inclinando a cabeça e olhou para ele.

"Oh." Ela se recostou na cadeira e riu sem graça. "Você não está aqui por mim.”

"Eu estou aqui para te levar pra casa." Oliver replicou.

"Mas não porque... você não está aqui por nós." Dinah elucidou pra ele. Tecnicamente ele não havia mentido para Chloe. O e-mail que ele havia trocado com Dinah tinha sido puramente platônico, do seu lado. Por sua vez ela estava tentando o máximo que podia convencê-lo a se juntar a ela em Paris e ele tinha certeza que o convite não era de uma amiga para um amigo.

"Não." Oliver admitiu.

"Certo." O garçom colocou uma xícara de café na frente dela como Oliver pediu e ela bebeu. "Chloe?" Dinah perguntou.

"Sim." Oliver soltou um suspiro profundo.

Dinah assentiu. "Eu não deveria estar surpresa, eu realmente não deveria, mas estou." Ela olhou pra ele e abaixou seu copo. "Eu quero dizer, isso surgiu do nada.”

"Imagine como me senti quando percebi." Oliver resmungou.

No momento em que Dinah olhou para ele, realmente olhou para ele, ela viu que ele não era o mesmo Oliver que ela tinha deixado meses atrás, que ele tinha mudado muito. "Eu não posso nem ficar brava com ela por causa disso.” Dinah suspirou. "Quero dizer, é a Chloe pelo amor de Deus. Depois de tudo o que ela... como alguém pode ficar bravo com ela?"

"Também há a parte em que ela está completa e absolutamente alheia a isso." Oliver mencionou e Dinah riu.

"Uau você precisa de mim não é?" Ela brincou com ele. "Qual é a questão, Queen? Eu deixo o país e você perde a coragem?"

"Ela não está pronta ainda." Oliver explicou.

"Então o que você está fazendo para torná-la pronta?" Dinah perguntou séria.

"Levando você." Ele respondeu com sinceridade.

"E se eu não estiver pronta?" Ela perguntou a ele.

"Eu posso esperar por ela." Oliver disse. "Eu posso esperar por ela durante o tempo que for preciso." Ele se levantou e colocou algumas notas sobre a mesa. "Mas ela não pode esperar por você." Ele olhou para Dinah. "Você me culpa por sua parte na morte de Jimmy, eu também. Você acha que não está pronta para voltar ainda. Eu não tenho certeza que qualquer um de nós esteja. Eu posso esperar até ela estar pronta durante o tempo que for preciso, mas o mundo não pode esperar que nós estejamos pronto, Chloe não pode esperar por nós para ficar pronta.”

"Como sabemos que não vamos apenas cometer os mesmos erros novamente?" Dinah olhou para ele.

"Nós não sabemos." Oliver balançou a cabeça. "Mas posso garantir que vamos estar muito mais fortes dessa vez. O meu avião sai em cinco horas. Charles De Gaulle, hangar 12”. Ele respirou fundo, se virou e foi embora. Ele não soltou o fôlego até Dinah estar afivelando o cinto de segurança em frente a ele e eles estivessem deixando a pista.

"Você que vai pagar para enviar o resto das minhas coisas de novo." Ela disse a ele olhando pela janela.

"Eu já imaginava." Oliver sorriu.

"E eu quero um aumento." Ela pressionou.

"Vamos falar sobre isso." Ele encolheu os ombros. "Mas eu não sou mais seu chefe, e duvido que seus truques habituais vão funcionar com ela.” Ele olhou incisivamente para o decote dela e ela olhou feio jogando um travesseiro na cabeça dele.

***************

Chloe lançou um olhar pela sala e queria se encolher com a forma como Bart equilibrava precariamente o refrigerante no braço do seu sofá novo, mas ela não conseguia se importar. Eles estavam juntos novamente, todos eles, sob o mesmo teto, no mesmo lugar, rindo e sorrindo e jogando pipoca em todo o seu tapete muito novo e ela não se importava, porque eles estavam ali e estavam juntos. "Ok, então Dinah jura que quando estava na França, ela aprendeu a cozinhar, como por milagre." AC caminhou até a cozinha, onde Chloe estava colocando o jantar nas travessas.

"Não foi um milagre." Dinah bateu na cabeça de AC. "Tomei algumas aulas, eu não recebi um novo poder ou qualquer coisa assim.”

"Seja como for, a mulher que nos deu intoxicação alimentar fazendo sanduíches de queijo grelhado no ano passado, diz que pode fazer coisas que eu nem consigo pronunciar."

"É chamado Cassoulet." Dinah chegou à geladeira e pegou duas cervejas entregando um a AC. "E é a única coisa que eu aprendi a fazer.”

"Certo, como queira, então, nós não acreditamos nela e uma vez que você tem esse fantástico fogão novo que Oliver diz que você ainda não usou, nós decidimos que no domingo à noite vamos vir todos aqui, Dinah vai cozinhar, e nós vamos julgar sua fantástica escolaridade francesa". AC disse. "Isso está legal para você?"

"Uh, sim." Chloe assentiu. "Isso soa muito bem, na verdade." AC correu para contar aos outros.

"Obrigada." Dinah sorriu para ela. "Quero dizer, por nos deixar invadir seu lugar assim.”

"Não é nada de mais, talvez pudéssemos até mesmo fazer disso uma coisa normal, semanal ou algo assim." Chloe ofereceu.

"Você quer saber? Eu realmente gosto da ideia.” Dinah assentiu. "Eu senti sua falta, Chloe. Eu nunca tive uma irmã e apesar do nosso começo difícil onde eu ataquei você com facas, aconteceu de você se tornar uma espécie de irmã pra mim. Parecia que estávamos indo nesta direção, mas então você simplesmente parou. Era como se você estivesse vivendo a sua vida em suspenso e eu senti sua falta.”

"Eu senti sua falta também." Chloe assegurou a ela. Dinah começou a se afastar. "Não é meu lugar. É de vocês.” Dinah virou confusa. "De todos vocês, nosso. Eu construí este lugar pra vocês.” Chloe admitiu para ela. "Eu queria que vocês... Eu queria que fosse a nossa casa, todos nós, juntos.”

"Acho que estamos chegando lá." Dinah disse. "Demos um bom primeiro passo pelo menos." Ela riu quando Bart derrubou AC sobre o encosto do sofá. "E eles dizem que são mais durões.” Ela correu para a sala e sorriu. "OK, se afastem”. Ela agarrou Bart pelas costas da camisa.

Chloe foi até sua mesa e estendeu a mão lentamente, os dedos deslizando sobre o tabuleiro branco, dançando em volta do biscoito da sorte agora coberto de poeira que estava parado lá há meses. Ela olhou para eles e sua luta pelo controle remoto e pegou o biscoito. "Tem certeza de que está pronta para isso?" Oliver perguntou andando atrás dela. "Para o futuro?”

"Eu não sei." Chloe disse. "Quer dizer, ninguém sabe direito, até que o futuro se torna presente e, em seguida, se você não estiver pronto você está muito ferrado certo?" Ela se virou para olhar pra ele.

"Então..." Oliver pegou o biscoito das mãos dela, os dedos deslizando lentamente ao longo dos dela, arrepiando seu braço. Ele olhou para ela e sorriu, como se soubesse, como se ele sentisse aquilo também. "Por que você não o abre?" Ele perguntou a ela, girando o biscoito em sua mão, seus dedos ágeis deslizando para frente e para trás nervosamente como se estivesse com uma carta de pôquer. "Ou você é uma franguinha?"

"Ah é isso que estamos fazendo agora?" Chloe sorriu. "Nós partimos para algo tão baixo como xingamento?" Oliver fez um som suave de frango para ela. "Isso não vai funcionar comigo.” Eles se encararam, ela avançou para pegar o biscoito, mas ele o puxou para longe dela. "Devolve." Ela tentou de novo e Oliver puxou-o para longe de novo. "Oliver me devolve. É o meu biscoito, é o meu futuro."

"Ok." Oliver colocou o biscoito na mão estendida dela. "Então, abra-o.”

Chloe respirou fundo e quebrou o biscoito na palma da mão. Ela respirou profundamente e, em seguida, puxou o pedacinho depapel e leu. Ela fez uma pausa, leu novamente e, em seguida, olhou para cima e sorriu. "O quê?" Oliver parecia realmente nervoso. "O que diz?”

Ela passou o papel a ele e se virou enquanto ele lia. "Amigos são simplesmente a família que nós podemos que escolher.”

"Diga pra mim que você não tem nada a ver com isso?" Chloe sussurrou enquanto Bart se exibia, jogando uma pipoca do outro lado da sala, em seguida, correndo para pegá-lo com a boca. Logo evoluiu para um jogo onde todo mundo estava jogando pipoca em todo o lugar e Bart estava tentando com o máximo de si conseguir pegar tudo.

"Juro Chloe, eu não sou tão esperto.” Oliver lhe devolveu o papel balançando a cabeça. "Você sabe que eles dizem que sua sorte não se tornará realidade se não comer o biscoito.”

"Uh, eu não vou comer isso." Chloe olhou para os pedaços de biscoito em suas mãos.

"Você tem que... É como uma regra ou algo assim", Oliver disse.

"Não há regras." Chloe disse. "É um biscoito velho de quatro meses empoeirado e nem mesmo dá sorte, ele não prevê nada, é apenas um ditado, um bom quero dizer, mas... eu não vou comer o biscoito.” Ela se virou para jogar os pedaços no lixo e Oliver agarrou seu pulso para detê-la. "Ollie." Ela riu. "Eu não vou comer o biscoito.”
"Coma o biscoito." Oliver sorriu para ela enquanto ela se contorcia tentando se libertar.

"Eu não vou..." Seu peito roçou contra o dele e Chloe sentiu sua respiração acelerar. Ela se tornou intensamente consciente do quão perto eles estavam, em como ela podia sentir cada parte do seu corpo tocar o dele, em como sua respiração estava vindo em suspiros cada vez mais curtos e quando ela olhou nos olhos dele, ela pôde ver que ele sentia também. E ela o viu como se só agora percebesse que ele estava lá. Mas ele esteve lá, o tempo todo ele esteve lá e ela não o viu ou não conseguiu ver, mas agora ela podia.

Embora fosse verdade que todos haviam dito que ela precisava sair da Torre de Vigia, ele havia sido o único a fazê-la sair da Torre de Vigia. Ele arrastou-a para fora pelo menos duas vezes por semana ela querendo ir ou não. Ele atendeu a todos os seus caprichos durante a reforma. Ele arrumava o que ela percebia agora serem pretextos óbvios apenas para ficar por perto na Torre de Vigia, para ficar com ela. Ele trouxe de volta sua família. Ela tinha sido tão estúpida, ele esteve bem na frente de seu rosto, ele estava bem na frente do seu rosto esse tempo todo.

Chloe entrou na Torre de Vigia e congelou quando uma flecha que ela não tinha notado acertou o alvo. Ela seguiu o caminho da flecha para o seu dono e sorriu. "Noite monótona?" Ela andou mais pela sala.

Oliver pegou outra flecha. "Pensei em praticar tiros." Ele olhou para a mesa ao lado. "E tomar um pouco de malte.”

"Você trouxe o suficiente para o resto da turma?" Chloe foi até a mesa, tirando o casaco enquanto andava. Os olhos de Oliver a seguiram pela sala.

"Sirva-se, Professora." Ele deslizou a flecha de volta no arco. "Você não parece muito feliz esta noite.” Ele mirou e a soltou. "Dia ruim?”

Chloe pegou a garrafa e um copo limpo e caminhou até o sofá. "Não foi dos mais suaves.” Ela tirou a rolha do uísque e serviu-se de uma dose. "Alguém me perguntou quando foi a última vez que eu me diverti e eu não tinha uma resposta."

Oliver virou e sorriu enquanto ela tomava um gole da bebida. "Eu não acho que ninguém pode criticá-la por estar no limite Chloe." Ele virou-se para o alvo e bufou. "Você sabe, se alguém pode te entender, sou eu. Eu entendo.”

Chloe riu baixinho. "Sim,você pode.”

"Sabe, às vezes você tem que se divertir”, Oliver puxou outra flecha e soltou. “Como puder. E às vezes, está bem na frente do seu rosto”. Ele se voltou para ela. “Você apenas tem que querer enxergar.” Chloe sorriu pra ele e ele sorriu de volta. "Vem cá." Ele acenou com a cabeça.

Chloe colocou seu copo sobre a mesa. Ela se levantou e caminhou até Oliver e ele passou o arco pra ela. Sua mão esquerda firme sobre a dela em cima do arco, a mão direita levantando seu cotovelo na posição correta. “Como vou saber quando soltar?"

"Está no seu coração." Oliver sussurrou em seu ouvido, seu hálito fazendo cócegas nos pequenos pelos de sua nuca. A mão direita dele se arrastando lentamente sobre o braço dela para pousar em seus dedos sobre a corda. "Basta ouvir, ali mesmo entre as batidas." Chloe olhou para seus dedos, a mão cobrindo a dela, quente e reconfortante. "É aí que você solta." Ele deixou a mão cair e Chloe soltou a flecha.

"Eu não vou comer o biscoito." Ela disse, procurando os olhos dele, certificando-se antes de trazer a si mesma para o presente.

"Você não tem que comer o biscoito." Ele sussurrou.

"Eu não quero mais viver minha vida em suspenso." Ela disse a ele.

"Eu não sei o que isso significa." Ele balançou a cabeça, confuso.

"Isso significa..." Ela se levantou, diminuindo a distância entre eles, os lábios se unindo perfeitamente aos dele, como se estivessem onde sempre quiseram estar. Ela sorriu contra os lábios dele e sentiu-o sorrir de volta. As migalhas do biscoito caíram no chão quando ela deslizou a mão atrás do pescoço dele para se fechar em seu cabelo. Ela se afastou ofegante. Ela se sentia alegre e viva e como se seu coração estivesse prestes a sair do peito. "Significa que eu estou pronta.”

"Que bom." Oliver sorriu, tirando o cabelo dela do rosto e beijando-a suavemente. "Porque eu estive esperando por você.”

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7 comentários:

  1. Que fofura, ai, Oliver... vc me mata com tanta doçura... amo essa autora, ela tem uns textos f@$&#!!!

    Anelice

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  2. Verdade, o Oliver é um poço de doçura, ah como eu queria ter visto esse jantar nas telas, muito linda a dedicação do Ollie, perfeito como sempre...

    Fic fofíssima, Vinicius, obrigada...

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  3. Ok, essa foi DEMAIS!!!!!!!!!!!!!!
    Eu ri, chorei, ri de novo, agradeci aos céus pela versão 'gente como a gente' da Dinah, chorei de novo no final...
    Será que teremos um presente melhor que essa fic? Duvido, hein?
    valeu pela maravilhosa escolha!

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  4. Também estou duvidando Ciça, essa fic matou a pau!!!!!!!

    Muito perfeita, escolha acertou em cheio... amo mês de aniversário, sério!!!!!

    :D

    Edicleia

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  5. Que bom que gostaram da escolha galera.
    Gostei muito dessa fic também, teve humor, drama, momentos para reflexão...

    Acho que isso retrata bem o que poderia estar passando com a Chloe depois do que aconteceu com Jimmy. Ela não pediu para ser deixada sozinha mas cada um se recolheu às suas culpas, mágoas sei lá, e deixaram ela só, se levantando depois de um momento difícil.

    E realmente, depois de tudo isso só o Oliver teve a coragem de tirá-la da Torre, nem que fosse para um jantar...

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  6. Vinicius, verdade... só o Oliver se importou o suficiente pra tentar derrubar as barreiras que ela impôs... esse foi o momento em que ele decidiu agir, pq sentir algo por ela, já sentia há algum tempo... Isso só torna sua escolha ainda mais perfeita... Parabéns...

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  7. O Oliver é mesmo um doce... É muita perfeição nesse Homem... Me encanta a forma como ele sempre esteve lá pra Chloe.

    Moço, suas escolhas estão sensacionais... Perfeita!!!

    GIL

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