19.3.11

Lifeboats (13/17)

Resumo: Depois de derrotarem Doomsday, todos trilharam caminhos separados. Canon até o final da oitava temporada, começa alguns meses depois e segue AU depois disso.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: NC-17
Banner: vval
Original
Nota: Esta fic está sendo traduzida para a Karina, ganhadora da Campanha HelpBrazil 2011 - Just Chlollie e Chlollie4ever. Os capítulos estão sendo postados alternadamente nos dois blogs.
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Nota: Este capítulo foi traduzido pela Ivy. Postagem original aqui.


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Depois de voltarem pra cobertura, Chloe disse pra Oliver que colocaria Maddie na cama e voltaria rápido. Não queria que ele fosse dormir sem eles terem conversado, sabia que ele estava aborrecido com alguma coisa, mas não tinha certeza do que era, ele parecia bem algumas vezes durante o jantar, mas tinha ficado mais e mais quieto perto do fim e mesmo no táxi voltando pra casa ele ainda não conversou muito.

Ela vestiu Maddie com seu pijama, com cuidado pra não acordá-la ao colocá-la na cama, respirando fundo antes de abaixar e dar um beijo na testa dela. Estava nervosa por ter essa conversa com Ollie, mesmo tentando não estar por causa de Maddie ela não podia se conter porque não sabia qual seria o rumo das coisas.

Deixando a porta meio aberta, ela saiu do quarto e procurou Oliver pelo apartamento.

Ele estava nas grandes janelas, olhando as luzes da cidade, a conversa de antes com Clark ainda em sua cabeça. Encostando a cabeça no painel de vidro gelado por um instante, ele suspirou.

Quando ouviu passos se aproximando, esfregou o rosto com uma das mãos e virou para ver Chloe ali. “Ela dormiu?”

“Sim,” ela disse, sorrindo pra ele, “provavelmente vai ficar apagada a noite inteira.”

Ele concordou com a cabeça, oferecendo um fraco sorriso em retorno. “Isso é bom,” ele disse. “Aparentemente todas aquelas compras a cansaram.”

“Eu acho que foi mais a Lois que a cansou,” ela se aproximou e sentou no sofá, os olhos nele.

Oliver não pôde deixar de sorrir com isso, observando-a por um momento antes de ir sentar ao lado dela, um nó se formando em seu estômago na medida em que seus nervos iam se fazendo conhecidos.

Chloe sorriu pra ele, virando um pouco em sua direção quando ele sentou e respirou fundo, nervosa também, “Eu acho que devemos... falar sobre essa manhã.”

Ele concordou com a cabeça, encontrando o olhar dela. “Ok,” disse suavemente.

Pressionando os lábios juntos, ela o observou e sacudiu de leve a cabeça, sorrindo um pouco, “eu não sei por onde começar.”

“Bem, como você se sente?” ele perguntou de forma muito gentil.

“Eu não sei,” ela admitiu baixinho, “eu não sei se é uma idéia realmente boa, ou uma idéia realmente ruim.” E depois ela parou, arqueando as sobrancelhas pra ele, “assumindo que você pense que é realmente uma idéia.”

O peito dele apertou um pouco e ele concordou com a cabeça, olhando pras mãos. “Eu também não sei,” admitiu num tom igualmente baixo.

Os olhos dela arregalaram um pouco e por isso ela piscou, parecendo confusa e desviando os olhos dele, “ah,” foi tudo que ela disse enquanto tentava entender se ele não sabia o que sentia ou se ele não sabia se havia algo entre eles.

Oliver a olhou, engolindo seco. “Chloe, meu histórico não é exatamente algo de que me orgulho.”

Com isso, ela ergueu a cabeça pra olhar pra ele de novo, estudando-o por um momento antes de sacudir a cabeça, “eu também não me orgulho do meu Oliver, mas todos nós cometemos erros.”

Ele a observou e concordou novamente. “Isso é verdade,” disse olhando nos olhos dela.

Pressionando os lábios juntos, ela respirou fundo, “e eu não é por isso que eu estou preocupada,” ela sustentou o olhar dele, “eu te conheço bem o bastante e sei que você não se resume apenas a seu histórico de relacionamentos.”

Oliver buscou os olhos dela. “O que te preocupa então?”

“Como nossa decisão pode afetar Maddie.”

Ele respirou fundo e expirou lentamente, concordou. Imaginou que era isso que ela iria dizer. “É,” murmurou, olhando pra suas mãos mais uma vez.

“Ela é realmente ligada a você e tenho medo de que caso a gente estrague as coisas, ela se magoe.” Ela sentiu seu peito apertar ao olhar pro próprio colo.

O peito dele apertou também. “Essa é a última coisa que quero.” Ele fechou os olhos por um momento.

Chlo hesitou por um segundo antes de pegar as mãos dele, deslizando as dela entre as duas e olhando pra ele, “eu sei que não tem como a gente saber se isso pode dar certo ou não, mas eu tenho que pensar nela.”

“Eu sei,” ele sussurrou, abrindo os olhos mais uma vez e olhando pras mãos deles por um bom tempo. “Eu nunca esperaria algo diferente de você, Chloe. Você é uma mãe maravilhosa.” A voz dele era baixa.

Ela suspirou suavemente e concordou com a cabeça, olhando pra baixo. “E você tem sido tão incrível com ela, com nós duas, e eu não quero que ela perca você porque eu estraguei tudo.”

Oliver se encolheu, um nó formando em sua garganta. “Chloe, eu não abandonaria Maddie. Independente do que acontecesse.” Ele olhou pra baixo também. E também não abandonaria você, ele pensou, o peito apertando dolorosamente. Não de novo. “Eu não sou o mesmo cara que eu costumava ser.”

“Não é isso que eu quis dizer, Ollie,” ela lhe assegurou, “mas se te ver como pai dela e nos ver como um casal, se alguma coisa der errado ela vai saber.” Ela parou e o observou, “Eu tinha cinco anos quando minha mãe foi embora e mesmo que tenha sido por razões diferentes das quais eu pensei na época, eu me lembro de ficar triste por muito tempo depois e ver meu pai assim também.”

Ele a olhou, tristeza em seus olhos. “Eu também não quero que ela passe por isso,” admitiu suavemente. O que ele queria era as duas pra algum lugar onde eles pudessem apenas ser, sem se preocupar com Tess Mercer, ou Clark Kent, ou qualquer outra pessoa ou problema. E também sabia que isso não era possível.
Chloe sorriu tristemente com isso e concordou, “e é por isso que eu não me preocupo com a ligação dela a você. Eu sei que você fará tudo que puder pra mantê-la segura.”

“Manter vocês duas seguras, Chloe,” ele a corrigiu, encontrando os olhos dela. “Mas tenho certeza de que há mais em ser um pai do que apenas a manter segura.”

Ela sorriu um pouco e fez que sim com a cabeça, sustentando o olhar dele, ele realmente não estava facilitando as coisas. Tudo que ela queria era chegar mais perto dele, mas ao invés disso apenas apertou a mão dele, “é claro que há e o fato de que você está disposto a aprender essas coisas só para poder ser um pai pra ela significa tudo pra mim.”

Oliver apertou a mão dela de volta. “Você provavelmente terá que me ajudar,” ele admitiu. Não conseguia se lembrar realmente de muita coisa sobre seus pais, exceto que sabia que sempre tinha sentido como se eles o amassem muito. “Mas eu não vou ficar entediado com isso.” Independente do que Clark Kent parecia pensar.

“É claro,” ela lhe disse, arqueando de leve as sobrancelhas para as últimas palavras dele, “o que te faz dizer isso?”

“Bem, quero dizer, eu posso ler livros sobre ser um pai,” ele disse dando de ombros. “Mas de alguma forma acho que seu conselho será mais importante.”

“Não,” ela sacudiu a cabeça, “o que te fez dizer que você não vai ficar entediado com isso?”

Ele parou, evitando olhar nos olhos dela. “Apenas te garantindo que isso não vai acontecer,” falou baixinho.
“Eu nunca pensaria algo assim, Ollie,” ela disse, parecendo preocupada, “Eu já te falei que confio em você e sei que você nunca faria nada pra magoar Maddie.”

Oliver sorriu um pouco, apertando a mão dela. “Você tem mais fé em mim que a maioria.”

“Aparentemente isso é recíproco,” ela apertou a mão dele de volta e sorriu.

“Você sabe disso.”

Chloe suspirou profundamente e chegou mais perto dele. “Talvez as coisas fiquem menos complicadas com o tempo.”

Sem nem pensar sobre isso, ele passou o braço livre pelos ombros dela, virando um pouco na direção dela. “Estou torcendo pra isso,” disse suavemente, encostando a cabeça na dela. Seu peito doeu porque mesmo sem dizer as palavras, ele sabia o que tinha sido decidido no que se referia a eles.

Não era a decisão que ela queria tomar, mas ela sabia que ao menos por agora, era a decisão que ela tinha que tomar. Chloe virou pra ele e passou um dos braços ao redor dele, só torcia pra que se eles sentissem que podiam fazer isso, se ela sentisse que podia dar certo, não fosse tarde demais.

Ele respirou fundo, fechando os olhos. “Eu gostaria de tornar oficial, se você estiver disposta a isso,” murmurou.

Piscando, ela olhou pra ele, “tornar o que oficial?”

Oliver abriu os olhos mais uma vez e a olhou atentamente, buscando os olhos dela. “Maddie como minha filha.” A voz dele era suave.

Ela prendeu a respiração por um segundo, os olhos nos dele e concordou com a cabeça, “ela vai ficar tão animada quando ouvir sobre isso.” Chloe parou. “Eu não sei como contar pra ela.”

Ele ficou em silêncio por um momento. “Talvez a gente possa contar pra ela juntos,” sugeriu.

Concordando, ela sorriu, “acho que é uma boa idéia.”

Um sorriso tocou os lábios dele, e ele se inclinou, beijando a testa dela e suspirando antes de encostar a cabeça na dela mais uma vez.

Chloe intensificou o aperto que seu braço fazia ao redor dele e sorriu, “obrigada,” sussurrou.
“De nada,” ele respondeu.

Ela não se mexeu por um bom tempo, apenas ficou perto dele, desejando poder considerar uma opção diferente, mas não podia pensar nisso, não ainda.

“Tem algumas coisas que eu também queria falar com você.” Ela falou, mexendo para poder olhar pra ele.
“Claro,” ele disse sem hesitar, olhando pra ela de novo.

“Nós estamos,” ela parou, reformulando a frase, “o que devemos fazer sobre essa questão de onde morar?” Porqe mesmo que ele fosse fingir ser o pai de Maddie, isso não queria dizer que eles tinham que viver juntos.

Oliver ficou quieto por um momento. Também tinha pensado nisso. “Acho que isso depende se você está planejando viver em Metropolis ou Star City,” ele respondeu suavemente.

“Não acho que estou pronta pra voltar pra Metropolis,” ela admitiu, “e eu não gostaria que Maddie ficasse tão longe assim de você.”

Ele relaxou um pouco, um pequeno sorriso nos lábios. “Vocês são bem vindas aqui se quiserem ficar. Mas se você preferir ter seu próprio lugar, eu te ajudo a encontrar um,” ele disse.

“Mais uma vez, Ollie, eu não quero que a gente invada seu espaço, os quartos que você arrumou são incríveis, mas é seu apartamento,” ela lhe disse. “ E eu quero que você tenha seu tempo pra si sempre que precisar, que você tenha sua vida.”

“Não é uma invasão,” ele disse seriamente. “É bom ter companhia por aqui. Mas eu quero que vocês estejam confortáveis.”

Ela sorriu com isso, “eu também gosto da companhia. A companhia de outro adulto, quero dizer.”

Oliver não pôde deixar de sorrir pra ela. “Pra mim está realmente tudo bem o fato de você e a Maddie ficarem aqui,” ele garantiu.

Chloe considerou por um momento e depois concordou, sabia que ele precisava da companhia, a diferença causada por estar perto da Maddie nele era clara mesmo se você não estivesse tentando reparar nisso, “ok, vou procurar e ver se tem algum lugar pra gente eventualmente se mudar porque eu realmente não quero que você sinta que tem que aturar a gente,” ela disse, olhando pra ele, “mas se e quando nos mudarmos, eu quero que saiba que onde quer que seja, também será sua casa.”

O peito dele apertou um pouco com as palavras dela, mas ele concordou com a cabeça, conseguindo sorrir um pouco. “Tudo bem. E a outra coisa?”

“Eu já procurei depósitos por aqui e empresas de mudança pra pegar tudo de Chicago e trazer pra cá, mas vou precisar voltar lá e falar com o proprietário do apartamento, minha editora e a babá de Maddie, e eu vou provavelmente pedir ao Bart pra me dar uma carona porque acho que consigo resolver tudo em algumas horas, mas, você se importaria em cuidar da Maddie enquanto eu resolvo as coisas?” Ela arqueou as sobrancelhas um pouco, o observando.

Um sorriu apareceu nos lábios dele. “Claro que não,” ele disse sinceramente, os olhos cheios de carinho. “Mas se for mais fácil, ficarei mais do que feliz em emprestar o jato pra você. Você que decide.”

“Provavelmente não me faria enjoar,” ela admitiu com um sorriso, “mas é uma longa viagem e se Bart não se importar em me levar, eu prefiro ficar longe pelo menor tempo possível.” Ela parou e sorriu pra ele, “não porque não confio em você com ela, mas porque eu sentiria falta dela.”

Oliver a estudou por um momento. “Nós sempre podemos voltar com você.” Ele sugeriu, buscando os olhos dela. “Assim você não tem que ficar longe dela, só quando for falar com sua editora.” E eles também não teriam que ficar longe dela.

Chloe sorriu um pouco e apertou a mão dele, se fosse só ela e Ollie, ela nem piscaria antes de dizer sim pra essa escolha mas ao invés disso ela fez que não com a cabeça, “não quero que ela passe por isso,” ela disse pra ele, “tenho certeza que as coisas já estão confusas o bastante pra ela do jeito que estão e seriam várias horas num avião em pouco tempo, e além do mais,” ela sorriu, “dá a vocês tempo de se aproximarem ainda mais.”

Ele apertou a mão dela, concordando. “Tudo bem. Bom, tenho certeza que Bart vai ficar mais do que feliz em te ajudar.”

“Vou ligar pra ele amanhã e falar disso,” ela disse e inclinou a cabeça pro lado, “tem alguma coisa que você quer falar?”

Oliver sorriu. “Uma coisa,” admitiu. “Eu não sou dono do Gazette, mas conheço o editor. Poderia te apresentar pra ele se estiver interessada num trabalho lá.”

“Isso seria ótimo,” ela disse, concordando e sorrindo, “se eles não tiverem vagas, eu vou tentar os jornais menores, mas essa é minha primeira escolha.”

“Tudo bem. Vou combinar tudo. Talvez um almoço de negócios?” ele sorriu. “Só me avise quando.”

“Me deixa cuidar de tudo em Chicago primeiro,” ela disse enquanto inconscientemente roçava o polegar na mão dele e pensava sobre tudo, “não acho que eu possa conseguir uma carta de recomendação, mas vou ver o que posso fazer e depois posso conhecê-lo.”

“Parece bom. E tenho certeza que você tem um portfólio do seu trabalho que você pode mostrar pra ele.”

“Sim, e todo meu trabalho em Chicago, posso dizer que era um nome fictício.”

Ele sorriu. “Então você tem o trabalho pra mostrar. E ele é um cara legal, muito esperto e bem realista.”

Chloe parou e piscou algumas vezes, “quem é mesmo o editor do Gazette atualmente?”

“Perry White,” ele disse a ela, ainda segurando sua mão.

As sobrancelhas dela arquearam lentamente e ela sorriu, “Perry está em Star City agora? Mesmo? Fico imaginando se ele vai se lembrar de mim...”

“Você o conheceu?”

Ela fez que sim, sorrindo, “há muito tempo, no ensino médio, é claro que eu já sabia sobre ele, quero dizer, o cara é uma lenda do Jornalismo Investigativo, ele é uma das razões pelas quais eu fiquei tão interessada nessa parte do jornalismo no começo,” ela parou e sacudiu a cabeça, “mas depois ele mexeu com os Luthors e entrou na lista negra deles então acabou parando em Smallville uma vez, totalmente bêbado, fazendo uma matéria para um tablóide sobre os afetados por meteoros. Fico feliz por tudo ter se acertado pra ele.”

Ele fez uma careta. “Acho que os Luthors conseguiram estragar a vida de muitas pessoas,” murmurou.

Pressionando os lábios juntos, ela concordou e apertou a mão dele, “ao menos não precisamos nos preocupar com isso mais.”

Oliver olhou pra baixo por um momento. “Isso é algo sobre o qual nunca conversamos,” comentou num tom muito baixo.

Ela franziu as sobrancelhas imediatamente, o corpo inteiro ficando rígido, “o que se tem pra conversar?”
Ele respirou fundo. “É algo que você deve levar em consideração?” ele perguntou suavemente.

“O que?” Ela pareceu confusa e se sentia como se estivesse deixando algo escapar, da última vez que ela checou, os dois Luthors estavam mortos então não tinha nada pra se levar em consideração.

“O fato de que eu matei Lex.” Ele não olhou pra ela.

Ela deixou o ar escapar e relaxou, levando sua mão livre ao rosto e esfregando-o por um momento, “você me assustou, por um momento achei que talvez Lex tinha de alguma forma, milagrosamente, voltado do mundo dos mortos.” Ela lhe disse depois olhou pra ele, em silêncio, “isso não é algo que eu quero que a Maddie saiba,” admitiu, “mas você é a razão de ela poder crescer num mundo sem Lex Luthor e como mãe, posso te dizer que isso é um grande alívio.”

Ele ergueu a cabeça e encontrou os olhos dela. “Não é algo de que eu me orgulho.” Ele respirou fundo de novo. “Passei muito tempo tentando reconciliar o que eu fiz com a pessoa que quero ser. E não é... não é algo que eu quero que a Maddie saiba também, nunca.”

Chloe também respirou fundo e sem pensar, levou uma das mãos ao cabelo de Oliver, “você fez tantas coisas boas também, devia se focar nisso.”

Oliver fechou os olhos, recostando-se no toque dela instintivamente.

“Você é um cara incrível, Ollie, não se deixe acreditar em qualquer outra coisa além disso.” Ela sussurrou, observando-o. Tudo que mais queria era puxá-lo pra mais perto e beijá-lo, a lembrança do beijo deles naquela manhã ainda fresca e recusando deixá-la. Mas dessa vez, queria fazer de uma forma que o confortasse.

Quando ele abriu os olhos pra olhar pra ela de novo, havia lágrimas neles que ele fez seu melhor pra evitar enquanto expirava lentamente. “Obrigado.”

“Vem cá,” ela disse ao se apoiar no braço do sofá e o puxando com ela até que ele estivesse apoiado nela, ela sentia como se estivesse deixando algo escapar, mas agora não era hora de fazer perguntas, ela deu beijo na testa dele e o abraçou com força.

Ele foi espontaneamente, fechando os olhos novamente e encostando a cabeça no ombro dela, relaxando no sofá e no abraço dela.

Chloe se ajustou no sofá e suspirou mais uma vez quando encontrou uma posição confortável, apoiando a cabeça na dele e fechando os olhos também.

Oliver deslizou um braço pela cintura dela, sua mão nas costas dela, o polegar movendo levemente contra o tecido da blusa dela.

“Nós ficaremos bem,” ela sussurrou, mexendo no cabelo dela de forma lenta e relaxante.

“Promete?” ele sussurrou de volta, relaxando ainda mais com o gesto dela.

O peito dela apertou e ela o abraçou mais forte ainda, virando a cabeça e dando um beijo no rosto dele, “prometo.”

Passado alguns instantes ele dormiu, a respiração ficando lenta.

***

Maddie foi pra sala, o ursinho marrom que Oliver lhe dera em sua mão enquanto ela esfregava os olhos, estava prestes a chamar sua mão quando a viu dormindo no sofá com Oliver. Ela foi até lá e colocou o ursinho em cima deles antes de começar a subir no sofá com dificuldade.

Oliver ergueu sua cabeça, cheio de sono, e sorriu quando a viu. “Bom dia,” disse, mexendo com cuidado e estendendo os braços pra ela.

Chloe piscou e espreguiçou um pouco, automaticamente ajudando Maddie a subir, mas só quando ouviu Oliver abriu os olhos completamente, um sorriso sonolento nos lábios.

Com a ajuda de sua mãe, ela conseguiu alcançar os braços de Oliver e se apoiou neles, “porque vocês estão dormindo no sofá?”

Um sorriso tocou os lábios dele e ele deu um beijo no topo da cabeça dela. “Nós estávamos conversando e acabamos dormindo sem querer,” explicou, olhando pra Chloe, os olhos cheios de afeto.

Com um suspiro, Chloe passou o braço em volta dos dois, uma expressão relaxada em seu rosto e um sorriso preguiçoso em seus lábios ao fechar os olhos mais uma vez, “você dormiu bem, bebê?”

Maddie estendeu a mão pra pegar no cabelo da mãe e fez que sim, “sim...” ela virou pra Oliver e pegou a mão dele com sua mão livre.

Oliver sorriu, apertando a mão dela de leve. “Isso é bom,” disse, olhando pra ela ainda com sono, e depois pra Chloe, os olhos suavizando ao ver a expressão relaxada dela.

Maddie olhou os dois por um momento, enrolando o cabelo da mãe em um dos dedos e depois olhando pra ela, “mamãe?”

“Mm?” Chloe respondeu mas não abriu os olhos.

“O Oliver pode ser meu papai?”

Ele olhou de volta pra garotinha, sentindo seu peito apertar com emoção. Sem palavras, pegou uma mecha do cabelo de Maddie e a prendeu atrás da orelha.

Com isso, Chloe abriu os olhos um pouco mais arregalados que o normal, se sentindo muito acordada. Ela olhou pra Oliver e depois pra Maddie, um sorriso começando a se formar em seus lábios, “você quer que ele seja seu pai?”

Maddie fez que sim, olhando pra Oliver e depois de novo pra Chloe, “ele pode?”

Chloe sorriu mais e fez que sim com a cabeça, “Eu adoraria que ele fosse seu pai, Maddie, mas você tem que perguntar pra ele.” Ela acariciou o braço de Maddie e, por tabela, Oliver.

Virando pra Ollie, Maddie arqueou suas sobrancelhas um pouco numa pergunta silenciosa.

Oliver tocou seu rosto gentilmente. “Eu adoraria ser seu pai,” sussurrou sinceramente.

Os olhos de Maddie arregalaram um pouco e ela sorriu pra ele, “mesmo?”

“Mesmo,” ele disse suavemente. “Não poderia pedir por uma filha melhor que você.” Ele sorriu, os olhos calorosos. Ele beijou a testa dela.

Chloe os observou em silêncio e se aproximou, dando um beijo na testa dos dois.

Maddie sorriu mais e mexeu, abraçando-o com força pelo pescoço, “obrigada!”

Ele a abraçou de volta com força, fechando os olhos e engolindo seco. Eles tinham planejado contar pra ela exatamente isso, mas de alguma forma, o fato de ela ter pedido, de ela querer que ele fosse o pai dela, significou tanto pra ele que o deixou sem palavras.

Ela não podia fazer nada além de observá-lo, o peito cheio de carinho. Não tinha idéia de como Maddie sabia que isso era sequer uma possibilidade e não podia deixar de pensar se talvez não tinha algo a ver com os poderes dela. O que quer que fosse, não era importante, Chloe sabia que era a coisa certa a fazer e aparentemente sua filha concordava com ela.

Oliver abriu seus olhos pra olhar pra Chloe, encontrando o olhar dela. Sorrindo, ele murmurou a palavra ‘obrigado’.

Chloe sorriu e levou uma das mãos ao rosto dele. Ela se aproxiu, dando um beijo na testa dela e sussurrando, “bem vindo à família.”

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Um comentário:

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