27.3.11

The Avatar (2/4)

Título: O Avatar
Resumo: Não importam os obstáculos, Oliver vai ter a vida que ele quer -- onde quer que seja.
Autora: Catheryne (tennysonslady)
Classificação: PG-13
Spoiler: Collateral
Um




Ela estava dormindo, e sua respiração era estável e calmante. Oliver descansou a cabeça na mão enquanto olhava para o seu lado da cama. Entre eles Connor dormia, seus bracinhos cobertos pelo macacão branco que ela tinha comprado quando ele estava longe.

Oliver colocou a mão no braço dela e apertou gentilmente. Ela abriu os olhos e franziu as sobrancelhas, então ele disse, "Está tudo bem. Volte a dormir. Eu vou patrulhar um pouco."

"Ok", ela disse. "Toma cuidado."

Oliver se inclinou e beijou sua testa. Quando ele se levantou, se abaixou e pegou Connor. Quase imediatamente Connor se aconchegou em seu colo e roçou o nariz em sua garganta.

Quando estava caminhando para a porta, Oliver ouviu a voz suave dela lhe chamando. "Eu vou colocá-lo no berço."

"Não, não", ela disse. Chloe deu uma batidinha no lugar vazio ao lado dela. "Deixa ele ficar aqui. Ele é minha única companhia quando você sai."

Como era isso ele não fazia ideia. Durante muito tempo ele imaginou que o mundo parava quando ele saía, mas a gravidez e o nascimento de Connor lhe mostraram que a realidade virtual acontecia em tempo real.

Oliver voltou para Chloe e sentou ao lado dela na cama. Chloe ergueu os braços e pegou o bebê adormecido, então o deitou ao lado dela, curvando o corpo, criando a melhor proteção para Connor.

"Volta logo", ela disse quando ele ia sair.

Ele estava relutante em sair, mas mesmo enquanto estava ali quase sempre sentia que havia um interrupção, uma presença indesejada no quarto deles. Oliver se voltou e olhou o quarto sem ver nada. "Eu volto logo", ele a prometeu. E então antes que pudesse mudar de ideia Oliver rapidamente deixou o quarto.

Ele levou as mãos às têmporas e tirou os cabos. Ele olhou para suas mãos e jogou os instrumentos na mesa diante dele. E então seu olhar foi para o canto do escritório. Sem nenhuma surpresa ele encontrou Dinah parada ali, recostada na parede.

"Como você entrou?" foram as primeiras palavras que ele murmurou, como se o fato de ter sido pego fazendo exatamente o que ela estava ali para impedir, não importasse.

"Como eu entrei?" ela repetiu, como esperado. "Oliver, o que você está fazendo?"

"Sem joguinhos. Você sabe exatamente a resposta para essa pergunta."

Ela foi na direção dele, e não parecia derrotada mas desafiadora. De vez em quando Oliver esquecia como ela era rebelde assim que entrou na Liga. Quase sempre ela o lembrava disso. Com seus reflexos rápidos ela lhe mostrou o quanto era boa em artes marciais, ela agarrou o instrumento da QI que o ligava ao computador.

"Quanto tempo você roubou da sua companhia para fazer isso?" ela questionou.

"Não interessa." Ele estreitou os olhos. "Devolve."

O jeito que ela segurava o equipamento era um pecado. Os cabos estavam enrolados e as pontas estavam tão perto que poderiam ser despolarizadas. Mas era assim que as pessoas que pouco se importavam tratavam as melhores coisas do mundo.

"Devolve antes que você estrague!" ele exigiu, sua voz forte.

Ela encontrou o olhar dele. Havia algo brilhando nos olhos dela. Oliver imaginou que fosse um pouco de pena, mas não ia pensar nisso. O que ele estava fazendo, o que ele precisava fazer, não era para se sentir pena. Era só uma questão de sobrevivência.

Dinah jogou o aparelho na mesa. Oliver agarrou imediatamente. Ele se inclinou e abriu a gaveta, então o guardou lá dentro. Quando a gaveta se fechou silenciosamente, parecia que todos os seus problemas tinham desaparecido. Ele encarou Dinah mais uma vez. "Da última vez que eu chequei esse aqui era o meu escritório, e você não tem permissão pra entrar."

"Eu fiquei aqui pra te ajudar, Ollie. Eu sei que eu fui rude, mas fiz o que eu tinha que fazer."

"Você nunca seguiu ordens antes. Por que começar agora?"

"Porque ela salvou minha vida, me livrou daquela armadilha no computador", Dinah respondeu. "Eu devo a ela evitar que você sofra a mesma coisa."

Chloe lhe deu tudo o que ele precisava. Mas a Liga inteira estava convenientemente ignorando isso. Foi ela quem lhe deu o drive. Ela queria que ele desaparecesse.

"Oliver" Dinah abaixou a voz. "Eu achei que tinha conseguido até conversar com Victor apenas para descobrir que você estava fazendo de novo."

Quando ela falou era como se ele fosse um viciado, que ela precisava ajudá-lo, que ele ia entrar em colapso com sintomas da abstinência piores do que quando ele largou o álcool.

"O que eu faço com a minha vida não é da sua conta."

"Eu desisti de uma carreira, recusei missões por sua causa. Essa era minha missão há um ano e eu fiz tudo direito. Eu não desisto das minhas missões, Oliver. Eu fiquei. Por você."

"Eu nunca te pedi isso", ele respondeu. A única mulher que ele pediu para ficar o deixou com uma vida inteira -- mas era falsa. Falsa era melhor que nada.

"Eu não quero ver você jogando sua vida fora."

"Você acha que isso é jogar minha vida fora? Esse é o melhor jeito de lidar com a perda, Dinah." Ele queria ser justo com ela. Ela e o time tinham tomado a decisão de deixá-la como sua babá como se ele fosse uma criança.

Ele e Chloe ainda tinham meia dúzia de babás para entrevistar, enviadas pela agência. Ele tinha que lembrar de marcar isso em sua agenda. Mas então, Chloe já deve ter feito isso. Alguém tinha que sincronizar o calendário em seu escritório e os uploads do servidor.

"Eu não posso assistir isso. Nem o time."

O lugar estava desconfortavelmente frio. Ele deve ter deixado o ar condicionado ligado. Olhando pra ela, sentindo o frio arrepiar sua pele, não era surpresa que sua mente voltasse para o aconchego da cama que ele havia deixado há alguns momentos. Connor devia ter acordado por agora. O desconfortável silêncio entre Dinah e ele era sufocante. Nesse momento Connor deveria estar chorando na cama. Ele quase sempre se levantava quatro horas depois de colocá-lo no berço, faminto e exigente, com um grito tão alto e forte que o garoto o orgulhava. Chloe precisaria se levantar e lhe dar mamadeira. Antes de sair Oliver haiva esterilizado e deixado as mamadeiras no alto da prateleira. De repente ele queria voltar, porque mesmo se ela visse onde ele as tinha deixado, ela teria que pegar um banquinho para alcançá-las.

A conversa com Dinah não tinha propósito, era uma perda de tempo comparada ao que ele estava perdendo.

"Você precisa de tempo pra pensar, Dinah", foi sua resposta. Ela franziu as sobrancelhas. A mandíbula travou. Quase como se ela soubesse onde ele estava indo. "Porque quer você goste ou não, isso é parte da minha vida. Diga isso ao time. Então você decide se vai ou não ficar. Pra mim tanto faz o que você decidir."

Ela piscou. "Obviamente eu não consigo fazer você mudar de ideia." Ela foi para a porta. "Talvez AC ou Victor possam colocar algum senso na sua cabeça."

Oliver permaneceu em silêncio. Parte porque não tinha nada a dizer. Parte porque ele estava a meio caminho de um lugar que não era real, um lugar que ele preferia estar.

Os lábios de Dinah se moveram, mas ele não ouviu nada.

Mas vagamente, como se a voz viesse do chão, a música aumentou. Era como se dedos o estivessem puxando, o rodeando, o agarrando pelos ombros até alcançar seus ouvidos. Era reconhecível, inesquecível. Silêncio, meu bebê, fica quietinho. Mamãe vai lhe comprar um passarinho. Se o passarinho não cantar, um anel de diamantes eu vou comprar--

Oliver piscou. Ele olhou para a gaveta, o desejo de colocar o pequeno instrumento que o conectava àquele mundo.

Quando ele olhou pra cima, Dinah tinha ido embora. Ela havia deixado a porta aberta, um pedido silencioso que ele se movesse. Oliver abriu a gaveta e plugou o aparelho no computador, atando-o à sua têmpora. A porta zombava dele. A fraca luz amarela o convidando para o corredor encarpetado. As palavras de Dinah ainda estavam em sua cabeça, alertando-o como uma gentil canção. Oliver tirou o aparelho e foi até a porta.

Ele segurou a maçaneta. Parando na moldura, Oliver olhou pra fora, vendo flashes de Dinah enquanto ela juntava suas coisas e pegava a chave do carro. Ele lambeu os lábios. Logo ele teria notícias do time, o grupo inteiro viria até ele como fizeram antes quando Victor o encontrou no laboratório, ligado à realidade virtual.

Oliver fechou a porta. Ele a trancou, voltou para seu assento e se reconectou.

Ele estava em sua roupa de Arqueiro Verde, e rapidamente as paredes e tetos foram se construindo ao seu redor enquanto caminhava. Suas pernas o carregaram para a frente, e seu pé se levantou para subir um degrau antes da escada se materializar. Sua consciência presa ao código binário que brilhava em volta dele, e antes que seu pé tocasse o vazio surgiu o degrau. Oliver subiu as escadas correndo e passou pelo quarto principal.

"Se o diamante do anel envelhecer, mamãe compra um espelho pra você se ver. Se o espelho se quebrar--"

A preocupação, o peso que Dinah havia colocado em seus ombros desapareceu. Ele parou na porta do quarto do bebê e observou. Chloe estava parada no meio do quarto usando apenas a camisola que ele havia lhe dado há poucos meses, e era uma visão dourada, linda e provocante no quarto escuro. Desenhos de animais espalhados pelo teto e paredes enquanto a caixinha musical tocava num canto. Em seus braços Connor se mexia, mas ela mantinha o ritmo e o movimento que eles sabiam que acalmaria o bebê.

"Um cavalo e uma sela eu vou comprar."

Sempre atenta, sempre protetora, Chloe se virou quando sentiu a mudança no ar. Quando o viu ela relaxou.

"O que você está fazendo aqui, Romeu? Achei que você estaria pulando alguns telhados agora", ela disse suavemente. Ele entrou no quarto. "Não que você não seja bem vindo. Seu filho está ficando pesado e eu bem que podia descansar um pouco."

Talvez ele devesse ligar para a agência e antecipar as entrevistas. Ele estendeu os braços. Quando ela hesitou, seus lábios se curvaram. "Estou esterilizado", ele insistiu. "Não tem nenhum sangue criminoso no couro. Está vendo?"

Ele se ofereceu para inspeção. Ela mordeu o lábio. "Você tem que parar de me tentar, Ollie. O médico me liberou para te atacar." Oliver deu risada. "Tendo ou não sangue nessa roupa, não importa. É o que você usa para lutar contra os bandidos. Você não pode segurar Connor usando isso."

"Você não reclamou quando estávamos fazendo o Connor", ele insinuou.

Chloe ficou vermelha. E ele amava. Adorava que Chloe se controlasse quando seu filho estava por perto -- um filho que obviamente ainda não entendia nada. Ela lhe deu uma pequena risada. "O que quer que eu ache do Arqueiro Verde, não muda o fato de que a pele de Connor não vai tocar o traje, Ollie."

"Certo", ele resmungou. "Eu vou me trocar. Vai ser bem feito se Connor decidir ser o próximo Arqueiro Verde."

Enquanto ele saía do quarto, ouviu Chloe chamá-lo. "Ele vai ter quarenta anos antes que eu concorde." Oliver balançou a cabeça e deu risada. Ele tinha começado sua cruzada bem cedo, aos quinze anos. Mas então, Chloe podia viver em negação pelos primeiros dezoito anos. Não tinha problema. Quando ele voltou para o quarto com uma camiseta e moletom, Chloe sorriu. Seu peito se encheu. Porque mesmo agora a admiração era clara em seu rosto, a atração era evidente. "Até lá a pele dele não será tão frágil."

"Verdade", Oliver concordou. "Então não custa nada deixá-lo ser bebê por agora."

Ele pegou o bebê dela e a observou se jogar na cadeira de balanço, flexionando os braços. Ele assumiu o lugar no centro do quarto e embalou Connor. O bebê reclamou da mudança, o que interrompeu sua longa jornada de volta ao sono. Oliver balançou a cabeça. "Onde você estava?" ele perguntou.

Chloe descansou a cabeça na cadeira e sorriu enquanto os observava. "Cavalo e sela?" ela arriscou um palpite.

Oliver assentiu. "Se o cavalo e sela não puxar, um carro e um touro ela vai comprar. Se o carro e o touro não servir, mamãe vai comprar--"

Ele se maravilhou com a visão da Chloe naquela cadeira de balanço, começando a adormecer. Oliver foi até onde ela estava e a chacoalhou. "Vai pra cama. Eu já vou", ele disse suavemente.

Sem hesitar Chloe se levantou e beijou seu rosto, e em seguida o de Connor. Chloe saiu cegamente para o quarto.

Finalmente, quando Connor adormeceu, Oliver o colocou de volta no berço e ligou os sons de natureza. Ele colocou o cobertor em cima do bebê e travesseiros ao redor dele. Não era muita coisa que conseguia derrubar Chloe, mas obviamente Connor podia deixar sua mãe exausta, tanto que ele duvidava que Chloe tivesse energia para qualquer outra coisa.

Ele se juntou a Chloe na cama deles. Ela estava encolhida na cama, empertigada em seu lado, deixando um grande espaço pra ele. Oliver subiu na cama e cobriu os dois, aproveitando o calor que ele não podia esquecer. Ele passou os braços ao redor dela por trás, então a puxou para perto. Ela murmurou fundo em sua garganta.

"Oi Ollie", ela sussurrou.

"Desculpe por ter saído."

"Você é o Arqueiro Verde", ela disse, como se isso explicasse tudo. "Tem um mundo lá fora que você precisa proteger."

Oliver respirou fundo. Ele enterrou o nariz na curva de seu pescoço. "Eu gosto deste mundo muito mais", ele confessou.

"É maravilhoso, não é?"

Ele sentiu as mãos dela se fecharem sobre as dele enquanto a abraçava. Por um momento houve um ardor em seus olhos, o que ele rapidamente afastou.

"Connor está te deixando cansada?"

"Connor tem que nos deixar cansados. Mas ele é a melhor coisa que já me aconteceu", ela respondeu.

"Vamos contratar uma babá", ele prometeu.

"Eu preferia que você ficasse mais aqui. Trabalhasse de casa. Diminuísse um pouco as horas de seus dois trabalhos." Ela se virou em seus braços. Oliver olhou pra ela, dentro de seus olhos, se recusando a pensar no outro mundo. "Passe mais tempo com a gente."

Ele respirou. Uma pausa. "Sim."

"Sim?" Ela deu um grande e brilhante sorriso. Chloe agarrou seu pescoço e o puxou para um beijo.

Oliver assentiu. "Eu vou tirar férias do trabalho. Vou me certificar que a Liga assuma as patrulhas. Vou ficar com você, Chloe."

Ela piscou para evitar as lágrimas, e ele se lembrou do dia em que começou a brincar nesse cenário pré-programado, quando estava prestes a deixá-lo, quando ela falou sinceramente e se despediu dele facilmente, mas ele tinha manipulado tudo para um final que ele gostava mais. Ele fez o upload do cenário no servidor e acabou com eles numa igrejinha, molhados da chuva, os olhos dela repletos de lágrimas enquanto ele recitava os votos que há muito tempo estavam em sua cabeça. Ela tinha terminado com ele, e ele manipulou a realidade virtual para terminar com um casamento.

Tudo o que foi preciso era uma persistência como a dele, amor como o deles. Mesmo sendo virtual ela não podia negar as respostas naturais a ele.

Ela o abraçou, descansando a cabeça em seu peito. Ela entrelaçou seus dedos. "Sabe", ela disse, bocejando. "Em um ano ou dois, eu não me oporia a ter outro bebê, Ollie." Seu coração parou. "Talvez uma menina. Seria legal. Você e Connor podem ir pescar ou acampar. Você pode ensiná-lo as técnicas de sobrevivência na ilha e eu posso transformar nossa filha numa pequena repórter."

Ele engoliu o nó na garganta. Outro ano ou dois, e isso ia se tornar uma vida inteira. Lentamente sua mão foi até as têmporas, contando até dez antes de tirar o dispositivo.

Suas mãos seguraram as dele. Ela levou os dedos dele até seus lábios. "Eu amo você", ela disse.

Oliver fechou os olhos e se deitou novamente. "Eu também amo você."

~o~o~

Dinah parou no beco, do outro lado de onde a van de Flagg estava estacionada. Ela estreitou os olhos ao ver Flagg a carregando de caixas marcadas com sinais de advertência e cartazes militares. Victor tinha desistido de Oliver. AC e Bart não tinham contribuído com a discussão. E já que ela havia sido ineficiente contra ele, só uma pessoa conseguiria destruir o muro que Oliver havia construído ao redor de si. Seria a pessoa que o tinha colocado ali.

Chloe se escondia muito bem. Dinah não conseguia encontrar nenhum sinal dela. Mas o Esquadrão, apesar da habilidade que tinham em se esconder ou parecer mortos, era muito mais fácil de encontrar do que a ex Watchtower.

Dinah correu do beco e cruzou a rua. Em sua roupa preta ela era parte das sombras. Dinah pulou a cerca de metal e entrou no lugar pela janela. Apesar da parte externa ser velha e lúgubre, dentro era repleto da mais alta tecnologia.

Isso lhe tirou qualquer dúvida de que Chloe Sullivan era parte da operação. Afinal, ela era inexpressiva do lado de fora -- simples, sem graça. Por dentro, uma casa de força. Aliás, não só uma casa de força, na verdade, ela havia destruído Oliver Queen ao lhe dar a chave para a felicidade.

Quando Flagg desapareceu, Dinah invadiu a instalação e caminhou ao redor. Ela acendeu as luzes e se encontrou parada na frente de uma porta com um sistema se segurança. Ela colocou o comunicador e pediu ajuda.

"Canário, onde você está?"

A voz da outra mulher do outro lado da linha a surpreendeu. Ela esperava Victor. Agora ela dependia de uma mulher em que era muito difícil confiar.

Dinah foi rápida quando lhe deu as coordenadas do dispositivo de segurança. Com a mesma frieza, Tess respondeu. "Assim que remover a tampa, corte o verde e o azul e os cruze."

Assim que executou as instruções a porta se abriu, e lentamente o obstáculo desapareceu.

"Funcionou" Tess disse pelo comunicador.

"Vou entrar em modo silencioso", Dinah murmurou.

Ela arregalou os olhos ao ver o nevoeiro. Era uma névoa fria. Dinah percebeu que a sala era um freezer. Ela entrou. Em seu traje, Dinah estremeceu. Ela desejou que tivesse uma jaqueta, ou um cobertor. Perto da porta ela viu o jaleco branco. Sem pensar duas vezes Dinah o pegou e o passou sobre os ombros. Ela entrou na sala gelada e viu um familiar tubo de vidro, só um, bem no fim da sala.

A visão era assustadora, relembrando-a do laboratório do VRA quando a equipe havia sido capturada. O vidro solitário tinha uma cama ligada a um computador. Dinah estremeceu. O Esquadrão Suicida devia estar trabalhando com eles. O tempo todo estavam trabalhando junto com o VRA. Não havia outra explicação para a presença daquela tecnologia.

Dinah foi até o vidro e correu a mão sobre ele. Ela viu o rosto lá dentro.

Vilã - heroína - no momento Dinah não sabia que palavras usar. Mas ela estava dormindo, profunda e tranquilamente. Seu choque ao ver quem era, a fez apertar o botão do tubo sem perceber. O vidro sibilou. A tampa levantou. Era um pouco diferente do que ela mesma foi capturada. Dinah viu os pequenos sensores ligados em Chloe. Ela levou a mão até o rosto de Chloe. Sua respiração era fraca, mas estava ali.

Mesmo com o barulho do tubo se abrindo, ela não se mexeu.

De repente houve um sinal de alerta. Flashes vermelhos a rodeando. Dinah girou e viu Flagg correndo pela porta. O homem corria em sua direção. Dinah tropeçou para o lado quando Flagg a alcançou. Para sua surpresa, ao invés de voltar a atacá-la, Flagg apertou o botão do tubo fechando a tampa.

Flagg apontou na direção dela, então gritou. "Sai daqui antes que Pistoleiro estoure seus miolos." Ele estreitou os olhos. "Infelizmente pra você, Sullivan não vai poder dar a contra-ordem."

Ela olhou feio para o homem.

"O que você está fazendo?" ela questionou. "Eu achei que vocês trabalhassem pra ela." E então ela o feriu do pior jeito, onde a maioria dos homens de seu calibre sentiria. "Nunca imaginei que você não fosse leal, comandante."

Sua mente corria. Ela podia ativar o comunicador, mandar um SOS para Tess Mercer e ter a presença do time imediatamente. Mas essa era Chloe, e Oliver a desprezaria ainda mais se ela permitisse que Tess liderasse a ação. E se alguma coisa desse errado, tinha certeza que nunca seria perdoada.

Com um último olhar na direção do tubo de vidro que rapidamente se encheu de névoa e escondeu sua descoberta, Dinah disparou na direção da porta.


[CONTINUA]

__________________________________________________________________________

3 comentários:

  1. Hum!To tão confusa!!!
    Acho que preciso ler de novo pra entender!!!Não devia ler com sono!hehe

    ResponderExcluir
  2. Ai ai eu preciso de Chlollie babys em Sv.

    Gente essa história tá me deixando melancolica. Que triste ver que a vida perfeita deles não é real, e o Ollie prefere essa mentira do que viver no mundo real sem sua amada. ='(

    Vilm@

    ResponderExcluir
  3. Ufa, que bom saber que a Dinah na verdade está ajudando ele e não tem nenhum relacionamento no meio da história... :D

    Ansiosa por mais...

    ResponderExcluir

Google Analytics Alternative