9.7.10

Moving Targets 1.6 - Empty Spaces


TítuloEspaços Vazios
Resumo: Após o fim da guerra contra os kandorianos, Chloe e Oliver, assim como os demais da jovem Liga da Justiça, precisam encontrar um jeito de juntar seus pedaços e continuar... mesmo que seja mais difícil do que estavam imaginando.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R
Linha de tempo: os acontecimentos se passam depois do episódio Salvation.

Trailer - Um - Dois - Três - Quatro - Cinco - Seis



Capítulo 1 - Empty Spaces
(Parte 6 de 6)


Hessischer Hof Hotel, Alemanha - 17 de setembro de 2010

Chloe ficou ainda mais desconfortável quando entrou no quarto. Ele era grande mas repleto de coisas, excessivamente decorado e simplesmente sem espaço. Normalmente ela ficaria feliz em ver que o hotel tinha personalidade, diferente de qualquer outro nos Estados Unidos, onde todos são exatamente iguais, mas nesse momento, ela só conseguia achar tudo muito irritante.

As camas eram praticamente coladas, e embora tenha ficado feliz em ver uma mesa no canto, não daria pra abrir os mapas ali, e pior, tinha apenas um pequeno sofá, ou seja, era como se ela estivesse novamente presa com ele no avião.

Oliver realmente respirou fundo quando olhou o quarto, um pouco tonto por causa da decoração. E olha que ele já tinha visto muitos quartos de hotel nos seus quase trinta anos. "Quanto tinha que pagar pra ter pelo menos uma parede livre?", resmungou, largando as malas perto do armário e indo direto abrir as janelas. Abriu as cortinas pra deixar o sol entrar, relaxando um pouco porque a luz fazia o lugar parecer um pouco maior.

Chloe não falou nada, mas se sentiu um pouco melhor quando ele abriu as janelas. Tirou os sapatos e foi pra mesa imediatamente abrir seu laptop. "Você faz ideia de que horas são aqui?"

Ele olhou pro relógio e calculou a diferença. "Duas da tarde", arrumando o relógio de acordo com o horário alemão.

Ela então ligou o computador, puxou uma cadeira pra sentar, massageando um pouco a testa. Eles já estavam procurando o laboratório que produziu os robôs há quase dois meses, e agora ele parecia ter simplesmente desaparecido. Mandaram Bart pra Alemanha algumas vezes, mas apesar da correr, literalmente, o país inteiro, ele não conseguiu encontrar nada. E agora eles estavam lá procurando alguma pista que os levasse a alguém ou algum lugar ligado aos robôs. Chloe porque faria a pesquisa e Oliver porque era o único membro do time que falava alemão fluente.

Parecia óbvio que eles é que teriam que fazer o trabalho, mas ficar sozinha com ele depois de tudo não era o que ela queria.

Oliver olhou pra ela de lado e suspirou antes de fechar os olhos e virar a cabeça para trás em direção à janela.

As coisas não estavam saindo do jeito que ele esperava.

Nem um pouco.

***

Sede em Star City - 14 de setembro de 2010

Eles iriam viajar pra Alemanha dentro de três, bem, dois dias agora, já que era quase quatro da manhã, e ainda não tinham nada de concreto pra procurar, a não ser um endereço que não existia mais. Chloe atravessou a sala dos computadores, e pegou seu café, tomando um gole.

A sala era uma versão menor da Watchtower, mas bem mais potente. A rede e o sistema que Vic montou aliado ao satélite comprado por Oliver, faziam com que qualquer lugar do mundo pudesse ser visto do segundo andar da modesta casa em Star City.

Ela observou o computador trabalhar por um longo tempo e foi para o pequeno sofá onde sentou e suspirou, já estava ali há mais de doze horas e encontrou o mesmo tanto de informações que teria conseguido se tivesse passado o tempo na praia.

"Nada ainda?", Oliver perguntou, entrando pela porta e encostando ali mesmo, os olhos sonolentos.

Chloe deu um pulo ao ouvir sua voz, achava que todo mundo já estava dormindo. Balançando a cabeça ela respirou devagar. "Não, nada. Eu acordei você?"

"Eu ainda não fui pra cama", respondeu balançando a cabeça também.

"Oh", ela olhou bem pra ele, "Você deveria ir descansar..."

"E deixar você sozinha aqui no escuro?", ele sorriu levemente. "Não é justo."

Ela deu um pequeno sorriso e balançou a cabeça. "Não acho que sou uma boa companhia no momento."

Ele deu um passo pra dentro da sala, fechando a porta pra conversa deles não acordar ninguém. "Eu muito menos."

Chloe o observou e se deslocou no sofá pra ele ter espaço se quisesse se sentar. "Tá pensando no quê?" perguntou tomando mais um gole de café, sem tirar os olhos dele.

Ele balançou a cabeça, sentando ao lado dela. "Nada específico", disse baixinho olhando pra ela. "Só cansado demais pra dormir", completou dando um sorriso pálido.

"Acho que vamos acabar virando zumbis", ela sorriu e colocou a caneca vazia na mesinha à frente, recostando-se de volta no sofá.

Ele também se encostou no sofá, bocejando involutariamente, um leve sorriso tocando seus lábios. "Contanto que os dois espumem pela boca tudo bem."

Chloe riu, fechando os olhos e relaxando por um momento. "Bom saber que nesse caso espumar é aceitável", ela brincou, lembrando de uma conversa que eles tiveram alguns meses atrás.

Ele olhou pra ela, sua expressão se suavizando um pouco.

Ela suspirou e abriu os olhos, dando um olhada pra ele. "O quê?"

"Nada", ele suspirou, mexendo a cabeça.

Chloe levantou a cabeça e olhou pra ele apertando os lábios. "O que nós vamos fazer?"

Sua testa franziu um pouco. "Acho que estamos indo bem. Melhor do que eu esperava", ele admitiu.

Ela pensou um pouco. "Estamos?"

"Não estamos?"

Chloe balançou a cabeça e virou pra ele. "Você está falando sobre o quê?"

Isso fez ele parar. "Você não... você estava falando da missão. Certo", ele murmurou.

"Oh", ela respirou fundo e abaixou a cabeça. "É..."

Oliver esfregou a mão no rosto. "Pensando bem, acho melhor eu ir pra cama." Sua voz era quase inaudível.

Apertando os lábios, ela concordou com a cabeça, sem tirar os olhos dele. "É tarde."

Ele virou a cabeça e olhou dentro dos olhos dela. "Muito."

Chloe sentiu o ar lhe faltar e continuou olhando pra ele, concordando com um gesto. Tinha tantas coisas que ela queria falar pra ele, tantas coisas que ela deveria falar pra ele, mas naquele momento ela só conseguia pensar nas coisas que ela queria fazer com ele.

Ele respirou fundo, reconhecendo o olhar no rosto dela. Um olhar que ele viu muitas vezes antes. Sem pensar, ele chegou mais perto.

Ela olhou pra baixo, respirando devagar colocando sua mão nas costas da mão dele delicadamente. Ela não deveria, ela sabia que não deveria, eles não deveriam, mas ela sentia tanta falta dele.

Oliver fechou os olhos, lentamente ele virou sua mão e deslizou seus dedos entre os dela, trazendo a mão dela até seus lábios para beijá-la com suavidade. "Chloe..."

O estômago parecia ter afundado enquanto ela levantava a cabeça pra olhar pra ele, perdendo o fôlego.

Ele abriu os olhos para olhar pra ela, e acariciou seu rosto bem devagar, gentilmente colocando o cabelo dela atrás da orelha.

Chloe acompanhou a mão dele e voltou o olhar pra ele, respirando com dificuldade, o coração batendo forte contra o peito, ela deveria se afastar, ela sabia que deveria se afastar.

Ele se aproximou sem pensar em nada, o polegar deslizando sobre o rosto dela, quando se inclinou e beijou suavemente sua boca, os narizes se roçando.

Ela suspirou lentamente antes de devolver o beijo com a mesma suavidade.

Oliver estremeceu um pouco, as mãos deslizando pelo cabelo dela, sua língua roçando os lábios dela à procura de acesso.

Chloe gemeu baixinho e abriu os lábios, hesitantemente levando a mão até o pescoço dele.

Era tudo tão familiar, tão certo. Ao ouvi-la gemer, ele aprofundou o beijo lentamente, puxando-a mais perto, pro colo dele. O coração acelerado contra o peito.

Ela nem percebeu o que ele estava fazendo até estar sentada em suas pernas, seu corpo respondendo ao dele no segundo que seus lábios se tocaram e cada pensamento simplesmente abandonou seu cérebro.

Oliver parou o beijo, deslizando seus lábios pela garganta, suas mãos por dentro da blusa dela, fazendo contato com a pele nua.

Chloe manteve os olhos fechados, estremecendo ao sentir os lábios dele em sua garganta e as mãos em suas costas, inclinando a cabeça para ele ter mais acesso, enquanto ela deslizava suas mãos pra cima e pra baixo no peito dele procurando a bainha da camisa.

Ele a puxou mais perto, deslizando seu nariz pela linha da mandíbula dela e depois dando um beijo. "Chloe...", ele sussurou, a voz suave, quase inexistente.

Ela deslizou a mão por dentro da camisa dele correndo as pontas dos dedos pelo seu corpo, fazia quase quatro meses, mas parecia muito mais tempo. Ela virou a cabeça pra olhar pra ele, dessa vez se inclinando para beijá-lo, um beijo faminto.

Oliver estremeceu ao sentir a mão dela em sua pele e retribuiu o beijo com mais urgência, se afastou para tirar a blusa dela e a beijou novamente.

Chloe também tirou a camisa dele, respirando fundo antes de retornar ao beijo, se ajustando em seu colo, ficando o mais perto possível.

Ele deslizou os braços pela cintura dela, se arrumando no sofá para deitá-la embaixo dele, os braços por baixo enquanto a beijava.

Ela arqueou as costas para acomodar os braços dele, dobrando os joelhos pra cima e enroscando suas pernas ao redor da cintura dele. "Ollie", ela gemeu baixinho contra sua boca, abrindo os olhos antes de parar o beijo.

Oliver olhou pra ela, os olhos vidrados e a respiração ofegante.

Chloe encontrou o olhar dele e suspirou abrindo mais os olhos.

Ele respirou fundo, o ar parou na garganta ao reparar o olhar que ela fazia. "Chloe?"

Tudo o que ela podia imaginar, tudo o que ela queria dizer pra ele eram as três palavras que ele lhe disse quando achou que estava sendo atacado pelos kandorianos. Eles nunca falaram sobre isso, nunca discutiram o significado do que falaram. Apertando os lábios ela desviou o olhar e balançou a cabeça. "É melhor não fazermos isso." Falou sem ar. O coração martelando contra o peito.

Ele sentiu o peito apertar com essas palavras, quando ela desviou o olhar. Sentou devagar, liberando-a sem hesitação.

Ela sentiu seu estômago despencar quando ele se afastou e tratou de se sentar rapidamente também, a mão pelo chão procurando a blusa. Sua cabeça girava e o cérebro trabalhava acelerado para desvendar a reação dele. Se começassem isso tudo de novo, mais eles se machucariam, de um jeito que não conseguiriam mais ficar perto um do outro, e eles precisavam ficar perto porque trabalhavam juntos.

Ela vestiu a blusa e levantou, prendendo a respiração enquanto segurava as lágrimas, quando virou pra ele. "Vai ser melhor se nós simplesmente, precisamos ficar longe."

Oliver não olhou pra ela enquanto também vestia a camisa. "Certo", ele sussurrou. Levantou e foi em direção à porta, se sentindo tonto e confuso. Fechou os olhos enquanto abria a porta. "A culpa foi minha. Sinto muito", ele apertou o maxilar, os olhos ardendo enquanto piscava várias vezes. "Não vai acontecer de novo", e sem esperar resposta, abriu a porta e saiu da sala.

Ela observou ele indo embora, enroscou os braços ao seu redor respirando com dificuldade, fechou os olhos enquanto as lágrimas caíam e ela se impedia de ir atrás dele.

Ele não foi pra cama naquela noite. Vestiu o uniforme e foi patrulhar. E quando o sol nasceu ele voltou, tomou banho e foi para a Queen Industries, onde ficou até a hora do vôo.

Ele já estava temendo a viagem.

***

Hessischer Hof Hotel, Alemanha - 17 de setembro de 2010

Oliver se deitou naquela noite, olhando inexpressivo para o teto. O quarto estava silencioso. Muito silencioso. Tanto que ele conseguia ouvir a respiração de Chloe a alguns centímetros dele. Ele suspirou lenta e silenciosamente, colocando um braço sobre os olhos.

Ela estava de costas pra ele, mas não conseguia dormir. Eles decidiram ir pra cama há uma hora e meia atrás, e ela estava completamente exausta por causa da viagem e da pesquisa que fizeram desde que chegaram, mas ela estava muito consciente da presença tão próxima de Oliver para ser capaz de relaxar. Ela suspirou devagar e passou a mão no rosto antes de se virar e deitar com as costas na cama.

A noite era estranhamente familiar, igual a de poucos dias atrás, esse pensamento fez seu estômago dar um nó. Tudo o que ele queria era poder vestir o uniforme e ir patrulhar, mesmo sem conhecer o lugar. E talvez voltar só quando o sol nascesse. Mas ele não havia trazido o uniforme, e sabia que se levantasse e saísse Chloe ia se sentir culpada. Pior que isso, ela ia insistir em ir embora - talvez não do hotel, mas de Star City quando retornassem. Ela voltaria para Metrópolis, e ficaria lá sozinha.

Ele não podia deixar isso acontecer. Era muito perigoso e se alguma coisa acontecesse com ela porque havia sido tão egoísta e fugido do quarto, ele nunca ia se perdoar. Então ele continuou deitado, a respiração profunda e uniforme.

Chloe deu uma olhada pra ele, tentando ver se ele estava acordado ou não. Ela também queria sair, pegar o casaco e ir dar uma volta, sair dali e... respirar um pouco. Mas ela não queria correr o risco de acordá-lo se ele estivesse dormindo e nem preocupá-lo se estivesse acordado. Ela tinha tornado as coisas tão desconfortáveis entre eles, porque apesar de ele ter assumido a culpa, ela sabia que ela é quem tinha começado tudo naquela noite.

Eles estavam conseguindo conviver, até de forma amigável, e ela estragou tudo. Agora ele mal conseguia olhar pra ela.

Depois de um longo tempo, Oliver se virou pro outro lado, deslizando o braço pra baixo do travesseiro.

Esta ia ser uma noite muito longa.


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RISING TENSION 2.1

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5 comentários:

  1. Meu, tô ficando com um ódio da Chloe... tadinho do Ollie...

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  2. Uau! Cena de tirar o fôlego, o mais foda foi que pouco antes dela acontecer, eu pensei "Nossa, se eu fosse a Chloe, não conseguiria ficar só olhando" Parece até que ela me escutou :P
    Mas, vou te falar...quero abraçar o Ollie e dizer que vai ficar tudo bem, tadinho dele =´(

    Shann_S

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  3. Gente A Chloe bateu a cabeça e pirou na batatinha completamente, Acorda Chloe!!
    To começando a torcer pra Mia socar a Chloe.
    E o Ollie tão fofo, nem um coração de pedra consegue não se derreter por ele...
    Ansiosa pela reconciliação chlollie!!
    O Ollie faz da Chloe uma pessoa melhor!!

    Vilm@

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  4. Eu não consigo ter ódio da Chloe, cara, o que ela tá fazendo é tão digno de entendimento asuhsauhsa. Queria ver logo o Clark se dando bem com a Lois pra eu lagar essa sensação de que ela vai acabar querendo voltar pra Metrópolis pra querer ajudar ele nas coisas. Ai ai viu. Estou até com uma dorzinha no coração pra ir pro próximo capítulo.

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    Respostas
    1. Bia, eu devo confessar que fiquei com raiva da Chloe e muita dó do Ollie...

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