2.5.12

Space Between (2/10)

Resumo: Chloe e Oliver lidam com obstáculos inesperados em seu relacionamento.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R
Aviso: Grande quantidade de tristeza
Linha de tempo: Esta história se passa depois da décima temporada, alguns anos no futuro.
Original
Anterior: Um



Quando a conferência terminou, Chloe suspirou profundamente e balançou a cabeça, guardando o gravador e o crachá enquanto a sala de imprensa da Lexcorp se esvaziava. Lex Luthor tinha acabado de anunciar sua candidatura às próximas eleições presidenciais e embora isso não fosse surpresa pra ninguém, era definitivamente preocupante pra ela e para todos que sabiam do que ele era capaz. Mesmo se o próprio Lex não se lembrasse de nada disso, ou de nenhuma outra coisa.

Ela pegou o telefone e mandou uma mensagem rápida para Oliver contando a ele as novidades. Isso ia afetar a ele e sua empresa afinal.

“Eu não posso acreditar que isso está acontecendo. Quer dizer, eu posso, mas não posso. Sabe?” Lois suspirou enquanto caminhava ao lado de Chloe.

“Eu sei”, ela balançou a cabeça um pouco e olhou para sua prima. “É inacreditável que as pessoas acreditem nessa bobagem.” Ela disse nervosa e então suspirou. “Ou talvez ele pague as pessoas para acreditarem.”

Ela entrelaçou o braço com o de Chloe. "Bem, pelo menos uma coisa boa aconteceu com esse pequeno anúncio.”

Chloe checou o telefone pra ver se tinha uma resposta, mas não tinha nada e o guardou de volta na bolsa, então olhou para sua prima, a testa um pouco franzida. “O quê?”

Lois sorriu pra ela. “Eu posso passar o dia com minha prima favorita.”

“Oh”, ela sorriu de volta para Lois e assentiu um pouco. “Parte da noite pelo menos, vamos comer hambúrguer no jantar?”

“Com certeza. No Dirty’s?” Ela ergueu uma sobrancelha, sorrindo.

“Claro.” Chloe deu um risinho. “Não existe outro lugar na cidade. Eu ficaria ofendida se você sugerisse outra coisa.”

Lois deu um risinho também. “Eu tenho que admitir, estou surpresa que você tenha conseguido que Ollie te deixasse vir pra cá sozinha.”

Ela balançou um pouco a cabeça e sorriu, olhando para sua prima. “Ele está ocupado, você sabe. A Queen Industries e o Arqueiro Verde e agora o centro comunitário, ele vem passando muito tempo lá.” Seu estômago apertou um pouco, mas seu sorriso não falhou.

“Não me diga que a lua-de-mel acabou?” Ela arregalou um pouco os olhos.

Chloe deu um risinho e balançou a cabeça mais uma vez enquanto desviava o olhar da prima. “Como vão as coisas com Clark?”

“A lua-de-mel ainda não começou”, Lois admitiu, fazendo uma pequena careta. “Sempre surge alguma coisa. Mas ele está bem.”

“Vocês vêm tentando há quase cinco anos, Lo. Eu acho que está na hora de vocês fazerem alguma coisa simples.”

“Chlo, desde quando Clark e eu fazemos alguma coisa simples?” ela brincou.

“Acho que está no gene da família.” Ela concordou, assentindo um pouco e olhando para sua prima.

“Definitivamente está.” Lois balançou a cabeça, atravessando a rua na direção do restaurante. “Connor é do mesmo jeito.”

Seu peito apertou mais uma vez a isso e Chloe assentiu. “Como ele está? Eu não o vejo desde o Natal.”

“Ele é exatamente um Clark Kent mais jovem”, ela admitiu, olhando de lado para sua prima. “Sempre bancando o herói.”

“Eu imagino”, ela sorriu e assentiu. “Tenho lido A Tocha.”

Lois sorriu. “Ah, o primeiro amor.” Ela cutucou Chloe levemente com o cotovelo.

Ela deu de ombros e olhou para Lois. “Difícil esquecer, além do mais, a garota que está no comando agora parece estar fazendo um bom trabalho, ela está comparando os salvamentos em Smallville aos do Super Homem. Nada muito perto, claro, mas ela tem talento.”

“Eu vou ter que conversar com eles”, Lois disse, baixando o volume da voz. “Falar de novo sobre disfarçar.”

“Eu vou te passar alguns dos artigos que são mais reveladores pra você usar como recurso”, ela disse à prima. “Ele decidiu para que Universidade ele vai ou vai tirar mais um ano de folga?”

Ela suspirou. “Ele quer tirar mais um ano. Mas acho que é um erro. E eu sei bem disso.”

“Você e Clark sabem bem.” Chloe pontuou, brincando. “Mas é diferente com ele, *tecnicamente ele só tem cinco anos”, ela pontuou baixando a voz.

Lois sorriu. “Nem me fale. É estranho.”

“Eu sei”, ela assentiu um pouco e então respirou fundo. “Vamos, estou faminta.” Ela disse a sua prima enquanto entravam na lanchonete.

Neste momento o telefone de Chloe bipou para alertá-la da chegada de uma mensagem.

Chloe apertou os lábios e pegou o telefone, ela leu a curta mensagem rapidamente e seu peito apertou um pouco. Tá bom. Obrigado por me avisar. Era tudo que dizia, então ela guardou o telefone logo e continuou a passar pela porta.

Franzindo a testa às ações dela, Lois a seguiu. “Está tudo bem?”

“Sim”, ela sorriu. “Era só o Ollie, perguntando quando eu volto pra casa. Você acha que Clark pode me dar uma carona hoje?”

Ela relaxou um pouco, dando um risinho. “Eu deveria saber”, ela brincou. "Tenho certeza que ele vai ficar feliz em fazer isso. Se eu deixar. Eu sinto como se nunca tivéssemos tempo pra nos ver.”

“Eu sei, desculpe, Lo. Mas eu realmente preciso escrever o artigo esta noite, e você também.” Ela pontuou.

Ela suspirou. “Eu sei, eu sei. Mas um dia, muito em breve, vamos passar o dia juntas e vamos às compras.”

“Parece ótimo”, Chloe sorriu. "Mas esta noite, vamos ficar só nos hambúrgueres, fritas e milk-shakes.”

“Acho que vamos.” Ela sorriu de volta, balançando a cabeça. Era bom ter sua prima de volta à cidade. Mesmo que fosse só por uma noite.

Teria que ser só por uma noite, porque ficar perto de Lois e Clark era exaustivo. Pelo menos Chloe tinha aprendido como evitar questões indesejadas.

E quando não conseguia, ela tinha aprendido a dar as respostas esperadas.

***

Oliver se recostou contra a parede do ginásio, observando enquanto Mia fechava a porta depois que o ultimo garoto saiu. Ele correu a mão pelo rosto cansadamente. “Eu vou limpar a cozinha”, ele disse a ela.

“Eu posso fazer isso”, Mia ofereceu, seguindo-o. “Você não tem que ir pra casa e descansar antes do seu terceiro trabalho do dia?”

Ele ergueu as sobrancelhas. “Você odeia lavar a louça.”

“Isso deveria lhe mostrar o quanto sua aparência está horrível já que eu estou oferecendo”, ela pontuou, erguendo as sobrancelhas.

“Bem, tente ter três empregos e vamos ver se ainda vai parecer maravilhosa”, ele resmungou, franzindo a testa.

“E é por isso que estou te oferecendo uma folga.” Mia disse a ele, passando por ele em direção a porta da cozinha, parando ali e bloqueando a entrada.

Ele olhou pra ela. “Por que a repentina preocupação com a minha saúde?”

“Você está mais horrível que o normal?” Ela disse a ele, tentando um sorriso.

“Sério”, ele balançou a cabeça.

“Certo... eu tenho um encontro.” Ela disse e suspirou. "Não pergunte. Eu já ia sair e deixar a louça para amanhã de manhã.”

“Um encontro?” ele repetiu, erguendo um pouco as sobrancelhas e cruzando os braços sobre o peito. “Eu conheço este encontro?”

“Não.” Mia disse, erguendo as sobrancelhas. “E há uma razão pra você não conhecer e você não vai conhecê-lo até eu decidir que ele vale a pena e que ele não vai sair correndo pela porta depois de você intimidá-lo.”

Ele franziu ainda mais a testa. “Eu não sou tão mau assim.”

Ela ergueu as sobrancelhas e lhe deu um olhar. “Quantos dos meus potenciais namorados você conheceu, Ollie?”

Oliver se mexeu desconfortavelmente sob o olhar de descrença dela. “Eu não sei, alguns.”

“Três.” Mia disse a ele, mostrando três dedos para enfatizar. “E esta é a quantidade que você assustou. E sim, isso significa que eles não eram legais o suficiente ou seja lá o que fosse, mas eu gostaria de sair pelo menos alguns vezes com este.” Ela parou. “Ele é muito lindo.”

“E se ele for um absoluto idiota?”

“Então eu vou só dar uns amassos com ele e não deixá-lo falar e em seguida eu dispenso”, Mia deu um risinho.

Ele gemeu a isso, fechando os olhos. “Mia...”

“Eu posso lidar”, ela disse, dando um tapinha no braço dele. “Agora, vá pra casa e tenha um jantar legal e descanse um pouco antes da patrulha, eu garanto que os pratos estarão limpos de manhã quando as crianças chegarem. Diabos, se o encontro for chato, eu arrasto ele pra cá e mando ele fazer isso.”

“Só... tome cuidado, tá bom?” Ele olhou pra ela, preocupação em seus olhos. "E se precisar de ajuda, me ligue.”

“Eu sempre ligo quando preciso de ajuda, não ligo?” Ela disse, erguendo as sobrancelhas.

Oliver suspirou suavemente. “Tudo bem. Eu espero que ele não seja um idiota e que o encontro não seja chato.” Ele conseguiu dar um pequeno sorriso antes de se virar pra sair.

“Obrigada”, ela disse. “E eu te aviso se eu não for patrulhar hoje.”

“Tá bom. Se você não conseguir, não se preocupe”, ele disse a ela, acenando com a mão.

“Descansa!” Ela disse mais uma vez enquanto acenava de volta antes de se virar e correr pela porta pra terminar de fechar o lugar.

Oliver foi até o carro, recostando-se nele por um momento e pegando o celular. Nenhuma nova mensagem. Ele mordeu a parte interna da bochecha, então entrou no assento do motorista, correndo uma mão pelo rosto antes de ligar o carro e ir na direção da cobertura. Talvez dormisse por uma hora.

***

Passava um pouco das dez, na hora de Star City quando Clark a colocou na varanda da cobertura. Ela se despediu rapidamente e ele saiu rápido para ajudar alguém. O lado positivo da super audição de Clark e o constante encorajamento de Lois para que ele não perdesse nenhum salvamento fazia com que ele nunca se demorasse muito, especialmente à noite. E era algo que Chloe vinha agradecendo ultimamente.

Ela destrancou as portas da varanda com as pontas dos dedos e entrou silenciosamente. O apartamento estava escuro e silencioso e como já era meio tarde, deduziu que Oliver já tivesse saído para patrulhar.

Suspirando suavemente, ela tirou os saltos e foi em direção ao escritório, aonde vinha passando a maior parte de seu tempo nos últimos dias, então parou quando percebeu que ele estava dormindo no sofá pelo canto dos olhos. Era lá que ele vinha passando a maior parte do seu tempo quando estava em casa ultimamente.

E seu peito e seu estômago apertaram enquanto o observava, mas ela prendeu a respiração para não fazer nenhum barulho que pudesse acordá-lo. Engolindo em seco, ela colocou a bolsa no chão e em silêncio caminhou até ele, abrindo o lençol que estava dobrado no braço da cadeira e o cobrindo com cuidado, fazendo o melhor para não acordá-lo.

Ele murmurou o nome dela, suas sobrancelhas franzindo um pouco, a respiração acelerando.

Chloe paralisou, olhando pra ele por um momento, mas no segundo que seus olhos se encheram de lágrimas, ela se afastou o mais rápido possível e em silêncio.

Ele acordou, franzindo um pouco a testa enquanto se sentava, seu coração acelerado no peito. Ele piscou rapidamente e a viu a alguns passos. “Chloe?” Sua voz era incerta.

Ela prendeu a respiração e expirou devagar, tentando não fazer barulho e nunca agradeceu tanto o fato de ele ter o hábito de não acender as luzes quando estava em casa. “Volte a dormir”, ela disse, orgulhosa de si mesma por manter uma voz neutra enquanto pegava a bolsa. “Eu não queria te acordar.”

Oliver correu uma mão pelo rosto. “Eu não sabia que você ia voltar esta noite.” Sua voz estava rouca do sono. O lugar todo estava escuro. Ainda era dia quando ele saiu do centro comunitário. Que horas seria?

Respirando fundo, ela deixou as mãos caírem ao lado do corpo. “Eu pedi para o Clark me trazer já que preciso terminar esse artigo.”

“Certo”, ele murmurou, lentamente se levantando. Ele olhou para o lençol com o qual ela aparentemente tinha lhe coberto. “Obrigado por... tudo.”

“De nada”, ela respondeu automaticamente. “Você vai sair?”

Ele parou, olhando para o chão. “Sim. Acho que sim.”

“Clark está por aqui, se você quiser tirar a noite de folga. Tenho certeza que ele pode dar uma olhada na cidade.” Chloe pontuou, mexendo em sua bolsa, procurando o gravador.

“Eu não quero te atrapalhar”, ele disse simplesmente.

Seu estômago apertou mais uma vez a isso, mas ela balançou a cabeça. “Eu estarei no escritório”, ela disse. “Fique com a cama se quiser, não terei tempo pra dormir.”

Oliver desviou o olhar, mordendo a parte interna da bochecha. Se fosse tão simples assim. Mas não era. Já há algum tempo. Ele não tinha mais direito àquela cama. Não mesmo. “Obrigado”, ele disse, sem se mover.

Chloe assentiu um pouco. “Boa noite”, ela disse, olhando para a bolsa e indo para o escritório.

“Chloe, espera.” Ele prendeu a respiração, as palavras saindo de sua boca antes que pudesse se impedir.

Ela paralisou, seu coração acelerando. “Eu não posso, Oliver. Eu estou em cima da hora.” Ela disse, olhando por sobre o ombro e então voltando ao seu caminho para o escritório.

O peito dele apertou enquanto ela se afastava. Ele fechou os olhos e então foi para o lado oposto, na direção de sua sala secreta em silêncio. Não podiam continuar assim por muito mais tempo, disso ele tinha certeza. Estava matando os dois, mesmo que nenhum deles quisesse admitir.

Amanhã, ele pensou com um pontada de dor.

Lidaria com isso amanhã.
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13 comentários:

  1. Ai caramba, que raios aconteceu pra eles chegarem a esse ponto????????????? Tô sofreeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeendo...

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    1. Vc vai descobrir logo, Ciça, fique tranquila... :D

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  2. Eu também tô roendo as unhas aqui!!!! Coração partido!!! O que aconteceu com eles? Não consigo imaginar, sei que traição não foi, pq eles têm o amor mais perfeito do universo ever, rs...

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    1. Concordo, eles têm o amor mais perfeito do universo ever... :D

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  3. Cara, o que está acontecendo com esses dois? A Chloe parece estar mágoa pura e o Oliver uma mistura de mágoa e culpa...
    *****************************
    Sou só eu que não gosto da Mia? Moving Targets conseguiu me incapacitar para esse personagem. Desde lá não consigo parar de achar menina mala kkkkkkkk

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    1. Pois é, Vinicius, os dois parecem estar bem confusos, talvez esteja faltando uma conversa mais aberta pra eles esclarecerem tudo de vez...

      Ah, eu gosto da Mia... :D

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  4. Parece que ele fez algo grave ,tomara que não seja traição .

    Realmente a Mia é uma chata também não me desce......

    Alice

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    1. Haha, eu gosto da Mia, Alice, não gostava dela na série, mas nas fics, acho que é passável, rs...:D

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  5. Haha, comigo foi o contrário, eu não gostava dela na se´rie, mas depois de Moving Targets passei a entender pelo menos a fidelidade que ela tem ao ollie pelo que ele fez por ela... Ah, não pode ser traição, pelo que eu percebi os dois estão se culpando, então torço muito mesmo pra que não seja traição...


    Edicleia

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  6. =/
    Gente, o que é isso? O que de tão horrível aconteceu pra deixa-los tão distantes? Bem, mas acho que traição nunca... não depois de tudo que passaram para ficarem juntos. Tem que haver outra explicação! Tá dificil ser forte... ai!

    GIL

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    1. Concordo, traição... nunca! Fique forte aí, GIL, logo descobriremos o que aconteceu...

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  7. Acho que tem alguma coisa a ver com ter filhos. Eles estavam
    tentando mas não conseguem... Acho q é isso. Curiosa!!

    NOELLE

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