24.6.13

Upping The Ante (3/4)

TítuloAumentando As Apostas
Resumo: Oliver convence Chloe a acompanhá-lo anonimamente até Las Vegas para dar um lance nele em um leilão de solteiros em um evento de caridade, mas o encontro subsequente se torna muito real.
Autorafickery
Classificação: NC-17
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Categoria: Universo Alternativo
Linha de Tempo: começo da nona temporada.
Anterior: 01 :: 02



De volta à limusine, ele disse. "Eu digo pra irmos para sua suíte, tirar nossos sapatos e tomar aquela garrafa borbulhante que o gerente mandou."

"Isso parece ótimo. Mas a garrafa está no balcão. Estará quente." Ela estava tendo que enunciar as palavras com um pouco mais de cuidado pra não balbuciar.

"Não, não, não. Observe." Ele pegou o telefone, pressionando algumas teclas e segurando-o contra o ouvido. "Alô. Sim, aqui é o assistente de Christine Swanson." Sua voz tinha um tom extremamente educado, comum aos funcionários que facilitavam as coisas para as pessoas que pagavam seu salário. Ela ergueu as sobrancelhas pra ele. "Ela estará de volta ao hotel em breve e queria se saber se alguém poderia fazer a gentileza de trocar a garrafa que ela ganhou por uma gelada. Excelente. Ela ficará muito agradecida."

Ela estava balançando a cabeça e sorrindo quando ele terminou a ligação. "Isso é insolência."

"De forma alguma. É fácil, vai tomar cinco minutos da vida de alguém, e você fará valer a pena dando uma grande gorjeta quando for embora." Ele checou o telefone novamente. "Oh, droga. Esquecemos de tirar uma foto no clube. Eu provavelmente devo às pessoas mais uma foto. Vem cá." Ele se inclinou em direção a ela e segurou o telefone na frente deles. "Auto-foto de dentro limusine."

"Eu vou pessoalmente devolver seu dinheiro se você jurar nunca mais falar auto-foto", ela o informou, reflexivamente inclinando a cabeça para deixar a rede esconder seus olhos das lentes.

Ele deu risada. "Acredite, isso não faz parte do meu vocabulário."

"Graças a Deus", ela murmurou, recostando-se de volta no assento. "Eu não deveria beber mais nada esta noite, enfim, não importa em que temperatura esteja."

"O que você vai fazer, ir pra cama?" ele a desafiou. "Não seja ridícula. A noite ainda é uma criança."

"Já passa da meia-noite", ela disse, checando seu próprio telefone.

"Você vai virar abóbora? É Vegas." Vendo que ela não parecia tocada pelo argumento, ele acrescentou. "Você me comprou para a noite inteira, lembra? Havia mulheres com o dobro da sua idade no leilão que ainda estariam fortes agora."

Ela fez um som rude. "Na esperança de dormir com você, claro."

Ele não respondeu, só inclinou a cabeça e lhe deu um risinho.

O que isso queria dizer?

"Então... o que, esta é a parte da noite onde eu deveria pedir pra te levar pra casa ou algo assim?" Deus do céu. Ok, essa conversa já tomou um rumo perigoso, você não precisa ajudar.

"Seu desejo é uma ordem, Srta. Swanson." O sorriso dele aumentou, e ela não conseguiu decifrar a expressão em seus olhos.

Ele só deve estar bêbado. Não tome como pessoal.

*-*-*-*

Quando entraram na suíte, a nova garrafa já estava no balde de gelo, com quatro taças de cristal ao lado.

"Maravilha. Vocês, pessoas ricas, realmente possuem uma existência única, não é?"

"Pense assim", Oliver sugeriu, fechando a porta. "Você está - bem, eu estou pagando muito dinheiro por esta suíte, e o preço inclui um nível alto de serviço, só isso."

"Hmmm." Chloe tirou os saltos a caminho de um dos sofás e desabou ali, suspirando aliviada. Ele ficou no bar, abrindo a garrafa de champanhe.

Ela encolheu as pernas sob o corpo. "É ótimo estar longe dos olhares públicos. Eu realmente não sei como você aguenta isso o tempo todo. Acho que eu enlouqueceria."

"Bem, antes de mais nada você se acostuma. Mais ou menos", ele acrescentou. "Segundo, você tem que perceber que é um dos lados da fama. Se você quer os benefícios, como passar na frente das filas e ter tratamento VIP, você tem que aceitar o escrutínio. E terceiro, você encontra maneiras de evitar. Usando roupas comuns e saindo incógnito, por exemplo. Ou inventando um alter-ego combatente do crime." Ele terminou de abrir a garrafa e rapidamente serviu duas taças, recolocou a garrafa no balde de gelo e a carregou para onde Chloe estava sentada.

Ela aceitou a taça que ele lhe entregou. "Duvido que alguém faça a última além de você."

Ele deu risada, tirando os próprios sapatos antes de se afundar no sofá ao lado dela. "Verdade, mas você estava perguntando especificamente sobre mim." Ele encontrou o controle remoto do áudio e começou a pressionar os botões, passando por várias estações antes de parar em uma de jazz e blues. "De qualquer maneira, você foi muito convincente esta noite. Muito bem." Erguendo a taça, ele brindou a ela. "A Christine Swanson."

"A caridade", ela contrapôs, tilintando sua taça na dele.

"A isso também."

"E aos generosos doadores." Ela tomou um gole da bebida e deixou a cabeça deitar no sofá apenas para perceber que estava recostada ao braço dele, já casualmente estendido atrás dela.

Ela sentiu uma onda de calor em seu baixo ventre e... mais pra baixo. Pequenos sinos de alerta dispararam em sua cabeça, mas eles pareciam fracos e distantes, calados pelo álcool.

Ela colocou os pés descalços sobre a mesa de café. Ele estendeu as longas pernas ao lado das dela, cutucando seus pés com os dele.

Ela tentou se distrair com conversa. "Então, alguns dos outros solteiros pareciam... interessantes. Como é no camarim?"

"Oh, céus." Oliver balançou a cabeça com a lembrança. "Como um baile de debutantes, eu acho, exceto que o gênero é outro. Um cara começou a exigir uma lâmina porque alguém brincou que ele era monocelha. Outro estava surtando porque tinha esquecido os produtos de cabelo. Outro cara deixou para se depilar um pouco tarde demais e estava preocupado que o peito ainda estivesse vermelho. Ele estava tentando um spray bronzeador pra cobrir tudo. Sabia que tem gente que vai até sua casa, ou escritório, ou quarto de hotel e te faz um bronzeamento artificial na hora?"

Ela o estava encarando, olhos arregalados, sua mão cobrindo a boca para segurar a risada. "Mentira. Quem era esse? O salva-vidas de San Diego, certo?"

"Não, na verdade, era o mágico de Vegas. Acho que o salva-vidas não precisava de um spray bronzeador. Ele tinha um bronze verdadeiro."

Ele não era o único que tinha feito uma aposta com outros solteiros. "Todo mundo tinha feito apostas. Todo mundo. E eles ficavam mudando as apostas e fazendo novas dependendo do que acontecia no leilão."

Ele disse que eles também tinham favoritos no público. "Alguns dos caras estavam de olho em você, desejando que você tentasse ganhá-los."

"Não brinca", ela disse, intrigada. "Quem?"

"Por quê? Você quer me trocar por outro cara? Tarde demais, Ruiva."

Enquanto continuavam a conversar, Chloe perdeu a noção de quantas vezes ele completou sua taça. Ela só percebeu que estava ficando muito, muito relaxada. E muito, muito sorridente.

Ele estava rindo muito também, provavelmente mais do que ela já o tinha visto gargalhar. A conversa definitivamente tinha tomado o rumo da bobagem em algum momento. Ela até se sentiu confortável o suficiente para passar as pernas por sobre as dele, cruzando os pés como se ele fosse uma confortável almofada.

Sentindo que seus acessórios estavam incomodando, ela tirou o bracelete e jogou na mesinha lateral e o mesmo aconteceu com o chapéu, tirando também os grampos e jogando na mesa.

Ela virou a cabeça para encontrar Oliver observando-a com interesse. "Oh, ei, não pare de tirar coisas por minha causa", ele disse, sorrindo abertamente.

Ela bufou. "Não se preocupe, eu não quero roubar seu momento. Você é que é muito bom em tirar a roupa, se esta tarde significou alguma coisa."

Ele a saudou com a bebida. "Bom saber que causei uma boa impressão." Ele não parecia nem um pouco envergonhado por ser relembrado disso.

"Oh, você causou. Na verdade, você parecia ter muita prática. Eu pensei que talvez houvesse uma segunda carreira secreta."

"Você não gostaria de saber."

"Eu gostaria. Na verdade, já que eu basicamente te ganhei por uma noite? Acho que vou precisar de uma demonstração."

Ele deu risada. Ela não podia estar pedindo o que estava pedindo. "Acho que você não aguenta ao vivo, Ruiva."

Ela vinha escorregando no sofá, mas agora se sentou direito, jogando os pés no chão.

"Como é?" ela disse no mesmo tom de Rica Abusada que usou no jantar. "Eu sou Christine Swanson. Não tem nada que eu não possa aguentar."

Ele deu risada. "Perdão, Sua Alteza. Eu não tive a intenção de duvidar de você."

Ela acenou a mão imperiosamente. "Eu exijo entretenimento. Você foi comprado e pago. Dance para meu prazer, subordinado. A não ser, é claro, que esteja muito envergonhado."

"Eu uso roupa de couro apertada toda noite em público. Você acha que tirar minhas roupas na frente de alguém que eu conheço há anos será uma humilhação? Você já me viu quase nu antes. Mais de uma vez, pra dizer a verdade."

Chloe colocou uma expressão entediada no rosto e fez um movimento com a mão. "Menos conversa, mais corpo se movendo, por favor."

Ele suspirou. "Ok, mas em alguns minutos, quando você estiver completamente tomada pela luxúria, lembre-se que eu tentei alertá-la." Levantando-se, ele pegou o controle remoto novamente e diminuiu as luzes pela metade, então mudou as estações de novo e encontrou uma estação de R&B tocando uma música de batida bem marcada.

Ela deu um gritinho quando de repente se encontrou sendo transferida do sofá para a mesa de café. "Se vamos fazer, vamos fazer do jeito certo", Oliver disse a ela.

Ele estava pairando sobre ela, menos de um passo de distância, quando começou a mover os quadris ao som da música. De seu atual vantajoso ponto de observação ela estava praticamente com os olhos no nível de sua virilha. O que era... embaraçoso. Muito, muito embaraçoso.

Ele deu um risinho pra ela e ela pressionou os lábios juntos, tentando não gargalhar. Nem dez segundos depois ela se encontrou dando risadinhas, parte de nervosismo e vergonha, parte porque estava um pouco bêbada, e parte porque isto era de fato divertido.

"Acho que eu deveria ter algumas notas pra colocar nas suas calças."

Oliver gargalhou. "Srta. Swanson, acredite, você não precisa de nenhuma desculpa pra colocar sua mão na minha calça."

O casaco dele já estava desabotoado; ele brincou com as lapelas por um momento antes de tirá-lo e jogar no sofá. Afrouxando a gravata, ele brincou com ela antes de tirá-la e passá-la ao redor do pescoço dela, provocando sua pele, ombros e decote com o tecido de seda. Sentindo cócegas, ela riu novamente, mas seu ar ficou preso quando o fez.

Ele se afastou, abrindo a camisa, os olhos ainda presos aos dela, ela inclinou a cabeça pra ele, sorrindo um pouco seriamente, perguntando-se até onde ele ia levar isso. Eles estavam só brincando. Não estavam?

Ele se aproximou, girando os quadris enquanto lentamente tirava a camisa coreograficamente. Dramaticamente ele jogou a camisa por sobre a cabeça. Acabou caída em uma cadeira. Chloe enterrou o rosto nas mãos, fechando os olhos enquanto ria sem controle.

Quando os abriu novamente, ele estava perto, seu abdome definido a centímetros de seu rosto.

Ela estava se sentindo muito quente agora, em todo lugar. Deus do céu. Estava quente ali, ou era ele?

Ela lutou para não perceber a linha de pelos ultrafinos que apontava para baixo - como uma flecha, alguém diria - e desaparecia na cintura da calça. E tentou não pensar sobre o que residia a sul dali. Embora... era sua imaginação, ou a frente da calça dele parecia... um pouco mais cheia que antes?

Não seja estúpida, ela disse a si mesma. Se ele está excitado agora, é provavelmente por pensar em si mesmo nu, não em você.

Mas ela não conseguia desviar o olhar. Quando os dedos dele -- aqueles longos, hábeis, calosos dedos (bom Deus, eu estou tendo pensamentos pornográficos sobre os dedos dele agora) -- começaram a brincar com o fecho do cinto, toda a saliva de sua boca secou.

Talvez os dois estivessem brincando no começo. Mas de alguma forma tinha se tornado um desafio, e agora estavam presos nesse jogo, nenhum dos dois querendo ser o primeiro a admitir que tinha saído da zona de conforto e pedir pra parar no meio.

Ele circulou atrás dela novamente. "Divertindo-se, Srta. Swanson?" ele sussurrou, seus lábios roçando a orelha dela. Ela estremeceu involuntariamente. Ouvindo um som que não conseguia identificar, ela estava prestes a girar quando Oliver começou a lhe fazer cócegas - desta vez com o cinto. Que ele tinha obviamente removido.

Ok, agora chega. A calça fica, ela pensou desesperadamente.

Ele jogou a tira de couro na frente dela e puxou lentamente - muito, muito lentamente - entre as pernas dela. Sua atenção à área a deixou muito alerta de um crescente calor e sensação de inchaço ali. Isso estava ficando perigoso.

E ainda assim, ela não conseguia pedir pra parar. Orgulho? Ou algo mais?

"Pense nas possibilidades", ele murmurou, perto de seu ouvido novamente. "Tantas coisas que poderíamos fazer com este cinto."

E simples assim, uma imagem mental de pelo menos uma dúzia de coisas surgiu em sua mente, cada uma delas com o potencial de fazer sua calcinha derreter. E ela apostava quarenta e oito mil dólares que ele podia facilmente pensar em mais uma dúzia. Ela deu risada, de nervoso desta vez. "Nada que eu vá deixar você fazer."

Quando ele falou, seu hálito mexeu o cabelo dela. "Veremos."

Ainda bem que ela era Christine Swanson agora, porque Chloe Sullivan estava muito longe de poder lidar com isso.

Ele correu o cinto pelo cabelo dela, acariciando sua nuca, fazendo-a estremecer novamente. E então o cinto saiu voando, do mesmo jeito que o casaco e a camisa fizeram antes.

E agora as mãos dele estavam nela, aqueles incrivelmente sensíveis e habilidosos dedos acariciando sua nuca, descendo por seus braços.

"Ei", ela protestou, sua voz nada convincente até pra si mesma. "Nada de tocar os clientes."

"Au contraire, princesa. O que estamos fazendo aqui é similar a uma dança privada." Ele estava na frente dela agora - Deus, como ele se movia tão rápido? - desta vez inclinando-se e descansando as mãos na mesa ao lado dela. "E neste caso, tocar é permitido." Ele se inclinou mais perto, forçando-a a se inclinar pra trás para manter a distância entre eles. O peito dele quase tocando o dela.

Devido ao tanto que ela tinha bebido, o que aconteceu em seguida era praticamente inevitável: ela se inclinou pra trás até cair da mesa.

Ele tentou segurá-la, mas mesmo seus reflexos não eram tão bons, pelo menos não com tudo que ele também tinha bebido. Ele se desequilibrou e caiu em cima dela no chão.

Depois de um segundo de silêncio, os dois começaram a gargalhar.

"Seeeexxxy", ela arfou. "Cair do móvel é tão sensual."

"E digno. Não esqueça, digno."

"Sim, acho que deixamos a dignidade em um dos nossos destinos anteriores. Talvez ainda esteja lá no bloco de gelo fazendo algumas bebidas."

"Ou assistindo uma ninja pegar nosso vinho pendurada num cabo."

"Ou tomando um coquetel de nome ridículo com mais neon do que qualquer outra coisa."

"Ou tirando uma auto-foto na limusine."

"Você prometeu não falar isso novamente", ela o relembrou.

"Sim, eu prometi, não foi?" Ele olhou pra ela, ainda dando risada.

Sua queda tinha garantido um bem-vindo momento para quebrar a tensão. Mas ele ainda estava em cima dela, com todo seu peito definido, vibrando com a risada, e ele não mostrava nenhum sinal de que ia se mover.

Depois de um momento, ela o cutucou, com pouco efeito. Era como tentar mover uma parede de tijolos. "Você não está ficando mais leve, sabe."

Ele era quente e sólido e ainda tinha o mesmo cheiro bom de antes, mas agora tinha um leve elemento mais almiscarado de suas recentes ações, o que ela não achava nada ruim. Pelo contrário.

"Oh. Desculpe."

Ele se mexeu, de alguma forma redistribuindo o peso um pouco sem sair de cima dela. Ao invés, ele encaixou o quadril no dela.

Oh.

Então ela sentiu a mão dele subindo por sua coxa nua, entrando por dentro da saia.

Ooooh.

"Eu mudei de ideia", ele disse, a voz rouca. "Acho que cair do móvel é muito sensual."

Ela deu uma pequena risada a isso, incerta se ainda estavam jogando; incerta se eles eram Chloe e Ollie agora, ou Christine e O Solteiro. Ela ainda estava rindo quando a boca dele roçou a dela, seus lábios suaves e quentes e intoxicantes como a bebida que tinham acabado de tomar.

Isso não pode estar acontecendo.

Reflexivamente ela subiu o joelho, sua perna querendo envolvê-lo por conta própria; sua mão subiu para segurar atrás da cabeça dele. Encorajado, ele aprofundou o beijo, sua boca se moldando a dela mais firmemente, sua língua provocando a dela.

Ai meu Deus.

Com sua última tentativa de se agarrar a realidade, ela pensou, Eu vou me arrepender disso de manhã? Vamos sequer lembrar disso de manhã? E se eu ainda sou Christine Swanson, isso conta? Afinal, o que acontece em Vegas...

*-*-*-*

Uma desagradável combinação de bexiga cheia, boca seca, e uma dor de cabeça insuportável a acordou. As primeiras palavras que se formaram em sua mente semi-consciente foram: Oh Deus. Eu quero morrer.

Pareceu demorar horas - mas na realidade foram só alguns minutos - antes de ela conseguir se virar na cama e abrir os olhos. Ela estava no meio de uma cama enorme no que ela reconhecia ser o quarto principal. As cortinas estavam fechadas; só uma pequeno raio de luz natural refletia contra a parede no alto de uma das enormes janelas, indicando que já era dia. Não havia sinal de seu parceiro de bebida.

Duas garrafas de água e um copo de café estavam na mesa lateral, com um bilhete contra eles. Seu estômago revirou ao pensar em café. Eu devo estar de ressaca.

Relutantemente ela engatinhou até a lateral da cama, o suficiente para alcançar o bilhete. Não importa o quando segurasse o papel perto do rosto ou longe, as letras dançavam e se embaralhavam e ela não conseguiu ler. O esforço de focar os olhos só intensificaram a horrível sensação em sua cabeça. Derrotada, ela jogou o bilhete de lado.

"Oliver?" Sua voz mal um sussurro; ela clareou a garganta e tentou de novo, só um pouco mais de esforço. Instintivamente ela soube que a dor de cabeça a faria se arrepender de qualquer coisa alta. "Oliver?"

Ela tinha certeza que não teria resposta; ele não lhe deixaria um bilhete e fluidos vitais ao alcance se estivesse ali.

Levantar e ir até o banheiro foi uma aventura. Uma péssima. Mover-se fazia sua cabeça parecer que ia rolar do pescoço, cair no chão e espatifar em mil pedações. Seu estômago a avisou que estava extremamente infeliz naquele momento.

Ela encheu um copo com água e lavou a boca, engolindo algumas gotas, desejando que permanecessem em seu estômago. Finalmente sentindo-se mais corajosa, ela levantou os olhos o suficiente para encontrar seu reflexo no espelho sobre a pia. Não era maravilhoso, mas não era ruim o suficiente para quebrar o espelho. Ela correu os dedos pelo cabelo e decidiu que não se importava o suficiente para retirar a maquiagem borrada dos olhos. Então ela pensou na possibilidade de Oliver voltar e molhou uma toalha.

Cambaleando até a cama, ela pegou o bilhete e olhou pra ele até as letras entrarem em foco.

Bom dia, Ruiva

Desculpe não ficar tempo suficiente para tomar café com você. Eu tenho uma reunião bem cedo em Metrópolis que esqueci de cancelar, e minha assistente só me avisou agora. Deduzi que você poderia não estar se sentindo muito bem, então estendi mais uma diária no hotel e remarquei seu voo de volta. Relaxe, aproveite a suíte, vá ao spa, assista um show, o que tiver vontade de fazer. Obrigado pelo encontro de ontem - foi maravilhoso. Converso com você quando estiver de volta.

O.

P.S. Eu agendei e já paguei por um tratamento de luxo com este pessoal. Não seja orgulhosa demais pra usar! Você se sentirá humana novamente em pouquíssimo tempo.

Uma flecha estava desenhada em direção a um folheto e um cartão anexado ao bilhete. A capa mostrava uma loira sorridente parada na frente de um veículo que parecia vagamente um ônibus-ambulância. Embaixo dizia, "Não brinque com a ressaca! Tenha tratamento profissional nos Hangover Helpers e volte às suas férias dentro de poucas horas!"

Chloe ergueu a sobrancelha mas gemeu quando isso, também, fez sua cabeça doer. Ela abriu o folheto e encontrou uma variedade de tratamentos listados. Todos pareciam envolver o ônibus-ambulância e uma injeção de vitamina B-12, medicamentos anti-náusea e todo tipo de líquidos com vitaminas, ou tomar soro. O pacote de luxo prometia que uma enfermeira registrada iria até seu quarto de hotel e lhe daria o tratamento privado.

Era absurdo, mas ela teve que admirar a ideia inovadora para um negócio.

Ela não precisava, no entanto. Ela pegaria alguma coisa no minibar e tomaria lentamente, e tomaria um comprimido, e quando seu estômago se acalmasse ela começaria a seriamente se re-hidratar.

Quarenta e cinco minutos depois, depois de ter vomitado bolachas e sodas pela segunda vez enquanto segurava a testa e choramingava, ela enxaguou a boca de novo e releu o folheto. O telefone na capa havia sido circulado.

"Srta. Swanson. Estávamos esperando sua ligação. Está pronta para o tratamento agora?" A voz feminina que atendeu o telefone era calma e relaxante, cuidadosamente modulada para não exacerbar uma cabeça doendo.

"Sim. Alguém pode vir até meu quarto?" Sua voz parecia um pouco grave; envergonhada, ela clareou a garganta.

"Uma enfermeira pode chegar aí em quinze minutos", a recepcionista prometeu. "Só vista um robe se estiver sem roupa e espere a batida na porta."

Oh, certo. Ela deveria se cobrir.

Ela seguiu as instruções, vestindo um dos robes do hotel, que era felpudo e confortável. Ela hesitou por um momento mas decidiu que era melhor usar sua identidade secreta novamente: não era tão estranho assim para uma dama rica e excêntrica com uma ressaca de matar usar óculos de sol dentro do quarto, era?

A enfermeira que apareceu trazia uma mochila do tamanho da mala que Chloe havia trazido. Ela não era a que estava no folheto, mas era uma morena atlética e sorridente que se apresentou como Pam. Quando ouviu que Chloe não tinha conseguido manter nada no estômago, ela disse, "Você vai precisar de soro, então." Não era uma pergunta.

Antes que Chloe percebesse, ela estava instalada no sofá - até agora ela tinha conseguido evitar pensar sobre o que ela e Oliver estavam fazendo ali há meras horas atrás - e Pam estava ao seu lado, subindo uma manga de seu robe para que pudesse medir sua pressão.

"Eu vou te dar alguns remédios para a náusea também", Pam disse a ela. "Vão te deixar sonolenta, mas também vão te fazer se sentir bem pra tomar os fluidos depois de injetar um litro ou dois de soro em você."

"Você manda", Chloe disse fracamente. "Mas você não precisa perguntar meu histórico médico e alergias e coisas assim?"

"Oh, seu assistente já nos deus essas informações quando fez o agendamento. Ele é muito eficiente."

Chloe começou a assentir antes de lembrar que era uma péssima ideia. "Sim. Sim, ele é." Ela deitou a cabeça no sofá ao invés e fechou os olhos, tentando não lembrar da noite anterior, quando sua cabeça deitou sobre o braço de seu eficiente assistente.

Pam também era muito eficiente, deslizando uma cânula de oxigênio sob o nariz de Chloe e prendendo-o sobre suas orelhas, colocando o soro com o mínimo de conversa, ocasionalmente murmurando "Agora você vai sentir uma pequena picada", e "Este é o medicamento para náusea" enquanto Chloe sentia um leve ardor em seu braço. Depois de pendurar o soro e ajustar o fluxo, a enfermeira se sentou numa cadeira próxima para completar seu relatório. Aparentemente seus pacientes não eram falantes até o medicamento fazer efeito.

Infelizmente, isso deu a Chloe muito tempo pra pensar. E sua memória começou a voltar claramente enquanto o soro re-expandia seu cérebro e a náusea diminuía graças às drogas.

Ela lembrou dos lábios de Oliver contra os dela, a inconfundível sensação da excitação dele pressionada em sua coxa, e como ela começou a arquear contra ele quando ele segurou seu seio. Ela lembrou como ele a fez gozar a primeira vez usando apenas a mão. E a segunda vez usando apenas a boca. Finalmente conseguindo vê-lo nu - completamente. E bêbada o suficiente pra não se importar que ele a visse nua.

Ela lembrou como se moveram do chão para o sofá, e eventualmente para aquela cama enorme onde ela tinha acordado há algumas horas. E ficou maravilhada com as coisas que ele sabia como fazer, e todos os jeitos que ele a fez se sentir. A sensação dele dentro dela. Rodeando-o, e observando-o se render em retorno.

"Bem, você está parecendo melhor", Pam falou, sorrindo pra ela. "Suas bochechas têm mais cor agora. Maravilhoso o que um pouco de fluido e oxigênio podem fazer."

Chloe tentou sorrir de volta. "Maravilhoso."

Pam tirou o soro depois de uma bolsa ter terminado, assim que viu que Chloe conseguia segurar a água que estava bebendo, e desconectou o oxigênio. Ela deixou seu cartão sobre a mesa e quatro vidros de vitamina com água na geladeira. "Beba todas as garrafas antes de ir pra cama esta noite", ela instruiu. "Comece com comidas leves como torrada e caldos antes de se aventurar muito. E fique a vontade pra ligar se precisar de nossos serviços novamente; você receberá descontos em pouco tempo."

De jeito nenhum eu vou beber esse tanto de novo. "Farei isso. Obrigada."

A enfermeira acenou sorridente antes de sair juntamente com sua mochila.

_________
QUATRO

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13 comentários:

  1. A.I.M.E.U.D.E.U.S...
    Eita, que parece que a noite foi loooooonga...

    Que fic ótima! rs
    Alguém aposta que uma loooonga conversa vem por aí? E, claro,uma Chloe em total negação?!!!

    Ansioooosa.....

    GIL

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    1. Ah, a noite foi... pois é, ainda tem o reencontro...

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  2. Esse capítulo é ótimo, mas eu preciso desabafar...

    COMO ALGUÉM SOBREVIVE A UM STRIPTEASE DE OLIVER QUEEN????????????????????????
    *gritando*

    huahuahauahauahuahauahauahauahuaha
    E esse serviço de recuperação de ressaca, hein??? Coisa de louco!!!!
    Ohhhh, só falta um...

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    1. E segundo a autora o serviço realmente existe em Vegas...

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    2. hahahaha
      Tá de brincadeira?!!!! Fala sério!!!
      Não sei se o criador do serviço deve ser definido como um grande empreendedor ou um louco!! haha

      GIL

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    3. Haha, acho que como um grande empreendedor. Pensa quanta gente deve sofrer de ressaca em Vegas... rs...

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    4. Pessoa inteligente, soube explorar bem as possibilidades do mercado... huahauhauahauah
      Capaz de estar rico!

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  3. Eu não consegui superar ainda o strip do Ollie, ainnnnnn kkkk!

    Que serviço genial/louco/bizarro esse de Vegas hein kkkk to boba! Isso é que é ser empreendedor!

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    1. Haha, verdade... vai ter boa ideia assim lá longe...

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  4. Aiiiii nada melhor que um STRIP do Oliver numa noite fria e chuvosa, aliás será que só eu li essa parte duas vezes rs minha imaginação agradece. Adorei esse capítulo e ansiosa pela próximo!!

    Vilm@

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    1. Acho que não foi só você não, Vilm@... :D

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  5. Aff, muito calor!!!!!!!!!!!!!! (AR CONDICIONADO NO MÁXIMO) Oliver fazendo strip????? Ai os meus deuses, que calor!!!!!!!!!!!

    Preciso de tempo para me recuperar.

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    Respostas
    1. Haha, espero que esteja tudo bem, Karina... :D

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