21.8.10

Moving Targets 9.1 - Binding Ties


Título: Laços
Resumo: Sempre dizem que devemos olhar para o futuro, mas às vezes, olhar para o passado pode te ajudar a entender de onde alguém está vindo e pra onde está indo.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R

Capítulos anteriores: Empty Spaces - Rising Tension - Lazarus - The Gotham's Legend - Red Flags - Long Nights - Home for Christmas - In With A Bang

Binding Ties: Trailer - Um - Dois - Três



Capítulo 9 - Binding Ties
(Parte 1 de 3)


Mansão Queen, Star City - 10 de janeiro de 2011

As coisas estavam indo bem. Muito mais tranquilas para dizer o mínimo. E apesar de todo o trabalho que a equipe teve depois de liberar Chloe e Oliver do cativeiro para encontrar Lex, não conseguiram mais nenhuma pista, o informante, que Chloe ainda não estava convencida que não era Tess estava em completo silêncio há meses, e não tinham nada para continuar, então estavam fazendo o melhor que podiam, que eram as usuais patrulhas e a detenção de criminosos comuns.

Mas as coisas em Star City estavam calmas, tão calmas que alguns membros da equipe decidiram sair da cidade por alguns dias, Dinah foi para New Jersey, onde tinha família, e Bart para Central City, ainda assim os dois entravam em contato todas as noites com a Watchtower quando saiam para patrulhar. Mas durante o dia, não tinham muito o que fazer, Mia estava de volta a escola e num desses dias, Oliver decidiu levar Chloe para conhecer a casa de seus pais.

Então era lá que eles estavam. Ela saiu do carro e ergueu um pouco as sobrancelhas. Era uma casa grande, enorme de fato, mas diferente da mansão dos Luthor e mesmo da mansão Wayne, não era... pretensiosa. Parecia com uma casa e não era nada como Chloe havia imaginado. "Uau..."

Oliver também saiu do carro, olhando pra ela e depois para a mansão. Não ia até lá há muito tempo e seu estômago estava apertado. "Não é o que você esperava?", ele perguntou baixinho.

"Não exatamente", ela admitiu olhando pra ele. "Considerando como são as outras mansões bilionárias que eu conheço", ela sorriu um pouco.

Ele assentiu levemente, encontrando os olhos dela por um momento. "É, é bem diferente", ele admitiu, prendendo a respiração e expirando lentamente.

Chloe o observou por um momento. "Não precisamos entrar se você não quiser", ela assegurou. "Podemos voltar outro dia."

"Não, está tudo bem. Eu só... faz tempo que eu não venho aqui", ele admitiu, olhando em direção a frente da casa.

Ela assentiu e hesitou, depois se aproximou e procurou pela mão dele.

Oliver deslizou sua mão na dela, sem hesitar, entrelaçando seus dedos silenciosamente.

Chloe apertou a mão dele e acenou levemente com a cabeça. "Não tem pressa."

Ele também assentiu com a cabeça, e lentamente os conduziu até a porta, pegando as chaves em seu bolso.

Ela caminhou com ele, olhando ao redor do quintal da frente, tudo parecia perfeitamente conservado e não precisava perguntar para saber que ele ainda mantinha funcionários trabalhando na casa, ou pelo menos, do lado de fora dela, não sabia como deveria parecer, mas para o bem dele, esperava que parecesse bem e limpo, como ele se lembrava.

Oliver parou em frente a porta antes de deslizar a chave na fechadura. Olhou pra ela de lado e girou a maçaneta abrindo a porta, gesticulando para ela entrar primeiro.

Apertando os lábios, ela olhou pra ele por um momento e entrou, arregalando um pouco os olhos quando viu que toda a mobília estava coberta por lençóis e apesar do lugar parecer limpo, não se parecia com um lar.

Ele a seguiu para dentro, expirando lentamente enquanto olhava ao redor. "Também não era o que você esperava aqui dentro também, huh?" Sua voz era suave.

"Não realmente", ela olhou pra ele, observando-o cuidadosamente.

Ele lhe deu um pequeno, fraco sorriso. "Eu pago algumas pessoas para manter tudo limpo, mas..." Ele balançou a cabeça. "Eu não moro aqui e eu não... venho muito aqui", ele admitiu. "Eu não venho aqui desde que eu tinha vinte e um anos."

Ela assentiu com a cabeça, apertando a mão dele. "Pelo menos desse jeito você mantém os móveis e a casa conservados."

Ele apertou a mão dela de volta. "Mas é meio estúpido, não é? Ter um lugar e não usar?"

"Bem, este lugar traz muitas recordações, Ollie, talvez um dia você esteja pronto para morar aqui novamente, mas é compreensível que você ainda não esteja." Chloe assegurou, sorrindo suavemente.

Ele olhou pra ela por um momento. "Eu acho que a maioria das pessoas pensa que eu sou um daqueles caras ricos excêntricos que tem que ter muitas casas."

"Imóveis são um bom investimento?", ela sugeriu, sorrindo. "E além do mais, você não tem muitas, você tem a Torre do Relógio, o que faz sentido uma vez que você passa tanto tempo em Metrópolis, você tem a cobertura, que é no topo da sua empresa de qualquer modo, então não conta realmente, essa é uma herança, e a sede não faz sentido para ninguém, mas nós sabemos porque você tem aquela."

Oliver sorriu ligeiramente, se inclinando para beijar sua testa. "Vamos, vou te levar para um tour", ele falou baixinho.

Ela assentiu um pouco, erguendo a mão livre para acariciar um pouco o braço dele. "Ok."

Ele deslizou o braço ao redor da cintura dela, conduzindo-a até uma enorme cozinha. "Minha mãe amava cozinhar", ele falou com um pequeno sorriso. "Mesmo com meu pai se oferecendo para contratar um cozinheiro, ela sempre fazia ele desistir."

Chloe olhou ao redor por um momento e sorriu suavemente. "Você lembra que tipo de comida ela costumava fazer?"

"Ela fazia de tudo." Ele sorriu. "Mas o que mais me lembro eram os cafés-da-manhã dos sábados. Panquecas caseiras ou torrada francesa, ovos e bacon."

Ela sorriu um pouco pra ele. "Panquecas eram a especialidade da minha mãe também, mas fora isso, minha família não era muito de cozinhar, tia Ella, a mãe de Lois era a cozinheira da família."

Os olhos dele se suavizaram um pouco. Ela raramente falava sobre a mãe e quando o fazia, era brevemente e logo mudava de assunto. "Sua mãe colocava gotas de chocolate nas panquecas?"

"E existe outro jeito de se fazer panquecas?" Ela brincou, sorrindo um pouco pra ele.

Ele riu. "Oficialmente não", brincou de volta.

"Imagino que não", ela sorriu pra ele. "Você costumava ajudar quando ela estava cozinhando?" Ela perguntou curiosa, Ollie era um surpreendentemente bom cozinheiro e embora fosse muito jovem quando seus pais faleceram, isso provavelmente explicava seu gosto em cozinhar.

"Na verdade não." Ele deu um pequeno sorriso. "Eu mais observava."

Chloe assentiu um pouco. "E o seu pai? Ele gostava de cozinhar?"

Oliver balançou um pouco a cabeça. "Ele fazia churrasco de vez em quando mas... ele uh... ele não ficava muito por perto. Trabalho", ele explicou.

"Oh", ela assentiu, erguendo as sobrancelhas. "E sua mãe só ficava em casa?" Ela continuava observando-o atentamente, para ter certeza que suas perguntavas não estavam lhe entristecendo.

"Às vezes", ele falou, assentindo levemente, recostando-se contra o balcão da cozinha. "Às vezes ela viajava com meu pai."

"E você ficava com quem?", ela perguntou. "Ou você ia junto?"

"Eu ficava pra trás com os empregados", ele falou em voz baixa. "O que eu odiava."

Chloe fez uma cara, e acenou com a cabeça, observando-o. "Eu imagino que não era fácil", ela via como Lois odiava ser deixada para trás com alguma babá que fosse corajosa o suficiente para trabalhar para os Lanes durante a semana e cuidar de Lois e Lucy enquanto o General estava viajando.

Ele olhou pra baixo e fitou o chão por um momento. "Eu era terrível."

Ela sorriu um pouco com a confissão. "Não éramos todos? Que tipo de coisas você fazia?"

Oliver ergueu o olhar pra ela. "Não, eu digo... eu ficava zangado com eles por me deixarem pra trás o tempo todo", ele falou baixinho. "A última coisa que eu disse pra minha mãe era o quanto eu queria ter outros pais."

"Oh", seu rosto se entristeceu e ela balançou um pouco a cabeça, aproximando-se e segurando a mão dele. "Sinto muito, Ollie... Eu tenho certeza que eles não ficaram chateados com você, crianças dizem essas coisas mesmo."

Ele assentiu um pouco. "Eu sei", murmurou.

Chloe o observou em silêncio por um momento. "Tenho certeza que eles não iriam querer que você ficasse pensando nisso, eles iam querer que você se concentrasse nas lembranças felizes."

Oliver prendeu a respiração e hesitantemente deslizou as mãos ao redor dela, descansando o queixo sobre sua cabeça.

Ela se aproximou e envolveu os braços ao redor dele, também, apertando-o com força.

Ele ficou com os olhos fechados por um longo momento. "Quer ver o resto da casa?"

"Sim", ela se afastou só o suficiente para olhar pra ele, mas manteve os braços ao seu redor. "Contanto que você também queira."

Ele assentiu levemente, inclinando a cabeça e beijando o canto de sua boca. "Eu quero. Vamos."

Chloe virou a cabeça e pressionou um beijo nos lábios dele por um momento e depois se afastou. "Mostre o caminho."

Ele sorriu suavemente quando ela o beijou, e estendeu a mão, pegando a dela mais uma vez.

Ela entrelaçou seus dedos nos dele e o seguiu para fora da cozinha de volta para a sala principal, olhando ao redor em silêncio.

Ele a conduziu ao redor da sala, mostrando-lhe a sala de jantar e o alpendre. Então a conduziu pelas escadas, apertando um pouco mais sua mão na dela.

"Por que você veio aqui quando tinha vinte e um?" Ela perguntou baixinho, caminhando com ele.

"Eu tinha acabado de voltar da minha não-planejada viagem de dois anos", ele falou tranquilamente. "Eu voltei pra pegar o arco que meu pai havia me dado quando eu era criança."

"Oh", ela sorriu um pouco, apertando a mão dele. "Não sabia que você tinha interesse em arqueirismo desde pequeno."

Um pequeno sorriso tocou seus lábios. "Robin Hood era meu herói de infância."

"Certo", ela sorriu um pouco. "Isso eu sabia."

"Qual era o seu?", ele perguntou curioso.

"April O'Neal", ela admitiu, sorrindo um pouco.

Oliver sorriu ao ouvir. "A repórter das Tartarugas Ninjas", ele assentiu um pouco com a cabeça.

"Pois é, acho que sempre tive uma queda por heróis", ela deu um pequeno sorriso afetado.

Ele parou. "Então tudo começou com tartarugas?" Um sorriso divertido tocou seus lábios.

Chloe fez uma cara e balançou a cabeça. "Não fala desse jeito."

"Tartarugas são verdes." Ele sorriu brilhantemente.

Ela riu baixinho e apertou a mão dele. "Elas são."

"Então você sempre teve uma queda por heróis que tinham uma queda por verde." Ele sorriu enrolando seus braços em torno dela.

Chloe sorriu e colocou os braços ao redor do pescoço dele, sorrindo. "Parece que eu tinha, talvez eu não tenha mudado muito."

Ele a beijou suavemente. "Isso faz de mim um cara sortudo."

Ela acariciou o rosto dele e sorriu, beijando-o novamente. Eles estavam se sentindo muito mais relaxados e, bem, simplesmente, mais felizes desde que concordaram em começar de novo e embora pensar sobre onde eles estavam indo e o que ia acontecer ainda a deixasse um pouco nervosa, ela estava fazendo o melhor para não pensar sobre isso. Não tinha sentido em tentar prever o futuro, então ela ia apenas aproveitar os momentos que eles tinham.

"Eu vou te mostrar meu quarto", ele falou, estendendo a mão para pegar a dela.

"Ok", ela concordou, observando as pinturas nas paredes enquanto caminhavam pelos corredores. "Então seus pais se interessavam por arte?"

Ele assentiu levemente. "É, minha mãe mais que meu pai, mas sim. Ela gostava de pintar em seu tempo livre, mas geralmente ela comprava as pinturas de outras pessoas."

"Alguma destas é dela?" Chloe perguntou, indicando as pinturas nas paredes.

Ele balançou a cabeça. "Ela não gostava de pendurar as que pintava. Achava que não eram boas o suficiente."

Apertando suavemente a mão dele, ela assentiu, olhando para Ollie. "Você tem alguma dela?"

"A que está no meu quarto foi ela quem pintou", ele falou suavemente. "Na sede."

"Oh", ela sorriu. "Eu gosto daquela, se você tiver mais, podemos pendurar em outros lugares da casa."

"Você acha que os outros vão se importar?", ele perguntou incerto.

"Definitivamente não", ela falou. "Na verdade, duvido que eles percebam algo diferente durante muito tempo."

A isso, ele sorriu um pouco. "Considerando seus status de super-heróis, seus poderes de observação estão bem fracos, não estão?"

Com uma risada, ela ergueu as sobrancelhas e concordou. "É uma coisa de garotos, embora aparentemente você não sofra desse problema."

Oliver ergueu uma sobrancelha. "Considerando tudo, meus sentidos têm que ser mais afiados do que os das outras pessoas."

Chloe refletiu por um momento e concordou, erguendo um pouco as sobrancelhas. "Verdade, mas você poderia ser mais afiado quando está lá fora, e ficar completamente alheio a todo o resto."

"Verdade", ele falou assentindo levemente.

Ela apertou a mão dele e encolheu os ombros. "Acontece muito com os garotos, acredite."

"Mas não comigo?" Ele a estudou.

"Por alguma razão, não", ela sorriu um pouco e encolheu os ombros, "Eu não sei como explicar, mas com Clark, Jimmy, mesmo meu pai, algumas vezes eu sentia como se estivesse tentando explicar alguma coisa e eles ficavam olhando pra mim, mas não estavam prestando atenção de verdade, como se não fizessem ideia do que eu estava falando. Isso nunca acontece quando falo com você."

A expressão dele se suavizou. "Acho que deve ser porque a gente entende um ao outro", ele falou baixinho.

"A gente entende, não entende?" Ela sorriu, sorrindo suavemente para mim.

"Melhor do que qualquer outra pessoa", ele estendeu a mão e acariciou o rosto dela.

Ela se inclinou ao toque dele e o observou, assentindo um pouco. "Vamos", ela falou dando um suave sorriso e puxando a mão dele que ela ainda estava segurando. "Quero ver seu antigo quarto."

Oliver beijou sua testa, deixando-a puxar pelo corredor. "Terceira porta à esquerda."

Chloe seguiu pelo corredor e parou em frente a porta que ele indicou, dando uma olhada pra ele e abrindo a porta lentamente.

Ele sorriu um pouco e a seguiu para dentro do quarto, expirando lentamente.

Ela parou quando entrou, seus olhos arregalando um pouco, o quarto era enorme e embora os móveis também estivessem cobertos por lençóis, era possível ver algumas pinturas nas paredes, e o que não era nenhuma surpresa, havia um alvo de madeira em uma das paredes também. "Esse quarto é provavelmente maior do que nosso primeiro apartamento em Metrópolis", ela falou pra ele.

Ele sorriu um pouco com isso. "Não posso dizer que não fui afortunado."

"Sério", ela deu uma risadinha pra ele, "Eu teria ficado com inveja se tivesse conhecido você quando era criança."

Oliver sorriu pra ela. "Alguma chance de eu conhecer a casa onde você cresceu?"

"Em Smallville?" Ela perguntou, erguendo um pouco as sobrancelhas.

Ele assentiu positivamente, observando-a.

Chloe encolheu os ombros, balançando a cabeça. "Se você quiser. Apesar de que tenho certeza que têm outras pessoas morando lá."

"Quando vocês se mudaram?" ele perguntou curioso, percebendo que não fazia a mínima ideia.

"Bem, eu me mudei quando comecei a estudar em Metrópolis", ela falou. "Meu pai ficou mais alguns meses na casa, então o irmão dele o convenceu a se mudar para Maine e ajudá-lo com os negócios."

"Quando foi a última vez que você o viu?" Oliver perguntou, olhando pra ela.

"Formatura", ela admitiu, sorrindo um pouco. Seu pai havia tentado ir ao seu casamento, mas por causa do mau tempo, ele acabou ficando preso no aeroporto, o que na verdade, Chloe acabou achando bom.

"Já faz algum tempo então", ele murmurou, procurando seus olhos.

"Sim", Chloe respirou fundo e balançou a cabeça. "É difícil pra ele ir pra Metrópolis, e com tudo o que sempre estamos fazendo, acho melhor que ele fique longe. É mais seguro."

Os olhos de Oliver estavam tristes quando ele olhou pra ela. "Sinto muito, Chloe", murmurou.

Ela balançou a cabeça e lhe deu um rápido e triste sorriso. "Não sinta", ela falou baixinho. "Ele parece feliz quando conversamos e acho até que arrumou uma namorada."

"É, mas ele é seu pai. Você sente falta dele." Não era uma pergunta.

Chloe concordou e respirou fundo. "Talvez eu vá visitá-lo quando tudo isso acabar."

Oliver ficou em silêncio por um momento. "Você acha que..."

"Se você quiser", ela respondeu baixinho, apertando um pouco os lábios, observando-o com os olhos um pouco arregalados.

Um sorriso surgiu involuntariamente em seus lábios e ele abaixou a cabeça, concordando.

Chloe apertou a mão dele, sorriu e soltou o ar. "Então que tipo de aventuras você viveu quando estava aqui?"

Oliver se moveu e sentou na beira da cama. "Esconde-esconde era um sucesso", falou com um pequeno sorriso. "Nunca precisava sair daqui pra me esconder."

"Oh, aposto que sim", ela sorriu e caminhou até a cama também e se sentou ao lado dele. "Essa era uma das minhas preferidas também."

Ele riu. "Você dava muito trabalho?", ele brincou.

"Acho que mais atraia problemas pra dizer a verdade, mas isso não é nenhuma surpresa", ela riu um pouco. "Lois geralmente se metia em confusão e me levava junto, eu sempre tentava me comportar...", ela parou de falar, encolhendo os ombros. "Por alguns anos pelo menos."

"Sim, tenho certeza", ele deu um sorriso afetado, estudando-a. "Em que tipo de problemas vocês se envolviam quando eram crianças?"

"Por onde começar...", ela sorriu um pouco. "Acho que o pior foi quando tive que passar o dia com Lois e a babá tinha... uma consulta ou alguma coisa assim, e meu pai deveria pegar a gente, mas ele ficou preso no trabalho, então ela nos deixou na base, o General mandou um de seus soldados nos levar até o escritório e mandou que a gente ficasse ali, o que, claro, não obedecemos", Chloe sorriu um pouco. "Saímos para explorar o lugar, encontramos uma espécie de túnel subterrâneo e entramos, mas aparentemente, disparamos algum tipo de alarme e de repente, luzes vermelhas começaram a piscar, a base foi bloqueada, todos os alarmes soavam e nos vimos cercadas por homens furiosos e armados. Eu tinha sete anos, e Lois oito."

Oliver riu. "É, eu consigo imaginar a cena." Ele se inclinou sobre a cama apoiando-se em um cotovelo para observá-la. "E o que aconteceu depois?"

"Bem, o General foi chamado e nos levou de volta para o escritório e nos trancou lá dentro até meu pai chegar, nenhum dos dois estava muito feliz, e eu tenho certeza que Lois ficou de castigo por mais tempo que eu." Ela se virou levemente na cama para poder olhar pra ele.

Ele sorriu um pouco. "As pequenas Sullivan-Lane devastando uma base militar. Essa eu queria ter visto."

Chloe sorriu um pouco pra ele e concordou. "Nenhum de nós dois teve um bom começo com figuras de autoridade."

"Isso explica muita coisa", ele brincou com um sorriso divertido.

"Que graça teria de qualquer jeito?" ela apontou e encolheu os ombros. "Mas era mais Lo, se rebelando porque o General não lhe dava muita atenção, eu queria que ela tivesse vindo morar com a gente quando Lucy foi embora."

Oliver ficou em silêncio por um momento. "Provavelmente teria sido melhor pra vocês duas."

Concordando, ela respirou fundo e ficou em silêncio por mais algum tempo e então sorriu. "Pobre pai, teria sido difícil pra ele."

Ele estendeu a mão e entrelaçou seus dedos nos dela, apertando gentilmente sua mão.

Ela apertou a mão dele de volta e lhe deu um suave sorriso. "Obrigada por me trazer aqui."

"Obrigada por ter vindo comigo", ele falou baixinho.

Com um aceno de cabeça, ela manteve o olhar e apertou a mão dele novamente, observando-o. "Você acha que algum dia vai querer morar aqui novamente?"

Ele refletiu sobre isso por um momento. "Talvez algum dia", ele falou. "Sabe, quando eu me casar." E manteve o olhar nela.

Chloe piscou e olhou pra longe, não esperava por essa resposta particularmente. "Certo, faz sentido."

"Eu não ia querer morar aqui sozinho", ele admitiu. "Muitos fantasmas."

Ela respirou fundo, aliviada pela leve mudança na direção da conversa. "Provavelmente não seria muito saudável pra você."

"Vamos", ele murmurou, percebendo que havia deixado-a desconfortável. "Quero te mostrar o quintal."

Erguendo as sobrancelhas, ela concordou e respirou fundo antes de se levantar. "Ok."

Oliver também se levantou, apertando gentilmente a mão dela e a conduzindo para fora do quarto.

Chloe o seguiu em silêncio, apertando sua mão de volta, não queria que ele pensasse que ela estivesse chateada por tocar naquele assunto, e também estava contente que ele tivesse mudado de assunto sem falar mais nada, porque ela estava bem longe de estar preparada para qualquer coisa relacionada a casamento. Ela mal conseguia admitir que os dois estavam, de fato, em um relacionamento como estavam.

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2 comentários:

  1. O bom desta fic é que tem muito diálogos, e faz a gente ficar sempre na ansiedade pelas cenas de aproximação!!!


    Um pequeno sorriso tocou seus lábios. "Robin Hood era meu herói de infância."

    "Certo", ela sorriu um pouco. "Isso eu sabia."

    "Qual era o seu?", ele perguntou curioso.

    "April O'Neal", ela admitiu, sorrindo um pou
    Oliver sorriu ao ouvir. "A repórter das Tartarugas Ninjas", ele assentiu um pouco com a cabeça.

    "Pois é, acho que sempre tive uma queda por heróis", ela deu um pequeno sorriso afetado.

    Ele parou. "Então tudo começou com tartarugas?" Um sorriso divertido tocou seus lábios.

    Chloe fez uma cara e balançou a cabeça. "Não fala desse jeito."

    "Tartarugas são verdes." Ele sorriu brilhantemente.

    Ela riu baixinho e apertou a mão dele. "Elas são."

    "Então você sempre teve uma queda por heróis que tinham uma queda por verde." Ele sorriu enrolando seus braços em torno dela.

    Chloe sorriu e colocou os braços ao redor do pescoço dele, sorrindo. "Parece que eu tinha, talvez eu não tenha mudado muito."

    Ele a beijou suavemente. "Isso faz de mim um cara sortudo."

    adoreii essa parte!!

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  2. Essa tb é minha parte preferida... só ele pra ver a relação do verde com a tartaruga... muito dez!!!

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