11.11.10

Within Enemy Lines (5/11)

Título: Dentro das Linhas Inimigas
Resumo: Oliver se junta ao Esquadrão Suicida para salvar Chloe.
Autora: tennysonslady
Classificação: PG-13
Anteriores: Parte 1 - Parte 2 - Parte 3 - Parte 4
Nota: A Catheryne (tennysonslady) deu uma passadinha aqui no blog e deixou um comentário na parte 4, agradecendo aos comentários e dizendo que escreve histórias longas e que muitas delas começam tristes mas têm um final feliz... bem, vamos torcer... agora, vamos ao que interessa... boa leitura!

Demorou um pouco até ele se acalmar e pensar direito. O momento em que Oliver perdeu o contato com ela foi no preciso momento em que ele encontrou as informações sobre o recém-chegado que ela chamou de Floyd. Pistoleiro. Dentro de segundos suas vidas inteiras correram rapidamente em sua cabeça.

A primeira vez que ela pegou sua mão. Fora daquele cofre quando os dois sabiam que ela tinha salvo sua vida.

O primeiro beijo. Na quieta e mal iluminada Watchtower ele aproveitou sua chance e encontrou os braços envoltos numa mulher que viveria dentro dele pra sempre.

A primeira vez que ela disse que o amava. Comprimido naquele espaço apertado quando ele não podia ao menos ver seu rosto. Ele achava que seria a última vez.

Cada imagem que ele ainda guardava do futuro que ele imaginava que ela tinha destruído ao ingressar no Esquadrão - tudo isso correu em sua cabeça. Oliver pegou as armas que ele havia guardado na van por precaução caso ela precisasse dele. Ele não tinha nenhum plano, nenhuma estratégia. Tudo o que ele sabia era que o comunicador estava mudo.

Oliver já havia estado no lugar antes mesmo dela entrar, e sabia como escalar o edifício. Ele subiu pela escada dos fundos até alcançar o telhado. A flecha que ele atirou se enterrou na parede do hotel. Ele não estava com os óculos, mas podia ver o contorno dela ainda na cadeira. Seu coração estava alto, rápido, fora de controle.

Não era assim que eles iam terminar. Sentindo amor ou ódio, não era assim que eles iam perder um ao outro.

Em seu jeans e camiseta, sem nenhuma proteção além da fé de que estava segurando firme o suficiente na linha mesmo sem luvas, Oliver voou sobre as ruas de Gotham City e caiu na varanda. Seus joelhos quase cederam quando ele ouviu a voz dela. Era o melhor som do mundo desde que o comunicador ficou mudo.

Imediatamente, instavelmente, ele se moveu e pegou seus braços. Ele a levantou, o mais perto que podia. Ele precisava ver os olhos dela, saber que ela estava viva.

"Oliver?", ela disse incrédula.

O alívio o fez cambalear. "Você desligou o microfone!"

"Eu precisava de privacidade." Era uma resposta óbvia, inaceitável. Não quando ele achou que a tinha perdido.

Ele não conseguia controlar a respiração. Ainda não. Ele imaginou quando teria oxigênio suficiente para respirar. Seus olhos correram furiosamente da cabeça aos pés dela. "Nunca se desliga o microfone!" ele arfou. "Eu achei que você estivesse--" Ele não ia dizer. Dizer poderia se tornar realidade.

Mas o pior momento enquanto ele buscava o ar foi quando ele tocou a seda preta e teve medo que ela estivesse quente e úmida e pegajosa.

Pistoleiro nunca errava. Ele sabia disso. Foi toda a informação que ele conseguiu naqueles minutos em que ele perdeu o ar, sem saber se ela ainda estava viva.

Oliver odiou a incerteza em seus olhos quando ela olhou pra ele. Ele abominou a surpresa. Como se ela tivesse duvidado que ele a salvaria se fosse necessário. O que mudou nesses meses que a fez pensar assim?

"Eu estou bem", ela finalmente sussurrou.

E foi aí que ele começou a soltar seu braço. Ele relutantemente afastou as mãos. Atualmente era raro que ele pudesse tocá-la desse jeito. Os cinco curtos meses em que eles estiveram juntos ele a tocou tanto que era como se a respirasse. Oliver roçou os polegares sobre as marcas que ele havia feito em sua pele. A garganta dela trabalhou. Doía saber que um mero toque seu causava nela tanta dor.

Mas ele prolongou a conexão correndo seus dedos na seda preta do vestido. Se ele teria que deixá-la, ia ter certeza que o microfone estava alto o suficiente para que ele pudesse ouvir a batida do coração dela o envolvendo. Assim não importa o quanto ele estivesse longe, saberia que ela estava viva.

Ela estava de costas para o salão. Oliver viu por sobre seus ombros quando seu ex colega de escola caminhou em direção às portas francesas que levavam à varanda. Ele conhecia Bruce Wayne bem o suficiente para saber que mais cedo ou mais tarde ele viria atrás dela. Se ela estivesse em perigo, ele teria chegado tarde. Mas para o jeito que Wayne jogava, ele estava chegando na hora certa.

"Wayne está vindo", ele disse a ela. Oliver olhou pra ela e ficou maravilhado com a expressão de surpresa em seu rosto. A extensão de pele que o vestido preto revelava era muito atraente para ignorar. O contraste do vestido preto na pele pálida lhe causava dor, relembrar os dias em que ele podia facilmente tirar as roupas dela e beijar cada parte que era revelada. "Não desligue o microfone", ele a relembrou. E então, como se ela não pudesse ou quisesse compreender as palavras do jeito que ele queria, ele acrescentou desnecessariamente. "Eu preciso estar ligado a você o tempo inteiro."

Seu coração parou.

Mesmo depois dela tê-lo trocado por esse mundo que ele não compreendia, ele estava perdido naqueles olhos verdes que o enganaram com a esperança de que ela o amava.

Oliver puxou a flecha e a atirou num novo ângulo. Quando ele pousou de quatro no chão, Oliver limpou suas mãos doloridas. Ele entrou na van e se conectou.

Tudo o lembrava do dia em que a tinha conhecido. Oliver imaginou se Wayne seria tão cego quanto ele fora um dia. A minúscula câmera estava num ângulo bom o suficiente para ele ver que o outro homem a apreciava. Aparentemente, não era apenas nas notas que Bruce era melhor que ele. A inteligência natural que deu a Wayne todas as honras de primeiro da classe se estendia à sua avaliação sobre as mulheres.

Mas então, Oliver se lembrou de como ela estava essa noite, sob a luz dourada da varanda, com a luz prateada da lua sobre seu cabelo loiro. Essa noite era impossível ela passar despercebida.

"Me chame de Chloe", ele a ouviu dizer. Podia ser só impressão sua mas não havia aquele tom de admiração em sua voz como quando ele a conheceu em um celeiro. Um celeiro, ele pensou. Enquanto Bruce Wayne a viu pela primeira vez sob a luz da lua, numa varanda de um enorme salão de baile. Aquele primeiro encontro tendo sido tão mais simples, ainda assim mudou sua vida para sempre. Ele imaginou que cumprimento encantador ela daria a Bruce. "E fora o fato de que você é Bruce Wayne, e uma celebridade, tudo o que importa é o que eu sei esta noite."

Bruce pegou o lenço de volta. Oliver se moveu para a frente quando ele viu os dedos de Bruce intencionalmente roçarem nos dela.

Uma onda de algo inexplicável cresceu dentro dele, ameaçando sufocá-lo. Ele percebeu o erro quando ouviu o eco de sua própria respiração áspera no sistema.

"E o que seria, Chloe?" O maldito bastardo estava pedindo um elogio.

"Esta noite, você é meu herói."

O inferno que ele era. Oliver é quem havia cortado as mãos para alcançá-la. Sua mente racional acalmou sua rebeldia irracional e ele se convenceu que as palavras escolhidas não eram para magoá-lo.

Mas atualmente, as palavras dela, as ações, desmentiam o que ele via em seus olhos.

Quando Bruce estendeu a mão, ele se forçou a pensar na missão. Mas ao invés disso sua mente voou para o dia em que ela foi levada, quando ele e Clark falharam ao protegê-la. O dia em que ela foi forçada a encontrar-se com a Rainha Branca. Vê-la lhe trouxe uma paz e um contentamento que ele nunca havia sentido antes. E quando eles se deram as mãos na rua, quando eles estavam se enganando, Oliver nunca se sentiu tão confortável em toda sua vida.

Agora Bruce Wayne ia compartilhar a grande descoberta que até ali só pertencia a Oliver.

"Hesite", ele a instruiu. Eles estavam jogando com Bruce Wayne. Ele tinha que se lembrar disso. Ela tinha que aceitar. "Conte até quatro." A ansiedade a faria perder pontos com Wayne. Afinal, era por isso que ele havia se oferecido para ser seu guia. Em sua mente já havia passado do quatro. Na contagem de oito, quando a mão de Bruce não vacilou, Oliver completou. "Dê a ele sua mão. Pouco antes de entrar no salão, aperte-a levemente." Era o que ela tinha feito com a mão dele enquanto caminhavam da cafeteria de volta para a Torre do Relógio. Ele relembrou exatamente como ele se sentiu quando os dedos dela se entrelaçaram nos seus. "Vai fazer ele sentir que você precisa dele. Você quer que ele sinta que você precisa dele."

Voltando ao passado, significou o mundo pra ele que alguém tão forte e capaz pudesse precisar dele. Ele devia saber que não ia durar. Todas as últimas mulheres em sua vida eram fortes. Eram tão fortes que o descartaram facilmente. E pela primeira vez, com Chloe, Oliver pensou que alguém o amasse o suficiente para precisar dele também.

"Heróis - homens - eles precisam saber que você precisa deles às vezes."

Oliver se recostou em seu assento e assistiu. No silêncio, ele olhou para a tela e observou o rosto de seu velho amigo. Até ele havia ficado surpreso com a revelação de que Bruce Wayne era o infame Cavaleiro Negro. O homem não parecia se importar com nada a não ser ele mesmo e sua companhia enquanto estavam crescendo. Ainda assim, era difícil julgar as pessoas. Oliver sabia que as pessoas podiam surpreender.

Chloe era prova disso.

Bruce Wayne havia tocado nela desnecessariamente tantas vezes que Oliver imediatamente soube como a noite iria terminar. Oliver desejava que pudesse ver o rosto de Chloe.

"Eu tenho um quarto reservado."

"Na cobertura?" Chloe respondeu. Ela sabia muito bem que Wayne havia reservado. Oliver havia tentado mudá-los para a cobertura ao invés do pequeno quarto que estavam dividindo, mas o residente bilionário de Gotham já havia reservado.

"Nada além do melhor", Wayne respondeu, tão convencido quanto suave como sempre. Oliver gostava de pensar que Wayne havia herdado a atitude dele. Wayne sempre fora um pouco sombrio demais na escola.

Ele permaneceu em silêncio, curioso sobre como Chloe ia reagir à oferta. Ele tinha a intenção de permanecer em silêncio por mais tempo. Mas ele não podia deixar de lembrá-la. "Sem chance da informação que você precisa estar num quarto reservado para uma noite."

"Eu não faço isso", Chloe disse suavemente. Ela balançou a cabeça. "Eu não sei que tipos de mulheres você conhece aqui em Gotham, Sr. Wayne, mas de onde eu venho nós costumamos ficar fora de suítes de hotéis de homens que acabamos de conhecer."

Seus lábios se curvaram lentamente, mas o suficiente para Oliver saber que não o tinham perdido. Com relutante respeito, Wayne disse, "Que tal um almoço na mansão?" Chloe deve ter parecido que ia recusar. "Meu mordomo está lá, bem como a sobrinha dele. Nada inapropriado, eu garanto."

Eles conversavam facilmente, Oliver refletiu. Quando a tela começou a se mover, e ele percebeu que Wayne a tinha levado para a pista de dança, ele franziu a testa. A roupa cara de Wayne estava muito perto da câmera, e ele ficou imaginando fábulas sobre a proximidade. Era melhor encerrar a noite.

"Diga boa noite."

Ele a sentiu hesitar.

"Você quer que ele pense que quer mais, que ele ainda não está pronto pra deixar você ir", Oliver disse firmemente. "Confie em mim." Ele quase riu dessas palavras. Confiança não era mais parte deles. "Diga boa noite agora, e eu juro que você vai tê-lo na palma da mão."

Segundos depois, Oliver observou enquanto o espaço entre eles aumentou e sabia que ela tinha se afastado. "Eu deveria ir pra casa", ela disse.

Se ele estivesse no lugar de Wayne, Oliver imaginaria como ele conseguiria sobreviver.

Ela se virou. Ele podia ver. E a câmera estremeceu e de repente ela estava olhando para Bruce Wayne.

"Me dê seu número", veio o pedido abrupto.

E ela falou baixinho. Wayne assentiu. Oliver sabia que o nerd já tinha memorizado.

Oliver a encontrou de volta no quarto. Ele começou a transferência do laptop em caso de haver cenas da noite que ele precisasse rever. Ele já estava olhando as fotos do salão que a câmera havia capturado na esperança de encontrar um rosto familiar. Ele olhou pra ela quando ela subiu na cama totalmente vestida e tirando os sapatos com os pés.

Ele reconheceu as sandálias de salto que agora descansavam sobre o edredom perto de seus pés.

"Eu achei que você tivesse se livrado deles."

Ele estava estranhamente confortável com o fato de ela saber imediatamente do que ele estava falando, sem precisar abrir os olhos ou perguntar alguma coisa. Ela respondeu. "Eles custaram duzentos dólares."

"Você disse que eles machucavam seus pés." Oliver fechou o laptop e caminhou até ela, então se encontrou sentado no pé da cama. Ele pegou os sapatos dolorosos e os jogou no cesto do lixo. E então pegou um pé e pressionou seu polegar contra o arco. Ela arfou. Os olhos de Oliver encontraram os dela quando ela abriu os olhos surpresa.

A primeira vez que ela reclamou dos sapatos foi depois da primeira vez que foram à ópera, fora de Star City. Ela estava relutante a lhe contar quando ele a viu mancando sobre o tapete vermelho da escada. Quando ele a forçou a se sentar um pouco mais pra cima para cuidar dela, e perguntou porque ela não tinha dito antes, Chloe deu de ombros e racionalizou, "Eu os ganhei de você."

Então, aparentemente, todos esses meses, ela tinha voltado para pegar pertences e nunca se deu ao trabalho de deixá-lo um bilhete avisando que estava bem.

"Sabe", ele disse, sua voz tomando um tom de desconforto. "Qualquer dia desses você me mata. Pense nisso. O Arqueiro Verde derrubado por sua própria Torre."

Ela lhe deu um olhar horrorizado.

O toque do telefone os assustou. Chloe puxou o pé das mãos dele. Oliver pegou o telefone na bolsa dela e a entregou. Ele não precisava olhar pra saber quem era. Estava aparente no rosto de Bruce mais cedo que ele não ia esperar.

"Alô."

Oliver se levantou e voltou para o laptop, olhando as imagens congeladas uma por uma, franzindo as sobrancelhas enquanto procurava por alguma pista na multidão.

"Amanhã", ele a ouviu. Oliver queria dizer a ela para fazê-lo esperar. "Não me parece nada bem que eu queira ir amanhã. Mulheres deveriam supostamente ser mais difíceis que isso."

Oliver olhou espantado. O tom em sua voz, a leveza de sua declaração. Eram a mistura perfeita para mostrar a ele que ela sabia o que estava fazendo.

"Eu lhe farei um favor, Sr. Wayne." Ela parou. "Eu talvez apareça."

Quando ela desligou o telefone, Oliver olhou pra ela. Chloe se sentou na cama e olhou pra ele. Então Oliver falou. "É na periferia de Gotham. Você não vai sozinha."

"É por isso que eu tenho um parceiro", ela respondeu. E então, ele achou que tivesse apenas imaginado, até que ele viu de fato um grande sorriso. "Pelo menos com você, eu nunca teria que me preocupar. Você vem correndo me salvar mesmo quando não estou em perigo."

Oliver sentiu sua respiração ficar mais fácil.

"Eu sei que você tem coisas melhores pra fazer do que sentar e me ver ser assassinada."

Então ele se permitiu sorrir. Pelo menos durante esse momento, ele podia esquecer o que ela havia se tornado. Bem ali, eles estavam voltando de um dia cansativo e seu presente ridiculamente caro estava matando os pés dela. Oliver se recostou na cadeira em frente ao computador e fingiu que estava de volta a cinco meses atrás.

"Você jogou meus sapatos no lixo?" ela exclamou incrédula, olhando para o couro dentro do cesto.

"Eles não são confortáveis", ele respondeu.

"Eles são maravilhosos!"

Oliver deu risada. "Vá dormir. Você teve um longo dia."

Chloe se forçou a ficar de pé e foi para o banheiro. "Eu vou tirar a maquiagem, e você deveria tomar banho antes de ir pra cama. Você suou e secou nessa camiseta."

Oliver olhou para a enorme cama que iriam dividir. Ela nunca gostou quando ele chegava suado em seu uniforme e ia direto pra cama. Algumas coisas não mudam.

Oliver tirou a camiseta do corpo. Ele iria tomar banho depois que ela saísse do banheiro. Ele caminhou até a garrafa de conhaque e se serviu de um copo. Chloe saiu do banheiro em uma camisola e Oliver olhou para seu reflexo no espelho. Ela estava olhando para onde seu peito estava refletido, olhando para a pele enrugada onde Flag o havia eletrocutado.

"Cortesia de seu comandante", ele disse.

Chloe assentiu. "Ele tem um estilo único de convidar as pessoas."

E então ele percebeu que ela talvez tivesse passado pelo mesmo processo. Ele encheu outro copo e se virou, passando-o a ela. Chloe aceitou a bebida. Seu olhar nunca se movendo da cicatriz. Oliver prendeu a respiração quando ela estendeu a mão para tocá-lo com as pontas dos dedos.

Deus, ele sentia falta da ternura de seu toque.

"Não é uma cicatriz muito fofa, não é?" ela disse suavemente, se referindo a uma conversa que haviam tido sobre seus passados. E em seguida, "Dói?"

Ele balançou a cabeça. "Dói mais na memória do que fisicamente." Na verdade. Sua traição doía mais do que qualquer coisa que Flag tivesse feito. Os olhos dela encontraram os dele. Oliver observou enquanto ela encostava o copo nos lábios, viu o jeito que sua garganta se moveu enquanto ela engolia o conhaque. "Então você vai até a mansão amanhã."

Ela assentiu. "Seu conselho funcionou. Não tem outra explicação para ele simplesmente me convidar para sua casa."

"Não se engane, Chloe. Você estava deslumbrante essa noite. Você o teria na palma da mão de qualquer jeito", ele disse a ela. Ele olhou para os traços da bebida ainda nos lábios dela. "Mas eu imaginei que talvez", ele disse, "devêssemos praticar alguns movimentos. Eu disse que ia te ensinar, não disse?"

Lentamente, ela assentiu. "Você o conhece melhor do que eu."

"Primeiro, eu não tenho nada a reclamar do jeito como você toma seu conhaque. Faça exatamente desse jeito." Ela corou. Oliver continuou, "E se você ficar vermelha com ele do mesmo jeito que você ficou pra mim agora, você vai deixá-lo maluco."

"Vou?" ela disse suavemente.

Oliver duvidava que ela ao menos soubesse o que ela estava dizendo. Chloe nunca fingiu perto dele. Ele podia ver a rápida pulsação em seu pescoço, sabia que a proximidade a afetava do mesmo jeito que acontecia com ele. Só sexo, ela havia dito a ele. Pelo menos serviu para aproximá-los.

"Ele vai te servir vinho. Ele gosta de vinho. Bruce tem uma alma velha", Oliver continuou. As palavras pareciam sem sentido agora. Mas ele continuou. "Beba do jeito que você bebeu o conhaque." Ele correu o polegar sobre o lábio inferior dela. "Deixe-o ficar em seus lábios desse jeito. Ele vai querer fazer isso."

Oliver se inclinou e tirou o conhaque de seu lábio inferior. Ele quase gemeu em voz alta quando os braços dela se enrolaram em seus ombros descobertos. Sua língua a saboreou e ele procurou sua boca. Suas próprias mãos envolvendo a cintura dela. A fina seda da camisola era quase imperceptível, e ele podia jurar que era a pele dela em suas mãos.

Ele afastou os lábios dos dela e murmurou em seu ouvido. "Você sente exatamente do mesmo jeito." Porque ela sentia. Seus músculos cederam do mesmo jeito, e ela se pressionou contra ele com a mesma facilidade.

"Eu sinto", ele achou que a tinha ouvido sussurrar. Imaginando o que ela queria dizer.

Bruce Wayne saiu de sua mente, e ele a ergueu contra ele. Chloe envolveu as pernas ao redor de sua cintura e empurrou a parte inferior de seu corpo contra ele. Ela mordeu o lábio, e Oliver estendeu a mão entre eles para se libertar. Sua mão correu entre eles e ele ficou surpreso quando a camisola subiu e a encontrou nua.

Oliver encontrou seus olhos. Ele sentiu a mão dela se estender entre eles e segurar seu comprimento.

"Só sexo", ela arfou. "Não significa nada."

Oliver sentiu o coração na garganta. Apesar das palavras, ele jurou que a conhecia bem o suficiente para reconhecer o olhar em seus olhos. Os lábios dela se movendo para seu pescoço, seu ombro tenso. Seus beijos desceram para as inúmeras cicatrizes em seu peito, cada uma delas conseguida na busca por ela.

Ele estendeu a mão e segurou o queixo dela levantando seu rosto. Os olhos dela nadavam em sua própria piscina de mentiras.

Então ele olhou pra ela e não fez nenhuma tentativa de esconder. Ele caminhou com ela agarrada nele, até que as costas dela estivessem no espelho e ele mentiu. "Não significa nada." Mas quando ele se empurrou dentro dela, e ela gemeu e cravou os dedos em suas costas, ele manteve o olhar e mostrou a ela.

Ele a invadiu, a preencheu, explodiu dentro dela. As pernas dela lentamente voltaram para o chão e ela estava instável. Ele a pressionou contra a superfície gelada do espelho, descansou sua cabeça sobre a dela enquanto recuperava o fôlego. E então ela pegou sua mão e o puxou com ela. Ela o empurrou para a cama e Oliver não disse uma palavra. E então ela estava em seus braços, sua perna jogada sobre as coxas dele e sua cabeça deitada sobre seu peito. Oliver não disse nada quando ela pressionou os lábios contra seu pescoço e adormeceu.

E ela nem ao menos mencionou o fato dele estar suado e grudento, e não ter tomado banho após o serviço. Oliver se mexeu para encontrar uma posição confortável, e os braços dela se apertaram ao redor dele.

A luz do sol entrando pela janela e brincando em seu rosto o acordou. Oliver piscou e encontrou a cama vazia a seu lado. Ele olhou para o relógio. Dez horas. Ele se sentou e ouviu a água corrente ser fechada. Havia uma bandeja de café da manhã pela metade. Ele se levantou e caminhou até a bandeja, pegando uma torrada.

A garrafa de conhaque ainda estava destampada no mesmo lugar.

Ela saiu do banheiro, já vestida e maquiada. Chloe se virou e se olhou no espelho, então arrumou o cabelo. Oliver engoliu com dificuldade ao lembrar da noite anterior. Ela estava usando uma blusa de cotton branca e uma calça de cintura alta.

"Ele ligou mais cedo para dizer que iríamos juntos. Achei que seria melhor encontrá-lo no saguão do que ter que explicar porque tem um cara quase pelado no meu quarto de hotel - ou ao menos um quase pelado Oliver Queen."

"E sobre o reforço?" ele conseguiu perguntar, as palavras saíram de sua boca, apesar da inutilidade da questão quando era o oposto do que ele queria ouvir.

Chloe acenou em direção à comida. "Tome café. Você está cansado." Ela corou, então desviou os olhos. "Depois vá pra lá. Eu sei que você vai me ajudar." Ela olhou novamente para o espelho e arrumou a blusa.

Oliver disse a ela, "Você está linda."

Ela lhe deu um meio sorriso, e em seguida saiu do quarto.


Parte 6

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7 comentários:

  1. aaaaaaaaaaaaaai que bom que eles tão se entendendo de novo! tava me dando dor no coração só de pensar neles assim, brigados, haha
    o cap de hoje deu vontade de quero mais! HAHAHA
    obrigada pelas traduções, vocês são otiimas! (:

    Carol!

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  2. Eu AMO ESSA FIC
    o legal é que em cada capítulo temos a perspectiva de cada um deles.
    Dri concordo com vc, essa autora escreve de uma maneira tão real, que doí de verdade só de ler.
    O Oliver se sente tráido, ela abriu mão de tudo! incluindo ele. E ela não pode simplesmente se agarrar nele e gritar que o ama mais que a vida pq tudo que ela esta fazendo é pra protege-lo.
    Mais não importa o qto neguem o amor está ali, por trás de toda dor e negação, esperando um simples toque ou beijo pra ser libertado.
    ENTRE ELES NUNCA FOI E NUNCA SERÁ SÓ SEXO =')

    Vilm@

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  3. Ressaltado quotes favoritos;

    Na quieta e mal iluminada Watchtower ele aproveitou sua chance e encontrou os braços envolvidos numa mulher que viveria dentro dele pra sempre.



    "Eu preciso estar ligado a você o tempo inteiro."

    Seu coração parou.

    Mesmo depois dela tê-lo trocado por esse mundo ele não compreendia, ele estava perdido naqueles olhos verdes que o enganaram com a esperança de que ela o amava.

    aparentemente, todos esses meses, ela tinha voltado para pegar pertences e nunca se deu ao trabalho de deixá-lo um bilhete avisando que estava bem.

    "Sabe", ele disse, sua voz tomando um tom de desconforto. "Qualquer dia desses você me mata. Pense nisso. O Arqueiro Verde derrubado por sua própria Torre."

    Ela lhe deu um olhar horrorizado.

    Sua traição doía mais do que qualquer coisa que Flag tivesse feito....

    O legal é que faz referências ao primeiro encontro, a roulette.
    Ansiosíssima por mais.
    Vilm@

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  4. Ah e esse doeu:
    "Confie em mim." Ele quase riu dessas palavras. Confiança não era mais parte deles.
    Vilm@

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  5. O cap de hoje deu vontade de quero mais! [2] TOTAL! XD
    HOOOOOOOOOOOOOOOOOT! LÓGICO QUE EU IA GOSTAR! =X
    Sinto um triânglo Bruce/Chloe/Ollie...ou não...tanto faz! A fic é perfeita de qualquer jeito! =X

    Ps: Muito lindo a autora vindo até aqui! #)

    Mônica/Shann

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  6. Ok, eu continuo Adri, mas saiba que está difícil
    Apesar da cena hot, de mesmo assim não conseguirem ficar longe um do outro.

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  7. PERFECT

    EU TO SEM PALAVRAS

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