30.11.10

Within Enemy Lines (11/11)

Título: Dentro das Linhas Inimigas
Resumo: Oliver se junta ao Esquadrão Suicida para salvar Chloe.
Autora: tennysonslady
Classificação: PG-13
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O conceito de amar outra pessoa mais do que a si mesmo era estranho pra ele até conhecer Chloe. Antes de amar Chloe, ele nunca tinha pensado na vida. E então ele começou a amá-la, e tudo o que ele conhecia era o presente, e tudo o que era queria era um futuro.

Quando ele segurou sua filha pela primeira vez, Oliver abriu os olhos para a morte. Foi um momento chocante quando ele encontrou aqueles olhos verdes o encarando e tudo o que Oliver conseguia pensar era na morte. O passado e a vergonha. A morte e o medo. E essa garotinha que não tinha nada além, de agora, ele - e ele não podia fazer nada além de amá-la completamente. E de repente, depois de toda a dor e fracassos em sua vida, Oliver finalmente não estava preparado para morrer.

Ele envolveu o bebê no cobertor e colocou travesseiros ao seu lado. Oliver escovou os dentes, repentinamente envergonhado pelo cheiro de álcool em sua boca. Ele trocou de roupa e caminhou sem nenhuma vergonha segurando o bebê, então comprou algumas roupas para a recém-nascida. A vendedora olhou pra ele surpresa e ofereceu a Oliver Queen uma cadeirinha.

"Sr. Queen, é--"

"Minha filha", ele disse, sua voz clara, soando em seu próprio ouvido. Ele pegou a cadeirinha e pagou, então saiu da loja e ligou para Emil, que disse que não era um pediatra, etc, etc. Pelo menos ele falou, falou e falou mas deu a Oliver o nome de uma fórmula.

Quando tudo estava disponível, e Oliver estava certo de que a vida em Star City e a seção de negócios fora chacoalhada pelas fotos e depoimentos de testemunhas, ele pegou o carro e dirigiu para a pista de bordo de seu avião particular.

O telefone em seu bolso tocou. Oliver pensou que fosse Tess atualizando-o e se encontrou olhando para o nome de Lois no display. Ele tinha passado a ignorar suas chamadas há muito tempo. Ele não estava preparado para explicar a perda, para se desculpar. Dessa vez ele respondeu a chamada. Ao invés da bagunça frenética que era Lois nos últimos meses, dessa vez ela estava calma, um tom de apreensão em sua voz. Quase como se ela tivesse medo que não fosse verdade.

"Você está na internet. Você está no trending topics do twitter", Lois disse com um humor forçado - como se estivesse tentando não alimentar esperanças. "Você está mais popular hoje do que quando se revelou."

"Estou?" ele disse suavemente.

Oliver se recostou contra o assento e olhou para a cadeirinha devidamente presa no assento ao lado dele. Se ele pudesse deixá-la mais perto, ele deixaria. Ele se inclinou sobre o bebê e abaixou o capuz que ele tinha comprado, com pequenas flores e desenhos de girafa no tecido. Ele desejava que ela pudesse abrir os olhos embora ele soubesse que ela não podia enxergar direito ainda. Ele queria que ela abrisse os olhos porque quando ela fazia isso se parecia muito com sua mãe.

"É verdade, não é", veio a voz de Lois. Não era uma pergunta.

Oliver não teria desfilado desse jeito se não fosse real.

"Onde está minha prima?" Lois não a via há mais de um ano. Oliver teve pena dela. E se ele ia mover céus e terra, e o inferno também, ele ia precisar de Lois Lane. "Onde está Chloe?"

"Estou trabalhando nisso", Oliver assegurou. Porque ele ia dar a sua filha uma mãe - sua mãe - nem que fosse a última coisa que fizesse. Ela ia ter uma mãe e um pai. "Lois, escuta--"

Quando o jatinho pousou em Metrópolis algumas horas depois, Oliver encontrou Lois esperando na pista fazendo o melhor possível para se disfarçar. Oliver passou a ela o pequeno embrulho que ele segurava e disse bruscamente. "A mantenha em segurança. Chloe e eu voltaremos para pegá-la." Ele prometeu, dessa vez para o bebê adormecido, "Logo."

E como se ela simplesmente soubesse o que seu pai queria, a criança piscou e deu a seu pai uma olhada com os brilhantes olhos verdes.

"Eu amo você", ele sussurrou. E ele disse tão verdadeiramente que fisicamente seu coração doía.

Com um último olhar, Oliver observou Lois entrar no carro que ele tinha alugado e levou seu bem mais precioso com ela. Ele respirou fundo enquanto o carro desaparecia pela estrada, então se levantou reto e firme. Ele não podia imaginar a força que Chloe teve esse tempo todo, e ele teria metade dessa coragem para conseguir o fim que sua família merecia.

"Eles estão vindo?" ele disse pelo telefone quando chegou na Watchtower. Ele tinha pedido que Tess reunisse a equipe. Era hora de salvar Chloe. Era a vez deles agora.

Ele ficou sozinho na Watchtower com Tess. Mesmo assim, ele se preparou. Oliver vestiu o couro verde e se imaginou sendo seu cavalheiro, porque era do que ela o tinha chamado. Quando ele estava pronto pra sair, a porta se abriu e ele se encontrou olhando para a figura negra e mascarada do Batman.

"Você e eu novamente", Bruce disse, com uma voz profunda.

Oliver ouviu os passos enquanto se aproximavam. Uma figura virou o corredor, e Clark apareceu em seu uniforme vermelho e azul. Ele assentiu em gratidão. Clark respondeu, de verdade, e Oliver percebeu que não importa o quão distantes Clark e Chloe tenham se tornado, Clark ainda a via do mesmo jeito de quando eram crianças. "Ela é minha melhor amiga."

Teria que ser os três, e Oliver sabia que era mais do que suficiente. Eles voltaram para a Watchtower onde Tess trabalhava para descobrir a nova localização da base. Ele precisariam ser espertos, rápidos e eles teriam que ter uma coragem do tamanho do Kansas para tomar toda a base e os recursos de Amanda Waller e o governo, só eles três.

Mas Chloe tinham passado por muita coisa, ou por uma pequena parte essencial, que Oliver não devia estar preocupado.

Quando eles chegaram, chegaram como uma inundação. Vieram como uma tempestade. Quando Tess ligou e lhes disse o nome dela, eles se juntaram ao redor dele como se não houvesse nenhum outro problema no mundo, nenhum outro perigo a ser encarado, nada mais importava.

Sua garganta fechou ao ver os heróis - cada um deles que tinha se escondido do mundo mas haviam voltado para o prédio que carregava seu codinome.

Oliver esperava pela Liga da Justiça, e ali estavam eles orgulhosos como a primeira equipe que ela tinha feito parte. Victor se recostou contra o pilar que segurava o tela que monitorava quem entrava. AC se sentou na mesa onde Tess trabalhava. Dinah sentou-se na cadeira em frente e cruzou as longas pernas com meia-arrastão. Bart ficou perto da porta com as mãos nos bolsos e o capuz abaixado. J'onn observava do segundo andar com os braços cruzados sobre o peito. O Batman estava parado a seu lado, observando os procedimentos. Eles eram a equipe dela; e eles tinham vindo com a intenção de finalizar essa missão e trazê-la pra casa.

Oliver não esperava ver os ex membros do Esquadrão, mas entendeu imediatamente a presença deles na sala.

"Eu o parei em um assalto a banco", Oliver ouviu Bruce dizer quando a porta se abriu e revelou um rosto familiar. "Disse-lhe que ele podia gastar sua energia de um jeito melhor."

Oliver se pegou olhando para o homem que ele tinha acabado de encontrar. Ele imaginou o que a Liga pensaria da presença de um óbvio vilão em seu próprio clube.

"Eu sei como reparar uma dívida", Pistoleiro disse a ele quando entrou na sala, as armas penduradas em seus pulsos, chamando a atenção de Tess Mercer. Mas Tess tinha trabalhado com a Rainha Branca antes e logo relaxou com a presença dos homens que Oliver imaginou que fossem vilões. Afinal, Tess já sabia que Pistoleiro havia trazido o bebê pra casa. Qualquer um que abraça um recém-nascido de uma semana tem alguma humanidade dentro dele. Oliver estava agradecido por essa pequena demonstração de atenção ao encontrar aquela garotinha enquanto estava de luto, porque sem saber, ao salvar Zoe ele acabou salvando sua própria família.

"Eu não ia ficar na selva quando fiquei sabendo", disse o Tigre de Bronze quando ele entrou na Watchtower em sua regata verde escura e suas calças enlameadas. "Ela nos uniu."

E logo depois dele, entrou Nêmese, usando seu traje, mas não disfarçado. Ele cumprimentou Oliver com a cabeça, e Oliver sabia que não precisava esperar suas razões em palavras. Chloe havia sido sua parceira, a pessoa a quem ele confiou sua vida em uma missão seguida da outra a que eles foram enviados. Até onde Oliver sabia, foi ela quem o fez perceber que tipo de organização era o Esquadrão.

E tinha Sombra da Noite, em sua roupa preta, caminhando bem ao lado de Nêmese. "Eu não caminhei com ela através das dimensões para que ela acabasse trancada onde quer que seja essa nova base." E então, com um breve olhar para Nêmese, ela se virou para Oliver. "Nós atravessamos para que ela pudesse vir pra casa."

Era um grupo grande, e eles estavam quase todos ali. Oliver sabia que seria um desafio coordenar os esforços, mas ele estava grato pelo apoio. Quanto mais eles fossem, mais fortes se tornariam. Ele clareou a garganta, e antes que pudesse falar a porta se abriu e entrou o Gavião Negro, atingindo Bart quando abriu sua asas. Oliver olhou enquanto o homem pendia sua clava. "A assembleia já acabou?" rosnou Carter.

"Assembleia", disse Stargirl, colocando a mão no quadril. "Você é tão antigo, Gavião. É uma festa. Espero que não estejamos atrasados."

"Vocês não estão atrasados", Clark respondeu do outro lado da sala. "Íamos começar a apresentar nossos planos para todos."

Então, Dinah se levantou e se aproximou com o pequeno grupo de mulheres fantasiadas na sala, e disse para o recém-chegado, "Nós trabalhamos com Chloe alguns anos atrás pesquisando um organização de Gotham." Ele não sabia que ela trabalhava além das missões que a Liga lhe dava.

Oliver piscou, fascinado pelo número de heróis - sim, heróis mesmo com os membros aposentados do Esquadrão Suicida - que estavam ansiosos para salvar Chloe. Foi para isso que ela tinha ido embora, ele pensou, e ao que parecia seus esforços não tinham sido em vão.

Cada pequeno grupo tinha um líder. "Devíamos nos dividir em pequenos grupos e coordenar nossas ações baseadas nos planos", Oliver sugeriu. Ele ficou surpreso quando o grupo de superpoderosos concordou com ele. Dentro da Watchtower estavam reunidos os seres mais poderosos do planeta, e eles concordavam com ele.

"Você é o chefe", Gavião disse.

Era ele quem tinha mais a perder, Oliver percebeu.

Porque se tudo desse errado, era Chloe quem estava presa lá dentro.

Então, com uma voz firme, e com uma atitude que não toleraria nenhum absurdo, ele ordenou. "O que vocês podem fazer?" Se eles tivessem a estratégia de uma criança, seriam inúteis. Ele não ia perder porque homens e mulheres haviam sido irresponsáveis com seus poderes.

Gritos sônicos, artes marciais, armas antigas, força sobre humana. Eles tinham de tudo.

"Podemos chegar pelo ar", Tigre sugeriu, e Oliver relembrou a facilidade com que Tigre pulou do helicóptero. Pelo ar com armas em punho, Oliver sabia. E de todos eles era essa equipe que sabia como derrubar a base.

"Eu posso entrar pelas janelas", Gavião ofereceu.

As Aves de Rapina iriam encontrar um caminho subterrâneo, e serpenteariam através dos túneis que Oráculo mapearia por meio das imagens de satélite assim que encontrassem as coordenadas.

"Entraremos por todos os lados", Victor disse, colocando toda a força da Liga da Justiça atrás dele.

Oliver entraria pela porta da frente, e não importava que ele e Bruce fossem os únicos que eram humanos, que eram os mais vulneráveis de todos. Ele ia salvar Chloe - desta vez seria ele e não de outro jeito. Mas ele tinha uma filha agora, e ele foi racional o suficiente para olhar para Clark e admitir. "Eu preciso de cobertura."

"Estarei com você ", Clark respondeu.

A operação se desenrolava tão bem quanto as etapas que Oliver tinha traçado na rede da Watchtower. Os ex-membros do Esquadrão Suicida entraram no helicóptero e entraram na vigilância. Um por um os sinais de calor apareciam enquanto Tess observava da Watchtower. Oliver ouvia o relato pelo comunicador.

Oliver esperou até as companheiras de Dinah avisarem à Liga que tinham descoberto as passagens secretas. AC, Victor e Bart lutaram corpo a corpo para conseguir entrar. Muitos dos homens no espaço interno tinham poderes, e Oliver ouvia os grunhidos e os socos. Gavião Negro entrou pela parede e Stargirl cegou a maioria dos guardas que estavam ali.

"Sua vez, Arqueiro", Clark disse a ele.

Oliver se virou, então assentiu. "Se alguma coisa acontecer comigo, salve a Chloe", ele disse, mesmo com sua confiança ele não podia seguir sem dar esse aviso.

"Você vai salvá-la", Clark respondeu teimosamente.

Então Oliver se virou para Bruce, que concordou de primeira. "Nós salvaremos."

"E se nenhum de nós dois--"

"Então a menina é a herdeira", Bruce respondeu com um sorriso. "Ela ficará bem."

A menina não tinha nenhum papel no nome dela. Sua filha nem ao menos tinha um nome. Mas se tinha alguém no mundo que poderia dar a uma criança os bilhões que lhe eram devidos, esse alguém era Bruce Wayne.

"Mas é melhor você voltar com Chloe se não quiser que sua filha seja tão perdida quanto você ou eu", Bruce disse, sua voz sombria. "Ou Deus não permita, Lex Luthor", ele disse. Oliver estremeceu ao pensar numa garota com o rosto de Chloe e a fortuna e liberdade de qualquer um dos três bilionários do Excelsior.

Oliver explodiu numa corrida, se abaixando no meio do fogo trocado pelos diferentes lados, enquanto ele abria caminho pelo pátio e invadia os escritórios principais. Tigre gesticulou pra ele, e Oliver desceu os degraus correndo ao lado do homem. Em meio ao fogo cruzado, Tigre foi atingido, e Oliver o ouviu dizendo para ele descer mais dois níveis.

Quando o fez, Oliver encontrou uma porta branca. Oliver a abriu com um chute e se encontrou olhando para um espaço amplo com dois corredores, um pra cada lado. Cada corredor era repleto de portas. Um corpo caiu vindo de cima, com um grande corte na cabeça e um intestino dilacerado. Oliver olhou pra cima e viu Carter pairando acima com a testa franzida.

Oliver chutou cada uma das portas para encontrar quartos vazios. Ele ouviu sons atrás dele e sabia que Waller tinha alertado que ele estava no andar. Três homens correram em direção a ele com armas e num piscar de olhos estavam todos no chão. O borrão azul e vermelho diminuiu a velocidade. Clark acenou com a cabeça. "Vai. Batman e eu tomaremos conta deles."

E eles estavam vindo de todos os lados, assim que a Liga conseguiu invadir. Oliver olhou para o infinito caminho de portas.

"Aqui!" Ele se encontrou olhando para uma garota baixa com olhos exóticos. A garota estava vestindo uma jaqueta do Esquadrão Suicida. "Rápido", ela gritou. "A Rainha Branca está levando ela."

Plastique, ele percebeu. Chloe tinha contado a ele sobre ela uma vez. Ela tinha esperanças na garota, mas ela havia sido seduzida pelas promessas de Waller.

"Eu não teria nenhum problema em entregar todos vocês, vigilantes, para a Rainha Branca, mas Chloe salvou minha vida."

Ao ouvir isso, Oliver sorriu e balançou a cabeça incrédulo. Oliver correu na direção que Plastique tinha indicado. Ele encontrou o guarda de Waller arrastando Chloe na direção de uma van. Ele odiava vans. Eles o tinham prendido e vendado uma vez em uma van. Não tinha sido legal.

Oliver pegou uma flecha e a posicionou no arco e mirou em Waller. Ele pulou surpreso quando repentinamente o guarda e Chloe viraram para a direção oposta. A flecha atravessou o ar e acertou o ombro de Waller ao invés de seu coração.

Com o movimento inesperado, um tiro ecoou e Chloe gritou. O coração de Oliver parou. Ele viu o sangue vermelho se espalhar sobre o rosto de Chloe, seus braços. E então o guarda caiu sobre ela, imóvel e pesado, levando os dois para o chão. Chloe gritou e Oliver viu o sangue vermelho escuro escorrendo pelo chão embaixo deles.

"Chloe", ele disse gentilmente, se ajoelhando na frente dela.

"Não, não, não", ela murmurou, como um sussurro, como um canto. Chloe segurou com força o guarda de Waller em cima dela.

"Você está ferida?"

Seus olhos se abriram e se arregalaram. Ela soluçou. "Ollie", ela sussurrou.

Oliver tirou o corpo pesado de cima dela. E então ele percebeu quem era com metade da máscara fora. "Ele está vivo", ele assegurou. "Eles vão cuidar dele." E então Sombra da Noite apareceu e levou Nêmese com ela.

Ele a puxou até que os dois estivessem ajoelhados na quente poça de sangue de Nêmese. Seus olhos correram absorvendo o rosto dela -- marcado com as lágrimas e o sangue. Suas mãos seguraram seu rosto e seus lábios encontraram os dela. Chloe estava divina, e ele bebeu de seus lábios como se ela fosse o uísque que ele precisava na vida. Seus braços a envolveram com força. Ele não ia soltá-la. Nunca. Nunca mais.

"Você me salvou!" ela disse, rindo suavemente, agradecida.

E sua gratidão era uma pequena gota no oceano em seu coração. "Não só eu. Cada um que você salvou, veio atrás de você."

Oliver estava relutante em soltá-la, mas a permitiu esse breve momento para ela olhar pra cima e ver, em cada andar, no chão e no ar, cada herói que tinha vindo até o quartel de Amanda Waller. Oliver sentiu o peito se encher de orgulho quando olhou surpreso para cada um deles que olhava pra eles com um sorriso.

Oliver olhou pra cima e percebeu Carter bater o punho em seu peito, e Chloe furtivamente secou uma lágrima que caía. Lentamente, um por um, todos seguiram o gesto.

"É assim que se saudam os heróis", Chloe sussurrou.

"Então eles estão fazendo direitinho", ele disse em resposta.

Oliver olhou de volta para onde Waller estava encurvada no chão. Mas ele não podia matá-la, não quando ela estava incapacitada e ferida. Batman não podia entregá-la às autoridades já que todos sabiam para quem ela trabalhava.

Então, foi Tigre de Bronze que se voluntariou pra levá-la. Contanto que ela estivesse longe de sua família, Oliver não se importava.

Oliver se levantou e ajudou Chloe a se levantar também. Ela olhou na direção da enfermaria e ele sabia que ela não descansaria enquanto não visse. Eles caminharam até eles e encontraram Nêmese acordado e xingando em voz alta enquanto a médica fazia um curativo enquanto Sombra da Noite apontava uma arma para a cabeça dela.

"Ele vai ficar bem?" Chloe disse baixinho.

A médica assentiu, e firmemente se concentrou no que estava fazendo para que não precisasse falar.

Chloe respirou aliviada. Sombra da Noite abaixou a arma. E então Oliver pegou sua mão e a levou até os lábios. Ela o puxou pelas laterais da roupa verde. E então disse a ele, "Tem uma coisa que eu não disse."

Seu coração se aqueceu, porque mesmo silenciosamente ele podia ver em seus olhos. Ele imaginou como ela podia achar que podia esconder isso dele. "Eu já sei."

"É, você já me falou." Chloe respirou fundo, e então confessou. "Eu amo você."

E mesmo que ele já soubesse, seu coração parou quando ela pronunciou as palavras.

"Eu te amo como nunca amei ninguém. Eu te amo tanto que poderia morrer por você", ela sussurrou.

Sua garganta estava apertada. Ele assentiu. "Eu sei. Agora você acha que pode me amar o suficiente para sobreviver por nós?" Ela sentiu os olhos se encherem de lágrimas. Ele passou o polegar em seu rosto para pegar uma lágrima. "Você pode fazer isso por sua filha?"

Ela fechou os olhos, então passou os braços ao redor do pescoço dele, se apertando contra ele. E então ele sentiu seus lábios em seu pescoço, beijando até a linha de sua mandíbula. Cada beijo era um sussurro de amor que ela não pronunciava, era até mesmo um pedido de desculpas. Ele virou a cabeça e capturou seus lábios.

"Como ela está?"

"Perfeita", ele disse a ela. E depois de pensar um pouco, ele reconheceu. "Como você." Ele ia ter trabalho. "Eu a deixei com Lois pra poder vir te buscar", ele disse como se tivesse ido meramente buscá-la no shopping. "Que nome você deu a ela?"

"Não dei", Chloe disse a ele. "Eu quis esperar por você."

E ele se apaixonou por ela novamente.

"Esmeralda", ele sussurrou. Esme. Ele gostava. Era um bonito nome. Esmeralda Queen. Ela teria o mundo curvado diante dela em pouco tempo.

"Por você", ela concordou.

"Não." Ele balançou a cabeça. "Pelos seus olhos. Porque quando Pistoleiro a entregou pra mim, e ela olhou pra mim com seus olhos - eu sabia que ela era minha." Ele segurou seu braço, correndo os dedos em seu cabelo. Eles estavam juntos agora. Ela estava linda como ele nunca tinha visto. Logo eles estariam rodeados, e ele os agradeceria, a cada um que o ajudou a salvá-la. "Vamos pra casa", ele disse, a palavra saindo tão facilmente de sua boca. "Nossa casa em Star City."

"Casa", ela respondeu.

E se ele a ouviu direito, não havia nenhuma pergunta ou protesto. Eles estavam indo pra casa com sua filha.

Quando Chloe viu sua filha novamente, Oliver se viu paralisado na porta. Lois havia exclamado surpresa ao ver sua prima, e Oliver estava agradecido que eles tivessem tido tempo de limpar o sangue e suor antes de virem. Vendo como os heróis vieram quando ela precisou deles, e sabendo as razões dela para mantê-lo afastado, Oliver sabia que ele querendo ou não, o negócio dos heróis faria sempre parte da vida dela.

Mas uma coisa ele teve que pedir que ela prometesse, e ela teve que concordar, que a parte feia, a parte dolorosa, a parte perigosa, jamais chegaria perto do bebê.

Então Oliver observou da porta quando Chloe pegou o bebê de Lois. Sua filha se enterrou imediatamente contra Chloe, pressionando o nariz no ponto pulsante na garganta de Chloe, então se encolhendo numa pequena bola e roçando o nariz contra a respiração de Chloe.

Ela sabia que estava com sua mãe.

Chloe beijou suavemente o cabelo do bebê. Ela olhou pra ele pelo canto dos olhos. "O que você está fazendo aí?" ela perguntou.

Ela estendeu a mão na direção dele e Oliver fechou a mão ao redor da dela. "Eu nunca imaginei que teria a chance de ver isso." Ele tocou o rosto do bebê. "Ela parece com você." Seus olhos eram tão verdes e não escondiam nada. Nada mesmo. Nem mesmo quando ela estava cansada, e agora ela estava tão aberta que seu olhar o afligia. Mas ela tinha acabado de voltar pra casa, tinha acabado de admitir como ela se sentia, tinha acabado--

"Qualquer dia desses, eu me caso com você, Ollie."

Ele fechou os olhos agradecido. Oliver descansou a testa contra a dela.

Isso era mais do que suficiente. Por agora.

Mas não havia nenhuma regra no universo que o impedisse de tentar.

"Que tal agora?" ele sugeriu gentilmente.

Ele sentiu os lábios dela pressionados contra os dele, e então lentamente, significativamente se curvarem.


Fim.

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6 comentários:

  1. Que lindo final!!
    Depois de tanto sofrimento, até eu estava exausta e tanto sofrimento pro lado deles.

    Que orgulho, todos os heróis e vilões juntos pra trazer Chloe de volta.

    Esmeralda, imaginei ela direitinho!!Linda!
    Ame o final, familia reunida, sem segredos e mentiras, só os três!

    Parabens pela tradução!!!
    Obrigada!

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  2. Todos os heróis unidos para salvar a Chloe... isso era o mínimo que ela merecia em Smallville... pena que não são os fãs que escrevem o roteiro...

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  3. acabou também? aaaaaah que triste. tãão linda essa fic!
    fico até dividida, não sei se gosto mais dessa ou de moving targets, rs!
    obrigada por traduziir (:
    Carol

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  4. Gente, que fic maravilhosa!!!!!!!!!!!!!

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  5. ahhhhhhhhh é isso que é bom!!!
    Lêh

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  6. chorei muito...
    Pelo menos teve um final feliz.
    Parabéns pela tradução

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