24.7.12

Ghost of a Shark (2/5)

TítuloGhost of a Shark
Resumo: Baseado em Lazarus, começa um ano após a troca.
Classificação: R

Gênero: Universo Alternativo

Anterior: Um



Chloe tinha passado as últimas horas empacotando. Empacotando tudo que era extremamente necessário, ela tinha que ir embora, rápido. Tinha que fazer isso com cuidado, em circunstâncias seguras, não desse jeito, não ali, não onde todo mundo as conhecia. Não onde alguém poderia... ela respirou fundo e balançou a cabeça, não ia pensar nisso agora, não quando tinha que partir o mais rápido possível.

Ela checou o bebê adormecido mais uma vez antes de pegar mais duas caixas que tinham roupas de bebê em sua maioria e começar a tirar do quarto e ir para a porta da frente, onde o carro estava parado, não ia demorar muito. Equilibrando as caixas o melhor que pôde, ela destrancou a porta, saindo e paralisando instantaneamente.

A expressão no rosto dele estava completamente neutra, mas era completamente o oposto de como ele se sentia. "Eu ia deixar a cidade, mas então eu percebi..." Ele balançou a cabeça. "Eu não conseguia."

Respirando fundo, ela olhou pra ele por um momento e então deu um passo pra trás, voltando para a casa e colocando as caixas no chão antes de abrir espaço para ele entrar.

Oliver entrou, e olhou ao redor, nada surpreso ao ver todas as caixas que estavam ali. "Você foi rápida em esvaziar o lugar."

Ela fechou a trancou a porta, respirando fundo. "Eu não queria arriscar." Ela disse. "Mas aparentemente você foi mais rápido."

"Desculpe interromper sua fuga", ele disse, um tom de amargura na voz.

Chloe correu uma mão pelo rosto e balançou um pouco a cabeça, virando-se para olhar pra ele, a última coisa que queria era brigar, mas sabia que ele tinha todo direito de estar nervoso, especialmente considerando o que parecia que ela estava fazendo. "Como você me encontrou?"

Oliver não olhou pra ela. "Foi por acidente na verdade. Eu estava só dirigindo. Meu pneu furou. Eu estava com dor de cabeça, então entrei na lanchonete pra pegar água e tomar uma aspirina."

Seu peito apertou e ela manteve os olhos no perfil dele. "Então você não estava procurando por mim?"

A isso, ele se virou pra ela. "Tudo que eu tenho feito no último ano é procurar por você, Chloe."

Foi a vez dela de desviar o olhar, ela suspirou profundamente, esperava essa resposta então simplesmente assentiu. "Eu sinto muito."

Um sorriso amargo tocou seus lábios e ele balançou a cabeça. "Não é fácil encontrar as pessoas quando elas apagam qualquer rastro de sua existência do planeta."

"Esse era o objetivo", ela disse, erguendo a cabeça para olhar pra ele. "Você não deveria ter continuado a me procurar."

Seu peito apertou dolorosamente. "Como você pode pensar que eu não ia procurar por você?"

"Achei que tivesse deixado pistas suficientes, e que você fosse pelo menos tentar seguir em frente", embora nunca tivesse acreditado que aquela carta, a foto e o vidro vazio fossem suficientes, sabia o quanto Oliver era teimoso, ela tinha contado com essa teimosia diversas vezes.

Oliver sentiu as lágrimas queimando seus olhos mais uma vez e balançou a cabeça. "Eu nunca tive certeza se tinham sido plantadas pelas pessoas que me raptaram pra começar."

"Achei que você daria ouvidos a Tess", ela admitiu baixinho, embora parte dela tivesse secretamente desejado que ele não acreditasse, a maior parte esperava que ele tivesse acreditado para que todos eles pudessem ficar em segurança.

Ele fez uma cara feia. "Eu também nunca tive completa certeza que ela não tivesse matado você."

Balançando um pouco a cabeça, Chloe respirou fundo. "Achei que você confiasse mais nela do que isso."

"Você está brincando?" Sua voz ficou mais baixa. "Depois do que ela fez comigo? Depois do que ela fez com você?"

"Ela estava fora de si", ela disse calmamente, feliz que ele estivesse falando baixo. "Ela tentou consertar os erros que cometeu, e quando eu pedi ajuda, ela aceitou."

"Que legal da parte dela", ele disse secamente.

Chloe suspirou e olhou pra ele. "Eu não planejava ficar longe todo esse tempo", ela disse baixinho.

"Então por quê? Por que, Chloe?"

Ela sentiu os olhos encherem de lágrimas novamente quando ouviu a dor e a raiva em sua voz. Engolindo em seco, ela estendeu a mão pra ele, não sabia como colocar isso em palavras, então simplesmente mostraria a ele.

Oliver olhou para a mão dela por um momento, então relutantemente deslizou sua mão na dela.

Seu estômago apertou dolorosamente ao segurar a mão dele, mas ela não disse nada. Ela sabia que não havia nada que pudesse dizer que fosse ajudá-lo a entender, com seu coração acelerado contra o peito, ela o levou pelo corredor e com um rápido olhar para seu rosto, entrou no quarto e então o puxou junto com ela.

"Chloe, o que--" Ele gelou no lugar quando viu o berço no meio do quarto e o ar ficou preso em sua garganta.

Não era assim que ela tinha imaginado em apresentá-lo a sua filha, mas pelo menos estavam todos dentro de casa, em segurança e longe de serem vistos. Ela manteve os olhos no rosto dele, mas permaneceu em silêncio, dando a ele tempo.

Oliver olhou para o pequeno e adormecido bebê, seus olhos arregalados. Então lentamente levantou seu olhar para Chloe, abrindo a boca para falar, mas nenhuma palavra saiu.

Chloe manteve os olhos nele e engoliu em seco, fazendo o melhor para lutar contra as lágrimas. "Ela tem quase quatro meses." Disse baixinho.

Ele fez as contas rapidamente em sua cabeça, seu peito apertando enquanto continuava a olhar pra ela. "Você está dizendo..."

Ela fez o melhor para afastar a dor que sentiu quando ele pensou que houvesse uma possibilidade que ela não fosse dele, mas seus olhos se encheram de lágrimas um pouco mais e ela olhou pra baixo, assentindo. "Você tem uma filha."

Sentindo-se sobrecarregado e um pouco tonto, Oliver lentamente virou a cabeça e olhou para o bebê mais uma vez.

Apertando os lábios, Chloe soltou a mão da dele e deu um passo pra trás, dando a ele espaço enquanto também olhava para a filha deles adormecida, era menos doloroso olhar pra ela do que pra ele.

Oliver correu uma mão pelo rosto, parte dele querendo tocar a mão do bebê, mas com medo que isso a acordasse ou o acordasse. Ele não sabia ao certo qual. Mas tinha quase certeza que estava dormindo e sonhando, porque era o único jeito daquilo tudo fazer sentido.

Chloe enxugou as lágrimas e fungou um pouco. "Ela deve acordar logo", disse a ele num suspiro. "Faz algumas horas que ela está dormindo."

Ele se virou pra ela mais uma vez. "Eu estou acordado?" ele sussurrou. "Isso é real?"

Seu peito apenas apertou mais à pergunta e ela assentiu um pouco, não confiando em sua voz.

Oliver engoliu em seco, toda raiva desaparecendo enquanto juntava as peças em sua mente. "Quando você diz que tinha planejado voltar..."

"Vamos conversar lá fora", ela sussurrou, enxugando o rosto de novo enquanto checava o bebê e saía do quarto.

Ele piscou algumas vezes, zonzo enquanto a seguia.

Respirando fundo, ela voltou para a sala. "Acho melhor você sentar", ela disse, apontando para o sofá.

Oliver se sentou sem hesitar, descansando os cotovelos nos joelhos e a cabeça nas mãos.

Chloe o observou por um momento e então se sentou também, mas não tão perto dele, não importa o quanto quisesse. "Você quer que eu te conte agora ou precisa de um tempo?"

"Você não podia voltar." Ele fechou os olhos, seus ombros caindo.

Ela suspirou e balançou a cabeça. "Não depois que você se revelou."

Ele engoliu em seco a isso, incapaz de olhar pra cima. "Não era seguro", ele sussurrou.

"Não, não pra ela." Ela concordou, mantendo os olhos nele.

"Nem pra você."

"Eu posso me cuidar", ela disse, "mas eu não podia arriscar a vida dela mais do que eu já tinha arriscado."

O peito de Oliver apertou e ele se levantou mais uma vez. "Eu sinto tanto", sussurrou.

"Não sinta", ela disse, fechando os olhos. "Não podemos mudar nada."

"Não, acho que não." Sua voz era mal um sussurro.

"Eu não sabia que estava grávida quando fiz o acordo", ela disse baixinho. "Só descobri depois que Tess me tirou de lá."

Ele correu as mãos pelo rosto. "Chloe, isso... não", ele sussurrou. "Tudo bem. Eu entendo."

"Não, você está aqui agora, você tem que saber." Ela disse. "Eu queria voltar imediatamente, mas Tess me convenceu do contrário, eu queria ser parte de tudo mas não era seguro."

Doía ouvir. Doía que a única coisa que ele tinha certeza que fosse arrancá-la de seu esconderijo, que a levaria de volta pra ele, tinha sido a única coisa que a manteve longe. E ele tinha, involuntariamente colocado ela e a filha em perigo sem nem perceber.

Respirando fundo e tremulamente ela balançou um pouco a cabeça. "Eu deveria ter encontrado um jeito de te contar, mas sabia que se você descobrisse, você viria atrás da gente e eu não tinha certeza se eles ainda estavam atrás de você."

Oliver fechou os olhos com força, seu peito apertando. "Você precisa ir embora", ele sussurrou. "Pra longe daqui. O mais longe possível."

"Eu sei", ela disse, seu estômago revirando. "Mas eu quero que você seja parte da vida dela, Ollie", ela sussurrou, sua voz falhando.

"Isso não é possível." Sua própria voz falhou e ele se virou para olhar pra ela. "Não é seguro. Eu não sou seguro."

"Tem que existir um jeito", ela disse, olhando pra ele, olhos arregalados. Agora que ele estava ali, agora que ele sabia, ela não queria perdê-lo novamente. "Se conseguimos apagar minha existência, podemos apagar a sua."

"Nós dois sabemos que isso não é possível." Ele fechou os olhos.

Ela sentiu o peito apertar e desviou o olhar novamente, talvez fosse demais pra ele, talvez ele não pudesse lidar com isso, talvez ele não pudesse lidar tão bem quanto ela imaginou que ele pudesse, então ela permaneceu em silêncio, os braços ao redor do corpo.

"Mesmo que conseguíssemos apagar qualquer traço da minha existência virtualmente, meu rosto está em todos os lugares. As pessoas sabem quem eu sou", ele sussurrou. "Tudo que bastaria seria uma única pessoa me reconhecendo e estaria tudo acabado, Chloe."

Ela sabia que era verdade, desde que ele anunciou sua identidade, ele tinha se tornado mais famoso do que qualquer celebridade que qualquer pessoa pudesse imaginar. Respirando fundo, ela assentiu um pouco, não tinha nada que mais quisesse do que sua família junta, mas sabia que não seria possível se queria manter a filha em segurança, e oferecer a ela a possibilidade de uma vida normal.

Oliver olhou pra ela, sua expressão dolorida. "Eu sinto tanto", ele sussurrou.

"Você não sabia", sua voz saiu quebrada, então ela balançou a cabeça ao invés de continuar, fechando os olhos com força. Ele não sabia, e então agora era tarde demais.

"Eu posso me despedir dela?" Sua voz tensa.

Escondendo o rosto nas mãos enquanto soluços silenciosos a escapavam, ela assentiu o melhor que pôde.

Incapaz de se impedir, ele caminhou até ela, ajoelhando-se em sua frente e puxando-a em seus braços.

Ela passou os braços ao redor dele instantaneamente, querendo nada mais do que fazer isso durante o último ano, seu corpo tremendo enquanto o agarrava com força e deslizava no chão com ele. Vê-lo era um lembrete do quanto tinha desistido, do quanto tinham perdido e nunca mais teriam de volta. Era um lembrete do quanto ela vinha guardando, do quanto vinha evitando porque tinha que ser forte e seguir em frente, porque não era sobre ela, ou ele.

Não era sobre eles no segundo em que descobriu que estava grávida.

Oliver fechou os olhos, passando os braços ao redor dela com força e dando um beijo em sua têmpora. "Shh", ele sussurrou, alisando seu cabelo enquanto a segurava. "Vai ficar tudo bem."

"Eu sinto muito", ela disse depois de um longo momento, mas não se afastou. Sabia que não ia ficar tudo bem porque sua família nunca poderia ficar junta, mas ela não podia simplesmente desabar daquele jeito, não quanto ele já tinha muito o que processar.

Ele apertou ainda mais os braços ao redor dela. "Você não tem nada do que se desculpar", ele sussurrou.

Respirando tremulamente, ela levantou a cabeça e olhou pra ele, queria pedir que ele encontrasse um jeito, mas sabia que não era justo, por mais que ela e Tess tivessem tentado pensar em alguma coisa, não havia nada que pudessem fazer.

O peito de Oliver apertou ao encontrar os olhos dela. Ele levou uma mão até seu rosto e pressionou um beijo no canto de sua boca.

Chloe prendeu o ar às ações dele, surpresa por um momento antes de virar a cabeça levemente para beijá-lo embora soubesse que era uma má ideia porque ele teria que ir embora e ela só seria relembrada do quanto sentiu falta de estar fisicamente perto dele, mas não conseguia se afastar.

Ele não hesitou em retornar o beijo embora soubesse tão bem quanto ela que isso só ia piorar e prolongar a dor a longo prazo. Ele sentiu a umidade em seu rosto e não sabia qual dos dois estava chorando. Diabos, talvez os dois estivessem.

Ela levou uma mão até o rosto dele e quando o beijo começava a se aprofundar ela ouviu o suave choramingo do bebê vindo pela babá eletrônica. Parecia surreal, ter Oliver ali e ouvir a filha deles, como se pertencessem a mundos distintos, partes separadas de sua vida. Relutantemente  Chloe parou o beijo e fungou algumas vezes, enxugando as lágrimas do rosto enquanto olhava para Oliver. "Ela está acordando."

Ele fechou os olhos mais uma vez, inclinando a testa contra a dela enquanto assentia. "Ok", ele sussurrou, relutantemente afastando-se dela. Seu peito estava apertado, tão apertado como quando retornou para a Watchtower um ano atrás e descobriu que ela tinha ido embora. Ele correu uma mão pelo rosto.

Ela se levantou, olhando para Oliver por um momento então começando a ir para o quarto onde o bebê tinha começado a chorar, ela não perguntou se ele queria ir junto porque sentia que ele precisava de um tempo.

Oliver permaneceu sentado no chão, não se incomodando em enxugar uma lágrima que corria por seu rosto. Ao invés, ele engoliu em seco e colocou a mão no bolso, pegando a carteira. Ele pegou todo o dinheiro que tinha com ele - quase dois mil dólares, e lentamente se levantou.

Um longo momento depois, Chloe voltou para a sala, com o bebê no colo, seu estômago apertado quando viu Oliver parado ali e uma parte dela se perguntou se ele vinha planejando sair sem falar mais nada, não que fosse culpá-lo se ele fizesse isso.

Ele se virou pra ela mais uma vez, sua expressão emocionada ao vê-la segurando a filha deles. Algo que ele nunca mais veria depois de hoje. Não se ele quisesse que elas continuassem vivas e em segurança. Ele abriu a boca pra falar, mas nenhum som saiu e ele fechou os olhos mais uma vez enquanto seu rosto entristecia involuntariamente.

Chloe apertou o braço ao redor do bebê levemente quando viu a expressão no rosto dele, seus olhos enchendo de lágrimas novamente enquanto dava um beijo no alto da cabeça dela, mas ela se forçou a dar mais dois passos na direção dele. "Você quer segurá-la?" Ela perguntou num sussurro.

Ele correu as mãos pelo rosto, tentando se recompor. Precisava ser forte pra ela - pra elas. Como ela tinha sido. Ele simplesmente não sabia se tinha essa força. "Se eu segurar, nunca mais vou conseguir sair por aquela porta", ele disse, sua voz forçada enquanto lutava para controlar as emoções. Já seria muito difícil deixar Chloe ir embora novamente.

Respirando fundo, Chloe assentiu levemente e fechou os olhos, seu peito apertando dolorosamente. "Tess tem me ajudado", ela disse. "ela não pode dizer pra você onde estamos, mas ela pode pelo menos dizer se estamos bem."

Oliver expirou devagar. "Esse é todo dinheiro que eu tenho aqui", ele sussurrou, aproximando-se e estendendo pra ela. "Pega."

"Estamos bem", ela assegurou, incerta se era melhor pegar o dinheiro pra que ele sentisse que estava ajudando de algum jeito, ou ser honesta e não deixá-lo se preocupar com sua situação financeira.

"Por favor", ele sussurrou. "É a única coisa com a qual eu posso ajudar."

Chloe assentiu, ajustando o bebê no colo e pegando o dinheiro dele, sua mandíbula travando enquanto sua filha virava um pouco a cabeça para olhar pra ele com curiosidade, mas ela não chamou atenção pra isso. "Obrigada."

Os dedos deles roçaram e ele engoliu em seco, olhando para o bebê, seus olhos arregalando um pouco quando percebeu que ela estava olhando pra ele. O ar ficou preso em sua garganta.

Prendendo a respiração, Chloe deslizou o dinheiro dentro do bolso e mexeu o bebê de novo, ela sabia que isso estava deixando tudo mais difícil pra ele e embora quisesse vê-lo segurando-a pelo menos uma vez para que pudesse guardar essa memória, era melhor se ele não a segurasse. "Eu vou embora no meio da noite", ela se forçou a falar, para tirar a atenção dele do bebê. "Ficaremos bem."

Incapaz de se impedir, ele estendeu a mão e gentilmente tocou o rosto do bebê, percebendo que nem sabia o nome dela. "Que uh... que nome você deu a ela?" ele sussurrou, sua voz quase inaudível.

Lágrimas correram pelo rosto de Chloe quando a filha deles focou a atenção nele e um sorriso sem dentes apareceu em seu rosto. "Emma", Chloe engoliu. "Emma Joanne Green."

O peito de Oliver apertou mais uma vez, ao nome, e às lágrimas de Chloe. Sem pensar, ele se inclinou e beijou sua testa. "Ela é linda igual a mãe", ele sussurrou.

"Ela tem seus olhos", Chloe sussurrou, piscando para parar as lágrimas e poder ver Oliver e Emma melhor.

Ele esboçou um sorriso, a visão embaçada. "Sim. Ela tem", ele sussurrou, beijando a testa do bebê suavemente.

Engolindo em seco, Chloe assentiu, ajustando o bebê no colo enquanto a pequena estendia a mãozinha tentando tocar o rosto de Oliver. "Ela está descobrindo que pode pegar as coisas", Chloe sussurrou, impedindo-se de continuar, havia tanta coisa que queria contar a ele, mas não seria justo.

Ele se inclinou um pouco, deixando Emma tocar seu rosto enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. "Eu sinto tanto, Chloe", ele sussurrou. "Se eu soubesse..." Ele fechou os olhos.

"Por favor, não faz isso com você", Chloe sussurrou, beijando o alto da cabeça de Emma. "Você não sabia e estava fazendo o que achou que seria melhor", ela respirou fundo e tremulamente. "Tudo que importa é que estamos todos em segurança."

Ele assentiu, engolindo em seco e dando um beijo na têmpora de Chloe. "Continue assim. Por favor", ele sussurrou.

"Você também", ela sussurrou, pegando a mão dele com sua mão livre. "Prometa-me que você vai ficar em segurança."

Oliver encostou a cabeça na dela. "Eu vou", ele murmurou, fechando os olhos.

Chloe roçou o nariz contra o dele e assentiu um pouco, fechando os olhos também, e sorrindo quando sentiu os dedinhos de Emma tocando os rostos deles. Ela não queria nada mais do que poder ficar com os dois, mas sabia de todas as razões pelas quais não podiam.

"Garanta que ela saiba que..." Sua garganta apertou e por um momento ele não conseguiu respirar.

"Ela vai saber que homem maravilhoso você é", Chloe prometeu, sua voz falhando enquanto abria os olhos. "E o quanto você queria estar junto dela."

Ele assentiu rapidamente, sua visão embaçada. "Eu deveria ir."

Chloe assentiu enquanto olhava pra ele através das lágrimas.

Estendendo uma mão, ele segurou seu rosto, inclinando-se e beijando sua boca suavemente. Então ele se afastou rapidamente e foi para a porta.

Chloe segurou Emma com força enquanto observava Oliver sair de sua casa, seu peito tão apertado, parecia que estava queimando, mas por mais que quisesse impedi-lo, ela se forçou a ficar onde estava. Pelo menos agora ele sabia a verdade e tomaria mais cuidado com as coisas.

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10 comentários:

  1. Foi triste esse capítulo. Será que foi o mais duro ou o pior ainda está por vir?
    Não disse que a irritação com a Chloe passa rápido kkkk ela sempre se sacrificando...

    Uma coisa bacana dessa história é que ela está se desenrolando muito rápido. Oliver vê Chloe no bar, vai embora, ela tenta fugir, não dá tempo, se explicam, ele sai.
    Ocorre uma certa tensão durante a leitura, mas as peças logo se encaixam. Isso é bom para ninguém aí ter um ataque do coração hahaha


    Vamos Chloe, Oliver... Vocês já tiveram filhos em outros universos, outras fics, nas mais variadas situações... Nem é tão complicado assim vai. haha

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    1. Haha, verdade, já tiveram filhos em outras fics... lol

      Como você disse, as coisas acontecem rápido, então nada de sofrimento prolongado, ok? :D

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  2. Sensacional!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    *lágrimas* Não poder segurar a coisa que ele mais desejou em toda sua vida, foi cruel!!!!!

    Edicleia

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  3. Caramba!! =(
    Doeu, mesmo... encontrar seu grande amor... descobrir que tem um baby com ela... não poder nem segurar-la... não poder ficar com sua família, o que ele sempre desejou!!

    GIL

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  4. pelo amor de Deus, esse pessoal tem muita imaginação pra nos fazer sofrer!!!!!!
    Eu já tinha chorado um tanto com "As Time Goes By", mas com esse capítulo... Bati o recorde! *snif*

    De doer o coração, mesmo... :~~~~~~

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    1. Ciça, puxa... desculpa... mas o sofrimento nessa história não será prolongado, fique tranquila...

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  5. Ai, é muito sofrimento, o Ollie não poder segurar o bebê foi de partir o coração... tadinho...

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